Viena,
hoje vista como a melhor cidade do mundo para se viver agora é uma das cidades que estão avançando a luta pelo clima: isso ocorre por terem autonomia em relação aos governos e abrigarem metade da população mundial, como nos informam Jeremy
Hodges e Dimitri Pogkas, através da Bloomberg, sendo esta notícia um destaque hoje no site da revista Exame da Abril. Algumas cidades realmente já estão intensificando os
esforços para reduzir a poluição e muitas vezes travando desde agora a batalha contra as
mudanças climáticas de forma mas objetiva e independente do que os governos nacionais fazem ou deixam de fazer. Essa foi a a conclusão do CDP, uma entidade sem fins lucrativos que
incentiva as instituições públicas ou empresas a detalharem suas emissões de gases de efeito estufa. Confira a seguir.
Muitas vezes as cidades são capazes de agir mais
rápido do que os governos nacionais, autoridades metropolitanas em Londres,
Sydney e Boston fazem parte de um grupo de 14 cidades de vários países com os planos mais
rigorosos para atingir a neutralidade climática ou de carbono até 2050. As
medidas são uma evidência no projeto de autoridades locais de fazer
sua parte no controle do aquecimento global, já que quase dois terços das
emissões globais vêm das cidades. O CDP quer chamar a atenção agora para essas
iniciativas e encorajar outras cidades (também fora da Europa) fazerem este compromisso: “Algumas cidades já estão trabalhando muito, mas elas não conseguem chegar lá sozinhas”, disse
Kyra Appleby, diretora global de cidades, estados e regiões do CDP: “As
empresas precisam agir, os governos nacionais também vão acabar agindo e até as
pessoas da população podem mudar seu rumo. mudar seu próprio comportamento para que possamos limitar as
emissões de carbono e assim conseguirmos no planeta um reequilíbrio da ecologia, algo que ajuda a saúde e o bem estar de todos, recuperando em parte nossa natureza".
As cidades formaram alianças para
compartilhar conhecimento e pressionar por mudanças – como a iniciativa C40,
que tem 94 cidades comprometidas com a implementação de metas climáticas
ambiciosas. Protestos pelo clima e manifestações contra o aquecimento global se tornaram mais frequentes
com ativistas pedindo declarações de estado de emergência climática.
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Algumas cidades médias no Brasil (como Maringá, no Paraná) já tentam este caminho pelo clima e ambiente |
(Confira mais alguns detalhes desta informação depois na seção de comentários aqui no blog da ecologia e da cidadania, onde também iremos postar logo mais um vídeo que tem a ver com esta luta fundamental na atualidade mas que no Brasil, isso não tem sido levado em conta)
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A falta de gestão ambiental junto às florestas... |
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...é crise urbana nas cidades poluídas ou submetidas a enchentes como nesta época (confira o vídeo) |
Fontes: exame.abril.com.br
folhaverdenews.blogspot.com
"O mundo tem apenas 12 anos para limitar a catástrofe das mudanças climáticas. É o que diz o último relatório do IPCC (Painel Intergovernamental das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas), sobre o assunto, divulgado em outubro deste ano. O documento aponta que ações urgentes e sem precedentes são necessárias para que o aquecimento global seja freado em 1,5 ºC. No entanto, o Brasil ainda precisa avançar muito, muito se quer enfrentar de vez o problema, já que apenas sete, das mais de cinco mil cidades brasileiras, têm políticas climáticas com leis específicas de mitigação e/ou adaptação às mudanças climáticas": comentário extraído de um relatório da Unicamp sobre gestão ambiental urbana no Brasil.
ResponderExcluir"Apenas Belo Horizonte (MG), Feira de Santana (BA), Palmas (TO), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP) e Fortaleza (CE) possuem leis que estabelecem políticas climáticas municipais. Mais recentemente, temos visto Recife e Fortaleza com alguns planos políticos, mas ainda não dá pra saber se vão sair do papel”: comentário de Fabiana Barbi, que fez na Unicamp pesquisa de doutorado da cientista social. A Fabiana Barbi é doutora em Ambiente e Sociedade, programa ligado ao Nepam (Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais) da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).
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ResponderExcluir"Impressionante a informação da Unicamp de que apenas 7 em mais de 5 mil cidades brasileiras estão se preparando para a defesa do clima, evitando o caos do ambiente e da saúde pública, que tem ligação direta com isso, é um contraste com essa matéria da Exame sobre o avanço de algumas cidades em países do 1º Mundo": comentário de Rafael Milano, que estuda Gestão Ambiental na Fundação Paula Souza em Franca (SP).
ResponderExcluir"Tem mais um detalhes, as sequelas dos problemas ambientais serão mais sofridas pelas populações mais carentes, segundo já levantaram os cientistas do IPCC": comentário também de Rafael Milano, que diz estar se preparando para se dedicar nos próximos anos à Agroecologia.
ResponderExcluir"Uma grande questão que se coloca para as metrópoles brasileiras é se estão preparadas para enfrentar os impactos das mudanças climáticas. Durante os anos de 2008 a 2011, se buscou lançar alguma luz sobre esse assunto por meio de um estudo interdisciplinar para identificar as vulnerabilidades das duas principais megacidades brasileiras—as regiões metropolitanas de São Paulo e do Rio de Janeiro. Este relatório trata da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), identificando impactos das mudanças climáticas na incidência de desastres naturais e na saúde, tendo como cenário de fundo a continuada expansão urbana nessa ampla região. Projeções indicam que, caso o padrão de expansão da RMSP seja mantido conforme registros históricos, em 2030 a mancha urbana será aproximadamente 38% maior do que a atual, aumentando os riscos de desastres naturais como enchentes, inundações e deslizamentos de massa em encostas, atingindo cada vez mais a população como um todo e, sobretudo, os mais vulneráveis": comentário extraído de estudo de Carlos Nobre e Andrea Young feito para a Unicamp no tema desta postagem.
ResponderExcluir"Em geral, significativas transformações no clima são geradas pelo modo como as áreas urbanas se desenvolvem, através de intervenções desconexas com intensa verticalização, compactação e impermeabilização do solo, supressão de vegetação e cursos d’água. Considerando o acelerado processo de expansão urbana e o atraso na implantação de infraestrutura adequada ao ritmo de crescimento das cidades da RMSP, estas não se encontram preparadas para os efeitos das mudanças climáticas. Duas fontes de mudanças climáticas convergem sobre a RMSP. De um lado, a própria urbanização intensifica o efeito de ilha urbana de calor e projeta um mundo de dificuldades ambientais": comentário também extraído do estudo sobre a Região Metropolitana de São Paulo, feito por especialistas da Unicamp e editado por Carlos Nobre e Andrea Young.
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