A PF confirma em seu site que deflagrou neste mês a Operação KHIZI, que já está desarticulando uma organização criminosa voltada para o comércio ilegal de madeira com atuação nos estados da Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Piauí e Rio Grande do Norte. A investigação de dois anos revelou a existência dum conluio entre empresários do setor madeireiro e servidores públicos da Sefaz e do Ibama para viabilizar o comércio e o transporte interestadual de madeira sem origem comprovada. O transporte e comercialização ilícitos era lastreado em Documentos de Origem Florestal inidôneos, em notas fiscais produzidas com informações falsas que atestavam a quantidade, a espécie e o valor das mercadorias. Esta é uma das organizações que pesquisadores e ecologistas já haviam questionado nos últimos anos.
O Greenpeace via Ansa e Isto É por sua vez divulgara um relatório em que acusa mais de 10 empresas da União Europeia e dos Estados Unidos de comprarem madeira de uma empresa acusada de estar por trás do “massacre de Colniza”. Este massacre foi o assassinato de nove moradores em cidade do Mato Grosso ocorrido há 2 anos e na mesma época desta operação da PF agora. Segundo a denúncia já apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF), este massacre foi motivado por interesses de madeireiros e grileiros por recursos naturais na região de Taquaruçú do Norte. A denúncia do MPF indicou também que o proprietário das empresas Madeireira Cedroarana e G.A. Madeiras, Valdelir João de Souza, seria o mandante do crime. Ele está foragido desde 2017, mas suas empresas atuam normalmente no mercado.
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Só uma operação flagrou 500 conteiners de madeira ilegal |
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Há outros focos de extração ilegal... |
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...a operação precisa continuar e ser ampliada |
(O nome da operação da PF é em alusão ao conjunto arquitetônico situado na ilha de Khizi/Rússia, composto por três edifícios eclesiásticos ali construídos apenas com encaixe de toras de madeira de pinheiros, sem a necessidade de uso de pregos ou parafusos, um Patrimônio Mundial da Unesco em 1990)
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Desvios na fiscalização destes crimes envolvem muita gente |
Foi
identificado esquema de pagamento de propinas para agentes públicos responsáveis
pela fiscalização tributária e ambiental, atraindo a incidência dos delitos de
organização criminosa, falsidade ideológica, com uso de documento falso, inserção
de dados falsos em sistemas, com corrupção ativa e passiva, prevaricação,
facilitação ao descaminho e sonegação de tributos. A ação da PF contou com a participação de 125 policiais federais de diversos estados e tendo como objetivo dar cumprimento à 29 mandados de busca e apreensão, além de 8
mandados de prisão preventiva e 9 mandados de prisão temporária expedidos pela
Subseção Judiciária Federal em Parnaíba. Alguns mandados já estão sendo cumpridos nos
estados do Piauí, Pará, Maranhão e Bahia.
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Há outros focos e casos de extração ilegal... |
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...e a gente que critica a destruição da natureza precisa apoiar este tipo de ação como forma de ajudar a nossa última natureza |
(Confira mais tarde na seção de comentários do nosso blog de ecologia e de cidadania outras informações, também mensagens dentro desta pauta de importância a bem da ecologia de nossas florestas)
Fontes: Ansa - pf.gov.br - Isto É - Greenpeace
folhaverdenews.blogspot.com
"Também foi determinada a apreensão de veículos usados para viabilizar o transporte de madeira, indisponibilidade de bens imóveis e bloqueio de ativos financeiros dos principais envolvidos. O cumprimento dos mandados contou com participação de Analistas do IBAMA e da Corregedoria do 2º Batalhão de Polícia Militar em Parnaíba": comentário extraído da agência de notícias ANSA.
ResponderExcluirVocê pode postar aqui direto a sua informação ou mensagem nesta pauta de hoje, se preferir ou precisar envie pro e-mail da redação do nosso blog que aí então postamos para você aqui nesta seção, mande para navepad@netsite.com.br
ResponderExcluirVídeos (como este polêmico e fora do comum a nós enviado por ativista do grupo E Se For Verdade?), você pode mandar fotos, material, pautas, denúncias, críticas ou sugestões direto pro editor de conteúdo deste blog padinhafranca603@gmail.com
ResponderExcluir"O nome desta Operação é em alusão ao conjunto arquitetônico situado na ilha de Khizi/Rússia, composto por três edifícios eclesiásticos construídos apenas com encaixe de toras de madeira de pinheiros, sem a necessidade de uso de pregos ou parafusos, eleito como Patrimônio Mundial da Unesco em 1990": comentário extraído do site da Polícia federal, uma das fontes desta matéria de hoje.
ResponderExcluir"O Greenpeace divulgou um relatório em que acusa mais de 10 empresas da União Europeia e dos Estados Unidos de comprarem madeira de uma empresa acusada de estar por trás do “massacre de Colniza”. O assassinato de nove moradores da cidade do Mato Grosso ocorreu em 19 de abril de 2017 e, segundo a denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF), foi motivado por interesses de madeireiros e grileiros por recursos existentes na região de Taquaruçú do Norte. A denúncia do MPF indicou que o proprietário das empresas Madeireira Cedroarana e G.A. Madeiras, Valdelir João de Souza, é o mandante do crime. Ele está foragido desde o massacre, mas suas empresas atuam normalmente no mercado.
ResponderExcluirDe acordo com a investigação do Greenpeace, no relatório “Madeira manchada de sangue”, a Cedroarana “enviou sete remessas de madeira para os Estados Unidos” entre maio de 2017 e agosto de 2018 e o processo continua em 2019": comentário de matéria no site Isto É.
“No dia em que ocorreu a chacina em Colniza, essa mesma empresa embarcou cargas de madeira para os Estados Unidos e Europa. Em 2016 e 2017, exportou milhares de metros cúbicos de madeira amazônica para países como os Estados Unidos, Alemanha, França, Holanda e Portugal”: comentário de Rômulo Batista, da campanha Amazônia do Greenpeace.
ResponderExcluir"Além dessas nações já citadas, que seriam as que mais importam da empresa mato-grossense, outras companhias da da Itália, Dinamarca – e até Canadá e Japão – fazem negócios com a Cedroarana. Graças a facilidade de fraudar os sistemas de licenciamento e controle de madeira no Brasil, cenas como as do ‘massacre de Colniza’ estão se tornando cada vez mais comuns, especialmente na Amazônia, onde os conflitos no campo são frequentemente ligados à madeira ilegal. A compra da madeira de empresas acusadas por esse tipo de crime “viola” as regras tanto norte-americanas como europeias, que exigem que a madeira comprada venha de áreas de desmatamento legalizado. Além disso, as empresas de Souza tem dívidas milionárias com o governo brasileiro por comércio ilegal de madeira, o que já comprovaria que europeus e norte-americanos não deveriam fazer negócios com essas duas empresas. E a impunidade para este tipo de crime e a falta de seriedade do Estado em combater a ação de madeireiros ilegais criam um ambiente propício para que a ilegalidade prospere. Diante desse cenário, fica impossível confiar na procedência da madeira brasileira, pois a cadeia está toda contaminada”: comentário também de Rômulo Batista, da campanha Amazônia do Greenpeace.
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