PODCAST

quarta-feira, 10 de abril de 2019

TANTO O GREENPEACE COMO A POLÍCIA FEDERAL FALAM SOBRE A OPERAÇÃO KHIZI E O COMÉRCIO ILEGAL DE MADEIRA DA FLORESTA AMAZÔNICA

Polícia Federal deflagra Operação KHIZI para combater extração ilegal de madeira inspirada em denúncias do Ministério Público Federal e na luta do movimento ecológico também do Greenpeace  no norte do país


Operação confirma denúncias do MF, ecologistas e pesquisadores


A PF confirma em seu site que deflagrou neste mês a Operação KHIZI, que já está desarticulando uma organização criminosa voltada para o comércio ilegal de madeira com atuação nos estados da Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Piauí e Rio Grande do Norte. A investigação de dois anos revelou a existência dum conluio entre empresários do setor madeireiro e servidores públicos da Sefaz e do Ibama para viabilizar o comércio e o transporte interestadual de madeira sem origem comprovada. O transporte e comercialização ilícitos era lastreado em Documentos de Origem Florestal inidôneos, em notas fiscais produzidas com informações falsas que atestavam a quantidade, a espécie e o valor das mercadorias. Esta é uma das organizações que pesquisadores e ecologistas já haviam questionado nos últimos anos.


 O volume de madeira, seu transporte e destino...

...tudo fica tristemente mais claro nesta operação



O Greenpeace via Ansa e Isto É por sua vez divulgara um relatório em que acusa mais de 10 empresas da União Europeia e dos Estados Unidos de comprarem madeira de uma empresa acusada de estar por trás do “massacre de Colniza”. Este massacre foi o assassinato de nove moradores em cidade do Mato Grosso ocorrido há 2 anos e na mesma época desta operação da PF agora. Segundo a denúncia já  apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF), este massacre foi motivado por interesses de madeireiros e grileiros por recursos naturais na região de Taquaruçú do Norte. A denúncia do MPF indicou também que o proprietário das empresas Madeireira Cedroarana e G.A. Madeiras, Valdelir João de Souza, seria o mandante do crime. Ele está foragido desde 2017, mas suas empresas atuam normalmente no mercado. 



Só uma operação flagrou 500 conteiners de madeira ilegal

Há outros focos de extração ilegal...

...a operação precisa continuar e ser ampliada


(O nome da operação da PF é em alusão ao conjunto arquitetônico situado na ilha de Khizi/Rússia, composto por três edifícios eclesiásticos ali construídos apenas com encaixe de toras de madeira de pinheiros, sem a necessidade de uso de pregos ou parafusos, um Patrimônio Mundial da Unesco em 1990

  

Desvios na fiscalização destes crimes envolvem muita gente 



Foi identificado esquema de pagamento de propinas para agentes públicos responsáveis pela fiscalização tributária e ambiental, atraindo a incidência dos delitos de organização criminosa, falsidade ideológica, com uso de documento falso, inserção de dados falsos em sistemas, com corrupção ativa e passiva, prevaricação, facilitação ao descaminho e sonegação de tributos. A ação da PF contou com a participação de 125 policiais federais de diversos estados e tendo como objetivo dar cumprimento à 29 mandados de busca e apreensão, além de 8 mandados de prisão preventiva e 9 mandados de prisão temporária expedidos pela Subseção Judiciária Federal em Parnaíba. Alguns mandados já estão sendo cumpridos nos estados do Piauí, Pará, Maranhão e Bahia.


Há outros focos e casos de extração ilegal...

...e a gente que critica a destruição da natureza precisa apoiar este tipo de ação como forma de ajudar a nossa última natureza


(Confira mais tarde na seção de comentários do nosso blog de ecologia e de cidadania outras informações, também mensagens dentro desta pauta de importância a bem da ecologia de nossas florestas) 



Não só no norte ou nordeste e na Amazônia isso acontece



Fontes: Ansa - pf.gov.br - Isto É  - Greenpeace
               folhaverdenews.blogspot.com



7 comentários:

  1. "Também foi determinada a apreensão de veículos usados para viabilizar o transporte de madeira, indisponibilidade de bens imóveis e bloqueio de ativos financeiros dos principais envolvidos. O cumprimento dos mandados contou com participação de Analistas do IBAMA e da Corregedoria do 2º Batalhão de Polícia Militar em Parnaíba": comentário extraído da agência de notícias ANSA.

    ResponderExcluir
  2. Você pode postar aqui direto a sua informação ou mensagem nesta pauta de hoje, se preferir ou precisar envie pro e-mail da redação do nosso blog que aí então postamos para você aqui nesta seção, mande para navepad@netsite.com.br

    ResponderExcluir
  3. Vídeos (como este polêmico e fora do comum a nós enviado por ativista do grupo E Se For Verdade?), você pode mandar fotos, material, pautas, denúncias, críticas ou sugestões direto pro editor de conteúdo deste blog padinhafranca603@gmail.com

    ResponderExcluir
  4. "O nome desta Operação é em alusão ao conjunto arquitetônico situado na ilha de Khizi/Rússia, composto por três edifícios eclesiásticos construídos apenas com encaixe de toras de madeira de pinheiros, sem a necessidade de uso de pregos ou parafusos, eleito como Patrimônio Mundial da Unesco em 1990": comentário extraído do site da Polícia federal, uma das fontes desta matéria de hoje.





    ResponderExcluir
  5. "O Greenpeace divulgou um relatório em que acusa mais de 10 empresas da União Europeia e dos Estados Unidos de comprarem madeira de uma empresa acusada de estar por trás do “massacre de Colniza”. O assassinato de nove moradores da cidade do Mato Grosso ocorreu em 19 de abril de 2017 e, segundo a denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF), foi motivado por interesses de madeireiros e grileiros por recursos existentes na região de Taquaruçú do Norte. A denúncia do MPF indicou que o proprietário das empresas Madeireira Cedroarana e G.A. Madeiras, Valdelir João de Souza, é o mandante do crime. Ele está foragido desde o massacre, mas suas empresas atuam normalmente no mercado.
    De acordo com a investigação do Greenpeace, no relatório “Madeira manchada de sangue”, a Cedroarana “enviou sete remessas de madeira para os Estados Unidos” entre maio de 2017 e agosto de 2018 e o processo continua em 2019": comentário de matéria no site Isto É.

    ResponderExcluir
  6. “No dia em que ocorreu a chacina em Colniza, essa mesma empresa embarcou cargas de madeira para os Estados Unidos e Europa. Em 2016 e 2017, exportou milhares de metros cúbicos de madeira amazônica para países como os Estados Unidos, Alemanha, França, Holanda e Portugal”: comentário de Rômulo Batista, da campanha Amazônia do Greenpeace.

    ResponderExcluir
  7. "Além dessas nações já citadas, que seriam as que mais importam da empresa mato-grossense, outras companhias da da Itália, Dinamarca – e até Canadá e Japão – fazem negócios com a Cedroarana. Graças a facilidade de fraudar os sistemas de licenciamento e controle de madeira no Brasil, cenas como as do ‘massacre de Colniza’ estão se tornando cada vez mais comuns, especialmente na Amazônia, onde os conflitos no campo são frequentemente ligados à madeira ilegal. A compra da madeira de empresas acusadas por esse tipo de crime “viola” as regras tanto norte-americanas como europeias, que exigem que a madeira comprada venha de áreas de desmatamento legalizado. Além disso, as empresas de Souza tem dívidas milionárias com o governo brasileiro por comércio ilegal de madeira, o que já comprovaria que europeus e norte-americanos não deveriam fazer negócios com essas duas empresas. E a impunidade para este tipo de crime e a falta de seriedade do Estado em combater a ação de madeireiros ilegais criam um ambiente propício para que a ilegalidade prospere. Diante desse cenário, fica impossível confiar na procedência da madeira brasileira, pois a cadeia está toda contaminada”: comentário também de Rômulo Batista, da campanha Amazônia do Greenpeace.

    ResponderExcluir

Translation

translation