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segunda-feira, 1 de abril de 2019

DOUTOR EM DEMOGRAFIA ANALISA AS DIFERENÇAS ENTRE O BRASIL E A AUSTRÁLIA TAMBÉM ANALISANDO HOJE SOB O ENFOQUE DO DESENVOLVIMENTO HUMANO E SOCIAL OU ATÉ AMBIENTAL


José Eustáquio Diniz Alves escreve direto no site EcoDebate, é ligado à ENCE e ao IBGE, comenta que enquanto a Austrália cresce há 30 anos e hoje tem o 3º IDH do planeta, o Brasil não engrena, mas também há semelhanças entre os dois países com muitos recursos naturais e portanto ambos podem ter boa chance de futuro: na diferença, podemos encontrar o rumo pro nosso país quem sabe nos próximos anos



O IDH faz muita diferença


“A Austrália e o Brasil são dois países continentais, mas com grandes contrastes demográficos e econômicos. A Austrália tem um território de 7,7 milhões de km2 e apresentava uma população de 25 milhões de habitantes em 2018. O Brasil tem um território de 8,6 milhões de km2 e uma população de 208 milhões de habitantes em 2018. A densidade demográfica da Austrália é de apenas 3,2 hab/km2 e do Brasil de 25,2 hab/km2.  Em termos econômicos, a Austrália tem cerca de 30 anos de crescimento relativamente alto e contínuo do Produto Interno Bruto (PIB), enquanto o Brasil apresentou 5 anos de recessão e um crescimento baixo do PIB, entre 1990 e 2020, segundo dados do FMI. O gráfico abaixo mostra que a Austrália só vivenciou uma recessão (moderada) em 1991. Na média, a Austrália cresceu a 3,1% ao ano durante 30 anos, enquanto o Brasil cresceu em média apenas 2,3% ao ano, no mesmo período.  Em termos de renda per capita o contraste é ainda maior. O gráfico abaixo mostra que o Brasil é um país de renda per capita média e que apresentou um crescimento pequeno entre 1990 e 2010 e uma estagnação entre 2010 e 2020. Já a Austrália já era um país de renda alta em 1990 e manteve o crescimento nos 30 anos seguintes”.




 Dr. José Eustáquio Diniz Alves

Continua a comparação e as informações sobre Brasil e Austrália feitas pelo Dr. José Eustáquio Diniz Alves, confira na sequência


“A renda per capita da Austrália era de US$ 29,1 mil (em poder de paridade de troca – ppp na sigla em inglês) em 1990 e passou para US$ 46,5 mil em 2018, devendo chegar a US$ 47,8 mil em 2020. No Brasil, a renda per capita era de US$ 10,5 mil em 1990, passou para US$ 14,4 mil em 2018 e deve chegar a US$ 14,9 mil em 2020. A Austrália tinha uma renda per capita 2,7 vezes a Brasileira em 1990 e deve acançar 3,2 vezes em 2020. O Brasil ficou mais pobre, relativamente, quando comparado com a Austrália no espaço de três décadas.  A Austrália parece desmentir a máxima que diz que as recessões periódicas são inevitáveis, semelhante ao sol que nasce e se põe, ou como as marés num indo e vindo infinito. Em geral a economia se expande por cerca de uma década e depois se contrai. Mas no maior país da Oceania, a atual expansão do país está chegando próximo ao aniversário de 30 anos e tem sido a expansão mais longa da história moderna, levando alguns comentaristas a falar em “economia milagrosa.  Na verdade a Austrália contou com estabilidade econômico-política, localização geográfica e com políticas públicas capazes de enfrentar os ciclos econômicos como a crise asiática do final da década de 1990 e a grande recessão mundial gerada a partir da quebra do banco Lehman Brothers, em 2008. A primeira característica é que a Austrália sempre teve inflação baixa e não passou por uma situação de endividamento das famílias e nem crise séria do setor imobiliário (suprime). Combateu corretamente as recessões com políticas fiscais e monetárias adequadas. Apesar de ter uma população pequena e taxas de fecundidade abaixo do nível de reposição, o país se abriu à imigração e mais de um quarto dos australianos nasceram no exterior, o dobro da taxa nos Estados Unidos ou na França. A Austrália também se beneficiou de estar em uma região geográfica de rápido desenvolvimento, próximo ao Vietnã, Indonésia, Filipinas e especialmente da China. O comércio entre a China e a Austrália aumentou dez vezes nos anos 2000, além de contar com investimentos chineses de alto vulto. Por fim, a Austrália investiu muito em educação e saúde e possui o 3º maior IDH do mundo (0,939 em 2017)”.

Para muitos, o país com mais futuro


O baixo índice de desenvolvimento humano (IDH) do Brasil trava nosso avanço na opinião deste especialista respeitado por aqui e em todo o planeta


O lado humano, social, educacional e ecológico...


“Já o Brasil optou por enfrentar a crise de 2008/09 com políticas de estímulo fiscal expansionistas sem criar as bases de sustentação da dívida e sem garantir investimentos adequados em termos de custo/benefício. Tendo baixas taxas de poupança e investimento, o Brasil não conseguiu incrementar a produtividade dos fatores de produção e gerou um desequilíbrio fiscal que só se agravou com a mais profunda e longa recessão da história tupiniquim (2014-2016). O Brasil vive a sua segunda década perdida e está preso na armadilha da renda média. Tudo indica que a distância entre a Austrália e o Brasil vai aumentar ainda mais nas próximas décadas” (José Eustáquio Diniz Alves).

Os dois países têm uma riqueza a mais em comum por serem nação com muitos imigrantes


Fontes: ecodebate.com.br – folhaverdenews.blogspot.com


7 comentários:

  1. Ainda hoje mais tarde estaremos editando esta seção de comentários, já recebemos algumas mensagens, mande a sua para o e-mail do nosso blog navepad@netsite.com.br e/ou pro e-mail do editor desta nossa webpagina de ecologia e de cidadania, envie para padinhafranca603@gmail.com

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  2. "Tirando o futebol e mais um ou outro setor secundário, o Brasil perde em quase tudo para a Austrália, muito boas as análises e dados deste grande mestre brasileiro de demografia, de economia, já vi também no EcoDebate alguns artigos dele sobre meio ambiente": comentário de Rodolfo de Araújo, de São Paulo, engenheiro civil.

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  3. "A Austrália é o Brasil que deu certo? Este conceito é muito citado por brasileiros e por australiano. Fazem provavelmente essa afirmação por diversos motivos: ambos os países foram colonizados, estão no hemisfério sul e tem climas e belezas naturais parecidas. Só que a Austrália também é conhecida mundialmente pelo seu alto desenvolvimento e todos os anos milhões de pessoas de todas as partes do mundo fazem planos para mudar-se para aquele país, isso mostra bem que existe um fundamento nesta afirmação": comentário de Alano Queiroz, médico, ortopedista, ligado também ao site Hora Extra.

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  4. "Mas por que a Austrália evoluiu tanto enquanto o Brasil ficou para trás? Creio que a diferença de desenvolvimento entre os dois países se dá principalmente por razões econômicas, ou nem tanto. É importante lembrar que tanto o Brasil como a Austrália são primordialmente exportadores de matéria-prima (commodities). Bem a grosso modo, soja e carne no primeiro e carvão e gás natural no segundo. A única diferença que nosso irmão da Oceania adotou os princípios do liberalismo. A Austrália, diferente do Brasil, adota uma economia livre que reduziu a pobreza e expandiu a oferta de empregos até para os menos qualificados. O mercado aquecido e competitivo por ter poucas burocracias e impostos deu direitos incríveis ao empregado. Se ele está de saco cheio de seu patrão, pode pedir demissão porque sabe que terá um emprego garantido no outro lado da rua. A taxa de desemprego no país paradisíaco não passa de 6%, enquanto no Brasil estamos em 13%": comentário também do médico Alana Queiroz, que elogia este texto de José Eustáquio Diniz Alves, postado aqui no blog da gente.

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  5. "A facilidade de ganhar dinheiro empreendendo no país permite muitas vezes que o salário de um profissional, recém saído da faculdade não seja muito diferente de um faxineiro, um garçom ou porteiro": comenta Aurélio Santos, que trabalhou por 5 anos como entregador de pizza em Sidnei e voltou ao Rio de Janeiro recuperado em sua vida financeira, "voltei só para cuidar da minha família, pretendo enviar meus filhos para estudarem lá".

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  6. "O Estado enxuto faz a Austrália ter pouca corrupção. Os políticos e servidores públicos australianos por não terem privilégios como no Brasil, não tem como vender facilidades para empresários, amigos e familiares. A cidadania hoje em dia faz também a diferença": comentário de Helena Bastos, do Rio de Janeiro, que está pesquisando sobre a Austrália com o objetivo de montar uma agência de turismo ao Brasil lá.

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  7. "Em média os australianos vivem 8.7 anos a mais do que os brasileiros. No Brasil você tem cerca de 25 vezes mais chances de ser assassinado do que na Austrália. O australiano ganha em média 72% a mais que o brasileiro. Acho que esses dados definem a polêmica, realmente o Brasil só perde na comparaçaão": comentário de Júlio José Silveira, de Vitória, Espírito Santos, que atua com importação e exportação.

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