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terça-feira, 2 de abril de 2019

CRESCE EM TODOS OS PAÍSES A LUTA PELOS DIREITOS DOS ANIMAIS EM FUNÇÃO DA VIOLÊNCIA OU TAMBÉM PELA BUSCA DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL EQUILIBRANDO OS INTERESSES ECONÔMICOS COM OS DA NATUREZA

Hoje em dia cada vez mais e mais pessoas já acreditam que os animais são agora tão importantes como somos nós mesmos os chamados seres humanos sendo uma forma de  fazer a vida mais feliz no planeta 



Se amamos tanto os Golfinhos por que não as Vacas?

O homem é o pior inimigo dos animais?



"Em cada bife que mastigamos, os animalistas enxergam um ser que queria viver. Sua luta está entrando em choque com a indústria da carne", escreve Carmem Pérez Lanzac no site El PaisO animalismo já não é mais marginal ou uma utopia de ecologistas românticos. Depois de ser considerado quase uma piada, a defesa do direitos dos animais não só está está entrando em choque com interesses de caçadores, indústria de matadouros e até de mitos culturais e ritos religiosos, ela tem vencido alguns rounds desta guerra com um sentido que poderia ser classificado como "humanitário". Mas é melhor  mais claro dizer guerra da sensibilidade... Hoje, filósofos de renome conduzem o debate sobre o assunto. Mas o que os animalistas defendem? Que mudança eles querem? Aqui hoje no blog da ecologia e da cidadania Folha Verde News um resumo dos conceitos e dos fatos levantados por este site da Espanha, El Pais, um dos mais acessados na UE. Os
 chamados animalistas acreditam que os bichos do planeta devem ser levados em conta como indivíduos equiparáveis a nós, os humanos. É tão simples e tão complexo assim. Para eles, os animais não são apenas uma parte a mais dentro do ecossistema, consideram que deveríamos tratar  todos os  bichos como nossos companheiros de planeta Terra e esta relação ter normas que merecem todos os seres viventes. O que se vê porém no dia a dia por aqui e em quase todos os lugares do mundo é exatamente o contrário disso. 


Animalistas comparam granja com campo de concentração nazista de extermínio dos seus inimigos

Por uma realidade de amor entre humanos e animais...

A contradição está no dia a dia, pessoas que dizem adorar os animais, que clicam nas notícias sobre golfinhos, que têm bichos  de estimação dos quais cuidam ao ponto do ridículo no entanto depois comem uma torrada com presunto no café da manhã, usam sapatos de couro e boi ou jantam um filé a parmegiana com salada, para dizer que amam a natureza. É esta hipocrisia − seres amantes dos animais mas ao mesmo tempo, devoradores da carne deles, que é insuportável para os animalistas. É como se considerássemos que todos estes bichos que utilizamos em nosso benefício ou que devoramos vivessem em uma realidade paralela: “Algo nos impede de perceber este fato evidente porque na verdade, não existem esses dois mundos separados”, argumenta o filósofo Óscar Horta em seu livro Un Paso Adelante en Defensa de los Animales" , lançado em 2017 e que hoje bomba na Europa. 
A grande maioria das pessoas não tem uma consciência da história do bife que saboreia. O tratamento que damos aos animais é, para o autor, de submissão total que inclui também a violência. É terrível. O exemplo mais claro está na vida dos frangos e porcos que são criados em granjas em em cativeiros ou em fazendas intensivas para ali produzir alimentos em escala industrial. Para reduzir o custo da carne e obter lucro, desenvolvemos um sistema de criação que, segundo Óscar Horta, é uma tortura: assim que eles saem do ovo, os pintinhos machos são mortos com gás porque, como não botam ovos, não são rentáveis. Quanto aos leitões recém-nascidos, se por acaso tenham se livrado de passar pelo matadouro para ser consumidos, nós os arrancamos de suas mães e os amontoamos em compartimentos onde, muitas vezes, os privamos da luz do sol. Antes, mutilamos (muitas vezes sem anestesia) partes de seu corpo (rabo, focinho, testículos) para que não se machuquem pelo atrito com os demais bichos e também para evitar entre eles casos de canibalismo. As porcas prenhes são confinadas em jaulas individuais (seu nome técnico é “camisa de parto”) para que, primeiro, não machuquem seus fetos, e depois também não os esmaguem quando nascem (o que acarretaria perdas econômicas). Finalmente, quando alcançam o peso ideal para consumo, nós os sacrificamos, privando este tipo de seres vivos de muitos anos de vida. Geralmente matamos os porcos quando completam seis meses, sendo que eles por sua natureza poderiam chegar a viver 15 anos.



Ativistas da não violência não aceitam essa realidade...

...de violência dos homens sobre os animais



O homem sempre consumiu animais, mas foi a partir dos anos sessenta que a melhora da renda das famílias levou a um aumento exponencial da demanda por carne, também com  a industrialização da criação de animais para abate. A cada minuto que passa são sacrificados no mundo 117.000 frangos, 3.000 porcos, 2.600 coelhos, 1.100 vacas, além de centenas de milhares de espécies marinhas. A gente na vida real explora os animais para nosso próprio benefício e, na opinião dos humanos animalistas, porque nos consideramos superiores às demais espécies. Somos especistas, afirmam os ativistas deste movimento crescente. Uma característica espalhada por todo o planeta mas este comportamento em relação aos animais é equiparada por seus defensores como o racismo, como o antissemitismo ou o machismo. Em suas conversações nas redes sociais, os animalistas muitas vezes comparam os carnívoros com os nazistas e seus campos de extermínio.


Vamos libertar porcos, frangos e vacas dessa tortura?
Vegetarianos e veganos não sentem falta de carne



Existem várias formas de  assumir o animalismo. Algumas pessoas fazem isso depois de ver algum dos vídeos (muitas vezes com interpretações imprecisas) gravados por ativistas da causa. Outras, por algum dos muitos documentários que estão sendo realizados sobre o assunto, ou então depois de perceber que nosso sistema alimentar é insustentável: a criação industrial de gado consome 70% da água potável do planeta! Há ainda os ativistas da não violência e a onda que também cresce muito dos vegetarianos e dos veganos. De forma geral, a empatia desempenha um papel essencial para nos levar a fazer a conexão que nos ajuda a ver o animal como um amigo, como um igual, que temos diante de nós. Para o escritor Charles Foster, britânico e caçador a vida toda, a preocupação com o assunto chegou depois dos 50 anos, trazida pela inquietação com sua própria morte: “Eu percebi que, se a ideia de meu desaparecimento era algo muito duro, também devia ser para o resto dos seres vivos”. 



Animalistas lutam por uma realidade mais sensível no dia a dia da vida em todos os países




(Confira depois na seção de comentários aqui do blog da gente que tem mais informações, argumentos e fatos nesta pauta de hoje, cada vez mais contemporânea, esta preocupação vai crescendo quanto mais aumenta a valorização da ecologia e a busca duma vida mais feliz)





E então, que tal um prato destes para começar essa virada cultural e ecológica na vida da gente?


Fontes: El Pais - folhaverdenews.blogspot.com

8 comentários:

  1. A matéria de Carmem Pérez Lanzac no site El Pais critica a contradição das pessoas que amam alguns animais mas devoram e tratam com crueldade outros, se trata duma hipocrisia, segundo ela.

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  2. Nós temos aqui algumas mensagens e outros dados e argumentos da matéria do El Pais também, logo mais faremos uma atualização desta seção de comentários, aguarde, venha depois conferir, OK?

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  3. Você pode também participar deste debate sobre os direitos dos animais a uma nova realidade menos violenta: ponha aqui a sua opinião ou se precisar ou preferir nos envie a sua mensagem pro e-mail deste blog navepad@netsite.com.br

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  4. Vídeos, material de informação, sugestão de matérias, pautas, fotos, comentários, mensagens, você pode também enviar direto pro editor deste blog padinhafranca603@gmail.com

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  5. "Os animalistas, defensores radicais dos direitos e do respeito aos animais, defendem substituir proteínas animais por outras vegetais, algo que é perfeitamente saudável, como atestam médicos e milhares ou milhões hoje de vegetarianos e de veganos": comentário extraído de texto da Academia de Nutrição e Dietética dos Estados Unidos.

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  6. "Todos os sábado faz parte da tradição dos Adventistas não comer carne, cumpro este princípio e creio que seria uma boa forma das pessoas de todas as comunidades irem mudando a sua alimentação, ajudando assim a reduzir a violência contra os animais": comentário de Hermes Rodrigues Veloso, de Franca (SP), onde tem empório de produtos naturais e é um líder da comunidade adventista.

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  7. "Levei minha empatia natural com ops bichos ao extremo e durante semanas dormi em um buraco no campo e me alimentei com vermes para escrever Being a Beast ( que em resumo significa “sendo um animal”),livro em que, além de Texugo, o personagem se transforma em Lontra, Raposa, Cervo e Andorinhão. Foi um fracasso. Só durante uma fração de segundo estive perto de sentir o que sentem os animais. Mas vi claramente que é difícil justificar o tratamento que lhes damos. Abandonei a caça e hoje só como carne em ocasiões excepcionais”: comentário de Charles Foster, ex-caçador e escritor.

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  8. "Filósofos e simpatizantes enfrentam o problema de que devemos alimentar um planeta que tem uma população cada vez maior. Para eles, substituir proteínas animais por outras vegetais é perfeitamente saudável, como como comprovam várias pesquisas. Os animalistas são veganos ou, no mínimo, vegetarianos. Procuram não machucar os animais. Rejeitam a caça, os espetáculos em que são utilizados animais (como as touradas ou os rodeios), o uso de produtos testados em animais e seu sacrifício (para alimentação ou elaboração de produtos). Muitos têm se esforçado para deixar de comer produtos derivados dos animais em um mundo repleto deles, porque acreditam que consumir esses produtos significa continuar alimentando sua cadeia de sofrimento": comentário de Caroline Sägesser, socióloga belga entrevistada nesta matéria do El Pais, que serve de base ao nosso post.

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