Precisamos de dinheiro para viver mas não é isso que dá significado à vida: é o que argumenta o filósofo Roman Krznaric em seu livro que busca resgatar hoje em dia a arte, a cultura e a sabedoria da vida
Atualíssima a entrevista concedida pelo filósofo Roman Krznaric, autor de Carpe Diem:
Resgatando a Arte de Aproveitar a Vida, ao jornalista Marcelo Lins para
o programa Milênio (GloboNews), o site Uol também debate este assunto da hora e até mesmo uma revista não especializada neste tema (Consultor Jurídico) levanta a questão, nossa equipe daqui do blog da ecologia e da cidadania (Folha Verde News) questiona o que aconteceu com p tal de Carpe Diem que há mais de 2 mil anos o poeta Horácio usou esta expressão num poema sobre a decadência do Império Romano. Viva bem poderia ser o significado mais atual desta frase, que virou um slogan nas redes sociais e no dia a dia mas na prática está longe da realidade das pessoas, ainda mais no Brasil, com péssimos índices de qualidade de vida, saúde, ecologia humana e ao contrário com muita violência e sofrimento para quase todos os setores da população. A seguir um resumo deste conteúdo aqui, agora.
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O tempo passa, não perca tempo |
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O lazer ou o prazer está até em coisas mais simples |
"É interessante pegar um conceito e analisar sua
história. Se você buscar carpe diem no Google, obterá 25 milhões de
resultados. Mas o que de fato sabemos sobre isso? Tive a ideia de escrever o
livro quando estava subindo a escada da minha casa em Oxford, na Inglaterra,
segurando a biografia de um famoso escritor britânico de relatos de viagens dos
anos 1930 chamado Patrick Leigh Fermor. Ele foi um cara que viveu uma vida incrível, aproveitando cada momento, transformando dificuldades em oportunidades. Ele
foi a pé da Holanda à Turquia nos anos 1930. Na Segunda Guerra, ele sequestrou
um general alemão quando era do exercito britânico. Fiquei tão animado lendo o
livro que de repente pensei: Por que quero ler sobre um cara que aproveitou a
vida ao máximo? Por que não vivo a minha própria vida assim?'. Passei a vida lendo e
escrevendo livros sem contato direto com essa realidade. Achei que precisava entender e praticar esse conceito, daí nasceu o livro", explica o escritor e filósofo contemporâneo Roman Krznaric.
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No esplendor da natureza do Brasil... |
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...o inglês Roman Krznaric veio buscar inspiração |
Isso é um grande crime existencial de nossa época - "O sequestro do carpe diem no nosso cotidiano, a expressão original que é de 23 a.C. ainda não está implantada em nossa vida, muito menos nesta sociedade globalizada e de consumo. Enquanto falamos, o tempo passa voando. Aproveite o dia e deixe o mínimo possível para amanhã. Nesses dois versos o sábio Horácio fez uma grande pergunta da jornada humana na Terra, como devemos viver a realidade já que somos mortais? Na minha camiseta você pode ler agora 'morte' e 'liberdade'. Carpe diem é isso. O tempo está passando, a morte vai nos levar, então como usaremos nossa liberdade? Como somos os autores de nossa própria vida? Essa frase é usada até hoje. É um tipo de marketing, sim. Faz parte também da minha inspiração e das minas aspirações. Mas a frase foi sequestrada na verdade de todos nós. Um dos sequestradores foi a cultura digital. Antes de vir ao Brasil, pesquisei um pouco sobre a cultura digital brasileira e descobri algo incrível: o brasileiro médio passa 3 horas e 43 minutos nas redes sociais diariamente. Isso significa que, quando você tiver 75 anos, terá passado 9 anos olhando para uma tela. Isso é o oposto de aproveitar o dia, fazer esporte, buscar a natureza, internetar é viver a vida de forma indireta. Não é viver a sua vida, é ver outras pessoas vivendo e os acontecimento passando como um filme e você ficando para trás" (Roman Krznaric).
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Este livro faz sucesso em todo o planeta... |
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..."Isso prova que a vida anda triste" diz o autor do livro |
(Confira na seção de comentários mais debate sobre os múltiplos significados do carpe diem na realidade aqui, agora, que precisamos mudar e avançar: no vídeo que postamos aqui neste blog você poderá curtir um encontro de pessoas com Baleias Cinzentas, num momento lindo da vida de verdade, algo cada vez mais raro no consumismo e das mentiras da atualidade, aqui e em (quase) todo o lugar do mundo: junto à natureza e das pessoas que você ama o astral pode ficar mais próximo da alegria de viver)
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Roman Krznaric critica a atual estrutura da vida que precisamos mudar para sermos felizes |
Fontes: GloboNews - Zahar - Revista Consultor Jurídico - Uol - folhaverdenews.blogspot.com
"Busquei ewm viagens por todo o planeta um lugar onde eu pudesse ser mais feliz, descobri que ele existe dentro de mim, dentro de cada pessoa": comentário do músico, poeta e líder de toda uma geração John Lennon.
ResponderExcluirLogo mais, por aqui nesta seção, mais comentários, informações, mensagens e opiniões: você pode postar aqui a sua visão de carpe diem, se preferir mande o conteúdo pro e-mail do nosso blog que postamos aqui para voc~e, então envie desde já para navepad@netsite.com.br
ResponderExcluirVídeos, material de informação, fotos, denúncias, críticas, sugestão de pauta, você pode também enviar diretamente pro e-mail do nosso editor padinhafranca603@gmail.com
ResponderExcluir"O que curti na entrevista deste autor na GloboNews é que ele mostra que o carpe diem não se trata dum conceito egoísta, a pessoa buscar alegria e os outros que se danam, levar vantagem que é o que predomina hoje em dia, o lado humanitário ou solidário desta busca duma nova forma de viver me encantou": comentário de Marina Prestes Ribeiro, de São Paulo, jovem dona de casa que diz ser "frequentadora assídua da Biblioteca Mário de Andrade, mesmo sem gastar dinheiro nessa época de crise, leio de tudo, adora ler e isso faz parte do meu carpe diem".
ResponderExcluir"Pelo que senti dos argumentos e mensagens de Roman Krznaric seu livro não é o tradicional autoajuda, se trata de algo mais amplo, uma visão da realidade que precisa ser mudada para que toda pessoa seja feliz, vejo como ecologia humana": comentário de Antônio de Pádua Silva Padinha, editor deste blog de luta ambientalista e de cidadania.
ResponderExcluir"Este livro sobre a busca do Carpe Diem de verdade é uma mensagem poderosa, positiva. Digo isso pela minha experiência e trabalho. E no meu livro, que ganhou no Brasil o título “Antes de partir”, registrei os cinco maiores arrependimentos da vida, que as pessoas manifestam nesra hora e isso têm tudo a ver com a ideia do Carpe Diem. Os 5 maiores arrependimentos
ResponderExcluirEu gostaria de ter dado menos importância às expectativas dos outros - Eu gostaria de não ter trabalhado tanto - Eu gostaria de ter tido a coragem de expressar meus sentimentos - Eu gostaria de ter ficado em contato com meus amigos - Eu gostaria de ter me permitido ou de conseguir ser mais feliz": comentário de Bronnie Ware, escritora na Austrália que atua como voluntário no trabalho de cuidadora de idosos em situação terminal na vida.
"Você foi chamado ou taxado de filósofo social, de filósofo pop, e seus livros às vezes são encontrados nas prateleiras de autoajuda aqui no Brasil. Você concorda com isso e qual é a relação dele com organizações como a Oxfam e a ONU?" comentário que extraímos da entrevista de Marcelo Lins, da GloboNews com Roman Krznaric, que respondeu em resumo que seu trabalho tem mais a ver com o ambientalismo e a luta para mudar o modo de viver da atualidade: "Eu detesto o conceito de autoajuda. Ele é tão individualista! Aristóteles, na Grécia Antiga, escrevia livros de autoajuda, ou seja, livros sobre como viver. Mas não eram apenas sobre mim, mim, mim, sobre meus estresses e problemas, tratavam de como podemos ser, tanto na vida privada como na pública, pessoas e cidadãos melhores. Para mim, autoajuda na verdade significa ética tanto quanto a busca pelo prazer e tal. Em todos os meus livros, eu tento juntar duas coisas. Se você for entrar no meu escritório, no meu quartinho cheio de livros, na parede verá dois círculos com uma interseção. Um deles diz 'a arte de viver' e o outro diz 'mudança social'. É na interseção dessas duas coisas que tento trabalhar. Para mim, a empatia é um assunto que me permite entender minha mulher e meus filhos e melhorar minhas relações, mas também serve para mudar uma sociedade. Eu sempre tentei levar esse meu trabalho para organizações maiores, como por exemplo a agência de ajuda internacional Oxfam. Trabalho com eles para tentar tornar a empatia uma disciplina escolar. Vamos ensinar inteligência emocional. E tentar mostrar aos governos que uma aula de empatia é tão normal quanto uma de matemática ou literatura".
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