A ONU chegou a lançar relatório sobre esta questão que tem sido o alerta
mais constante dos cientistas, ecologistas e médicos atualmente
Este número já é um consenso, está no portal das Nações Unidas, no G1 da Globo e também no site do Instituto de Engenharia, o IE, sempre muito atuante para postar temas ambientais: um quarto das mortes prematuras e das doenças que proliferam atualmente no mundo estão relacionadas à poluição do ar e a outros danos ao meio ambiente provocados pelo atual modo de viver em quase todos os países. O alerta foi feito também por cientistas do IPCC em um relatório sobre o estado do planeta, divulgado nesta semana em Nairóbi, capital do Quênia. O relatório, chamado de GEO (Global Environement Outlook), é resultado do trabalho de 250 cientistas de 70 países, durante seis anos. O documento utiliza uma base de dados gigantesca para calcular o impacto da poluição sobre centenas de doenças, além de listar uma série de emergências sanitárias no mundo.
Conforme o relatório GEO, a poluição atmosférica, assim como os produtos químicos que
contaminam a água potável e a destruição acelerada de ecossistemas vitais para
bilhões de pessoas estão provocando uma espécie de epidemia mundial. As más condições ambientais são responsáveis por cerca de 25%
das mortes prematuras e doenças no planeta. A poluição do ar mata entre 6 e 7
milhões de pessoas por ano. Já a falta de acesso à água potável mata 1,4 milhão
de pessoas a cada ano devido a doenças que poderiam ser evitadas, como
diarreias, at´pe dor de barriga mata quando não há gestão governamental e falta de estrutura na saúde pública.
Este relatório também indica que produtos químicos despejados no mar
provocam efeitos negativos na saúde de várias gerações. Além disso, 3,2 bilhões
de pessoas vivem em terras destruídas pela agricultura intensiva que sofre overdose de agrotóxicos (tipo Brasil) ou pelo
desmatamento. Também foi citado no relatório GEO a utilização desenfreada de antibióticos na produção alimentar pode
resultar no surgimento de bactérias ultrarresistentes, que podem se tornar a
primeira causa de mortes prematuras até a metade do século, tomando o lugar fatídico que hoje pertence à poluição do ar, a nº 1 no ranking de doenças e mortes.
Desigualdades entre Norte e Sul - O documento também revela outros problemas provocados pelas imensas
desigualdades entre os países ricos e pobres. O consumo excessivo, a poluição e
o desperdício alimentar no Hemisfério Norte resultam em fome, pobreza e doenças
para o Sul.
(Confira a seguir, logo mais na seção de comentários aqui em nosso blog da ecologia e da cidadania mais informações e mensagens ou outras opiniões, OK?)
Fontes: IE - G1 - ONU - BBC
folhaverdenews.blogspot.com
“Ações urgentes e de uma amplitude sem precedentes são necessárias para pausar e inverter essa situação”: comentário extraído da conclusão final do relatório Geo.
ResponderExcluir"Esta luta não é hoje somente, ainda nos anos 80 acompanhei um documentário no Globo Repórter, feito por José Anchieta, que já delineava o alcance deste problema que só se agrava. Vai daí que as manifestações ocorrendo nesta semana em Londres querem criar uma Assembléia de Cidadãos e Cidadãs para ir à luta para mudar os combustíveis mais poluente e conseguir um vida mais saudável": comentário de Ana Helena Passos, de Santos (SP), engenheira química. (Ela nos manda material sobre a poluição do ar em Cubatão que "apesar dos filtros, continua". Agradecemos e vamos conferir. Paz aí.
ResponderExcluirVocê também pode por aqui a sua informação ou opinião, se preferir ou precisar, envie diretamente pro e-mail deste blog que aí postamos para você, mande o seu conteúdo nesta pauta para navepad@netsite.com.br
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ResponderExcluir"Sem uma reorganização da civilização mundial em direção a uma economia sustentável, até mesmo o conceito de crescimento mundial pode ser questionado, diante da alta quantidade de mortes e custos dos tratamentos de pacientes e vítimas da poluição do ar": comentário de José Alves, Rio de Janeiro, enfermeiro padrão na rede pública da capital.
ResponderExcluir“A principal mensagem é que se você tem um planeta saudável, isso vai ter impacto positivo não apenas no crescimento mundial, mas na vida dos pobres, que dependem do ar puro e da água limpa”: comentário de Joyeeta Gupta, vice-presidente do GEO.
ResponderExcluir"Aumenta nas cidades o CO2 mas a situação não é irremediável as emissões dele podem ser reduzidas e também o uso de pesticidas. É o que prevê o Acordo de Paris de 2015, que aspira limitar o aquecimento global a +2 ºC até 2100, e se possível a +1,5 ºC, na comparação com a era pré-industrial.
ResponderExcluirNo entanto, os cientistas lembram que não existe nenhum acordo internacional concreto sobre o meio ambiente e os impactos sobre a saúde da poluição, do desmatamento e de uma cadeia alimentar industrializada são menos conhecidos mas tão fatais como as poluições do ar e da água": comentário neste tema no site IE, Instituto de Engenharia.
“Em 2050, teremos que alimentar 10 bilhões de pessoas, mas isto não quer dizer que devemos dobrar a produção, eu defendo, por exemplo, a redução do gado. Reconheço que isso levaria a uma mudança da economia e do modo de vida atual, porém é o que precisamos reconhecer e fazer": comentário também de Joyeeta Gupta, vice-presidente do GEO.
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