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domingo, 18 de novembro de 2018

PESQUISADOR DA EMBRAPA COTADO PARA O MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE ESCREVE UM TEXTO MAPEANDO COMO ESTÁ A REALIDADE DA AMAZÔNIA E DIMENSIONANDO O DESAFIO QUE TERÁ NA SUA VISÃO ESTE SETOR DO PAÍS

Manter íntegro o bioma Amazônia diante de atividades ilegais é um dos maiores desafios do novo governo brasileiro segundo pensa Evaristo de Miranda que é o mais cotado hoje para ser o ministro ambiental do Brasil a partir de 2019


A meta de Evaristo de Miranda livrará a Amazônia?




No texto O Presidente e a Amazônia, Evaristo Miranda (doutor em Ecologia e diretor da Embrapa, que vem sendo apontado como provável ministro do Meio Ambiente) argumenta em artigo no Estadão que o desafio será a partir de 2019 fazer cumprir o Código Florestal e garantir a gestão das áreas florestais já consagradas como patrimônio da natureza do Brasil. Mas o movimento ecológico, científico e de cidadania que luta por algo mais do que esta meta básica, ainda se preocupa e continua a luta para resolver muitos problemas e propor o desenvolvimento sustentável.




Amazônia é só um dos desafios ambientais do Brasil 




Os 3 cotados para ministro do MMA - Evaristo de Miranda, diretor da Embrapa Territorial, é o nome mais cotado para ser o ministro do Meio Ambiente no futuro Governo: Miranda até já teve até um encontro com o Presidente da República eleito junto com os já anunciados ministros Paulo Guedes (Economia), Sérgio Moro (Justiça) e Onyx Lorenzoni (Casa Civil). Agrônomo, com mestrado e doutorado em Ecologia pela Universidade de Montpellier, da  França, ele tem condições técnicas de fazer uma boa gestão, mas a pergunta que a mídia  é, o engenheiro conseguirá driblar outros interesses num país hoje de maioria ruralista? Gustavo Porto do jornal O Estado de São Paulo colheu também a informação que há ainda outros dois nomes na lista dos indicados para o Ministério do Meio Ambiente, o do ex-deputado Xico Graziano (ligado ao Parque Ibirapuera em São Paulo, amigo de FHC que deixou o PSDB para apoiar a campanha eleitoral de Bolsonaro) além duma 3ª opção, o deputado federal Evando Gussi, do PV do interior de São Paulo, apesar do partido, ele não tem ligação com o ambientalismo, sendo na realidade um líder da FPA (Frente Parlamentar Agropecuária). A definição entre estes 3 nomes, caso não haja mudanças e surpresas de última hora, como é típico da política tradicional, deverá acontecer nesta próxima semana. 


 Xico Graziano ainda está na expectativa...


...assim como Evando Gussi da FPA de olho no MMA


"As eleições presidenciais trouxeram debates e polêmicas também sobre ocupação e preservação da Amazônia. Visões alarmistas denunciaram a iminente devastação florestal, o abandono das políticas de conservação e a agropecuária como vetor de devastação. Até a revista britânica The Economist vaticinou sobre o tema. Mas qual a situação efetiva da proteção e da preservação da vegetação nativa no bioma Amazônia? Qual o papel das políticas públicas na manutenção das florestas? Qual será a parte do mundo rural na sua preservação?", este texto está entre os argumentos de  Evaristo de Miranda, que escreve também: "Uma pesquisa recente da Embrapa traz respostas objetivas a essas indagações e aponta o real desafio do novo presidente da República na questão amazônica". (Confira a seguir um resumo do que pensa o provável ministro do Meio Ambiente na seção de comentários)




Os recursos naturais e hídricos de todo o país precisam e merecem uma gestão governamental avançada e sustentável equilibrando economia com ecologia



(Confira na seção de comentários deste blog da ecologia e da cidadania um resumo do texto de Evaristo de Miranda, para você ter uma noção do que poderá vir a ser a sua gestão do Ministério do Meio Ambiente)





Fontes: estadao.com.br - embrapa.br  
              folhaverdenews.blogspot.com                  


10 comentários:

  1. Aguarde logo mais edição dos comentários com um resumo do texto de Evaristo de Miranda sobre a pesquisa da Embrapa a respeito da Amazônia, também com a visão dele da questão socioambiental brasileira. Aguarde, venha conferir logo mais por aqui, OK?

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  2. "A proteção da vegetação nativa - No Brasil, o bioma Amazônia ocupa cerca de 4,2 milhões de quilômetros quadrados, praticamente a metade do país (49,4%). Ele engloba Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima, além de parte de Mato Grosso, Maranhão e Tocantins. Ali, as unidades de conservação de proteção integral, como estações ecológicas e parques nacionais, são 204 no bioma Amazônia e totalizam uma área superior a 76 milhões de hectares. Elas recobrem 18% do bioma, excluem a presença humana e não admitem nenhuma atividade produtiva. Nocaso, as reservas extrativistas e de desenvolvimento sustentável não fazem parte desse conjunto de proteção integral": comentário extraído do texto de Evaristo de Miranda, Embrapa.

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  3. "Na Amazônia também há 330 terras indígenas legalmente atribuídas e demarcadas sob a gestão da Funai. Elas totalizam quase 107 milhões de hectares e recobrem 25,4% do bioma. E existem sobreposições entre as 534 áreas atribuídas a meio ambiente e povos indígenas. Descontadas as sobreposições, elas totalizam 171,5 milhões de hectares de áreas protegidas e 40,8% do bioma. As áreas militares, cadastradas com florestas nacionais, totalizam cerca de 2,7 milhões de hectares e 0,6% do bioma Amazônia. No total, unidades de conservação integral, terras indígenas e áreas militares protegem hoje 174,2 milhões de hectares ou 41,4% de toda a Amazônia": comentário ainda extraído do texto "O Presidente e a Amazônia", de Evaristo de Miranda.

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  4. "Até o advento do Cadastro Ambiental Rural (CAR), a contribuição dos agricultores, pecuaristas e extrativistas à preservação ambiental na Amazônia era subestimada e pouco conhecida. Criado e exigido pelo Código Florestal (Lei 12.651/12), esse registro eletrônico obrigatório tornou-se um relevante instrumento de planejamento agrícola e socioambiental. Até agosto de 2018, no bioma Amazônia registraram-se no CAR mais de 468 mil imóveis rurais, incluindo reservas extrativistas e de desenvolvimento sustentável. A Embrapa Territorial analisou esse big data geocodificado. E mapeou com dez metros de detalhe a área dedicada à preservação da vegetação nativa em terras extrativistas e de agropecuária, em cada imóvel rural, município, microrregião, estado e no bioma como um todo (www.embrapa.br/car). Uma área total de 103,1 milhões de hectares está dedicada à preservação da vegetação nativa pelo mundo rural. Isso corresponde a 24,6% do bioma Amazônia e a 64% da área dos imóveis. Ou seja, o mundo rural preserva, em meio às suas atividades produtivas, um quarto do bioma Amazônia e dois terços de seus imóveis": comentário do engenheiro agrônomo Evaristo de Miranda, cotado para vir a ser o próximo ministro do Meio Ambiente.

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  5. "Em resumo, as 534 áreas de proteção mais estrita (unidades de conservação integral e terras indígenas) totalizam 171,5 milhões de hectares e alcançam 40,8% do bioma Amazônia. Com as áreas militares essa porcentagem chega a 41,4%. Em mais de 468 mil imóveis rurais, pelos dados do CAR, as áreas dedicadas à preservação da vegetação nativa totalizam 103,1 milhões de hectares ou 24,6% do bioma": comentários de Evaristo de Miranda em cima de dados da mais recente pesquisa da Embrapa.

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  6. "O total de áreas legalmente protegidas e preservadas, devida e detalhadamente mapeadas, é de 277,3 milhões de hectares, 66,1% ou dois terços da Amazônia. Para o mundo rural e para os órgãos governamentais, isso implica um grande custo operacional e patrimonial, ainda por calcular. Sem descontar áreas urbanas e de mineração, cuja dimensão é muito pequena em relação ao total da região, existem ainda cerca de 83,8 milhões de hectares passíveis de ocupação no bioma Amazônia. Em sua maioria, são áreas inundáveis, superfícies hídricas do Rio Amazonas e terras pouco propícias ao extrativismo e à agropecuária, sem acesso logístico. Em boa parte, trata-se de terras devolutas. O real desafio na minha visão é que mesmo diante da hipótese muito pouco provável de uma futura ocupação integral dessas áreas pelo mundo rural, o Código Florestal já impõe o limite de 20% para uso e exploração (desmatamento legal). A área de reserva legal prevista para a vegetação nativa é de 80%. Assim, cerca de adicionais 67 milhões de hectares, ou 16% da região, já estão prévia e legalmente destinados à preservação, por exigência do Código Florestal.O Brasil já abriu mão de explorar e usar 82% do bioma Amazônia, com todas essas áreas legalmente destinadas à proteção de recursos e à preservação da vegetação nativa. Uma área maior do que a Índia! Esse fato precisa ser mais bem conhecido e reconhecido. Que outro país no mundo dedica 3,5 milhões de quilômetros quadrados à preservação? Tente alguém propor essa área em preservação aos Estados Unidos, ao Canadá, à Rússia ou à China. A proteção ambiental da Amazônia é um exemplo sem equivalente no planeta, em valores absolutos e relativos, como atestam documentos internacionais (IUCN, 2016. Protected Planet Reports)": comentário também, feito por Evaristo de Miranda em seu texto "O Presidente a a Amazônia".

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  7. "O desafio do presidente Jair Bolsonaro não é criar mais áreas de conservação, mas, sim, fazer cumprir o Código Florestal e garantir a gestão das áreas já atribuídas, públicas e privadas. E encontrar meios de cobrar dos beneficiários, urbe et orbi, pelos serviços ambientais da preservação da nossa Amazônia. Manter a integridade desse imenso patrimônio natural, sobretudo em face de atividades ilegais, exige mais recursos e menos alarme": comentários finais do texto de Evaristo de Miranda, base para você entender o que pensa este provável ministro do Governo no setor do Meio Ambiente.

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  9. folha verde news18 de novembro de 2018 08:21
    "Li duas ou três vezes cada declaração do provável futuro ministro do Meio Ambiente, que tem condições técnicas e informações do setor via a Embrapa, de toda forma, acredito que será um mega desafio gerenciar a "guerra" entre a natureza e o agronegócio, importante ampliar e abrir este debate": comentário de Arlindo Pereira, técnico agrícola pela USP e atuando na região do Vale do Ribeira em São Paulo

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