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quinta-feira, 15 de novembro de 2018

GAROTO DE 16 ANOS CRIA NO SEMIÁRIDO DA BAHIA UMA CISTERNA ECOLÓGICA QUE VENCEU AGORA A 28ª EDIÇÃO DO PRÊMIO NACIONAL JOVEM CIENTISTA

Sandro Lúcio Nascimento Rocha que faz o terceirão em Caculé e tem visão ecológica: buscou criar uma solução sustentável para problemas ambientais lá na sua região que sofre demais e sempre com a escassez de água


 Sandro Rocha: talento da ecologia no sertão baiano

 
Ele está virando um ícone do sertão...



O jovem viajará para Brasília (DF) para ser o homenageado de 2018 do Prêmio Jovem Cientista do Brasil e já começou a dar entrevistas na sua cidade e por telefone para rádios da Bahia, também para o site G1 da Globo e aqui neste site da ecologia e da cidadania a gente faz questão de destacar a sua iniciativa, o seu talento, um futuro ecologista do interior do Brasil. A sua criação de cisterna sustentável chamou a atenção também da Articulação do Semiárido (ASA). Nesta edição a gente resume também aqui no blog informações sobre esta articulação, vital para a sobrevivência de muita, muita gente em todas as regiões do Nordeste, onde a seca é um problema crônico que já virou drama brasileiro e pode vir a ser uma tragédia caso não haja gestão governamental no setor do Meio Ambiente por lá. A seguir mais detalhes sobre a criatividade e consciência da ecologia do garoto de Caculé.


Em alguns lugares tem alguma água...

 
...mas em geral há muita escassez no semiárido



O invento se trata duma cisterna diferente, uma construção não convencional que ao invés de cimento usa fibra de coco que é abundante na região que se localiza a 600 quilômetros de Salvador, capital da Bahia: Sandro Rocha mesmo com esse dom para a engenharia, pretende fazer uma Faculdade de Medicina na sequência dos seus estudos. A sua cisterna não convencional foi elogiada também pela New Economics Foundation, por ser ao mesmo tempo útil para a economia e para a ecologia. O jovem cientista usa garrafas tipo Pet. Por lá não existe reciclagem de lixo e as pets são queimadas e isso gera mais um problema ambiental, a poluição do ar. Em vez de usar tijolos na construção da sua cisterna ele usa as garrafas de plástico, para poupar o ambiente e também para economizar recursos. Sandro tem consciência que esta sua cisterna por enquanto só existe por ali em Caculé e em muito pequena escala. Premiado nacionalmente em Brasília agora ele acredita que esta solução poderá se tornar um protótipo ou um projeto e virar uma alternativa em grande escala lá no sertão semiárido, diante da escassez hídrica. Não é à toa que existe a luta da ASA e megaprojetos como a polêmica e criticada transposição das águas do Rio São Francisco. 

O povo do sertão precisa de água para plantar e para sobreviver em toda a região do nordeste brasileiro


(Confira na seção de comentários do blog da gente mais informações sobre a escassez de água no semiárido bem como sobre a luta da ASA, além de mensagens e opiniões)


Esta é uma outra luta pela água no sertão


Fontes: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
              folhaverdenews.blogspot.com


7 comentários:

  1. A cisterna do garoto Sandro Lúcio Nascimento Rocha, que aos 16 anos mostra um talento fora do comum e muita visão ecológica, foi muito elogiada no exterior também pela entidade New Economics Foundation, que planeja dar uma oportunidade de estudos para o jovem de Caculé, Bahia.

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  2. A criativa e sustentável cisterna do Sandro Rocha é diferente e mais alternativa, nem porisso menos importante que as milhares de cisternas que a ASA (Articulação do SemiÁrido) vem nestes anos implantando em todo o Nordeste do país.

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  3. "A região semiárida brasileira que ocupa significativamente a porção Nordeste é uma das áreas mais populosas do Brasil. Todavia, grande parte da população ainda não possui o devido acesso à água. As políticas públicas e também os programas governamentais voltados para essa região, ainda estão distantes de promover a descentralização para a democratização da água. Historicamente, a ação estatal, quando presente, tratou de priorizar a construção de grandes obras de reservatórios de água, que acabaram fortalecendo a chamada “indústria da seca”. No final da década de 1990, em meio a um grande período de estiagem na região semiárida brasileira, diversas entidades da sociedade civil se juntam para criar a Articulação Semiárido Brasileiro (ASA), instituição cujo objetivo é coordenar ações de convivência com o semiárido, dentre elas, o de democratizar o acesso à água, que se fez principalmente por meio da implantação do Programa Um Milhão de Cisternas (P1MC) a partir do uso de Tecnologias Sociais": comentário de Camila Kayssa Targino, que escreveu O Papel da Asa, como mestrado em Meio Ambiente na Universidade do Rio Grande do Norte.

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  4. "A proposta da ASA que já instalou milhares de unidades no semiárido prevê a construção de cisternas para captação e armazenamento de águas pluviais, com o objetivo de abastecimento humano. Esta ação tem sido objeto de inúmeros debates acadêmicos e políticos que buscam destacar os limites e as possibilidades dessa política. Assim, nosso objetivo com esta pesquisa realizar uma análise da política pública P1MC já implantada e, outras em fase de implantação, com o propósito de compreender sua capacidade enquanto estratégias de convivência com o sertão para os agricultores e moradores da zona rural de Apodi-RN. A pesquisa possui natureza qualitativa, com realização de entrevistas e a aferição dos resultados": comentário ainda de Camila Targino, explicando o estudo que fez para a UFRN.

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  5. Aguarde, depois, aqui nesta seção, nova edição de comentários e também mensagens e opiniões: você pode participar, coloque aqui ou envie o seu conteúdo pro e-mail do blog da gente, mande para navepad@netsite.com.br

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  6. Vídeos, fotos, material de informação, sugestão de matérias ou noticiário ecológico, você pode mandar também direto pro e-mail do nosso editor aqui padinhafranca603@gmail.com

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  7. "Que maravilha um adolescente do interiorzão da Bahia com tanta consciência ecológica e tamanha inventividade, isso nos dá uma esperança de dias melhores no país mais à frente": comentário de Geraldo Mattos, engenheiro civil, de Divinópolis (MG) que nos disse ter entrado no site repositorio.ufrn.br para pegar mais informações sobre a cisterna alternativa criada pelo estudante de Caculé.

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