Pesquisadores investigam na UE técnicas tradicionais de cultivo com menos água
devido à situação do verão europeu: por aqui é importante agora novas práticas
agrícolas, por aqui e também em todo o planeta e em todos os setores, todos precisamos nos
preparar para extremos de temperatura e clima, indicam pesquisadores da Universitaet Tübingen
Sistemas
de coleta de águas pluviais com terraços para a agricultura em Vilaflor, na
ilha canária de Teneriffe foram destacdas por Laura Dierksmeier e também pelo site brasileiro de assuntos socioambientais EcoDebate: não se pode
desperdiçar a água da chuva, segundo recomendam pesquisadores do Centro de Pesquisas Colaborativas de Tübingen (SFB) ResourceCultures
que estão investigando como as sociedades agrárias no passado aprenderam a
lidar com calor e aridez enquanto mesmo assim produziam alimentos. “Hoje, a
falta ou a escassez de água é um problema e há muitos exemplos históricos
dela”, diz drª Laura Dierksmeier, que está pesquisando economias insulares no
início da era moderna como parte de todo um um projeto: “Como mostra a
história, existem soluções. Podemos encontrar abordagens viáveis para o futuro,
olhando para o passado mais antigo. Esta pesquisa é de muito valor também pro
Nordeste do Brasil, para todo o semiárido e por tantas regiões que hoje em
nosso país já sofrem falta ou escassez de água e até um processo de
desertificação”, comentou por aqui no blog da ecologia e da cidadania ao postar
aqui estas informações o ecologista Antônio de Pádua Silva Padinha, editor do Folha Verde News.
”A água como um recurso é um fator importante,
aponta a cientista Laura Dirksmeier deste trabalho ResourceCultures, ela orienta que a disponibilidade ou a
distribuição de água podem, em última instância, sustentar a estabilidade e a
cooperação social. Cita ainda as paisagens Dehesa do sul da Península Ibérica
como um excelente exemplo: “Há milhares de anos, os agricultores de lá tiveram
que sobreviver aos longos e secos verões”. Em um projeto interdisciplinar, o
porta-voz do SFB, professor Martin
Bartelheim, e uma equipe de arqueólogos estão trabalhando com antropólogos
culturais liderados pelo professor Roland Hardenberg, da Universidade de Frankfurt, para examinar a formação e o uso do
Dehesa. Os bosques característicos de carvalhos e oliveiras foram plantados
entre 2.800 e 4.000 anos atrás e sobreviveram a todas as mudanças climáticas que
foram intensas desde então. Os animais domesticados nativos da região (porcos Ibéricos,
ovelhas Merino e ovelhas e caprinos Retinta) têm pastado o Dehesa desde a Idade
do Bronze. Tanto os animais como a paisagem são ideais para se entender como
pode funcionar uma adaptação a condições do clima que não são tão favoráveis,
um ambiente climático que se parece também com a realidade hoje de algumas
regiões brasileiras.
Soluções antigas para o problema do
abastecimento de água são o foco dos arqueólogos Dr. Frerich Schön e Hanni
Töpfer, sendo liderados pelo professor Thomas Schäfer, em um outro projeto que trata de
mais de cem cisternas nas ilhas italianas de Linosa e Pantelleria. As cisternas
continham entre cinco ou 100 metros cúbicos de água. Eles foram cortados na
rocha por colonos púnicos do século VIII aC e depois expandidos pelos romanos.
Alguns desses poços de armazenamento de água subterrânea ainda estão em uso
hoje. Tais sistemas eram essenciais para evitar o transporte de mão-de-obra intensiva,
particularmente em áreas com pouca água subterrânea. As cisternas subterrâneas
são relativamente fáceis de manter e mantêm a água fresca e limpa. Eles também
ajudam a evitar a erosão do solo, recolhendo o excesso de água numa eventual chuva
mais pesada. Os pesquisadores também estão analisando os efeitos da escassez de
água a longo prazo nestas antigas comunidades na Itália. A historiadora Dra.
Laura Dierksmeier, liderada pelos professores Renate Dürr e Jörn Stäcker, está
investigando as ramificações econômicas e sociais da escassez de água nas
sociedades insulares do final da Idade Média e da Idade Moderna. As ilhas
muitas vezes não têm água potável e são, portanto, particularmente mais vulneráveis.
No seu estudo, a drª Laura Dierksmeier encontrou uma conexão clara entre renda e acesso à água
limpa. Nas Ilhas Canárias e nas Ilhas Baleares, isso levou a tensões sociais,
conflitos e criminalidade. Doenças eclodiram porque não havia água suficiente
para higiene pessoal e para manter os hospitais limpos. Crianças e idosos foram
os mais afetados. Numa tentativa de melhorar a situação, a água foi alocada a
indivíduos em um sistema de cotas. Isso foi feito para garantir que esse
recurso escasso chegasse a todos e em especial às pessoas que mais precisavam. Houve até uma “polícia
das águas” que foi introduzida para determinar quem era o dono da água, para
verificar a qualidade hídrica e punir quem a poluísse. De repente, nesse
ponto, esta pesquisa tem muito a ver também com o Brasil atual...
(Confira na seção de comentários deste blog mais informações sobre este problema e algumas soluções)
(Confira na seção de comentários deste blog mais informações sobre este problema e algumas soluções)
Fontes: ecodebate.com.br - hypescience.com
folhaverdenews.blogspot.com
Já recebemos mensagens e temos também comentários a serem postados, inclusive informações do siteHypescience (8 soluções radicais para a falta ou escassez de água): aguarde nossa edição e venha conferir depois.
ResponderExcluirNesse meio tempo, mande uma mensagem você também para nosso blog através do e-mail navepad@netsite.com.br e/ou se tiver vídeo, fotos, material de informação pode enviar diretamente pro e-mail do editor de conteúdo deste nosso blog de ecologia e de cidadania padinhafranca603@gmail.com
ResponderExcluir"Só uma gestão ambiental dos governantes com a implantação de práticas sustentáveis de desenvolvimento ou uma economia mais ecológica no meio rural e urbano, só assim poderemos com o tempo superar este desafio": comentário de Dario Almeida, engenheiro florestal pela USP.
ResponderExcluir"Foram 8 soluções radicais para a escassez de água, quando cresceu a preocupação com as secas em diversas partes do leste e do sudeste do Reino Unido, onde eu estava. As companhias de água impuseram restrições, devido aos dois invernos secos anteriores, que deixaram os níveis de reservatórios, aquíferos e rios bem abaixo do normal.
ResponderExcluirA proibição impedia o uso de mangueiras em jardins, carros ou barcos para “usos recreativos”, para encher piscinas ou fontes ou para limpar calçadas, paredes e janelas. Quem desafiasse a lei podia acabar sendo processado, além de levar uma multa de no mínimo mil libras": comentário de Luan Galani, no site Hypescience.
"No caso do tempo seco continuar pela primavera no hemisfério norte, a seca poderia se espalhar para os estados do norte e do oeste, segundo relatório da Agência Ambiental do Reino Unido, que faz parte do Ministério para Meio-ambiente, Alimentação e Assuntos Rurais da Grã-Bretanha": comentário também de Luan Galani, debatendo essa questão no site Hypescience.
ResponderExcluir"A gente se lembra do ano amargo de 1976, quando houve racionamento geral, e ao crescimento populacional – segundo o governo da ilha, sua população vai crescer em 10 milhões nos próximos 18 anos –, como se prevenir de uma crise de água? Existem oito soluções radicais, de acordo com os especialistas. Confira. 1 – Gastar bilhões em reservatórios
ResponderExcluirUma maneira de evitar as secas é ter mais água armazenada, o que significa mais reservatórios. As companhias de água sempre desejaram construir mais reservatórios, mas permissão das autoridades nunca foi concedida, já que o governo, em contra partida, queria que as companhias reduzissem os vazamentos. Mas agora o governo parece estar decidido a voltar atrás. Contudo, reservatórios levam um longo tempo para serem planejados e construídos, além de serem caros": comentário de Colin Green, sobre escassez de água no Reino Unido, ele é da Universidade de Middlesex, resumindo, explica que parte do problema dos reservatórios é que eles são um grande investimento, e é difícil prever como as coisas vão estar em 40 anos: “Vários reservatórios foram construídos nos anos de 1960, na expectativa de que haveria um crescimento industrial no consumo de água. Mas isso não aconteceu”. A seguir outras soluções radicais discutidas lá.
"Para uma ilha como a Grã-Bretanha, uma solução possível é óbvia: a dessalinização. Esse processo consiste em converter a água salgada em água potável. A primeira planta de dessalinização em Londres é de 2010. Ela pode abastecer com água 400 mil casas ou 1 milhão de pessoas. Mas a planta só opera em períodos de seca, devido aos custos. Segundo o diretor administrativo da Waterwise, companhia que visa diminuir o consumo de água, mais plantas poderiam ser instaladas nas costas do país, mas os custos e o impacto da emissão de CO2 seriam imensos. E haveria mais um problema: mesmo depois da água purificada, o que fariam com o sal residual? A dessalinização em grande escala também pode pôr em arrisco a vida marinha": comentário da WWF em relação a medidas de solução, debatidas no site Hypescience.
ResponderExcluir"Acredito que Nordeste do Brasil os governos deveriam faz algo como a dessalinização em níveis sustentáveis, pelo menos para se obter água básica para a população, os animais e as plantações, melhor que carros pipas ou sofrer direto com a seca": comentário de José Carlos Gomes, engenheiro, que nos mandou noticiário sobre como transformar água salobra (que existe no subsolo do semiárido) em água potável. Ele atua no Crato, no Ceará.
ResponderExcluir"O Brasil tem eleições gerais nos próximos dias e se a mídia fosse responsável estaria colocando a questão ambiental em foco, ainda bem que existem cientistas e ecologistas que não se omitem": comentário de Pláucio Perez, engenheiro elétrico, pesquisador, de férias no Brasil (em SP), ele que faz curso de doutorado na França sobre energias limpas.
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