Maioria da grande mídia silencia mas redes sociais, agência de noticias como a AFP ou alguns jornais como o Los Angeles Times (USA) destacam o perigo de morte de Oleg Sentsov que ao fazer jejum pede a libertação dele e de mais 54 prisioneiros políticos ucranianos na Rússia da Copa do Mundo invisível para muitos
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Greve de fome de Oleg Sentsov se inspira.... |
Aqui no Brasil também poucos noticiam mas o Jornal do Brasil (o site JB) não se cala assim como o nosso blog de ecologia e de cidadania Folha Verde News, por uma questão também humanitária: Oleg Sentsov completa hoje 51 dias de greve de fome. Seu advogado
informou que o estado deste diretor de cinema, documentarista e ativista de direitos humanos é crítico. Ao mesmo tempo, integrantes do movimento de cidadania faziam um
protesto por sua libertação. A questão de Oleg e de outros ucranianos presos, nem todos com motivação certa é injusta, por razões políticas mas agora se tornou também algo humanitário, em defesa da vida", comentou um dos defensores da libertação e Sentsov e de outros prisioneiros na Rússia, defendendo em suma a própria liberdade de oposição.
Oleg Sentsov recusa comida desde 14 de maio, exigindo com esta tática da Não Violência que o governo russo libere ele e todos os presos políticos ucranianos. O ativista e documentarista programou seu protesto para que coincidisse com a realização da Copa do Mundo, quando todas as atenções de milhões de pessoas se voltam para o país sede do mundial de futebol. O diretor quer que o Presidente Putin liberte todos os seus conterrâneos da Ucrânia que foram presos por motivos políticos. "A causa tem fundamento e o estado de Sentsov é muito sério”, explicou Dmitry Dinze, advogado do cineasta, em entrevista por telefone, falando da região remota onde fica o presídio. Por solidariedade ao artista de 41 anos, ativistas de cidadania realizaram um protesto na região central de Kiev um dia após a Rússia vencer a Espanha no mundial da bola.Também haviam acontecido protestos no domingo, com os manifestantes usando faixas e cartazes pedindo a libertação de presos políticos na mesma situação de Sentsov. Ele foi detido na Crimeia em 2014, acusado de planejar incêndios, depois de a Rússia anexar a península. Negou as alegações, mas sem ter chance de defesa foi condenado por terrorismo e cumpre sentença de 20 anos no Extremo Norte da Rússia.
A vice-presidente do Parlamento da Ucrânia, Irina Gerashchenko, publicou os nomes de 23 prisioneiros russos que ela disse que o governo está disposto a trocar por Oleg Sentsov e outros detentos ucranianos:“Eu conclamo ao governo russo que leve de volta os seus conterrâneos e nos devolva os ucranianos, é hora da liberdade".
Um grupo de artistas e intelectuais russos enviou um manifesto ao presidente Vladimir Putin pedindo a absolvição de Sentsov. O documento afirma: “Prezado Sr. Putin, um homem está morrendo. Nós não acreditamos que sua culpa seja tão grande a ponto dele ser condenado a 20 anos e muito menos à morte. Ele tem sido sincero em relação às suas alegações e sua greve de fome demonstra isso. É necessário mostrar misericórdia para salvar essa vida e pacificar nossa gente".
(Confira na seção de comentários deste nosso blog informações para entender a questão da Rússia, da Ucrânia e da Criméia, as motivações da luta de Oleg Sentsov e muita gente que pode ser classificada como opositores nesta situação que se torna cada vez mais complexa e pode gerar violência)
Fontes: APF - JB - clicrbs.com.br
folhaverdenews.blogspot.com
A greve de fome de Oleg Sentsov bem como a de outros presos políticos nos bastidores da Copa do Mundo na Rússia envolve questão complexa, política, delicada entre este país, a Ucrânia, a Crimeia: nosso blog pede a libertação e julgamento imparcial dos prisioneiros, bem como, a seguir dá alguns detalhes da situação para você entender mais do contexto, uma forma de violência que não pode continuar nem ser silenciada.
ResponderExcluirNa última visita do advogado a Sentsov na prisão, que fica a 4 mil quilômetros de Moscou, foi há duas semanas. Na ocasião, ele destacou que os rins do cineasta já começavam a falhar: "Ele não tem
ResponderExcluircom o mundo exterior, não posso falar com ele nem ao telefone”: comentário de Dimitry Dinze, que é o advogado de Oleg Santsov.
"Uma emissária do Estado ucraniano, Liudmyla Denisova, não teve acesso a Sentsov na semana passada, depois de viajar para a remota região onde ele está preso e em greve de fome. A situação sobre os prisioneiros russos é algo dramático e apenas o presidente russo, Vladimir Putin, pode decidir o destino deles e de Sentsov": comentário também de Dimitry Dinze à agência AFP.
ResponderExcluirIntelectuais e artistas da Rússia e do exterior estão pedindo a libertação de Sentsov, incluindo o escritor norte-americano Stephen King e o diretor indicado ao Oscar Andrei Zvyagintsev.
ResponderExcluir"O cineasta ucraniano Oleg Sentso completa 51 dias de grave de fome, alega ter sido torturado pelas autoridades russas e nega as acusações de ter feito ações de terrorismo": comentário na BBC News.
ResponderExcluirA seguir, um resumo de informações para a gente aqui do Brasil entender melhor os conflitos. A primeira questão. A Ucrânia sempre foi um país independente? Não, e isso explica parte da confusão atual. A Ucrânia fazia parte da URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas) e só se tornou independente em 1991. Isso gerou uma divisão dentro do próprio país, pois a região oeste do país busca aproximação com a União Europeia, enquanto a região leste se identifica com a Rússia, não só pela proximidade, mas também pelo histórico que possui.
ResponderExcluirAs raízes do conflito. Os protestos começaram porque o então presidente da Ucrânia, Viktor Yanukovich, se recusou a assinar um acordo de aproximação com a União Europeia, preferindo se aproximar da Rússia. O governo ucraniano inclusive disse que os russos teriam ameaçado cortar o fornecimento de gás na região e tomar medidas protecionistas contra os produtos ucranianos caso Yanukovich não assinasse o acordo com o país. Alguns manifestantes contrários a isso resolveram ocupar prédios públicos e foi ai que o conflito começou. O presidente Viktor Yanukovich foi deposto do cargo e foram propostas novas eleições. Enquanto isso o presidente do Parlamento ucraniano, Oleksander Turchynov assumiu o governo e começou uma campanha contra a Rússia e a favor da aproximação com a União Européia. Os pró-russos então começaram a criticar a deposição do presidente Yanukovich, dizendo que houve um golpe de Estado.
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