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segunda-feira, 21 de maio de 2018

ÁREAS ESSENCIAIS PARA O ÚLTIMO EQUILÍBRIO DO MEIO AMBIENTE ESTÃO CADA VEZ MAIS DESPROTEGIDAS ALERTA UM NOVO ESTUDO DE CIENTISTAS DE 18 PAÍSES

G1 por aqui no país e Science no planeta divulgam este estudo que mostra a última ecologia em grande risco algo que pode até ameaçar a existência de vida no futuro




Mapa das áreas que deveriam estar protegidas para haver futuro na vida



Clique no mapa, amplie e confira por exemplo por aqui no Brasil (quanto mais alaranjada a região maiores os impactos já detectados neste levantamento). Algumas áreas que hoje  deveriam estar totalmente protegidas têm atividade humana nem sempre limitada e quase nunca preservando a biodiversidade ou o equilíbrio ecológico, o pior é que estes pontos críticos representam um terço das áreas que deveriam esta sob total proteção mas estão sofrendo intensa pressão humana de atividades econômicas por processos que incluem a construção de estradas, a agricultura, a pecuária e a urbanização etc. É o que demonstra este estudo publicado em todos os detalhes na revista Science. O levantamento mundial fez uma avaliação do impacto da atividade humana em terras que deveriam estar em termos de ambiente protegidas, a avaliação vem sendo feita desde 1992 até agora. De todas as terras teoricamente sob proteção, 33% estão sob intensa atividade humana ao passo que 42% estão livres de pressões mensuráveis, por enquanto. Apenas 10% dessas áreas estão totalmente livres de atividade humana, no caso, a maior parte localizada em terras remotas, como em regiões da Rússia e do Canadá próximas do Polo. Raramente há áreas sob proteção que estão tendo atividade humana limitada ou sustentável, tornando assim possível que ela conviva com a biodiversidade e preserve a última ecologia. Em alguns países atualmente, por aqui no Brasil também, nem se leva isso em conta. 


Luta pela conservação da natureza com centenas de cientistas de 18 países


Um terço das terras reservadas para proteção de recursos naturais e hídricos está sob intensa pressão humana por processos que incluem a construção de estradas, a agricultura e a urbanização, alerta o estudo publicado na nova edição da Science. O levantamento fez uma avaliação detalhadas do impacto  e das consequências. De todas as terras sob proteção, algumas estão protegidas por serem remotas demais ou até inacessíveis, como nas proximidades dos Polos Norte e Sul. O mapa do estudo publicado agora mostra áreas sobre intensa atividade humana. Quanto mais alaranjada a cor, mais intensa a atividade é. (No quadro B, está o Parque Nacional Podolskie Tovtry, na Ucrânia. Na C, estradas na Tanzânia; Na D, áreas de agricultura e prédios na Coréia do Sul (Google Earth/Science).

A lista vermelha de extinções aumentou demais nesta década


De acordo com a União Internacional para a Conservação da Natureza, método adotado pela ONU e a Convenção Diversidade Biológica, uma área protegida deve manter a integridade ecológica e as suas condições naturais; nesse sentido, espécies e seus hábitats devem se manter protegidos da ação humana para que os processos ecológicos e evolutivos se mantenham, garantindo também uma reserva da própria vida na Terra.  




 O mapa da escassez de água é quase 50% do planeta


"Há uma clara relação entre atividade humana e o declínio da biodiversidade", concluíram em resumo os pesquisadores deste estudo sobre a última ecologia.


Até na Amazônia, no Pantanal e em terras indígenas as áreas sendo violadas: o Brasil é um país onde este processo está até na contramão do planeta


Os pesquisadores da UICN (União Internacional da Proteção da Natureza) ainda bem constatam no entanto que há cenários em que a atividade humana pode conviver com a biodiversidade, como em algumas combinações menos extensivas de agricultura (agroecologia, silvicultura etc). Outro ponto a se considerar é que a atividade humana não responde por toda a pressão que se coloca na natureza, outros fatores, como a mudança climática também interferem no equilíbrio ecológico de áreas sob preservação que estão sendo invadidas a favor somente de interesses tipo o agronegócio. Uma outra pesquisa publicada nesta mesma edição da Science mostrou que até 2100, muitas espécies de plantas e vertebrados perderão seus habitats se o aquecimento global continuar crescente na proporção atual, chegando a mais de 2º C. O maior impacto será sentido para os insetos, que perderão 18% de suas faixas de ambiente naturais, insetos como as Abelhas e outros polinizadores. Sem eles, a própria vida terá que se reinventar ou ser reinventada para uma estrutura de equilíbrio entre as atividades econômicas e as necessidades ecológicas, mesmo porque não podemos trocar de ambiente ou de planeta como trocamos de roupa. 



(Mais informações na seção de comentários deste blog, divulgando este e outros alertas)

 
Nem só as Girafas estão ameaçadas de extinção...

Fontes: g1.globo.com - Revista Science
             folhaverdenews.blogspot.com

6 comentários:

  1. Participaram desta estudo, alerta sobre a última ecologia, centenas de cientistas de 18 países de todos os continentes, alguns ligados à UICN e outros a dezenas de outras entidades, enfim, se trata dum consenso científico, não é sensacionalismo.

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  2. Uma pesquisa básica tipo Wikipédia é suficiente para mostrar a grandeza ou a seriedade do trabalho da União Internacional da Proteção da Natureza, em funcionamento há quase 70 anos.

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  3. As origens da UICN remontam ao período imediatamente subsequente à Segunda Guerra Mundial, tendo sido criada por alguns governos, com apoio da UNESCO e de seu primeiro presidente, Julian Huxley, neto do conhecido naturalista Thomas Huxley e irmão de Aldous Huxley. À época as Nações Unidas estavam no processo de serem criadas, e os governos dos Estados Unidos, França e Reino Unido discutiam a necessidade de criar uma instituição de amplitude internacional dedicada a promover a proteção da natureza. No entanto, havia desacordo entre esses governos quanto à estrutura da nova instituição, que poderia ou não pertencer ao quadro das Nações Unidas por ter uma bse científica e não política. Esta história serve de apoio agora para este estudo divulgado pela Science, também aqui no blog do nosso movimento da ecologia, da cidadania, da ciência e da não violência.

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  6. "Importante a história da União Internacional da Proteção da Natureza, uma luta que é superatual, já tem quase um século e ainda não tem o apoio dos governos e da mídia": comentário de Jarbas Oliveira. do Rio de Janeiro, que fez pósgraduação na UFMG e vive em Belo Horizonte agora.

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