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sábado, 28 de abril de 2018

UMA PEQUENA GRANDE NOTÍCIA QUE MOSTRA UM CIDADÃO DO POVO FAZENDO AQUILO QUE O PODER PÚBLICO NÃO FAZ PARA RECUPERAR O MEIO AMBIENTE

Brasileiro cria ecobarreira para despoluir um rio no Paraná por sua própria conta e o fato bombou na Internet em vários países mostrando que ainda há esperança para se recuperar a ecologia perdida até por aqui no Brasil também: mas as autoridades precisam implantar gestões ambientais com um mínimo de amor à natureza, ciência e tecnologia protegendo os recursos naturais vitais até para a economia do país



Diego Saldanha indo à luta pelo rio Atuba no Paraná


A notícia vem do Paraná, um morador até então anônimo da cidade de Colombo, cansado de ver tanta poluição no rio Atuba que corta o espaço urbano e rural por ali, ele resolveu agir para tentar uma alternativa de solução, uma vez que autoridades da região não se interessavam em tomar providências. O personagem Diego Saldanha nadou e pescou muito no rio Atuba na sua infância e já não aguentava mais ver a situação de suas águas piorarem dia após dia. A população reclamava da poluição no local, mas nada fazia a respeito nem tão pouco o poder público. Diego, decidiu fazer, ele próprio, algo pelo rio que amava: depois de estudar o problema, construiu uma ecobarreira com galões de água usados e pedaços de rede de proteção, que foi instalada num local estratégico do rio. "A invenção parece simples, mas tem toda uma inteligência por trás que faz com que ela acompanhe o nível da água e seja ainda mais eficiente", comentou o engenheiro Marcos dos Santos que visitou o local onde Diego Saldanha fez a barragem. Em um ano e três meses, a pequena e improvisada estrutura já retirou do rio uma tonelada e meia de resíduos. A porção de recicláveis é encaminhada ao colégio dos filhos de Diego Saldanha para ser vendida e gerar renda à instituição (esta iniciativa já arrecadou mil reais para a escola). Objetos mais peculiares e estranhos foram retirados das águas e agora ficam expostos em uma espécie de museu que o morador montou para conscientizar a população e os visitantes sobre a urgência de lutar pela ecologia das águas. Entre os mais variados tipos de objetos e resíduos, várias bonecas, que a mãe de Saldanha caprichosamente reforma e põe à venda no brechó que tem na cidade. Esta história comoveu muita gente e o jornal e site da Espanha El Pais a relacionou com a escassez de água em vários lugares do mundo, por aqui no Brasil também. "É urgente que a população e os governos vão à luta para recuperar os recursos naturais e mais ainda as águas, vitais para que exista chance de vida num futuro próximo", comentou por sua vez aqui no blog do movimento ecológico, científico e de cidadania Folha Verde News, o ecologista Antônio de Pádua Silva Padinha, também tocado pela atitude ecológica e criativa de Diego Saldanha, de Colombo no Paraná.  

Diego colhe objetos os mais estranhos capturados pela ecobarragem no rio Atuba 


(Dentro desta pauta, confira na seção de comentários daqui do blog da gente dados sobre a situação dos rios brasileiros, em levantamento feito pela Fundação SOS Mata Atlântica, aí você pode dimensionar a importância desta pequena iniciativa de grande valor moral)



O ecologista sonha um dia voltar a pescar no Atuba como quando era menino



Resumo - Um levantamento da SOS Mata Atlântica mediu a qualidade da água em 177 pontos de 96 rios em sete estados brasileiros e constatou que 40% apresentam uma qualidade ruim ou péssima. Ao todo, 87 pontos analisados (49%) tiveram sua qualidade da água considerada regular, 62 (35%) foram classificados como ruins e 9 (5%) apresentaram situação péssima. Apenas 19 (11%) dos rios e mananciais mostraram relativa boa qualidade. E nenhum dos pontos analisados pôde ser avaliado como ótimo pela equipe técnica formada por biólogos, engenheiros ambientais e ecologistas. Segundo informa o site Bem Paraná a despoluição do rio Atuba (veja comentário neste sentido) é fundamental para resgatar o equilíbrio ambiental de Curitiba. 






Fontes: institutodeengenharia.org.br
              Fundação SOS Mata Atlântica
              folhaverdenews.blogspot.com



7 comentários:

  1. "Conhecida por capital ecológica, Curitiba ao longo dos últimos anos vem tendo de enfrentar um grave problema de poluição. De acordo com informações da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA) e do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), entre 75% e 85% dos rios e lagos da Capital possuem um Índice de Qualidade de Água (IQA) considerado ruim ou péssimo e, para piorar, nos últimos 15 anos pouquíssima coisa mudou — quando não piorou. Um dos rios que sofre com a situação é o Atuba, situado entre os municípios de Curitiba, Colombo e Pinhais. Um rio histórico, diga-se de passagem: foi em sua margem esquerda, próximo do atual Bairro Alto, que, em 1649, teve início a colonização da cidade de Curitiba. Mas um morador de Colombo, na região metropolitana de Curitiba, vem tratando de manter viva a esperança de o rio ser recuperado": comentário em matéria especial no site Bem Paraná.




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  2. "Além dos números preocupantes, o estudo da Fundação SOS Mata Atlântica mostra o papel fundamental do cuidado com o meio ambiente natural para a garantia de água de boa qualidade. Todos os 19 pontos que se encaixaram nessa categoria estão localizados em áreas protegidas e que contam com matas ciliares preservadas. Fora das cidades.
    Na lista de melhores resultados, entram áreas protegidas da Bacia do Alto Tietê na Área de Proteção Ambiental (APA), Capivari-Monos e no Parque Várzeas do Tietê": comentário extraído do relatório desta entidade que constatou que 40% apresentam uma qualidade ruim ou péssima. Ao todo, 87 pontos analisados (49%) tiveram sua qualidade da água considerada regular, 62 (35%) foram classificados como ruins e 9 (5%) apresentaram situação péssima. Apenas 19 (11%) dos rios e mananciais mostraram relativa boa qualidade.

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  3. "Em Minas, cheia de nascentes e rios, a SOS Mata Atlântica encontrou água com qualidade boa em Extrema, na APA Fernão Dias. E no Espírito Santo, também foi observada água com qualidade boa no município de Santa Teresa, conhecido como Santuário Capixaba da Mata Atlântica, que possui ricos ambientes biológicos como as Reservas de Santa Lúcia e Augusto Ruschi. Já os piores índices se encontram próximos aos centros urbanos. Falta de tratamento de esgoto, lançamento ilegal de efluentes industriais, além do desmatamento são as principais fontes de contaminação e poluição dos recursos hídricos": comentário no site Instituto de Engenharia.



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  4. "Uma equipe da nossa ONG fez 34 coletas em pontos diferentes de 32 subprefeituras da cidade de São Paulo. O desempenho foi desastroso: mais da metade das amostras apresentaram qualidade ruim; 17,5% foram regular, e 23,5% foram consideradas de péssima qualidade. A reversão desse quadro passa pela proteção das áreas dos mananciais. Exemplo que vem da cidade de Salto, no interior paulista, onde o ponto de captação saiu do regular (quase ruim), em 2010, para bom, após a realização de um programa de três anos de restauração florestal": comentário de técnico que participou do relatório da SOS Mata Atlântica.

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  5. “A solução não é apenas coletar e tratar esgoto, é preciso conscientização da população e bons planos diretores e gestão ambiental das prefeituras": comentário de Malu Ribeiro, coordenadora da Rede das Águas da SOS Mata Atlântica.

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  6. "Este é um cidadão modelo": comentário de Maria Aparecida Silva Paula, professora de Português, de Francês e de piano em Franca (SP), mensagem através do Facebook.

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  7. "Este relatório da SOS Mata Atlântica que por todo o país, analisando 96 rios concluiu nos testes que 40% deles estão poluídos deveria ser o roteiro para uma gestão ambiental governamental de recuperação de nossas águas": comentário de Cleacir Alves, de Vila Velha, no Espírito Santo, empresário, que nos manda fotos dos problemas que se agravam no Rio Doce.

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