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quinta-feira, 8 de março de 2018

SALÁRIO MAIS BAIXO PARA MULHERES REDUZ AS CHANCES DUM DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL AQUI OU EM QUALQUER PAÍS

Na Islândia este tipo de preconceito é crime e gera punição à empresa mas no Brasil já virou uma prática danosa às mulheres e deveria ser a prioridade debatida na data festiva de hoje porque a questão não é somente sexo ou violência mas toda a estrutura da vida: sem salário igual celebrar Dia da Mulher é hipocrisia  
 

 

 Djamila Ribeiro é uma jovem líder das mulheres brasileiras




Conforme mensagem que recebo assinada por Érica Fraga (FolhaPress) a questão salarial deve ser o centro do debate, ela cita que com cinco anos de carreira, a analista de logística Laíse Pereira, 26, recebe menos que o marido, o estatístico Rafael Ribeiro dos Santos, 29, ganhava com apenas um ano de formado: "Vejo a batalha dela e não me conformo. Sinto na pele a vantagem de ser homem branco em relação a ela, que, além de mulher, é negra, claro que a formação importa', diz Rafael, que estudou na USP. "Sei que a área também influencia. Mas acho que nada justifica a discrepância tão grande", afirma Laíse, que fez administração na Unip e pós-graduação no Senac. Ciente do impacto da desigualdade sobre o orçamento do casal -que ainda não tem filhos-, o estatístico começou a refletir sobre esse custo para a sociedade e resolveu pesquisar o tema durante o mestrado em economia no Insper. Os resultados da tese recém-concluída confirmaram suas suspeitas: a discriminação contra a mulher no mercado de trabalho reduz o crescimento econômico. Segundo o estudo, em 7 anos, cada 10% de aumento na diferença entre salários -que tenha relação com o preconceito de gênero- reduz em cerca de 1,5% a expansão do PIBper capita dos municípios brasileiros. Isso mostra que a discriminação contra a mulher não é apenas questão de injustiça social. Também gera ineficiência econômica", diz a pesquisadora Regina Madalozzo, que acompanhou a pesquisa de Rafael dos Santos, que revela bem a realidade que vai além de sexo, a violência é mais em cima, na economia e na própria estrutura da vida. Para os que lutam por um desenvolvimento sustentável, como nós do movimento ecológico, científico, de cidadania e da não violência (que nos manifestamos através de posts neste blog Folha Verde News), "é urgente equilibrar a economia com a ecologia, a razão com a emoção, a utopia com o dia a dia, o ser humano só terá um futuro sustentável com um equilíbrio também entre os salários e os trabalhos de homens ou de mulheres, de quaisquer pessoas enfim, faz parte até da justiça socioambiental, algo que nem é considerado no Brasil nem pelas autoridades nem pelas discussões sobre o feminismo ou o machismo, equiparação salarial é o primeiro passo para humanizar a atual condição de vida em nosso país", comenta por aqui o ecologista Antônio de Pádua Silva Padinha ao editar este blog no Dia Internacional da Mulher: "A diferença salarial ou a economia atual em suma tem sido a pior entre todas as violências, todas péssimas", completa Padinha em nome do blog do movimento ecológico e de cidadania.




Não basta marketing é preciso mudança estrutural

(Confira na seção de comentários aqui neste blog informação sobre a punição na Islândia para empresas que paguem salário mais baixo para mulheres que exerçam a mesma função que homens, também, mensagens e opiniões) 
 



Fontes: bemparaná.com.br - El Pais - FolhaPress
             folhaverdenews.blogspot.com

8 comentários:

  1. Dentro desta nossa pauta de hoje aqui neste blog da ecologia e da cidadania (mudanças estruturais para avançar a condição de vida da mulher) vale a pena a gente se informar o que rola na Islândia, algo bem diferente do que acontece no dia a dia brasileiro.

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  2. "A Islândia é considerada por muitos especialistas como um pequeno laboratório político, econômico e social. Nesta semana a ilha de pouco mais de 320 mil habitantes começou o ano dando um basta a um dos derivados da discriminação contra as mulheres na vida pública: a diferença salarial. A igualdade no sentido amplo é parte integrante de uma sociedade justa. A igualdade no mercado de trabalho é um aspecto importante a este respeito. Para combater a discriminação salarial baseada no gênero, qualquer empresa com 25 ou mais empregados deverá atestar a igualdade de salário todos os anos”: comentário extraído do documento que resume o programa do atual Governo de coalizão dos conservadores do partido Independência, do partido Progresso e dos Verdes da primeira-ministra Katrin Jakobsdottir, de 41 anos.

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  3. "A notícia atende uma reivindicação histórica no país nórdico. As mulheres deixaram seus empregos quatro vezes nos últimos 42 anos para protestar contra a diferença salarial entre homens e mulheres; em 1975, 1985, 2005 e 2010. A partir de 1º de janeiro de 2018 (embora a iniciativa tenha sido aprovada na primavera passada pelo governo anterior), as empresas com mais de 25 empregados que operem no país –que goza da maior taxa de emprego entre os países da OCDE (86,8% no último trimestre de 2017)– deverão tornar públicos os salários. No caso de um homem e uma mulher receberem uma remuneração diferente, apesar de fazerem o mesmo trabalho, a empresa em questão sofrerá sanções financeiras algo que ainda será regulamentado. Somos o primeiro país do mundo a levar a esse extremo as políticas de igualdade graças a Jakobsdottir, do Movimento Verde, a segunda chefe de Governo do Atlântico desde que Jóhanna Sigurðardóttir, ganhou as eleições em 2009. Embora a Islândia lidere há nove anos o ranking dos países mais equitativos do mundo, seguida por Noruega e Finlândia, de acordo com o Relatório Global de Igualdade de Gênero, o país teve uma queda entre 2013 e 2016, quando a diferença salarial aumentou em alguns setores como instituições financeiras e os municípios fora da capital do país, Reykjavík, de acordo com a Associação Islandesa dos Direitos da Mulher. Nesta nova legislatura, o Governo se empenhou em quebrar o teto de vidro (expressão que, nos estudos de gênero, designa a limitação velada do crescimento profissional das mulheres nas organizações) e, além de deixar a discriminação salarial no passado, acompanhará de perto o caminho já iniciado pela revisão da nova norma (chamada Igualdade de Pagamento Standard) a cada três anos": comentário da primeira-ministra da Islândia em El Pais, Katrin Jakobsdottir,

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  4. "Interessante esta comparação entre Islândia e o Brasil, aliás, entre o céu e o inferno para a realidade da mulher hoje": comentário de Doralice Pereira, socióloga, São Paulo.

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  5. Você pode colocar aqui a sua opinião ou se quiser mande a mensagem pro e-mail da redação do nosso blog navepad@netsite.com.br e/ou envie fotos, charges, vídeos, material de informação pro e-mail do nosso editor de conteúdo padinhafranca603@gmail.com

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  6. "Curti a homenagem que alguns times de futebol fizeram às mulheres, tanto o Cruzeiro em BH como o Corinthians em São Paulo, no caso do Timão, mulher que joga futebol participando do hino nacional na Arena em Itaquera, isso desperta para uma espécie de revalorização, até salarial": comentário de Júnior Gonçalves, repórter esportivo que nos mandou fotos deste evento, agradecemos e vamos divulgar. Paz aí.

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  7. "Acredito mesmo que a equiparação salarial ajudará não só o desenvolvimento do PIB, do país, mas uma relação maior de liberdade e de respeito para com as mulheres": comentário de Djamila Ribeiro, na Rádio Bandeirantes (Band News) em São Paulo.

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  8. "Infelizmente temos até candidato a Presidência da República que defende menores salários às MULHERES...Lamentável...": comentário de Alexia Lee Carp Diem em post no Facebook.

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