Julgamento do Código Florestal no STF confirmou mais perdas para a ecologia e o desenvolvimento sustentável maIs uma vez quem vence são somente os interesses ruralistas e quem perde nossa natureza, o presente e o futuro da vida do país e da maioria da nossa população
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Na atual legislação os direitos socioambientais no país... |
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... não estão protegidos e defendidos, urge mudar e avançar |
Dayane Maravalho vem fazendo alertas sobre o desrespeito aos direitos socioambientais no Brasil na time line do Facebook que se chama Ambientais-vos Enquanto É Tempo e a gente aqui do blog do movimento ecológico, científico e de cidadania Folha Verde News estava atento também sobre este tema e foi então que recebemos agora por e-mail matéria de Naiara Andreoli Bittencourt, do site Terra de Direitos, enfocando o julgamento no STF do Código Florestal Brasileiro, que deveria ser a legislação
mais importante para o Brasil mudar e avançar no Meio Ambiente, mas na verdade não é. O Supremo Tribunal Federal chegou a avaliar dispositivos denunciados por ferirem a Constituição Federal. O único
voto pendente era o do ministro Celso de Mello, responsável por
desempatar a votação em uma série de artigos, mas apesar da fundamentação em relação ao direito socioambiental, o
ministro decepcionou e votou a favor dos ruralistas e desmatadores em
todos os pontos que poderia desempatar.
"Além da regulação da vegetação nativa em áreas particulares, o Código
Florestal conforma o direito de propriedade e em especial as formas de
uso e apropriação do solo rural e urbano, nas áreas territoriais
protegidas, como também regulamenta o regime jurídico de manejo dos
recursos naturais para a presente e futuras gerações", informa a reportagem de Naiara Andreoli Bittencourt. O parecer da lei na época de sua aprovação, de caráter extremamente
técnico, representou retrocesso na tutela e status de proteção da
sociobiodiversidade no Brasil e realizou verdadeira mudança paradigmática
da forma de tutela constitucional da proteção integral do meio ambiente
como direito fundamental difuso de uso comum do povo, para passivos
comercializáveis nos mercados financeiros com atribuição de valor
monetário às qualidades ambientais. Também significou a facilitação e
flexibilização ambiental para o avanço da fronteira agroexportadora de
uso intensivo da terra e dos recursos naturais explicam os especialistas em Direito Socioambiental.
(Confira na seção de comentários aqui no blog da gente mais informações, também sobre a organização Terra dos Direitos, bem como mensagens ou opiniões sobre estes temas)
O desenvolvimento nacional exige planejamento estratégico para além do pragmatismo imediato dos empreendimentos nacionais. Sem a possibilidade futura de usufruto e garantia dos mínimos recursos naturais - como é a água para consumo humano e animal, geração de energia, irrigação e produção agrícola e industrial -, não haverá soberania ou desenvolvimento brasileiro a médio ou longo prazo, é o que em resumo indicam especialistas sobre o Código Florestal atualmente em vigor, chamando a atenção sobre leis que comprometem o equilíbrio do clima e do ambiente, a qualidade da água, o controle dos deslizamentos de terra e os serviços ecossistêmicos. Enfim e em suma, a nossa geração de lideres da cidadania, da ecologia e do desenvolvimento sustentável no processo de lutas e estudos ou projetos para mudar e avançar o Brasil, precisaremos criar um outro Código Florestal de verdade.
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Desastres ambientais como agora no Pará... |
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...clamam por clareza do STF e das leis brasileiras |
folhaverdenews.blogspot.com
A Terra de Direitos foi uma das organizações que atuou como Amicus Curiae no caso, ou seja, como entidade que contribui com mais argumentos para ajudar na decisão dos ministros de justiça do STF. Além de entregar aos ministros estudos sobres os impactos da lei, a Terra de Direitos e outras organizações que são Amicus Curiae foram representadas pelo advogado e professor Carlos Marés.
ResponderExcluirTambém a organização Terra dos Direitos lançou estudo aprofundado e sistematizado sobre as alterações jurídicas advindas pelo Código Florestal, realizada pela pesquisadora Larissa Packer, de título Lei Florestal 12.651/12: avanço do direito civil-proprietário sobre o espaço público e os bens comuns dos povos.
ResponderExcluirLogo mais, mais comentários, aguarde nossa próxima edição, você pode por aqui a sua opinião ou se preferir ou precisar envie mensagem pro e-mail da redação deste blog navepad@netsite.com.br
ResponderExcluirVídeos, fotos, material de informação você pode enviar diretamente pro e-mail do editor de conteúdo deste blog padinhafranca603@gmail.com
ResponderExcluir"Sou estudante de Direito e pelo que senti, na área socioambiental, temos que começar tudo de novo, em termos de legislação": comentário de Elenice Moreira que é de São Paulo e estuda na Unesp.
ResponderExcluir"Precisamos mudar as leis e as práticas, ou seja, algo muito radical e cultural para tornar possível a chance dum desenvolvimento de verdade, sustentável, no Brasil": comentário de José Pedro Pires, do Rio de Janeiro, economista e empresário.
ResponderExcluir"Acredito que esta questão vai ser fator decisivo na eleição para Presidente em outubro": comentário de Mário Lousada de Belo Horizonte (MG), proprietário de agência de publicidade e de pesquisas.
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