Finalmente foi indeferido pedido de licenciamento de megaprojeto poluidor da Gastrading Comercializadora
de Energias SA na região que é importante reserva de Mata Atlântica: vereadores também acolheram o pedido do movimento popular e vetaram o empreendimento que antes tinha tido até o apoio do Governo do Estado
Uma das últimas reservas ecológicas do litoral paulista está livre... |
...graças à luta de todo um movimento popular, ambiental, científico, de cidadania |
A mobilização da população de Peruíbe levou à criação duma frente parlamentar contra a termoelétrica em Peruíbe, para impedir o licenciamento e a instalação do empreendimento que poluiria bastante por utilizar combustível fóssil e produzir chuva ácida nesta região que é localizada bem próxima duma unidade de conservação no bioma Mata Atlântica, tendo uma natureza ainda preservada e muita força em termos de turismo ecológico. Seria uma das 50 maiores termoelétricas do planeta ( de17 gigawatt hora) no local inadequado e num momento impróprio, em que a prioridade precisa ser a utilização de energias limpas (por exemplo, usinas solares e eólicas). Pressionados ppor um grande movimento para impedir a construção, a Câmara Municipal acabou aprovando até uma emenda à lei orgânica do município com um conteúdo ambientalista. Uma vitória das leis ambientais e do movimento ecológico local e regional, grupos como Cals (coletivo de ativistas por um litoral sustentável) e Mocan (movimento contra agressões à natureza), que foram o tempo todo apoiados por entidades ecológicas nacionais e até internacionais, como 350.org Brasil e Coesus. Nesta região de Peruíbe ainda se tem a memória do saudoso Ernesto Zwarg que há 30 anos foi um pioneiro na conscientização da comunidade que foi à luta com a sua liderança e impediu ali mesmo também a construção duma Usina Nuclear nos anos 90. O parecer técnico da Cetesb levou em consideração também o estudo de impacto ambiental e o relatório de impacto do projeto que seria constituído por uma usina termoelétrica de grande potencial de geração de eletricidade, movida a gás, construindo por ali também um porto off shore (no mar) a 10 quilômetros da praia central. O arquivamento definitivo do projeto da Gastrading é uma vitória para a população, mobilizada desde que a o projeto veio a público no início do ano. Mesmo apoiado no início pelo Governo do Estado de São Paulo, com várias dificuldades, inclusive com a exclusão do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) do processo de licenciamento, apesar do pretendido empreendimento se localizar em território indígena, podendo detonar também praias e a costa marítima, uma última reserva da natureza do litoral sul paulista. Peruíbe e o sudeste do Brasil livres de pelo menos mais um enorme problema de meio ambiente.
Além da termoelétrica, um porto off shore (poluindo também o mar) |
O empreendimento da Gastrading usaria energia liberada pela queima de combustíveis fósseis, restos de madeira, diesel, gás natural, carvão, e qualquer material que possa ser queimado. O calor aqueceria uma caldeira de água gerando vapor em alta pressão, que movimentaria as pás da turbina do gerador elétrico, causando porém a poluição do meio ambiente, dióxido de carbono, agravando o efeito estufa; possibilitando chuva ácida na região, degradando um dos últimos pontos onde ainda se encontra Mata Atlântica nativa; Além do mais, a água mais quente, usada nas torres da usina, seria devolvida ao mar, algo que iria desequilibrar totalmente a vida marinha, produzindo uma energia mais cara para o consumidor, poluindo a paisagem, as águas e a saúde da população de Peruíbe. Informações como estas foram divulgadas pelo movimento ambientalista, alertando tanto os moradores, como as autoridades e os turistas de várias regiões e até do exterior. Hoje, esta vitória do bom senso e do meio ambiente já faz agora parte da história de luta no Brasil por um desenvolvimento sustentável, capaz de equilibrar os interesses econômicos com os ecológicos. A ecologia desta vez venceu um megaprojeto de 4 bilhões de reais com um custo ambiental gigantesco porque o litoral sul de São Paulo ainda é um tesouro da natureza na zona costeira. Além das unidades regionais de conservação, é ali que fica a APA Cananéia-Iguape-Peruíbe além de Itatins- Juréia, uma reserva natural de cerca de 80 mil hectares. O litoral sul de São Paulo ainda guarda paisagens fora do comum hoje em dia como a da praia de Camburiu, em Cananéia, habitat de Golfinhos e peixes raros, reservando ainda uma Mata Atlântica desde o topo do morro até se transformar em restinga ao chegar na baixada, com muitos recursos naturais e hídricos do maior valor, por enquanto, preservados graças a este movimento que destacamos por aqui, hoje.
A comunidade festejou a vitória contra o megaempreendimento poluidor |
(Confira na seção de comentários do nosso blog da ecologia e da cidadania mais informações e também mensagens para completar a sua informação)
Agora está salva a última ecologia do litoral sul paulista |
Fontes: www.redebrasilatual.com.br
www.ecodebate.com.br
marsemfim.com.br
folhaverdenews.blogspot.com
Esta megaobra no litoral Sul de São Paulo era avaliada em R$ 4 bilhões, seria realizada pela grande empresa GasTrading, do Grupo Léros. O responsável, Alexandre Chiofetti, diretor-presidente da empresa, confirmou que a a usina termoelétrica, o porto tipo off shore e o gasoduto não serão mais construídos, por conta de problemas socioambientais...
ResponderExcluir"No litoral sul de São Paulo um lugar ainda bem preservado, a usina e o terminal seriam ameaças de destruição de todo o ecossistema, está na hora de empreendimentos de energia limpa e sustentáveis": comentário de Plínio Melo, da entidade Mongue, Proteção do Sistema Costeiro, que participou da mobilização contra o empreendimento totalmente poluidor.
ResponderExcluir"A informação é que a construção de uma usina termoelétrica com 180 hectares- equivalente a 180 campos de futebol- que deveria ocupar áreas de amortecimento do parque estadual da Serra do Mar e outras unidades de conservação, foi algo trmado na surdina. Estranhamente, a notícia veio à tona sem prévio aviso. O assunto sequer foi tema da análise do Conselho Municipal de Meio Ambiente (Condema) de Peruíbe. O projeto previa ainda um terminal offshore de recebimento de gás natural com navios fundeados a 10 km da costa do município. A iniciativa estava sendo realizada sem alarde e sem conhecimento das autoridades regionais": comentário extraído de reportagem do jornal de Peruíbe,Diário do Litoral
ResponderExcluir"Esta reserva litorânea foi resultado de uma disputa nos anos 70, entre o setor imobiliário (Gomes de Almeida Fernandes), que queria retalha-la em condomínios e loteamentos, enquanto os militares preferiam construir duas usinas nucleares na Juréia. Felizmente, daquela vez ganhou o bom senso. Ali foi criada uma das mais espetaculares unidades de conservação da costa brasileira: o Mosaico Itatins- Juréia": comentário também no jornal Diário do Litoral.
ResponderExcluirDepois, mais tarde, aqui nesta seção, mais comentários, informações e opiniões sobre esta vitória do movimento ecológico no Brasil (algo raro): você pode colocar aqui a sua mensagem ou enviar um e-mail para a redação do nosso blog através de navepad@netsite.com.br
ResponderExcluirVídeos, fotos, material de informação, você pode também enviar diretamente para o e-mail do editor deste blog padinhafranca603@gmail.com
ResponderExcluir"Importante a mobilização e mais uma vitória da ecologia nesta região que já faz parte da história do nosso movimento": comentário de Luís Mendes dos Santos, de São Paulo, formado em Oceanografia pela Unicamp.
ResponderExcluir"Nosso movimento não é contra ao desenvilvimento, ao contrário, é a favor que ele seja feito pro bem da economia e da ecologia ao mesmo tempo, que seja então sustentável. Este é o conteúdo desta vitória da população de Peruíbe, uma mobilização histórica desta comunidade que deste os ano80 faz parte das luta pela ecologia": comentário do editor deste blog Folha Verde News, ecologista Padinha.
ResponderExcluir"Esta foi a luta mais difícil e significativa. O projeto era concreto, com grande aporte de capital e tinha apoio do Governo do Estado. E vencemos em um momento em que o país caminha para trás, com perda de direitos e outras ameaças. Quando as lutas parecem inglórias, nossa mobilização popular sai vitoriosa. Lutar vale a pena": comentário de André Ichikawa, Biólogo, integrante do Conselho Municipal de Meio Ambiente (Comdema) e do Instituto Ernesto Zwarg,
ResponderExcluir