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quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

PÓS INCÊNDIOS NA CALIFÓRNIA INUNDAÇÕES LAMA MUITAS MUITAS MUITAS CASAS DESTRUÍDAS DEZENAS DE MORTOS E CENTENAS DE DESAPARECIDOS NO DESASTRE NATURAL DE CAUSA AMBIENTAL

A brasileira Albertina Lourenci (pós-doutora em arquitetura e em desenho urbano sustentáveis) vive em Santa Bárbara na Califórnia e faz aqui um relato dramático dos desastres naturais que aconteceram naquela região americana: post importante para nosso blog da ecologia e da cidadania (nesta semana passamos de 523 mil visualizações ao longo de 7 anos na web) e esta medição da Google nos anima a continuar indo à luta pela nossa natureza e pelo futuro sustentável aqui e em todo lugar



Toda uma região paradisíaca devastada por incêndios e inundações

Ainda em dezembro, entre as festas de fim de ano, ela já se manifestava sobre os incêndios florestais, a ecologista Albertina Lourenci já alertava nas redes sociais sobre o problema ali naquela região de montanhas verdes, perto do mar e de Los Angeles: We are on SBT5. Red is mandatory evacuation. The red line is fire size. Yellow is voluntary. Estou na área sbt5. Vermelho é evacuação obrigatória. A linha vermelha é o tamanho do fogo. Amarelo é evacuação voluntária. Mas a cidade já é meio que uma cidade fantasma. Eu gosto de estar no lado dos fantasmas e ter liberdade na vida", escrevia com humor esta gaúcha que mora em Santa Bárbara: "Santa Barber é o habitante aqui, eu gosto de chamá-los de Santos Bárbaros". Ela já então relatava que pelos incêndios florestais as montanhas verdes ficaram cinzas, ela desejava que 2018 esverdeasse tudo de novo. E que o drama do fogo fosse a tomada duma consciência verde da população. Aí vieram as chuvas, a lama, as inundações, as mortes, mais desastre natural que ela nos relata hoje aqui no blog da gente com precisão duma repórter. Confira logo a seguir as informações atualizadas no texto de Albertina Lourenci, direto de Santa Bárbara, Califórnia.  

Mais um desastre natural em Montecito na Califórnia

HÁ DIAS NOSSO BLOG ALERTAVA SOBRE OVERDOSE DE DESASTRES NATURAIS NOS STATES
"Segundo a Deutsche Welle emissora e site internacional da Alemanha que produz jornalismo independente em 30 idiomas, 2017 foi o ano em que os Estados Unidos mais gastaram com desastres naturais. Fenômenos como incêndios florestais e furacões geraram despesas recordes de US$ 306 bilhões para os cofres públicos americanos. Um total de 16 desastres custou US$ 1 bilhão ou mais, deixando mais de 360 mortos.O ano de 2017 foi o mais caro na história do EUA em relação aos custos gerados por desastres naturais e 2018 poderá ser pior ainda se não houver investimentos e gestão pública da questão ambiental e climática. Fenômenos como incêndios florestais, inundações e furacões ou enchentes custaram 306 bilhões de dólares aos cofres públicos, de acordo com um relatório emitido pelo governo americano. Tudo também por culpa do furacão Donald Trump, ele não acredita e não investe em ecologia (em meio a uma crise climática e planetária causada pela economia do petróleo) o povo dos States então paga pela situação desastrosa do clima e do ambiente até mesmo no paraíso da natureza na Califórnia". (Folha Verde News)


Satélites e cientistas da Nasa já alertavam há meses sobre desastres nos USA
 

AQUI RELATO DE ALBERTINA LOURENCI DIRETO DA CALIFÓRNIA


"O Incêndio chamado Thomas foi o maior incêndio da Califórnia ao redor de 282 000 Acres. Foi contido 92% até ontem. Queimou de Ventura a Santa Barbara numa extensão de 60 milhas por 40 milhas ao redor da cidade de Ojai e Ao longo da Costa. A urbanização ocorre no pé das montanhas. Caso os ventos Santa Ana que provocam os infernos e sopram das montanhas para o oceano até maia de 100 km/hora não tivessem mudado a direção na última hora centenas de milhares de casas teriam sido devoradas pelo fogo nessas cidades num piscar de olhos. Triste ver as montanhas negras. Além de aumentarem a temperatura com o sol escaldante ano inteiro criando uma superfície ao redor de 80 graus ao menos, os gases liberados pelas árvores durante o incêndio penetram no solo. Quando resfriam geram uma camada de cera a uns 3 a 7 cms abaixo da camada do solo. Essa camada impermeabilizante funciona como um tobogã, quando chove. Leva morro abaixo árvores, pedras, lamas, matacões do tamanho de caminhões numa estonteante velocidade de 50 kms/hora. Em Montecito gerou em 9 de janeiro uma coluna de lama de 3 metros. Ao atingir as casas era como um trem em alta velocidade gerando força para carregá-las quadras abaixo até pararem na Freeway 101. As pessoas estavam dentro das casas, resultando 15 mortos, centenas de desaparecidos e dezenas de resgates por helicópteros. Desde bebês a idosos soterrados nos escombros. Espetáculo dantesco. Na Áustralia há mapeamento geotécnico em todo o território desde a década dos noventa. Quem mora em áreas de risco, teria de pagar ao menos mais impostos ou ser proibido. Quem paga a conta no caso dos EUA, sãos os maiores credores Brasil, China, Japão, com 400 bilhões, 1 trilhao, 1 trilhão de dólares respectivamente. Mais 27 países europeus. Os EUA já empenharam todo o produto nacional bruto. Assim cabe a países como o Brasil retirar o empréstimo e usá-lo para salvar a Mãe Terra, já que quem apóia Trump acha que a América não sofre os efeitos dos gases de estufa. Uma ação orquestrada entre os países credores para retirar todos os empréstimos com juros pífios de 7% ao ano, e os republicanos aprenderiam com quantos paus se faz uma canoa". (Albertina Lourenci, direto de Santa Bárbara Califórnia, especial para o blog Folha Verde News)


 Uma dimensão de tragédia ambiental

Dezenas de mortos e centenas de desaparecidos

Confira dados de agora da inundação relâmpago



Algumas manchetes de Albertina Lourenci ao longo dos desastre naturais por lá
 

Freeway 101 fechada de Ventura a Santa Barbara. Imagine o prejuízo. É a maior via de acesso a Los Angeles. 6 pistas fechadas. Cobertas de lama.Estão viajando de barco na região de Santa Barbara. Muita, muita gente desaparecida ainda
Adolescente de 14 anos presa nos escombros da casa por varias horas desde a madrugada

Lama chega até a cintura em média

Centenas de casas destruídas ou danificadas

Hundreds were rescued in the hours after the first large storm of the season brought down hillsides scorched by the Thomas Fire, along with large boulders, trees and other debris that ripped homes from their foundations. Centenas de vítimas foram resgatadas nas primeiras horas depois da primeira grande tempestade que arrastou as encostas destruídas pelo fogo Thomas junto com matacões do tamanho de carros e caminhões , árvores, e outros entulhos que derrubaram as fundações das casas.

Riachos secos se transformaram em rios de mais de 4 ou 5metros de altura devido a uma enchente relâmpago de 27 centímetros: vários vídeos mostram como foi tudo por aqui.



 
Centenas de vítimas resgatadas com emoção e heroismo


 Mar de lama desceu das montanhas cinzas pós incêndios florestais

 Aqui vista parcial da paisagem da região...
...de Santa Bárbara, uma linda cidade solar...

...onde vivem Albertina, muitos cientistas e ecologistas


Fontes: KSBY News
              www.folhaverdenews.blogspot.com

 

10 comentários:

  1. Já em 2010 e em 2012 cientistas e ecologistas também nos Estados Unidos informavam e alertavam sobre a urgência de se investir em energias limpas (como a Solar e a Eólica), fugir do domínio do petróleo na economia, implantar gestão ambiental do clima e do ambiente...


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  2. Exatamente no ano em que o presidente Donald Trump retirou os EUA do acordo de Paris e minimizou a ameaça do aquecimento global, os EUA receberam um duro lembrete dos perigos do aumento da temperatura no planeta: uma série arrasadora de furacões, incêndios e enchentes.


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  3. "O país de Trump registrou 15 eventos meteorológicos que custaram US$ 1 bilhão ou mais cada até o começo de outubro, um a menos que o recorde de 16 em 2011, segundo os Centros Nacionais de Informação Ambiental em Asheville, Carolina do Norte. E a conta não inclui os recentes incêndios no sul da Califórnia. Em muitos casos, o clima bateu recordes. Em outros, foi simplesmente estranho, como a onda de calor em fevereiro que elevou as temperaturas ao recorde de 22 graus Celsius em Burlington, Vermont, e gerou um tornado no Massachusetts. “No fim das contas, este ano será um dos piores anos da história em termos de estragos para os EUA": comentário de Antonio Busalacchi, presidente da University Corporation for Atmospheric Research em Boulder, Colorado.


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  4. "Alguns dos acontecimentos mais devastadores foram os furacões Harvey, Irma e Maria e os incêndios no norte da Califórnia. As tempestades devastadoras provocaram mais de US$ 210 bilhões em perdas econômicas nos EUA e no Caribe e cerca de US$ 100 bilhões em sinistros, segundo Mark Bove, pesquisador sênior da Munich Reinsurance America em Princeton, Nova Jersey. A lista não termina aí: caiu granizo destruidor no Colorado e em Minnesota, houve tornados no Centro-Oeste e no Sul, enchentes estragaram uma barragem enorme na Califórnia e provocaram evacuações rio abaixo. Muitos desses acontecimentos podem ser explicados por padrões meteorológicos históricos. Contudo, os mais calamitosos evidenciaram sinais do aquecimento climático, como o furacão Harvey, que chegou a provocar 983 mililitros de chuva quando passou pelo litoral do Texas após ter chegado ao continente como a primeira das três tempestades de categoria 4 que atingiram os EUA neste ano. São efeitos do aquecimento, algo em que o Presidente dos Estados Unidos não acredita": comentário em matéria da revista e site Exame.



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  5. "O aquecimento piorou o impacto do Harvey ao aumentar a umidade na atmosfera e enfraquecer os ventos de altitude elevada, que normalmente empurrariam esse sistema, segundo Kerry Emanuel, professor de física atmosférica do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, em Cambridge. O Harvey marcou o terceiro ano com grandes enchentes em Houston. No Texas e em outros estados, “com certeza há indícios de que essas precipitações extremas estão ocorrendo com mais frequência”, disse Greg Carbin, chefe de divisão do Centro de Projeções Meteorológicas dos EUA em College Park, Maryland. Outros países também sofreram com um clima intenso e sem precedentes em 2017, mas a quantidade e a variedade de incidentes registrados nos EUA não se comparam às de nenhum outro país": comentário de Bob Henson, meteorologista da Weather Underground em Boulder, Colorado. “Os EUA foram atingidos de modo desproporcional".


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  6. Coloque aqui nesta seção a sua opinião ou informação, se preferir ou precisar, envie a mensagem pro e-mail da redação do nosso blog navepad@netsite.com.br e/ou mande material como vídeo, fotos ou outras informações direto pro e-mail do nosso editor de conteúdo deste blog de ecologia, mande para padinhafranca603@gmail.com


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  7. "Importante demais o relato de Albertina Lourenci direto de Santa Bárbara, a reportagem do que anda acontecendo até no paraíso da Califórnia nestes Estados Unidos de Trump": comentário de Mário Alves, engenheiro ambiental, São Paulo.

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  8. "O mais impressionante é que exatamente no ano em que o presidente Donald Trump retirou os States do acordo de Paris e minimizou a ameaça do aquecimento global, estes fatos aconteceram": comentário de Josué Mendes, que é de São Paulo, TI.

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  9. "Parabenizo a Albertina Lourenci e este blog como sempre valente em defesa da ecologia e com posts cada vez mais de valor": comentário de Izabel de Sanctis, jornalista de Campinas (SP), de férias no Brasil e fazendo pós na Holanda.

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  10. "Vi essa matéria e me lembrei da tragédia de Mariana, aqui no coração de Minas Gerais": comentário de José Bassi, de Belo Horizonte (BH), produtor cultural.

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