Por aqui parece humor mas é real a técnica japonesa para economizar e não se privar de nada se chama kakeibo (a pronúncia é kakebo)
e faz sucesso na Europa, no Brasil o problema é que há menos dinheiro
do que o mínimo necessário para a maioria da população sobreviver sem
sufoco (o sufoco infelizmente já é dia a dia na realidade para 80% da
população): esta situação é séria e precisa ser a prioridade para mudar e avançar o
país segundo o bom senso e o movimento de cidadania
Mesmo para os que ganham um pouco melhor, economizar não é fácil, pois não basta querer. “O principal erro que as pessoas cometem é querer economizar no fim do mês”, afirma Luis Pita, assessor financeiro do Preahorro, engenheiro e autor do livro Ten Peor Coche que Tu Vecino (“tenha um carro pior que seu vizinho”). “Quando recebemos o salário, vamos somando gastos ao longo do mês. E o que sobrar no final, economizaremos. Esse método está condenado ao fracasso, porque, como todos sabemos, no fim do mês o que sobra no nosso bolso é zero". Com humor realista, o autor especializado aponta outros dois erros, menos importantes, mas também frequentes. Um deles é deixar nossas eventuais economias em uma conta que não rende juros. O outro é gastar naquilo que não necessitamos. “Vivemos em uma economia comportamental e usamos como referência as pessoas que nos rodeiam. Se meu vizinho acabar de comprar um iPhone X, há uma probabilidade muito alta de que eu comece a pensar em comprar um também. Acabamos adaptando nosso nível de gastos ao das pessoas do nosso entorno, em vez de gastar no que realmente precisamos ou no que nos dá prazer de verdade".
(Confira na seção de comentários aqui no nosso blog de cidadania e ecologia - hoje ecologia econômica - outras informações, mensagens e opiniões críticas sobre esta pauta que no Brasil parece engraçada mas é trágica)
Charges made in Brazil que são variações nesse mesmo tema
Por aqui parece surreal mas Miguel Ángel Bargueño do jornal e site espanhol El Pais
dá dicas para a pessoa administrar as suas finanças, comenta que este
sistema que faz sucesso no Japão, começa a ser usado na UE e no Brasil,
cá entre nós, poderia dar certo só para os que não ganham salário
mínimo, o pior é que segundo o IBGE metade dos brasileiros e brasileiras ganham menos do que o salário mínimo (hoje somente 937 reais). Tempos de salários baixos
e preços altos: conseguir economizar um pouco de dinheiro no fim de mês
é quase impossível, mas mesmo assim todo mundo tenta. Sistema nenhum pode não funcionar, mas mesmo assim, se a gente precisa economizar, o jeito é
seguir os conselhos do Prêmio Nobel de economia de 2017, Richard Thaler: "Não podemos gastar de forma irracional".
Principalmente
no chamado janeirão (onde sempre no Brasil há menos dinheiro e
mais despesas tipo IPVA, IPTU etc) e no início do novo ano como agora
(quando todos em todo país nos dispomos a mudar de hábitos e definimos
metas) vale a pena se informar com esta reportagem sobre economia
popular. Na Espanha, as pessoas em média economizam apenas 6,5 euros (25
reais) de cada
100 euros (388 reais) que chegam à sua conta bancária (depois de
descontados os impostos), segundo dados de outubro do Instituto Nacional
de Estatística. Já teve épocas melhores lá, hoje, em média: de cada
10 espanhóis, 6 não conseguem economizar nem
um só euro. No Brasil, a estatística nem poderia ser feita, por falta
de recursos (o dinheiro acaba antes do mês para a extrema maioria).
Mesmo para os que ganham um pouco melhor, economizar não é fácil, pois não basta querer. “O principal erro que as pessoas cometem é querer economizar no fim do mês”, afirma Luis Pita, assessor financeiro do Preahorro, engenheiro e autor do livro Ten Peor Coche que Tu Vecino (“tenha um carro pior que seu vizinho”). “Quando recebemos o salário, vamos somando gastos ao longo do mês. E o que sobrar no final, economizaremos. Esse método está condenado ao fracasso, porque, como todos sabemos, no fim do mês o que sobra no nosso bolso é zero". Com humor realista, o autor especializado aponta outros dois erros, menos importantes, mas também frequentes. Um deles é deixar nossas eventuais economias em uma conta que não rende juros. O outro é gastar naquilo que não necessitamos. “Vivemos em uma economia comportamental e usamos como referência as pessoas que nos rodeiam. Se meu vizinho acabar de comprar um iPhone X, há uma probabilidade muito alta de que eu comece a pensar em comprar um também. Acabamos adaptando nosso nível de gastos ao das pessoas do nosso entorno, em vez de gastar no que realmente precisamos ou no que nos dá prazer de verdade".
Sistema japonês de sucesso
- Conseguir chegar ao fim de cada mês com um saldo positivo exige
determinação e organização: é preciso manter um registro rigoroso das
despesas familiares.
Mas nem todo mundo tem espírito de contador. No Japão, são vendidos
aplicativos, mas, como ocorre com a maioria desses produtos, acabamos
nos cansando logo deles ou eles se tornam inúteis. No entanto, há um
sistema que muitos consideram
mais simples e eficaz, que vem avalizado por seu sucesso entre
japoneses:
kakeibo (pronúncia kakebo). É um sistema de uma
simplicidade zen. Trata-se de
ir anotando em um caderno, para que possamos visualizar facilmente,
quanto dinheiro ganhamos, quanto queremos economizar e quanto gastamos.
Um diário de economia doméstica,
equivalente ao diário de calorias no qual a pessoa anota o que come e o
que queima. A chave deste sistema é que registramos por escrito as
receitas e as despesas, em vez de mantê-las na cabeça. Como descreve o
consultor de finanças e autor Luis Pita, “isso traz visibilidade, pois
permite
que você perceba que está gastando muito em determinadas coisas e possa
fazer algo a respeito”. Não se trata de deixar de lado as despesas,
simplesmente de reduzir o excesso. Em suma, o método made in Japan
consiste em manter atualizado um diário de economia doméstica. (No
Brasil, poderíamos chamá-lo de diário de um pão duro).
(Confira na seção de comentários aqui no nosso blog de cidadania e ecologia - hoje ecologia econômica - outras informações, mensagens e opiniões críticas sobre esta pauta que no Brasil parece engraçada mas é trágica)
Charges made in Brazil que são variações nesse mesmo tema
No Brasil segundo o IBGE 1% da população ganha 36 vezes mais do que a maioria: por aqui na verdade mais do que economizar, é urgente mudar a estrutura da economia.
ResponderExcluir“No Japão, um típico proprietário de kakeibo se sentaria com seu diário no dia de pagamento e planejaria cuidadosamente quanto dinheiro entrará e em quê o gastará. Com os ganhos do mês reunidos fisicamente diante de si, ele dividiria então o dinheiro em categorias: aluguel, contas, mantimentos, lazer, viagem, poupança, e atribuiria uma quantia para cada item”: comentário de Fumiko Chiba, que é o autor do diário para economizar.
ResponderExcluir"Para os diários deste tipo funcionarem, é preciso que a cada dia você revise seus gastos e tome decisões. Há uma pequena porcentagem da população que é muito disciplinada e faz isso muito bem, mas a maioria não quer dedicar tanto tempo e atenção a isso. É um método muito bom para poder economizar 200 euros (quase 800 reais) ao mês, mas só se você for muito disciplinado": comentário de Luis Pita, na matéria do El Pais na Espanha.
ResponderExcluirPor aqui no Brasil, economizar é praticamente impossível para a maioria da população, mas estamos esperando sua mensagem sobre essa pauta: você pode por aqui sua opinião ou então enviar para o e-mail da redação deste blog navepad@netsite.com,br e/ou mandar charges, vídeo, material de informação diretamente pro e-mail do nosso editor de conteúdo postar aqui nesta pauta de hoje, mande para padinhafranca603@gmail.com
ResponderExcluir"Vi no IBGE que o salário médio por domicílio no Brasil é de cerca de 772 reais no norte e no nordeste, sendo de 1537 reais aqui no sudeste, ou seja, não dá para economizar nada": comentário de Humberto Dias, de Santos (SP), que atua lá com exportação.
ResponderExcluir"Assim como a maioria dos 205 milhões de brasileiros e brasileiras, se eu tivesse que fazer uma mensagem sobre economia ou sobre economizar alguma coisa todo mês, não faria, seria um palavrão": comentário de Ana Luíza Moreira, professora da rede pública estadual em Campinas (SP).
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