Estudo da
USP embasa lista dos 10 maiores sites de falsas notícias no
Brasil e Carta Capítal questiona jornais, rádios e TVs também por causa
das chamadas fake news
Jornalistas e pessoas em geral cada vez mais buscam a verdade dos fatos |
A revista Veja nesta semana tem como matéria de capa esta pauta, com a
manchete O golpe das notícias falsas, acrescentando que 83% dos
brasileiros são hoje preocupados com este problema, também por causa de suas
implicações políticas. Segundo nos informa Alexandre Aprá, jornalista que
dirige o blog Isso É Notícia, um levantamento feito pela Associação
dos Especialistas em Políticas Públicas de São Paulo (AEPPSP), com base em
critérios de um grupo de estudo da Universidade de São Paulo (USP),
identificou as maiores fontes de notícias do Brasil que disseminam informações
falsas, não checadas e também boatos pelas redes sociais, as chamadas pós-verdades.
Cá entre nós, o movimento da cidadania e da ecologia nos preocupamos tanto
com a Internet como também e até mais ainda com a grande mídia (rádios,
jornais, TVs). parafraseando Aldous Huxley, o problema não é o meio mas a
mensagem.
A busca da verdade um movimento mundial |
Não se trata de blogs alternativos como o nosso - O estudo da AEPPSP utilizou
os critérios do "Monitor do Debate Político no Meio Digital" -
criado por pesquisadores da USP (uma ferramenta que contabiliza compartilhamentos
de notícias no Facebook e dá uma dimensão do alcance de notícias
publicadas por sites que se prestam ao serviço de construir conteúdo político
não verdadeiro para a opinião pública). A pesquisa esclarece que não são sites
de empresas da grande mídia comercial, tampouco veículos de mídia alternativa
com corpo editorial transparente, jornalistas que se responsabilizam pela
integridade das reportagens que assinam, ou articulistas que assinam artigos de
opinião, o problema são tipos de sites que fabricam falsas notícias, não têm
autoria, são anônimos e estão bombando nas bolhas sociais criadas nas redes
sociais e proliferam boatos, calúnias, difamações, usando também até correntes
de WhatsApp. Na realidade, falsos sites são os que fabricam informações
falsas. 1. Foram registrados com domínio .com ou .org (sem o .br no final), o
que dificulta a identificação de seus responsáveis com a mesma transparência
que os domínios registados no Brasil. 2. Não possuem qualquer página
identificando seus administradores, corpo editorial ou jornalistas. Quando
existe, a página 'Quem Somos' não diz nada que permita identificar as pessoas
responsáveis pelo site e seu conteúdo. 3. As "notícias" não são
assinadas. 4. As "notícias" são cheias de opiniões — cujos autores
também não são identificados — e discursos de ódio (haters). 5. Intensiva
publicação de novas "notícias" a cada poucos minutos ou horas. 6.
Possuem nomes parecidos com os de outros sites jornalísticos ou blogs autorais
já bastante difundidos. 7. Seus layouts deliberadamente poluídos e confusos
fazem com que pareçam grandes sites de notícias, o que lhes confere
credibilidade para usuários mais leigos. 8. São repletas de propagandas (ads do
Google), o que significa que a cada nova visualização o dono do site recebe
alguns centavos (estamos falando de páginas cujos conteúdos são compartilhados
dezenas ou centenas de milhares de vezes por dia também pelo Facebook).
Pela pesquisa da USP aqui estão alguns dos
principais p0rodutores de Fake News Os produtores de falsas notícias, segundo o
estudo finalizado nestes dias agora, estão entre os mais compartilhados nas
timelines dos brasileiros e são os seguintes:
* Ceticismo Político: http://www.ceticismopolitico.com/
* Correio do Poder: http://www.correiodopoder.com/
* Crítica Política: http://www.criticapolitica.org/
* Diário do Brasil: http://www.diariodobrasil.org/
* Folha do Povo: http://www.folhadopovo.com/
* Folha Política: http://www.folhapolitica.org/
* Gazeta Social: http://www.gazetasocial.com/
* Implicante: http://www.implicante.org/
* JornaLivre: https://jornalivre.com/
* Pensa Brasil: https://pensabrasil.com/
Mídia
tradicional é a mãe das fake news comenta a revista e site Carta Capital Matéria de Sérgio Lírio questiona a suposição de que a Internet que
fabrica com exclusividade as fake news, talvez por perceber nesta acsação uma
forma da mídia tradicional sobreviver ao avanço da digital. Este jornalista
entrevista Gabriel Priolli, diretor de TV e estudioso dos meios de comunicação,
que sentencia "notícias falsas são tão antigas como a própria
imprensa". Segundo Priolli, a mídia tradicional tenta jogar a culpa nas
redes sociais no debate sobre as falsas notícias e defende a imposição de
regras à atuação dos gigantes de tecnologia que consideraria “censura” se aplicadas
contra ela. O papel da Internet não deve, porém, ser menosprezado embora a
mídia tradicional esteja há centenas de anos à frente nesta indústria de
escândalos e de fake news. Há como combater esta indústria? Esta é uma das
buscas mais intensas no setor da comunicação hoje em dia, para que o cidadão ou
cidadã possa separar o joio do trigo ou a a mentira da verdade na informação.
Em toda mídia precisamos nos cuidar com as fake news |
Fontes: AEPPSP - Carta Capital - Veja
issoenoticia.com.br
folhaverdenews.blogspot.com
Difícil resumir todos os conteúdos desta polêmica que enfocamos hoje em nosso site de cidadania, ecologia e não violência, de toda forma, é um tema que urgentemente precisa ser debatido, bem como, precisam ser encontradas alternativas para conter a onda de notícias falsas em todos os tipos de mídia.
ResponderExcluirLogo mais, estaremos postando aqui mais informações e comentários, aguarde, venha conferir, desde já você pode colocar a sua opinião aqui ou se preferir nos envie pro e-mail da redação deste blog que nós postamos para você, mande a sua informação ou o seu comentário para navepad@netsite.com.br
ResponderExcluirVídeos, fotos, material de informação ou tão somente a sua opinião você pode também enviar diretamente para o editor de conteúdo deste nosso blog, mande para padinhafranca603@gmail.com
ResponderExcluir"Existe até uma disciplina científica dedicada a este assunto das fake news, a agnatologia, o estudo da ignorância intencional. O entendimento mais geral é de que as instituições que se encarregavam de formar consensos na sociedade, como escolas, ciência, justiça e mídia, foram abaladas pelas novas dinâmicas sociais da era digital e enfrentam uma desconfiança crescente. De outro lado, os algoritmos da Internet não expõem mais os indivíduos ao contraditório, soterrando-as em versões sempre coincidentes dos fatos. Tudo isso, somado, produz incerteza e angústia no cidadão comum, que o levariam a se aferrar às convicções mais arraigadas, em busca de chão firme para pisar nesse mundo cada vez mais líquido ou incerto": comentário de Robert Proctor, historiador da Universidade Stanford, nos Estados Unidos.
ResponderExcluir"Olha, via matéria da veja nas bancas sobre o Fake News, falam no golpe das falas notícias, tem um teste interessante, dicas para não se deixar enganar por noticiário enganoso ou manipulado. Mas este blog aqui dá uma visão de contexto muito boa nesse assunto que deveria ser mais debatido por toda a mídia, por envolver direto o interesse da nossa população, buscando a verdade, como você dizem aqui": comentário de Fabrício Batista, de São Paulo, ele atua em criação e redação em agência de publicidade.
ResponderExcluir"O mais interessante na matéria de capa da veja foi a entrevista com Shyan Sunder, diretor de pesquisas em mídia da Universidade da Pensilvânia, ele enfoca a psicologia dos que acreditam nas fake news. Eles não têm o enfoque de cientista pesquisando ou de um jornalista trabalhando, querem confirmar as suas próprias expectativas ou desejos nas notícias falsas": comentário também de Fabrício Batista, redator de agência de publicidade em SP.
ResponderExcluir"Há algumas iniciativas em curso, mundo afora, para combater a proliferação de notícias falsas. Os gigantes digitais, como o Google, o Facebook e o Twitter, investem na checagem dos conteúdos publicados e alteram em parte os seus famosos "algoritmos". A ideia é que o público seja exposto a um conjunto mais variado de informações sobre os temas compartilhados na Internet e tenha chance de discernir entre o que é verdade e mentira. O mais irônico nesse tema do combate às fake news é que a grande mídia privada, mundial e brasileira, cobra regulamentação dura das empresas de tecnologia, que ela entende como empresas de mídia. Quer acabar com o monopólio do Google e do Facebook. Ou seja: se a regulação da mídia envolver os "jornalões" e as tevês privadas, é censura. Mas se afetar apenas seus maiores concorrentes, deve ser adotada": comentário do pesquisador especializado em mídia, Gabriel Prioli, questionando a campanha das mídias tradicionais contra a digital.
ResponderExcluirExcelentes comentários do editor completando o teor da matéria. Parabéns e abraços verdes.
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