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segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

ENCHENTES DO RIO PARAGUAI JÁ COMEÇARAM E PODEM COMPLICAR EQUILÍBRIO NO CICLO DA VIDA DO PANTANAL NO BRASIL



Inundações deixam 23 mil desabrigados no Paraguai e antecipam enchentes no Pantanal: Assunção decretou estado de emergência mas nenhuma medida por enquanto em nosso país cada vez mais carente duma gestão governamental ambiental também no Mato Grosso e nesta reserva mundial de água e de vida nativa que sofre múltiplos problemas e desequilíbrios na ecologia da sua natureza


As enchentes e secas são ciclo da vida pantaneira mas há sinais de desequilíbrio

As chuvas dos últimos dias fizeram com que o rio Paraguai subisse uma média de dois centímetros por dia, informam as agências EFE, Reuters e o site Exame também destaca esta pauta entre as notícias de hoje no Brasil.







 
No país vizinho do Paraguai, as inundações deste rio em Assunção por conta das enchentes já deixam 22.900 pessoas afetadas e realojadas em abrigos, as enchentes parecem ter começando mais cedo neste ano, no Pantanal no lado brasileiro, elas costumam chegar em maio. O nível do rio Paraguai obrigou a desalojar 1.905 famílias da região de Bañado Sur, uma zona ribeirinha e humilde. Em Bañado Norte, também às margens do rio Paraguai, 1.875 famílias tiveram que deixar suas casas nas últimas duas semanas como consequência da cheia desta grande rio, vital também para equilibrar as secas e as inundações que formam a sutil ecologia da megarregião do Pantanal do Brasil. 
 
 
 

Pesquisadores detectam problemas nos rios e lagos pantaneiros

  Muito pior que a cheia do Rio Sena em Paris, as enchentes do rio Paraguai além do que já citamos, afeta 756 famílias no bairro Ricardo Brugado, eles tiveram que buscar abrigo, são cerca de 22.900 pessoas. Agora estão sobrevivendo em 79 refúgios construídos com madeira em prédios públicos e militares, situados em áreas mais altas onde a água não chega. Meteorologistas informam que as chuvas dos últimos dias fizeram com que o rio Paraguai, que contorna Assunção, esteja subindo uma média de dois centímetros por dia. O nível fluvial se situou hoje nos 5,78 metros, um centímetro a mais que ontem, e cada dia mais acima dos 5,50 metros que marcam o nível crítico de inundação. Não obstante, o nível deste rio tem que crescer mais 3 centímetros para se aproximar do nível de evacuação total, marcado nos 8 metros. Desde já, está decretado na região de Assunção o estado de emergência por 30 dias, por estas primeiras enchentes, já afetando demais a população. As previsões apontam que as chuvas continuarão. Jornais paraguaios lembram que há 2 anos, na virada do ano, as inundações nesta região, associadas ao fenômeno climático do El Niño, obrigaram cerca de 100 mil pessoas a abandonar suas casas e se alojar em precários abrigos de madeira construídos em espaços públicos, causando má qualidade de vida e doenças. 


Enchentes são normais no Pantanal mas não se trata só disso




Esta situação desequilibrará ainda mais o Pantanal do Brasil?
 
 
Enchentes assim costumam ocorrer em maio ou abril no Pantanal, a seca foi brava e longa e neste ano as chuvas parecem estar chegando antes, sintoma de que o ciclo normal da região pantaneira parece estar cada vez mais desequilibrado. O jornal e site desta região importante do interior brasileiro, Midiamax tem dado notícias, pesquisadores e ecologistas têm alertado direto que o Bioma Pantanal há décadas vem sofrendo problemas ambientais sem gestão para soluções sustentáveis. Todos os rios e todas as águas pantaneiras cada vez mais ficam ameaçados de desequilíbrio ambiental por causa de agrotóxicos, fertilizantes, pecuária extensiva, desmatamentos para mais pastos para mais gado, erosões, poluições, deixando no prejuízo a saúde da população bem como a flora e a fauna nativas deste paraíso da natureza. Ocupação excessiva em áreas de preservação, pesca predatória e sobrepesca, garimpo poluente e irregular, isso tudo junto, mais os efeitos das mudanças climáticas nos últimos anos agravam as sequelas, a que se somam ainda fenômenos naturais. O gado pantaneiro costuma ser levado no tempo da cheia para zonas mais altas da região, isso já faz parte da rotina do lugar, porém, tantos problemas ecológicos simultaneamente isso gera alarme e busca de solução entre os pesquisadores da Embrapa Pantanal, que formulam mapas, estudam imagens de satélites, fazem observações locais, buscando soluções para os problemas da ecologia do meio ambiente na Bacia do Alto Paraguai-Pantanal em meio à atual economia ruralista, que agrava todo este contexto. Longos períodos de secas e de cheias fazem parte da realidade pantaneira, mas até a falta ou o excesso de chuvas e o estio como não ocorria nesta região há muitas décadas, isso tudo junto tem que ser ressaltado como os sinais de alto risco das enchentes agora do Rio Paraguai. 
 
 

Várias formas de poluição e de desequilíbrios no Pantanal


(Confira na seção de comentários deste nosso blog de ecologia e de cidadania mais dados, informações, mensagens e opiniões sobre esta pauta de hoje)
 
 

Problemas ambientais afetam população, fauna, flora, vida pantaneira


Aves pantaneiras como o Tuiuiú precisam ser protegidas


 Fontes: EFE - Exame - Reuters - Midiamax
              folhaverdenews.blogspot.com

8 comentários:

  1. "O Sismopan, o Sistema de monitoramento do Pantanal integra dados de chuva, nível dos rios e áreas inundadas (obtidos a partir de imagens de satélite) para entender a dinâmica das cheias pantaneiras em tempo real. O sistema também considera previsões climáticas. São informação para podermos emitir os alertas de nível do rio que elaboramos e acompanhar a cada ano as inundações": comentário de Carlos Roberto Padovani, pesquisador da Embrapa Pantanal.

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  2. Logo mais, aqui nesta seção, mais dados e detalhes, você pode colocar aqui também a sua mensagem, se preferir, pode envoiar pro e-mail da redação do nosso blog que aí postamos para você, mande para navepad@netsite.com.br

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  3. Material de informação tipo vídeos ou fotos e notícias ou mensagens você também pode enviar direto pro e-mail do editor de conteúdo deste nosso blog de ecologia e de cidadania, mande a sua mensagem para padinhafranca603@gmail.com

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  4. "Seca demais como foi nestes anos ou enchentes excessivas que parecem estar chegando, tudo isso pode sim quebrar o ciclo natural do bioma Pantanal, mas o pior são os agrotóxicos e os esgotos nas águas contaminando o ambiente todo": comentário de José Ribamar Santos, de Corumbá, Mato Grosso, fotógrafo, que nos envia imagens de lá: agradecemos e vamos divulgar, obrigado, juntos na luta pantaneira, paz.

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  5. "O Taquari é um dos rios poluídos, assoreados, não sei o que será agora, os impactos são muito grandes, tem trechos que o rio secou, porque a água encontrou outros caminhos para percorrer. Com o assoreamento do Taquari, um grande volume de água se desviou do curso do rio e inundou áreas que antes eram secas, como a região conhecida como Boca do Caronal. Para pesquisadores, esse é um dos maiores problemas ambientais e socioeconômicos do Pantanal, porque a inundação por aqui é permanente. Mais de um milhão de hectares já estão embaixo d'água. Áreas antes ocupadas por pastagens e gado. Muitos pantaneiros já abandonaram as fazendas alagadas": comentário também de José Ribamar, de Corumbá, fotógrafo e ecologista.

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  6. "A gente fica atento aos alertas de nível de rio lançados pela Embrapa Pantanal porque, mesmo com a experiência adquirida por quem vive há muitos anos na região, é preciso considerar as informações geradas pela pesquisa a cada tempo. A gente tem um conhecimento de vida, mas existem muitas coisas em que os estudiosos podem ajudar ou melhorar o conhecimento que a gente tem. Então, para nós, a informação é bem-vinda e muito importante para nossas vidas": comentário de Denir Marques, presidente da Associação dos Ribeirinhos da Barra do São Lourenço, nasceu e foi criado na comunidade que abriga 26 famílias e fica a cerca de 210 km de Corumbá.

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  7. "Quem é pecuarista precisa decidir se irá movimentar os rebanhos para locais mais altos, longe da inundação, quando e por quais caminhos irão levar os bois": comenta Antônio Barroso de Castro, que possui cerca de 1.200 animais no Pantanal do Nabilequ. Diz que pagou em média R$ 50,00 (por cabeça de gado) para levar esse rebanho até sua propriedade na região de Aquidauana (MS) durante a última enchente. Para não perder dinheiro, Antônio afirma que procura informações sobre a dinâmica das águas pantaneiras frequentemente. "Na época, com 30 dias de antecedência, eu tinha certeza absoluta que ia dar alagamento. O camarada daqui tem que estar informado. Você não pode ter preguiça de ter um computador e olhar na Internet o que está acontecendo".

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  8. "Os governos do Brasil e do Mato Grosso têm que unir forças e preservar o Pantanl, recuperando as áreas mais atingidas por poluição, desmatamento, buscando um controle dos ciclos de seca e de enchentes, para o bem da nossa natureza e do ecoturismo, que pode ajudar muito essa luta": comentário de Ralph Félix, do Rio de Janeiro, exportador.

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