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domingo, 31 de dezembro de 2017

ANJOS DA FLORESTA: OS ÍNDIOS SÃO GUARDIÕES DAS ÚLTIMAS MATAS E DOS RECURSOS NATURAIS, MINERAIS, FAUNA, FLORA, ECOLOGIA DA AMAZÔNIA E DE TODO O PAÍS LONGE DAS CIDADES

Protetores da natureza os índios enfrentam dificuldades para combater madeireiros, grileiros, garimpeiros e defender os recursos das florestas brasileiras onde vivem sem causar a sua destruição



 Onde ainda há tribos de índios as florestas estão mais íntegras



Grande parte das matas ao redor da reserva Apurinã já teve suas árvores derrubadas. Áreas de pastagem de gado agora ocupam espaços a perder de vista da estrada, destruindo o que costumava ser trechos intactos da imponente floresta amazônica: "Trinta anos atrás, toda essa área era floresta intocada”, afirma Cosme da Silva, ativista local da Comissão Pastoral da Terra (CPT) em Boca do Acre, na região sudoeste do Amazonas: “Hoje, tudo isso foi tomado por grileiros, invasores que destruíram a floresta para criar gado”, disse Silva à Thomson Reuters Foundation do banco de passageiro da caminhonete 4x4 ao passar por terras desmatadas na reserva indígena. Enquanto políticos planejam uma mudança radical para a demarcação de terras para 900 mil povos indígenas do Brasil, ambientalistas afirmam que áreas como a Reserva 124, onde o território é propriedade formal de comunidades indígenas, representam a melhor maneira de salvar florestas ameaçadas de extinção: “Tenho certeza que preservamos melhor as florestas do que outras comunidades”, disse o cacique Apurinã, que vive dentro da reserva: fora, nas cidades do Acre onde vai vender frutas e artesanato, todos o chamam de Geraldo. "Tudo bem, não conhecem nosso povo, nossas palavras, nosso costume".


 Índio curandeiro da Amazônia colombiana com botânico Mark Plotkin
Xavante Gaspar Waratzere veio até aqui ao nosso blog nestes dias


A comunidade indígena Apurinã no Acre recebeu o título de propriedade formal da área de 450 quilômetros quadrados em 1988, quando o Brasil viu aprovada uma nova Constituição, com garantia a direitos dos povos indígenas. Antes da demarcação, os moradores enfrentavam violência constante de fazendeiros e agricultores que disputavam a terra, disse Maria José Apurinã, 40 anos, mãe de quatro filhos e esposa do cacique: “Eu vi muito sangue derramado por aqui". Sentada em sua casa de madeira, ela reconhece que depois dos tempos bravos até que agora é melhor um pouco, "temos a terra, nossos filhos... esse é o nosso lugar.” Os cerca de 800 moradores da reserva ganham a vida pescando, caçando e colhendo castanhas e açaí que crescem naturalmente na área aqui, disse Apurinã, de 57 anos. “Nós apenas colhemos as castanhas, não destruímos as árvores”, falou, endossando o que já foi constatado por investigações e por pesquisas. A floresta amazônica é muito melhor preservada onde as comunidades indígenas são donas formais de suas terras do que áreas similares não demarcadas, de acordo com um estudo realizado por pesquisadores norteamericanos na Amazônia no Peru, onde foram checar ao vivo as descobertas de dois estudos, que concluem em suma, Índios , anjos da floresta. 



 Índio colombiano da Amazônia explica a cultura do povo...

...de toda Amazônia onde defendem a floresta de que vivem.


Na Amazônia brasileira, uma área maior que a Alemanha foi desmatada desde 1988, de acordo com dados do próprio Governo. Após anos de declínio, a taxa de desmatamento aumentou 29 por cento por volta de 2016, assim varia de intensidade, mas o desmate continua sempre de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Com esse quadro, ambientalistas dizem que os governantes não conseguirão atingir seu objetivo de desmatamento zero na Amazônia até 2030. As florestas sob o poder dos indígenas, porém, são as mais bem protegidas no Brasil, afirmou à Thomson Reuters Foundation Luciano Evaristo, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). De acordo com ele, a demarcação de terras para comunidades indígenas está entre as estratégias mais baratas e sustentáveis para proteger a Amazônia e todas as florestas, todos os recursos da nossa última natureza em todos os biomas.  



 Mito de Curupira (defensor da floresta) no dia a dia da maioria dos indígenas

Amazônia tem a maior diversidade do mundo em povos da floresta



(Além de garimpeiros, grileiros, madereiros índios da Amazônia enfrentam o lobby ruralista do Congresso Nacional em Brasília, confira na seção de comentários aqui do nosso blog)



No Xingu, na Amazônia, no Mato Grosso sobrevivem as florestas e seus guardiões

Nova geração indígena usa também a web na sua vida em algumas tribos jovens fazem faculdades em universidades federais

As novas gerações indígenas têm como exemplo maior Raoni...

...o já histórico cacique Kayapó que luta pela ecologia das últimas florestas



Fontes: Thomson Reuters Foundation
              br.reuters.com
              folhaverdenews.blogspot.com 

7 comentários:

  1. Esta matéria com informações da agência de notícias Reuters e também do site www.amazonteam.org foi inspirada pelo contato recente do índio Xavante Gaspar Tsiari Waratzere com a nossa equipe deste blog. Raoni, fez muitos índios mudarem de vida (alguns bebiam, fumavam, vendiam madeira, se associavam a garimpeiros) com o seu exemplo de ecologia, protegendo a floresta que é a sua vida.

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  2. Gaspar Tsiari Waratzere é da aldeia Xavante de São Marcos (Namunkurá) e estudou História na Universidade Federal do Mato Grosso, exemplifica os desafios e a proposta das atuais gerações indígenas de protegerem a ecologia das últimas florestas. Waratzere voltou com esse objetivo à sua tribo após se tornar professor de História.

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  3. Na próximas horas aqui noc comentários, informações e opiniões, participe você também, coloque aqui sua visão ou envie uma mensagem pro e-mail da redação do nosso blog navepad@netsite.com.br

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  4. Vídeos, fotos, material de informação voc~e também pode mandar diretamente pro e-mail do nosso editor de conteúdo deste blog padinhafranca603@gmail.com

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  5. "Os povos indígenas são essenciais para os esforços da conservação da floresta": comentário do jornalista e ambientalistas Rhett A. Butler do site Time da Amazônia (www.amazonteam.org)

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  6. Rhett A. Butter entrevistou o doutor em Botânica, pesquisador de etnias, Mark Plotkin que entre outras informações de valor comentou que: "Biodiversidade integrada e conservação cultural podem ser mais eficazes do que áreas protegidas tradicionalmente, referente ao
    fornecimento de benefícios para saúde das populações
    locais da Amazônia, as florestas tropicais são hábitat de centenas de milhares de espécies de plantas, muitas das quais são promissoras referente aos seus compostos
    que possam ser utilizados para afastar parasitas e combater doenças humanas. Ninguém entende melhor os segredos dessas plantas do que os xamãs, curandeiros, indígenas – homens e mulheres pagés – que têm desenvolvido imenso conhecimento desta biblioteca da flora para curar tudo, de podridão do pé até diabetes. Mas, como as próprias florestas com o conhecimento destes mágicos da botânica os cientistas, médicos e ambientalistas podem ajudar toda a população, também das cidades".

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  7. "Os índios de várias etnias poderiam atuar oficialmente como guardiões das florestas e das unidades de proteção da nossa natureza, até mais que o Ibama, como um trabalho remunerado que assim pudesse ajudar a vida das suas comunidades": comentário de Lindolfo Morais, de Araçatuba (SP), que fez várias viagens ao Mato Grosso para pesquisar ervas medicinais.

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