Cortes atingiram também (em 43%) o Ministério do Meio Ambiente colocando nosso país na contramão do planeta já que países em média estão investindo mais agora em gestão ambiental e sustentável em busca dum desenvolvimento de verdade
Ecologia do Brasil vai pagar o pato pela crise na economia |
Em meio à ofensiva marrom para reduzir ou rebaixar o status
de proteção de Unidades de Conservação na Amazônia, estimulada
pela bancada ruralista e por representantes do setor de mineração, o Governo Federal propôs o corte pela metade das verbas para a conservação ambiental no
projeto de lei orçamentária encaminhado ao Congresso Nacional, onde a maioria é de alguma forma ligada à atividade ou ao lobby do agronegócio. Levantamento feito pelo WWF (Fundo Mundial da Natureza na sua seção do Brasil) em parceria com a entidade da sociedade civil Contas Abertas
mostra que as ações orçamentárias que tratam de criação, implantação,
monitoramento e projetos de manejo nas áreas protegidas têm reservado no
Projeto de Lei do Orçamento de 2018 R$ 122,9 milhões, contra uma
previsão de gastos de R$ 244,5 milhões na proposta de 2017. Os dados
fazem parte de um estudo que será divulgado apenas no final do ano, sobre o
financiamento público à área de meio ambiente. Aqui no blog do movimento ecológico, científico e de cidadania Folha Verde News já adiantamos a informação para você.
Fatos mostram que as unidades de conservação já estão abandonadas |
Os cortes na previsão de gastos para 2018 alcançam o combate ao desmatamento: também as verbas de adaptação às mudanças climáticas não escaparam nem o manejo florestal, a regularização dos imóveis rurais, o licenciamento ambiental e, em menor proporção, até a implantação da Política Nacional de Recursos Hídricos sofreu cortes.
Não haverá recursos para ampliar o combate ao desmatamento |
Um corte profundo atingiu o Bolsa Verde, que paga R$ 300 a cada três meses a famílias extremamente pobres moradoras em áreas protegidas, como incentivo à conservação. Este programa teve gastos autorizados de mais de R$ 70 milhões nos últimos dois anos e simplesmente desaparece na PLOA 2018. O governo busca repassar a conta ao Fundo Amazônia, que também pode sofrer corte nos aportes. No conjunto, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) tem R$ 3,278 bilhões na proposta de lei orçamentária de 2018, contra R$ 3,786 bilhões que teve na proposta para 2017. O valor é 29% menor do que a média destinada ao MMA pelos projetos de lei orçamentária na última década. "O quadro é preocupante e sugere um desmonte da área ambiental", avalia Jaime Gesisky, especialista em Políticas Públicas e um dos responsáveis pelo estudo que resumimos aqui no blog da ecologia e da cidadania.
Não haverá verba para prevenir caos da seca em 2018 |
(Confira na seção de comentários nesta webpágina mais informações, comentários ou opiniões: mande você também sua mensagem sobre os cortes marrons no verde do Brasil)
Opinião - "43% de corte governamental no setor do Meio Ambiente, este ministério já era o que tinha menos verbas no Brasil, assim como o da Cultura", comenta aqui nosso editor, o repórter de ecologia Padinha
Fontes: www.wwf.org.br
www.folhaverdenews.com
"Com a série de estudos sobre orçamentos públicos para a área de meio ambiente que lançaremos até meados do ano que vem, queremos que o país atente para a importância de se destinar cada vez mais recursos para cuidar das áreas protegidas, a biodiversidade, a água, o combate ao desmatamento e as mudanças climáticas. Esses fatores são essenciais à vida de todos nós, são nossa garantia de futuro”: comentário de Maurício Voivodic, que é diretor executivo do WWF-Brasil.
ResponderExcluir"43% de corte governamental no setor do Meio Ambiente, este ministério já era o que tinha menor orçamento no Brasil, assim como o da Cultura": comentário de Antônio de Pádua Silva, o repórter de ecologia Padinha, editor deste blog.
ResponderExcluirVocê pode colocar aqui sua informação, comentário ou opinião, se precisar mande sua mensagem por e-mail para a redação dste blog navepad@netsite.com.br
ResponderExcluir"Em decorrência da mudança da meta fiscal para 2018, aprovada no início de setembro, para uma estimativa de déficit de R$ 159 bilhões (ou R$ 30 bilhões maior), o governo deve alterar a proposta até o início de novembro, antes de o Congresso começar a votar o Orçamento. O novo Orçamento, porém, só deve ser conhecido no fim de dezembro ou no ano que vem": comentário de Aldair Prestes, economista, de Brasília (DF).
ResponderExcluirInformações e material como vídeo ou fotos ou também sugestão de pauta ou de matérias, você pode encaminhar direto ao nosso editor de conteúdo deste blog pelo e-mail padinhafranca603@gmail.com
ResponderExcluir"No ano da realização do Fórum Mundial da Água, que reunirá representantes de mais de 100 países em Brasília em março do ano que vem, a Agência Nacional de Águas também perde recursos, em relação ao Orçamento de 2017...Na principal ação da área em volume de verbas, a proposta para a implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos cai de R$ 153 milhões para R$ 136 milhões. Esta decisão está sendo criticada até na ONU, tendo em vista os problemas atuais do clima e do ambiente no Brasil": comentário de Tardo Santos, técnico ambientalista, que atua com a implantação de programas de Sustentabilidade em empresas de São Paulo.
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