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segunda-feira, 4 de novembro de 2013

ONTEM CHOVEU BEM E CAIU ATÉ GRANIZO EM CIDADE NO POLÍGONO DA SECA

A meio caminho entre o sertão da seca e a zona da mata, Riacho das Almas é uma zona exceção

Moradores de Riacho das Almas foram surpreendidos, eles moram numa cidade que fica na região do Agreste de Pernambuco (entre a Zona da Mata mais próxima do litoral e a caatinga do sertão e da seca)  afirmaram ao site iG terem vivenciado um fenômeno diferente para a região, na tarde desse domingo: chuva de granizo depois de ter chovido ontem mais do que costuma nessa época do ano. A chuva de granizo teria durado cerca de 40 minutos e chamou a atenção dos moradores:  “Nasci e me criei aqui e nunca vi uma chuva com pedras de gelo em Riacho”, comentou um dos moradores da cidade, João Hipólito, de 64 anos. O fenômeno teria se concentrado mais na área rural da cidade, beneficiando os sítios e pequenas fazendas de agricultura familiar, ali onde têm pequenos barreiros nas propriedades: “A chuva de granizo se concentrou na zona leste da cidade, mais precisamente no bairro Nova Esperança. Do meu conhecimento foi a primeira vez que choveu granizo nessa cidade que está aqui na beiraddindo sertão”, comentou o secretário de agricultura de Riacho das Almas, Naelson Bezerra.Segundo dados da Secretaria de Agricultura local foram registrados 63 milímetros de chuva apenas nesse domingo. A quantidade de chuvas deste início do mês de novembro já é superior à média em todos os meses do ano, que ficou em 29,2 milímetros. Já a média de chuvas para todo o ano de 2013 já foi superada em mais que o dobro. A estimativa de chuvas para todo o ano era de 150 milímetros, e até agora, já choveu 355. Um bom sinal para os nordestinos, que ainda esperam chuva na caatinga e rezam todo os dias para chover. Isso é tão mais surpreendente agora, quando há meses, o cenário é o mesmo em várias das cidades do Agreste de Pernambuco. As plantas estão secas e sem folhas, a terra está rachada, os açudes estão vazios e o verde não existe mais. O que tem ocasionado tudo isso, a falta de chuvas, já se tornou o assunto mais falado na região. É cada vez mais preocupante a situação dos mananciais. Muitos reservatórios já estão muito próximos do colapso e os poucos que apresentam uma boa vazão estão tendo que  abastecer ainda mais municípios. O Agreste de Pernambuco em geral está quase tão seco quanto à caatinga, embora fique a meio caminho entre as regiões mais secas e a Zona da Mata, perto do litoral, onde chove bem mais e o clima não tem quase nada que lembre o sertão. Esta informação vem a calhar para os internautas que acompanham o Folha Verde News, que nestes dias postou por aqui duas matérias sobre o problema da Seca no nordeste brasileiro, confira você também veja as duas próximas reportagens que estão a seguir nesta mesma página do nosso blog da ecologia e da cidadania, "Problema da Seca no nordeste do país não é tanto a falta de água" e "Água subterrânea do nordeste é a esperança diante da Seca".



A chuva quando chega como agora nas cidades perto do sertão é vista como bênção do céu



Em Riacho das Almas, moradores comemoram chuva de granizo
Choveu até pedras de gelo no Agreste entre a o sertão da caatinga e a Zona da Mata
 

No Agreste de Pernambuco entre a caatinga seca e a Zona da Mata....
...a seca chegou com tudo neste ano e são necessárias mais chuvas
Os vaqueiros pernambucanos percorrem desde a caatinga até o Agreste
 
 Para você entender onde fica Riacho das Almas e o Agreste, em vermelho no mapa

Mesorregião do Agreste Pernambucano
Unidade federativa  Pernambuco
Mesorregiões limítrofes Zona da Mata Pernambucana; Sertão Pernambucano; Agreste Alagoano (AL); Leste Alagoano (AL); Sertão Alagoano (AL); Agreste Paraibano (PB); Borborema (PB)
Área 24 400 km²
População 2.302,411 hab. IBGE/20131
Densidade 94,36 hab/km²
Indicadores
PIB R$ 13.900,50 IBGE/20102
PIB per capita R$ 5.485 IBGE/20102
O Agreste Pernambucano é uma das cinco mesorregiões do estado de Pernambuco. É formada pela união de 71 municípios distribuídos em seis microrregiões. Estende-se por uma área aproximada de 24 400 km², inserida entre a Zona da Mata e o Sertão. Representa 24,7% do território pernambucano e conta com uma população de cerca de 1,8 milhão de habitantes (um quarto da população do estado). Geologicamente a região está situada sobre o Planalto do Borborema em uma altitude média entre 400 a 800 metros, sendo que em alguns pontos como nas microrregiões de Garanhuns e do Ipojuca, as altitudes podem chegar 1000 metros. Devido ao relevo acidentado o clima na região apresenta-se variado, ficando a cargo do relevo, que em certas microrregiões devido a altitude apresenta temperaturas menores e índices pluviométricos mais generosos, localmente essas regiões são conhecidas como Brejos de Altitude, é o caso das cidades de Taquaritinga do Norte onde a temperatura no inverno gira em torno dos 11°C e em outras, geralmente a sotavento, um clima mais quente e árido. No mais, mostra-se uma área de transição, apresentando assim um clima tropical semi-árido, com seu período de chuvas mais concentrado entre os meses de março a julho. A região está inserida na área de abrangência do Polígono das Secas mas apresentando, um tempo de estiagem menor que a do sertão, devido a sua proximidade do litoral. Os índices pluviométricos podem variar em cada microrregião. O clima é um intermediário entre o semiárido e o brejo de altitude, o índice pluviométrico, temperatura e umidade relativa do ar fica a cargo do relevo, pois o Agreste é a transição entre a Zona da Mata e o Sertão, as chuvas são mal-distribuídas em grande parte da região. A umidade relativa do ar fica entre 10% a 100%, as chuvas são frequentes entre abril a junho, e o período chuvoso é entre setembro a janeiro, com chuvas não passando de 295mm na estação chuvosa e 25mm na estação seca. A temperatura também fica por conta do relevo, pois a região fica no Planalto de Borborema mas geralmente as médias ficam em entre 15°C e 18°C de mínimas e 28°C e 32°C de médias máximas. O alto sertão de Borborema é um pouco mais úmido e menos seco.

Fontes: www.ig.com.br
               http://folhaverdenews.blogspot.com

4 comentários:

  1. O Agreste de Pernambuco sofre cada vez mais com a falta de chuvas, como por exemplo, na zona rural de Belo Jardim, um dos açudes que oferecia água para a população de toda uma região não distante de Caruaru ainda hoje está seco.




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  2. Há meses, o cenário é o mesmo em várias cidades do Agreste de Pernambuco. As plantas estão secas e sem folhas, a terra está rachada, os açudes estão vazios e o verde não existe mais. O que tem ocasionado tudo isso, a falta de chuvas, já se tornou o assunto mais falado na região que fica a meio caminho entre a caatinga do sertão e as matas do litoral pernambucano.

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  3. É cada vez mais preocupante a situação dos mananciais. Muitos reservatórios já estão muito próximos do colapso e os poucos que apresentam uma boa vazão estão tendo que abastecer ainda mais municípios. É o que acontece com as barragens do Prata e Jucazinho, em Caruaru, que estão fornecendo água para ainda mais cidades da zona do Agreste.

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  4. Mande aqui para o nosso blog notícia ou mensagem ou comentário ou a sua informação ou opinião sobre este post e esta pauta, a seca e a busca por água no nordeste brasileiro: navepad@netsite.com.br

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