ONU contabiliza 4,4 bilhões de pessoas excluídas da Internet, fator de avanço hoje
De acordo com o relatório anual da União Internacional de Telecomunicações (UIT) – “Medindo a Sociedade de Informação 2013” – a banda larga móvel se tornou o segmento que mais cresce do mercado mundial da Tecnologia de Informação e Comunicação. Números divulgados nesta semana mostram a demanda global pelas TICs, produtos e serviços de comunicação, revelando também a queda contínua dos preços para os serviços de celulares e banda larga, com um crescimento sem precedentes na captação de 3G. No final de 2013, haverá 6,8 bilhões de assinaturas para telefones celulares – quase o número total de pessoas no planeta conectadas assim.Conexões de banda larga móvel em 3G e 3G+ estão crescendo a uma taxa média anual de 40%, o equivalente a 2,1 bilhões de assinaturas de banda larga móvel e uma taxa global de quase 30%. Quase 50% de todas as pessoas do mundo estão agora conectadas por uma rede 3G. Estima-se que, no final deste ano, 2,7 bilhões de pessoas também estarão conectadas à Internet – embora as velocidades e os preços variem muito, tanto entre quanto dentro das regiões e problemas socioeconômicos e culturais cada vez mais aumentem também a exclusão dos mais pobres em vários países, como também o Brasil, onde o mercado de TICs tem grande potencial embora se encontre ainda apenas em 32º lugar no ranking dos socialmente mais desenvolvidos neste setor, que é funbdamental na realidade de agora para qualquer povo e país. Os novos dados da edição de 2013 do relatório mostram que a Coreia do Sul lidera em termos de desenvolvimento das TICs pelo terceiro ano consecutivo, seguido pela Suécia, Islândia, Dinamarca, Finlândia e Noruega. A Holanda, Reino Unido, Luxemburgo, Hong Kong (China) e Reino Unido também fazem parte dos 10 países mais desenvolvidos neste quesito.Os 30 primeiros países são de alta renda, ressaltando a forte ligação entre o lucro e o progresso das TICs.O Índice de Desenvolvimento das TICs da UIT classifica 157 países de acordo com seus níveis de acesso a estas tecnologias e os compara aos resultados dos últimos dois anos. Este relatório é amplamente reconhecido por governos, agências da ONU e pela indústria como a medida mais exata e imparcial do desenvolvimento nacional neste setor. Este relatório identifica um grupo de “países mais dinâmicos”, que registraram melhorias acima da média em sua categoria ou valor nos últimos 12 meses. São eles Emirados Árabes Unidos, Líbano, Barbados, Seicheles, Belarus, Costa Rica, Mongólia, Zâmbia, Austrália, Bangladesh, Omã e Zimbábue.Ele também aponta os países com os mais baixos níveis de desenvolvimento nas TICs – chamados de ‘Países Menos Conectados’. Cerca de 2,4 bilhões de pessoas – um terço da população total do mundo – fazem parte destes webexcluídos. São esses países que ainda podem se beneficiar com um melhor acesso e utilização das TICs em áreas como a saúde, educação e emprego – o Brasil precisa ainda crescer muito nesta área e se encontra nesta categoria em 62º lugar dentro do índice de desenvolvimento das TICs.
Brasil precisa, deve e porde evoluir em tecnologia de informação e comunicação |
Preços e acessibilidade da banda larga e massa de excluídos da web
A análise das tendências de preços da banda larga em mais de 160 países mostra que em quatro anos – entre 2008 e 2012 – os preços fixos da banda larga caíram em 82%. A maior queda ocorreu nos países em desenvolvimento, onde os preços de banda larga fixa caíram 30% a cada ano em cinco anos. O preço médio por unidade de velocidade (Mbps) também diminuiu significativamente entre 2008 e 2012, com um preço médio global de 19,50 dólares por Mbps em 2012 – quase um quarto do preço que estava sendo cobrado em 2008. O relatório também apresenta, pela primeira vez, os resultados de uma pesquisa abrangente que foi realizada em quatro tipos diferentes de serviço móvel de banda larga. Os resultados mostram que nos países em desenvolvimento a banda larga móvel é agora mais acessível do que a banda larga fixa, mas ainda assim muito menos acessível que nos países desenvolvidos. A Áustria tem a banda larga móvel mais acessível do mundo, enquanto São Tomé e Príncipe, Zimbábue e a República Democrática do Congo têm as menos acessíveis, com o custo de serviço igual ou superior ao rendimento nacional bruto médio mensal (RNB) per capita. A meta de acesso a banda larga global, definida pela Comissão da Banda Larga da UIT/UNESCO para o Desenvolvimento Digital, tem como objetivo trazer o custo do serviço de banda larga para menos de 5% da renda média mensal. Um novo modelo desenvolvido pela UIT para o relatório deste ano estima o tamanho da população nativa digital em todo o mundo, mostrando que em 2012 havia cerca de 363 milhões de nativos digitais em uma população mundial de aproximadamente 7 bilhões. Isso equivale a 5,2% do total da população mundial e 30% da população mundial de jovens. O modelo define nativos digitais como a juventude de 15 a 24 anos, com cinco ou mais anos de experiência online. De um total de 145 milhões de usuários de Internet jovens nos países desenvolvidos, estima-se que 86,3% são nativos digitais, em comparação com menos de metade dos 503 milhões de jovens usuários de Internet no mundo em desenvolvimento. Estima-se que nos próximos cinco anos, a população nativa digital nos países em desenvolvimento dobrará. O relatório mostra que, globalmente, os jovens são quase duas vezes mais conectados que a população mundial como um todo, com a diferença de idade mais acentuada nos países em desenvolvimento. “Esta é a primeira pesquisa global do número de nativos digitais e é muito oportuna, divulgada logo após a apresentação à Assembleia Geral da ONU em Nova York da Declaração da Juventude desenvolvida na Cúpula Global da UIT da Juventude BYND2015, pela presidente da Costa Rica, Laura Chinchilla. Os jovens são os adeptos e usuários mais entusiasmados das TICs. São eles quem moldarão a direção da nossa indústria nas próximas décadas e suas vozes devem ser ouvidas”, disse o diretor do escritório de desenvolvimento das telecomunicações, Brahima Sanou, que produziu o relatório anual, alertando neste momento que no início de 2013, quase 80% dos lares no mundo tinha uma TV, em comparação com 41% dos domicílios com computador e os 37% com acesso à Internet. O relatório mostra que o número de domicílios com acesso à Internet está aumentando em todas as regiões, mas grandes diferenças persistem, com as taxas de acessibilidade ao final destes anos chegando a quase 80% no mundo desenvolvido, em comparação com 28% no mundo em desenvolvimento. Estima-se que 1,1 bilhão de domicílios em todo o mundo ainda não estão conectados à Internet, 90% dos quais estão em países em desenvolvimento. No entanto, a tendência é fortemente positiva, com a proporção de domicílios com acesso à internet nos países em desenvolvimento aumentando em 12% em 2008 para 28% em 2013.
Usuários da Internet como uma porcentagem da população tem crescido, em média, a taxas de dois dígitos nos últimos dez anos. A percentagem da população online do mundo desenvolvido vai chegar a quase 77% até o final de 2013, em comparação com os 31% no mundo em desenvolvimento.
Fontes: www.onu.org.br
http://folhaverdenews.blogspot.com
O relatório confirma a informação de que a maioria dos conectados hoje em dia no Brasil e no planeta são jovens e que 1,1 bilhão de domicílios em todo o mundo ainda não estão conectados à Internet, 90% dos quais estão em países em desenvolvimento, como o nosso.
ResponderExcluir56 milhões de brasileiros e brasileiras ainda não tem, por exemplo, acesso a celulares, o que mostra a realidade no país em termos de tecnologia de informação e de comunicação.
ResponderExcluirPor outro lado, há informações controversas, indicando que desde 2011, a América Latina já ultrapassou a marca de 100% de penetração móvel, de acordo com a Informa Telecoms & Media. Entretanto ainda há 178 milhões de pessoas sem acesso aos serviços de telefonia móvel, o que representa 30% da população.
ResponderExcluirO rápido crescimento do mercado brasileiro de serviços móveis, que sozinho representa 36% do total de assinantes da América Latina, está impulsionando a penetração total da região. Entretanto, ao final do ano passado o Brasil ainda possuía 56 milhões de pessoas sem qualquer tipo de serviço móvel, o que mostra um ângulo claro de exclusão no setor, nas áreas urbanas e rurais, que têm potencial de evolução mas também dependem mais da estrutura de desenvolvimento social e sustentável do país.
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