Ministério Público Federal reprova licença ambiental do projeto canadense de mineração Belo Sun no norte do país
Graziele Bezerra, da Radioagência Nacional/EBC, nos deu a notícia que também está hoje em destaque no site nacional de assuntos socioambientais EcoDebate, informação que também foi levada via a Reuters para a América do Norte e a Europa: aqui no blog da ecologia e da cidadania Folha Verde News resumimos este fato, o Ministério Público Federal - MPF - manifestou-se no Pará contra a emissão de licença ambiental para o projeto de mineração de ouro na região do Rio Xingu pela empresa canadense Belo Sun, bem perto de onde está sendo construída a megausina hidrelétrica de Belo Monte. Acontece que peritos deste órgão público descobriram, em tempo, que os empresários do Canadá duplicaram a quantidade de ouro a ser extraída ali sem informar corretamente e também sem avaliar os impactos que a mineração causará no meio ambiente, contaminando águas, causando doenças e desequilíbrios socioambientais nas comunidades indígenas que vivem ali e têm os seus direitos constitucionais e legais que precisam ser respeitados. Conforme informaram peritos do MPF pelos estudos preliminares seriam extraídos pela Belo Sun 37 milhões de toneladas do minério, mas o site da Belo Sun deu outros números, o projeto é extrair 88 milhões de toneladas de ouro, o que irá complicar ainda mais o equilíbrio do meio ambiente regional numa região estratégica para o Brasil: com toda esta quantidade de extração de ouro, vai dobrar o impacto ambiental e além do mais, pelos
estudos antropológicos já feitos por técnicos peritos, isso impactará ainda mais a estabilidade dos povos indígenas locais, Arara e Juruna. Advogados do estado do Pará comentaram que a licença ambiental para a empresa canadense só será liberada se a Belo Sun atender estes dois requisitos básicos, uma quantidade determinada de extração e o respeito aos direitos ambientais do Brasil e constitucionais dos índios. "Dose dupla de violência contra a natureza, os índios e as leis do país", comentou por aqui o ecologista Antônio de Pádua Padinha, ao editar estas informações neste blog.
O indígena professor de História Gaspar Waratzere vê Belo Sun e Belo Monte como desastres ambientais |
Agora os índios e os ecologistas precisam lutar também contra Belo Sun e a poluição do ouro |
Fontes: EBC/Radioagência Nacional
Todos nós, índios de várias etnias, ecologistas e técnicos ambientais, Ministério Público e lideranças de cidadania, cientistas e repórteres, todos precisamos nos unir à luta dos povos da floresta do Xingu, Arara e Juruna, lutar pelo direitos brasileiros a um meio ambiente equilibrado e pelos nossos recursos naturais, minerais, humanos.
ResponderExcluirTirando por base o que acontece nos garimpos, um grande problema para o ambiente e para a saúde das pessoas na atividade de extração do ouro é a utilização do mercúrio para possibilitar a amálgama com o ouro, de forma a recuperá-lo nas calhas de lavação do minério.
ResponderExcluirTanto o mercúrio metálico perdido durante o processo de amalgamação, como o mercúrio vaporizado durante a queima da amálgama, para a separação do ouro são altamente prejudiciais à vida. Alguns insetos metabolizam o mercúrio metálico em dimetilmercúrio, o qual é altamente tóxico para os seres vivos.Como esses insetos fazem parte da cadeia alimentar, o mercúrio orgânico acaba por ser ingerido pelo ser humano. O mercúrio vaporizado, ao ser inalado também é altamente tóxico. As maiores seqüelas pela intoxicação por mercúrio se dão no sistema nervoso, podendo levar à perda da coordenação motora, e se ingerido ou inalado por grávidas, haverá a possibilidade de geração de fetos deformados, sem cérebro, isso, além de outros males para a saúde ambiental e humana.
ResponderExcluirAlguns líderes de cidadania defendem que os recursos naturais e minerais do Brasil não podem ser explorados por empresas estrangeiras e transacionais.
ResponderExcluirMande seu e-mail pro nosso blog enviando a mensagem sobre Belo Sun para nevaped@netsite.com.br
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