Mais um ecologista assassinado por defender a nossa natureza
"A notícia sobre o desaparecimento e depois, confirmação do assassinato do ambientalista e biólogo espanhol Gonzalo Alonso Hernandéz, em Rio Claro, ao sul do Rio de Janeiro (RJ) confirma informções de que há muitos tipos e grande quantidade de Amarildos no Brasil", comentou - lamentando a violência que cresce na atualidade em todo o país e em todo o planeta - Antônio de Pádua Padinha, o editor do Folha Verde News, ao receber por e-mail mensagem do internauta carioca José Rodrigues Perez, dando conta da morte do ecologista Gonzalo, a partir do noticiário desta semana no jornal El País: a matéria está com destaque também no site brasileiro de assuntos socioambientais EcoDebate e via o Facebook e outras redes sociais espalha a indignação com mais este fato violento, virando rotina no Brasil e em todo planeta, violência que vai chegando ao ápice nestas últimas horas no Egito, onde tropas governamentais atiram contra a população desarmada, matando mais de 2 mil pessoas apenas nos últimos 3 dias: "Não importa que haja motivações religiosas ou políticas, esta situação lá no Cairo é um genocídio de seres humanos, o problema não afeta só os muçulmanos mas toda a população civil, 78 repórteres já foram também assassinados nos confrontos lá", lamenta o repórter e ecologista Padinha aqui no blog da ecologia e da cidadania, que se tornou nestes 2 últimos anos numa fronteira que resiste ao crescimento da violência de variadas formas e em todos os lugares do mundo. Agora registra o assassinato de mais um ecologista e defensor da paz no interior do Rio de Janeiro que lado a lado com a natureza maravilhosa, tem a realidade cada vez nais sangrenta.Os indícios são claros: o assassinato de Gonzalo Alonso Hernandéz foi para calar a sua luta ambientalista |
O site EcoDebate informa também que a Secretaria do Ambiente do Governo do Rio de Janeiro vai oferecer recompensa por meio do serviço Disque-Denúncia para prender os assassinos do espanhol Gonzalo Alonso Hernandez, 49 anos, morto com um tiro na nuca no dia 6 deste mês, no sítio onde morava, em Rio Claro, sul do estado fluminense. O anúncio foi feito pelo secretário Carlos Minc, que esteve na nestes dias em contato com a viúva e os irmãos do ambientalista, também numa audiência com a chefe da Polícia Civil, Martha Rocha, no centro do Rio. Minc disse ainda que, segundo a polícia, o crime foi feito por pessoas da região que estavam incomodadas com a atuação do biólogo no combate a agressões de caçadores, palmiteiros ilegais e outros devastadores do meio ambiente na região: “Não foi um crime de profissional, não foi uma coisa externa. Gonzalo foi arrastado dez metros com folhas de bananeira e o colocaram com uma pedra de 60 quilos no local mais fundo do rio. As pessoas conheciam o único local mais fundo do rio onde o cadáver foi jogado. Ou seja, os assassinos conheciam a região”, comentou Minc.
A viúva Maria de Lourdes Pena Campos, que vive na capital e passava o fim de semana com o marido no interior, disse que, embora o biólogo fosse muito atuante na denúncia contra crimes ambientais, ele nunca chegou a comentar sobre ameaças, pois evitava incomodá-la com o assunto. Os assassinos levaram apenas o laptop do biólogo, porque o equipamento continha fotos e arquivos do trabalho e das denúncias que ele fazia. “Eu não ficava direto lá em cima, no sítio, quando ia era para curtir, para passear. Ele não saia de lá e me preservava muito, não me contava detalhes das ações, até porque, quando me contava alguma coisa, eu o reprimia, pois tinha medo”, contou ela. “Se houvesse alguém pegando pássaro, ele chegava para a pessoa e dizia que não podia, que ali era um parque. Ele não tinha medo”, comentou contando como Gonzalo Alonso protegia o equilíbrio da natureza por ali, onde ele já havia plantado cerca de 4 mil árvores na área do Parque Estadual Cunhambebe, no distrito de Lídice. O parque foi criado em 2008 e tem 38 mil hectares, abrangendo os municípios de Angra dos Reis, Rio Claro, Mangaratiba e Itaguaí. Lourdes disse que o marido vivia há 16 anos no Brasil e largou uma carreira de executivo na área de marketing para se dedicar à preservação do meio ambiente. “Ele tinha a opção de voltar para a Espanha, mas preferiu levar uma vida totalmente diferente, trabalhar com o que ele gostava, no meio do mato. A história dele não pode morrer, a gente tem que lutar para que a justiça seja feita”, disse ainda Maria de Lourdes Pena Campos, ouvida também pela repórter Flávia Villela, da Agência Brasil. Maria de Lourdes e a natureza de Cunhambebe ficaram viúvas de Gonzalo. A sua morte está repercutindo muito também nas redes sociais da Europa.
Fontes: El País
www.ecodebate.com.br
Agência Brasil
http://folhaverdenews.blogspot.com
Desaparecimentos como de Amarildo passam de 100 (embora levantamentos ministeriais só sairão em setembro) e o assassinato do ambientalista Gonzalo lembra também o de Chico Mendes, na Amazônia: muitos ecologistas vem sendo assassinados em todo o país em todos estes anos de violência.
ResponderExcluirA repercussão internacional de mais este caso que se deu no interior do Rio, junto à reserva estadual de Cunhambebe, também se explica porque Gonzalo Alonso Hernandéz era um cidadão espanhol que optou por vir praticar a biologia e defender a ecologia junto à natureza brasileira.
ResponderExcluirÉ positiva a reação de Carlos Minc e da Secretaria de Ambiente do Rio de Janeiro, esperamos também que o Governo do país tome um posicionamento, a bem também da imagem do Brasil, este caso que infelizmente é quase rotineiro por aqui, pode se tornar icônico como um marco para se busca a mudança desta realidade de violência contra defensores da ecologia.
ResponderExcluirDefensores da ecologia aqui, jornalistas no Egito, milhares de pessoas do povo em Cairo, a cada hora, a cada dia, aumentam os índices de violência em todos os lugares, violência das mais variadas formas|: mande a sua informação sobre este post ou este assunto, opinião ou comentário para navepa@netsite.com.br
ResponderExcluir