No lançamento do filme o ator Felipe Camargo discute também a realidade atual de Xingu
Os atores Felipe Camargo e João Miguel falaram sobre "Xingu" na presença também da repórter Natalia Engler e do fotógrafo Paulo Camilo: ambos explicaram como são seus personagens no filme, os históricos irmãos Orlando e Cláudio Villas Bôas, hoje considerados heróis nacionais e pioneiros da causa e da cultura dos índios. João Miguel conta que se encontrou com a viúva e o filho de Orlando, para tentar reconstituir a figura do sertanista: pouco depois estes familiares disseram que ele estava muito parecido com Cláudio. Já Felipe comenta a experiência de filmar na região do Xingu e a atualidade do filme, em um momento em que o parque nacional indígena está sob pressão com a construção da hidrelétrica de Belo Monte. O longa de Cao Hamburger, um cineasta que já marca o seu nome pela busca de um cinema ligado em questões de valoir para os brasileiros e a condição de vida humana, acompanha neste filme as trajetórias dos irmãos Villas Bôas, que decidem participar das expedições organizadas há m ais de meio século atrás pelo governo brasileiro para ocupar o interior do país. Os dois irmãos acabam tendo papel fundamental na criação do Parque Nacional do Xingu e na revalorização da cultura brasileira de raiz. O filme estréia amanhã nos cinemas de todo o país.
Sinopse do Filme Xingu:
Parque do Xingu, primeira terra indígena homologada pelo governo federal, em 1961, que completou 50 anos em 2011. Uma parte esquecida e dramática da nossa história que permanece atual e urgente.
Elenco: Caio Blat, Maria Flor, Felipe Camargo, João Miguel.
Dirigido por Cao Hamburger (‘O Ano em que meus Pais saíram de Férias’). O filme foi roteirizado por Hamburger e Elena Soares, e conta com a participação de cerca de 250 índios.
Debate no Festival de Verão
A repórter gaúcha Luíza Muller informa que durante o Festival Internacional de Verão do Rio Grande do Sul ocorreu a Mesa de Debates “Viva Xingu, Viva Sepé Tiarajú”. Com base no filme “Xingu”, de Cao Hamburguer, que narra a história dos irmãos Villas-Bôas, a mesa conversou sobre a atual situação do índio e as ações necessárias para sua proteção e preservação cultural.“Senti-me honrada por ter conseguido reunir seis pessoas, dois mundos e uma única missão, que é fomentar debates que divulguem a cultura indígena, buscando com isso preservar e manter vivos os verdadeiros donos da Terra Brasilis”, declarou a mediadora do debate, Mônica Mohr, da Produtora Eduardo Branca.Também compuseram a mesa Eduardo Branca e Sabrina Villela, produtores de cinema; o Irmão Marista Antônio Cechin, que desenvolve no sul do país um projeto de reconhecimento e resgate histórico do herói brasileiro Sepé Tiarajú; Francisco, Cacique Kaingang, do aldeamento indígena de Lajeado; e Antônio Antunes Cunha Neto, geógrafo que viveu na Amazônia oriental, em aldeias indígenas, entre os anos de 1979 e 1984.“Esta oficina teve a possibilidade de dar visibilidade tanto ao Parque Nacional do Xingu, quanto ao herói brasileiro Sepé Tiarajú e fazer uma alusão comparativa entre os irmãos Villas-Bôas e o nosso querido Irmão Cechin, seres iluminados, sensíveis e capazes de mudar o curso da história do povo indígena que está espalhado pelo nosso país e de variadas maneiras enfrentando problemas para sobreviver”, finalizou Mônica Mohr.
À Margem do Xingu – Vozes Não Consideradas
Direção: Damià Puig
Duração: 90min.
Ano: 2011
Site: http://www.culturapaulinia.com.br/amargemdoxingu.php
Neste Festival de Verão foi também exibido um documentário que mostra a realidade do Xingu, durante as filmagens do longa que está sendo lançado nesta sexta-feira, 6 de abril. Em viagem pelo rio Xingu foram encontradas e ouvidas várias pessoas, moradores de toda uma vida por ali, que serão atingidos pela possível construção da hidrelétrica de Belo Monte. Relatos de ribeirinhos, indígenas, agricultores, habitantes da região de Altamira na Amazônia, assim como especialistas da área compõem parte deste complexo quebra-cabeça. São reflexões sobre o passado obscuro deste polêmico projeto e que elucidam o futuro incerto da região e destas pessoas às margens do Xingu. http://vimeo.com/24443990 (Prêmio do Juri Popular em Paulínia).
Um filme e uma realidade de muita importância agora
"O filme Xingu, de Cao Hamburger, contando a história dos irmãos Orlando e Cláudio Villas-Bôas, inspira também a discussão sobre a atual realidade do Xingu, ameaçado mais do que nunca pela megausina de Belo Monte, por megainteresses e falta de visão de desenvolvimento sustentável no país da natureza", comenta o editor do blog Folha Verde News, Antônio de Pádua, repórter e ecologista Padinha: "Tive a oportunidade de conviver com um destes irmãos, Orlando, em São Paulo, nos anos 70 e 80, quando pensávamos em escrever juntos a partir do livro que ele escrevera, um documentário sobre a beleza e o valor ecológico de Xingu, bem como, sobre a violência da sociedade de consumo que prevalece no Brasil contemporâneo. Orlando adoeceu, o projeto ficou prejudicado e agora revejo isso na ficção deste filme a aventura, a coragem e a grandeza destes dois irmãos do Brasil. Os país do Brasil são os índios, que devem ser os temas centrais desta discussão, que pode colaborar muito para mudar esta realidade".
Xingu, o filme será lançado amanhã em todo o Brasil |
A realidade do Xingu vem gerando protestos em todo o país |
Cientistas, MP, ecologistas e índios contra a megausina no Xingu |
Os irmãos Villas-Bôas à época da criação do Parque Xingu |
Orlando Villas-Boas nos anos 80 em São Paulo... |
A questão dos índios e da natureza do Brasil é superatual |
Fontes: www.uol.com.br
www.amazoe.com.br
http://folhaverdenews.blogspot.com
Conhecer melhor o Xingu é o primeiro passo para mudar a realidade de violência contra os índios e também contra a natureza do Brasil, no caso, lá no Pará, onde se projeta uma megausina hidrelétrica inviável economicamente e que é um desastre ecológico...
ResponderExcluirÉ grande a importância do lançamento deste filme e a ampliação do debate sobre o parque nacional do Xingu, a questão dos índios e da ecologia, a busca de nova estrutura energética (usinas de energia Solar e Eólica) e não as tais megausinas hidrelétricas, termelétricas e nucleares, que não resolvem e apenas atendem a interesses que não são os da Nação.
ResponderExcluirCom o filme de Cao Hamburguer será melhor conhecido o valor e a atualidade dos povos da floresta, poderá haver também uma revalorização do próprio Xingu, até poderá levar a uma revisão dos megaprojetos no Pará e em todo o país: está na hora de bom senso e de projetos de Desenvolvimento Sustentável para captar energia e avançar o Brasil, com tecnologia mais contemporânea e com respeito à ecologia do país da natureza.
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