Brasil precisa de um alarme sobre novo Código Florestal, diz Cao Hamburger, diretor do filme
Cao abraçado a Felipe Camargo, Caio Blat e João Miguel, bastidores do filme Xingu |
E foi através desse mesmo projeto que ele estreou no cinema de longa-metragem, com a adaptação da série feita em 1999. Depois de mais alguns trabalhos para o público infantil e de uma temporada na Inglaterra, ele decidiu se descolar desse público e dirigiu para a televisão o seriado Filhos do Carnaval e para o cinema O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias, ambos de 2006. Cao Hamburger está lançando seu mais recente trabalho, o filme Xingu, que conta a trajetória de três verdadeiros heróis brasileiros: a trupe dos irmãos Villas-Boas, Orlando (que foi amigo em São Paulo do nosso editor do Folha Verde News, Padinha), Cláuido e Leonardo Villas-Boas, personagens do filme que retrata a aventura da vida dos povos da floresta e até também em parte da natureza do Brasil. A história do filme, ambientada há 50 anos, continua relevante até os dias de hoje. Especialmente com as polêmicas envolvendo a votação do Novo Código Florestal brasileiro e a construção da Usina de Belo Monte, questões centrais para a preservação das áreas florestais e dos povos indígenas do Brasil. Depois de tanto tempo filmando às margens do Xingu, passando por diversas aldeias, Cao tem uma posição firme sobre os assuntos. "Xingu trata sobre isso: sobre como nossa civilização é agressiva e prepotente. É uma história de 50 anos atrás mas é uma história atual e urgente. O Brasil tem uma chance de ouro. Nós podemos ser o ponta de lança do século XXI no ambientalismo", Cao comentou, apontando sua opinião sobre a instalação do novo Código. "Eu já não estou entendo nada sobre o Código Florestal, tudo muda a cada dia. Eu sinto antes de mais nada uma falta de trasnparência. Eu não consigo entender as posições dos políticos claramente. A gente nem sabe exatamente qual o código que está sendo votado. A sociedade precisa de um alarme sobre isso". Ele se refere assim sobre o abismo que existe entre os políticos e os lobbies de Brasília em relação ao povo do Brasil de verdade. A ponte entre os dois lados separados por megainteresses (que não são o interesse da Nação) poderia ser a cidadania.
A jornalista Gisele Alquas resume o filme Xingu
Década de 1940, em meio a floresta amazônica, há aqueles que lutavam para sobreviver em meio a um espaço disputado. Eles são os povos indígenas, de várias tribos, ameaçados por seringueiros que desejavam ocupar a área. Mas os índios contaram com o apoio de três homens que fizeram história no Brasil por defender aqueles que eram ignorados. Xingu, de Cao Hamburguer que estreou nesta sexta-feira em quasae todas as regiões do país (aqui na macrorregião região de Franca não, só filmes mais comerciais...): Xingu retrata a história real dos irmãos Villas-Bôas Cláudio (João Miguel), Orlando (Felipe Camargo) e Leonardo (Caio Blat), pessoas fundamentais para a criação do Parque Nacional do Xingu.
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Os três se alistaram na Expedição Roncador-Xingu em uma missão para desbravar o Brasil Central e proteger os povos indígenas. O longa não explica exatamente o porquê os irmãos, do interior de São Paulo, largaram tudo para se aventurar na floresta. Mas ficou claro que os três tinham o mesmo objetivo em defesa dos índios. E buscaram, junto ao governo, soluções para salvar a cultura nativa brasileira e as aldeias que restaram, os locais eram tratados como "terras de ninguém".O filme mistura assim verdade histórica, suspense, aventura e ação, contou com a produção de Fernando Meirelles. Orçado em R$ 14 milhões, foram cinco anos entre pesquisas e filmagens. O resultado foi um filme bem produzido, porém situações que poderiam ser mais exploradas para impactar o público, apenas foram mostradas de passagem, como o romance entre Leonardo e uma índia, o que provocou um escândalo na época e fez com que o caçula dos irmãos deixasse a expedição. Outra história de amor que ficou no ar foi entre Orlando e uma nativa ribeirinha Se houve algo a mais ou não fica a cargo do espectador, que acompanha o "romance" apenas por troca de olhares entre eles, sem uma única palavra que pudesse sugerir algo.A interpretação dos atores foi digna de aplausos. João Miguel, Felipe Camargo e Caio Blat estavam tão entrosados que pareciam - uma frase clichê - irmãos de verdade. Atenção também para a atuação dos índios, que mesmo não sendo atores, percebe-se a dedicação deles em trabalhar corretamente. Xingu foi inspirado no livro de memórias dos Villas-Bôas A Marcha para o Oeste, um diário que os irmãos escreveram durante toda a expedição, que durou 16 anos. O filme agora ganha importância maior por causa da falta de uma visão e uma implantação governamental de Desenvolvimento Sustentável para a nossa natureza, isso em vários episódios da realidade do país agora, como assinala por sua vez o repórter, ecologista e também autor de cinema e TV, Antônio de Pádua Padinha, aqui no blog Folha Verde News.
Enredo à parte, Xingu é um filme muito bem realizado. Embora as filmagens externas predominem – o que dificulta bastante o trabalho da direção de fotografia, que não pode controlar muitas variáveis – nota-se que a prioridade é mostrar a luz real, mais do que a luz ideal. Já o cenário foi um aspecto que não deve ter dado tanto trabalho à equipe, a não ser pelas dificuldades de filmar fora de um estúdio, afinal as paisagens do centro-oeste brasileiro se encarregaram da dimensão plástica da película. O esmero da produção já é uma pista de que este filme tem grandes pretensões positivas. Parece ser um desejo unânime da equipe e da produtora O2 Filmes (cujos trabalhos recentes têm passagens por inúmeros festivais internacionais) que, mais do que ser um sucesso de público, o filme se torne uma referência e suscite o debate em torno de um problema ainda tão velado no processo de formação brasileiro. Será que o épico tupiniquim vai alcançar o coração do Brasil e ajudar a mudar a realidade na área ambiental do nosso país?...
Fontes: www.google.com.br
SundayTV
Estadao/Eldorado http://folhaverdenews.blogspot.com
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Os três se alistaram na Expedição Roncador-Xingu em uma missão para desbravar o Brasil Central e proteger os povos indígenas. O longa não explica exatamente o porquê os irmãos, do interior de São Paulo, largaram tudo para se aventurar na floresta. Mas ficou claro que os três tinham o mesmo objetivo em defesa dos índios. E buscaram, junto ao governo, soluções para salvar a cultura nativa brasileira e as aldeias que restaram, os locais eram tratados como "terras de ninguém".O filme mistura assim verdade histórica, suspense, aventura e ação, contou com a produção de Fernando Meirelles. Orçado em R$ 14 milhões, foram cinco anos entre pesquisas e filmagens. O resultado foi um filme bem produzido, porém situações que poderiam ser mais exploradas para impactar o público, apenas foram mostradas de passagem, como o romance entre Leonardo e uma índia, o que provocou um escândalo na época e fez com que o caçula dos irmãos deixasse a expedição. Outra história de amor que ficou no ar foi entre Orlando e uma nativa ribeirinha Se houve algo a mais ou não fica a cargo do espectador, que acompanha o "romance" apenas por troca de olhares entre eles, sem uma única palavra que pudesse sugerir algo.A interpretação dos atores foi digna de aplausos. João Miguel, Felipe Camargo e Caio Blat estavam tão entrosados que pareciam - uma frase clichê - irmãos de verdade. Atenção também para a atuação dos índios, que mesmo não sendo atores, percebe-se a dedicação deles em trabalhar corretamente. Xingu foi inspirado no livro de memórias dos Villas-Bôas A Marcha para o Oeste, um diário que os irmãos escreveram durante toda a expedição, que durou 16 anos. O filme agora ganha importância maior por causa da falta de uma visão e uma implantação governamental de Desenvolvimento Sustentável para a nossa natureza, isso em vários episódios da realidade do país agora, como assinala por sua vez o repórter, ecologista e também autor de cinema e TV, Antônio de Pádua Padinha, aqui no blog Folha Verde News.
Enredo à parte, Xingu é um filme muito bem realizado. Embora as filmagens externas predominem – o que dificulta bastante o trabalho da direção de fotografia, que não pode controlar muitas variáveis – nota-se que a prioridade é mostrar a luz real, mais do que a luz ideal. Já o cenário foi um aspecto que não deve ter dado tanto trabalho à equipe, a não ser pelas dificuldades de filmar fora de um estúdio, afinal as paisagens do centro-oeste brasileiro se encarregaram da dimensão plástica da película. O esmero da produção já é uma pista de que este filme tem grandes pretensões positivas. Parece ser um desejo unânime da equipe e da produtora O2 Filmes (cujos trabalhos recentes têm passagens por inúmeros festivais internacionais) que, mais do que ser um sucesso de público, o filme se torne uma referência e suscite o debate em torno de um problema ainda tão velado no processo de formação brasileiro. Será que o épico tupiniquim vai alcançar o coração do Brasil e ajudar a mudar a realidade na área ambiental do nosso país?...
Fontes: www.google.com.br
SundayTV
Estadao/Eldorado
O filme e os seus personagens e tema (Orlando e os irmãos Villas Boas, em pespecial os índios e a cultura nativa do Brasil, Xingu e os seus problemas, ainda mais agora...), tudo isso nos avança a cidadania e a vida cult do país.
ResponderExcluirEsta realização de Cao Hamburguer marca também a evolução do cinema brasileiro, mais ligado nas questões fundamentais da população: precisa que a distribuição dos filmes e a valorização de trabalhos como estes sejam aperfeiçoadas para que a semente de mudanças de Xingu sejam plantadas na nossa realidade.
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