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sexta-feira, 27 de abril de 2012

MAIS UM MEGAPROJETO GOVERNAMENTAL NA AMAZÔNIA

Governo planeja construir sete hidrelétricas na bacia do rio Aripuanã


Juvenal Pereira nos manda desde o site da superentidade ecológica WWF esta notícia, que o Folha Verde News publica como alerta e com tristeza: "O Governo Dilma, além de vetar o chamado Código Desflorestal, precisa também optar por uma estrutura energética sustentável, como as energias eólica e solar, não construir megausinas hidrelétricas, termelétricas e nucleares. A não ser que não queira o avanço do Brasil e a sobrevivência de nossa última natureza, nossa chance de futuro na vida", comentou o editor deste blog, Antônio de Pádua, o ecologista Padinha. E vamos à mais uma informação negativa no país que está virando da...desnatureza: o Governo Federal estuda, atualmente, a possibilidade de construir sete hidrelétricas na bacia do rio Aripuanã, na região situada entre os Estados do Amazonas, Mato Grosso e Rondônia. As sete hidrelétricas vão gerar 2.790,8 megawatts e trarão impactos para uma área de 146,3 mil metros quadrados, que se estende por 14 municípios dos Estados citados e abrange uma população de 112 mil habitantes. Além disso, vai atingir diretamente 11 áreas protegidas, entre Unidades de Conservação de Proteção Integral e Terras Indígenas. A informação foi divulgada quando a Empresa de Pesquisa Energética do Ministério de Minas Energia (EPE/MME) realizou, em Manaus (AM) e Cuiabá (MT), audiências públicas para socializar os resultados da avaliação ambiental integrada da bacia do rio Aripuanã. O estudo teve como objetivo avaliar se o meio ambiente daquela região teria condições de “suportar” os impactos trazidos pelos empreendimentos. O inventário teve início em 2006 e foi concluído em maio de 2011, mas somente há quinze dias foi apresentado à sociedade civil. Reportagem publicada no dia 16 de abril pelo jornal A Crítica, de Manaus, informa que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) já aprovou o documento e trabalha numa próxima etapa do processo, que é o estudo de viabilidade econômica deste complexo de usinas hidrelétricas.

O alagamento, o gás carbônico produzido sob as águas, são algumas das sequelas...  

...e entre elas, a mortandade de peixes e outros impactos socioambientais deste megaprojeto

18 impactos, apenas 2 positivos, mais uma loucura governamental

O inventário divulgado trouxe uma série de informações sobre a bacia do rio Aripuanã, que fica à margem direita do rio Madeira. Além de levantamentos técnicos referentes àquela região (abordando questões como geologia, hidrologia, relatórios de flora e fauna, dados socioeconômicos das populações locais) o documento traz também uma descrição dos 18 impactos que serão causados pelas hidrelétricas – e apenas 2 deles são positivos. Entre os aspectos positivos das hidrelétricas são citados o incremento da arrecadação municipal das cidades atingidas, pela compensação financeira que será trazida pelo setor elétrico às prefeituras; e a melhoria da estrutura viária da região, já que, para operar e receber insumos e equipamentos, as hidrelétricas precisam de vias e estradas trafegáveis durante todo o ano. Dentre os impactos negativos previstos no inventário estão: interferência em ambientes ricos em biodiversidade, desaparecimento de espécies da fauna e flora, interrupção de rotas migratórias de peixes e supressão de vegetação marginal. Outras conseqüências das instalações das usinas são perda de recursos genéticos, alterações na dinâmica ecológica da área, além da interferência em políticas públicas de conservação e comprometimento do potencial de desenvolvimento sustentável de toda a macrorregião. Isso quando cientistas, ecologistas e especialistas em ciência florestal e biológica lutam pelo equilíbrio da Amazônia, vital para o país e para todo o planeta.

Fontes: http://www.wwf.org.br/
              http://folhaverdenews.blogspot.com/

3 comentários:

  1. No âmbito social, as conseqüências previstas são o acirramento de conflitos, principalmente sobre populações indígenas ou tradicionais; interferência no modo de vida dessas populações, intensificação de invasões e apropriações indevidas de recursos de uso dos povos indígenas, além de interferência nas atividades econômicas rurais tradicionais. Estas sequelas são a previsão de técnicos da WWF.

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  2. Para o analista de conservação do WWF-Brasil Marcelo Cortez, os estudos apresentados pela Empresa de Pesquisa Energética estão subestimando os impactos sociais que as hidrelétricas trarão para aquele local. “A Usina Hidrelétrica de Prainha, por exemplo, prevista para o município de Apuí, possivelmente atrairá 13 mil pessoas para o seu entorno. Este número é maior que a população do município que já existe naquela área. Então teremos um contingente muito grande de pessoas que, até agora, não saberemos se e como serão atendidas no que se refere à educação, moradia e saúde, por exemplo,”, explicou o especialista.

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  3. Duas atitudes são superurgentes por parte do Governo Dilma, vetar o Código Florestal, tal como ele está, e optar o mais rápido possível por energias mais ecológicas (e mais econômicas, em termos de desenvolvimento sustentável), como a Eólica e a Solar, que têm no Brasil o maior potencial no mundo de geração de energia limpa para criar o futuro da Nação e da vida.

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