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sexta-feira, 13 de abril de 2012

ECOLOGISTAS BUSCAM REDUZIR IMPACTOS AMBIENTAIS NA EXPLORAÇÃO DO CARVÃO

Novos acordos e nova mentalidade podem preservar melhor os recursos vegetais no Brasil

Nove empresas e o Instituto Carvão Cidadão (MA) já chegaram a um acordo, segundo informa Aldem Bourscheit no site da WWF (e abrimos espaço para esta informação aqui no blog da ecologia, Folha Verde News): as 9 empresas e o Instituto Carvão Cidadão foram os primeiros a assinar um compromisso com entidades civis e ecológicas para reduzir impactos socioambientais na produção do carvão vegetal usado pela siderurgia. O acordo, firmado por DNA Carvoejamento e DNA Energética, Libra Ligas, Mahle, Rotavi, Simasul, Queiroz Galvão, Vetorial e Atelmig, faz parte de uma agenda inédita construída entre Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, Rede Nossa São Paulo, WWF-Brasil e Fundación Avina junto ao empresariado com as direções para que a cadeia produtiva de carvão vegetal siderúrgico se torne mais sustentável. “Será um esforço conjunto para transformação de mercados com grande influência na conservação da biodiversidade, alterando processos que não deveriam mais existir em nossa sociedade, como a destruição gratuita de ambientes naturais e formas degradantes de trabalho”, lembrou a secretária-geral do WWF-Brasil, Maria Cecília Wey de Brito.


A exploração ilegal de carvão vegetal é ainda rotina no interior do país
O compromisso será reforçado com a adesão gradual de novas empresas e outros segmentos ligados à produção de aço em todo o interior do Brasil. O objetivo é garantir que em todos os elos da cadeia ocorra rastreabilidade das matérias-primas e produtos, que sejam usadas fontes legais e renováveis na produção de carvão, ferro-gusa e aço e que se construam incentivos econômicos para a produção correta. Além disso, é necessário aumentar a eficiência na produção de carvão, bem como desenvolver e aplicar políticas públicas que apóiem todas essas transformações. O processo envolverá produtoras de ferro gusa, de carvão vegetal, de madeira plantada, mineradoras, indústrias de fabricação ou que utilizem o aço (cadeia compradora), entidades setoriais, organizações da sociedade civil, trabalhadores, diferentes níveis de governo e financiadores. Uma das metas é eliminar até 2020 um déficit de cem milhões de hectares em florestas plantadas para produção de carvão siderúrgico.
“Por isso é fundamental que tenhamos linhas de financiamento de longo prazo para plantio em áreas degradadas”, lembrou Caio Magri, gerente-executivo de Políticas Públicas do Instituto Ethos.
Segundo a Associação Mineira de Silvicultura (AMS), a demanda por carvão vegetal no Brasil atingiu 9,2 milhões de toneladas em 2007. Considerando que, de acordo com o Governo Federal, são necessárias 48 árvores para a geração de uma tonelada de carvão, estima-se que mais de 440 milhões de árvores sejam derrubadas por ano para a produção desse combustível. A AMS também revela que aproximadamente 70% do carvão consumido em nosso país veio de matas nativas.

Fontes: http://www.wwf.org.br/
             http://folhaverdenews.blogspot.com/

3 comentários:

  1. Medidas e acordos como este, conseguidos por iniciativa da sociedade civil, são fundamentais para mudar e avançar esta realidade.

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  2. Também por aqui na macrorregião, entre o nordeste paulista e o sudoeste de Minas, é comum ver fileiras de caminhões carregando árvores nativas de desmatamentos para se transformarem em carvão vegetal para as siderúrgicas...

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  3. As polícias Ambiental e Rodoviária, com apoio da Federal e de órgãos governamentais como Ibama e ICMBio, bem como das secretarias de Meio Ambiente de cada estado, de cada região ou cidade, juntos precisam organizar barreiras de fiscalização e coibir a derrubada de matas nativas para se fazer carvão vegetal: o trânsito é grande nas rodovias do interior, como por aqui8 a caminho de siderúrgicas de Itaú de Minas.

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