Condecorado Herói da Floresta na América Latina pela ONU, Paulo Adario dedica prêmio aos verdadeiros heróis do dia-a-dia e cobra da Presidente Dilma o veto ao Código Florestal
Em discurso de agradecimento na Organização das Nações Unidas nos Estados Unidos, Paulo Adario pediu também ao Governo brasileiro "veto" ao desmatamento e à anistia a quem cometeu crimes ambientais.
Incluindo o Código Florestal como uma de suas batalhas na luta pelas florestas, Adario destacou que não há oposição entre proteção ambiental e desenvolvimento econômico, e que a produção e exportação de commodities podem continuar crescendo sem derrubar mais nenhuma árvore.
“Cerca de 90% dos brasileiros são contra uma nova lei florestal que abra espaço para mais desmatamento e que anistie aqueles que desrespeitaram a legislação. E, no entanto, isso está sendo fortemente apoiado pelos parlamentares. A presidente Dilma está numa encruzilhada. Ela precisa escolher entre o futuro e o passado. Quero aproveitar essa oportunidade para pedir a ela que dê um passo para o futuro, vetando todas as medidas perversas que reduzem a proteção das florestas no Brasil.”
Adario, um sinal de força e luta em nome dos ecologistas do Brasil |
José e Maria, casal que lutava pela Amazônia, assassinado no Pará |
O respeito a áreas ambientalmente protegidas na Amazônia faz parte da luta |
Ele não se referiu publicamente a lobbies ou a ruralistas, mas comentou em off sobre isso como fatores que levaram a Câmara e o Senado ao erro de aprovar uma legislação considerada retrógrada pelos técnicos, em plena era do Desenvolvimento Sustentável, que inclusive será o tema central da Conferência Mundial da própria ONU em junho no Brasil (Rio+20, 20 anos após a Eco 92): um evento de decisão e importância.
Em sua fala pública, Adario também dedicou o prêmio às pessoas que dividem consigo a luta pela preservação das florestas, ou seja, aos verdadeiros heróis e vítimas que nascem quase todos os dias por conta da disputa dramática por recursos naturais e áreas de floresta. Pessoas como Zé Claudio e sua esposa Maria dos Espírito Santo não foram esquecidos pela ONU, que lhes rendeu uma homenagem, passando o filme do jornalista Felipe Milanez sobre a morte do casal de extrativistas. Com a voz embargada, a irmã de Zé Claudio, a ambientalista Laisa Sampaio, subiu ao palco e pediu mais governança na região para evitar novos crimes ambientais e humanos.
Jan McAlpine, chefe do Secretariado do Fórum das Nações Unidas sobre Florestas, disse que o conceito do prêmio surgiu, pois a organização queria mostrar o quanto as florestas são importantes para as pessoas e as pessoas para as florestas. Ao chamar Paulo Adario ao microfone, ela o definiu como uma “enorme contribuição para o mundo e a América Latina”.
Depois de receber 90 indicações, de 41 países, a ONU nomeou mais quatro "heróis da floresta" além de aulo Adario, do Brasil, na África, Europa, Ásia e América do Norte. Os escolhidos foram Paul Nzegha Mzeka, de Camarões, Shigeatsu Hatakeyama, do Japão, Anatoly Lebedev, da Rússia, e Rhiannon Tomtishen e Madison Vorva, dos Estados Unidos. A premiação é uma forma de alertar sobre problemas ambientais em diferentes regiões do planeta, bem como, apoiar a luta ecológica e de cidadania para avançar a realidade.
Fontes: www.greenpeace.org.br
http://folhaverdenews.blogspot.com
Cada ecologista ou cada líder de cidadania ou cada cientista e pesquisador que está indo à luta pela ecologia ou pelo Desenvolvimento Sustentável de verdade, todos nós nos sentimos também homenageados por este prêmio de muita justiça dado pela ONU a Paulo Adario, como Herói da Floresta na América Latina. Nossos cumprimentos a ele e à toda equipe do Greenpeace.
ResponderExcluirAinda ontem aqui neste blog postamos a matéria sobre as ameaças de destruição da ecologia da Amazônia (com a redução das áreas ambientalmente protegidas lá) e anteontem, com os problemas que também estão acontecendo agora no Pantanal. Neste contexto, todos os dias aqui destacamos uma questão relevante, o prêmio da ONU a Adario e ao Greenpeace serve como um estímulo para a mudança da atual realidade.
ResponderExcluirSuperimportante que na hora de receber o prêmio da ONU em Nova Iorque, Paulo Adario se manteve coerente com a luta ecológica brasileira e toda a sua trajetória de ecologista, um dos fundadadores do Greenpeace no Brasil: esta coerência garante o respeito da mídia e das autoridades internacionais e nacionais à própria luta da ecologia e da criação do futuro, outro nome para Desenvolvimento Sustentável, tema central do nosso blog Folha Verde News.
ResponderExcluir