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sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

PREVISTOS MAIS ACIDENTES COM PETRÓLEO NO LITORAL DO BRASIL

  • Petróleo: cadê o plano de contingência?

    Enquanto o Ministério do Meio Ambiente não coloca em prática um plano de contingência para vazamentos de petróleo, como o prometido pelo Governo (e isso desde o desastre ambiental do Golfo do México em 2010), notícias sobre desastres na costa brasileira parecem inevitáveis, o que aumenta a gravidade do crime ambiental. Em pouco mais de dois meses, aconteceram quatro acidentes envolvendo a indústria do petróleo. O mais notório foi o da Chevron, na bacia de Campos (Rio de Janeiro). Em dezembro, houve denúncias de que a Refinaria Duque de Caxias estaria contaminando o rio Iguaçu com óleo e outras substâncias químicas além dos níveis permitidos. Semana passada, a Transpetro vazou petróleo em Tramandaí (Rio Grande do Sul), e, finalmente nesta semana, a Petrobrás anunciou um vazamento de 25 mil litros de óleo a 300 km do litoral de São Paulo. Este último acidente, no campo do Carioca Nordeste, ainda não foi explicado pela estatal, mas sabe-se que houve um rompimento na coluna do navio-plataforma que realizava um Teste de Longa Duração em um poço a pouco mais de 2.000 metros de profundidade. A produção de petróleo era realizada pelo navio-plataforma FPWSO Dynamic Producer, em parceria com a BG e a Repsol. A Petrobrás alega que o vazamento foi rapidamente estancado pelo sistema de segurança. Afirma também que está tudo sob controle, mas o histórico recente de acidentes dá sinais de que a segurança das operações de exploração em camadas profundas do oceano ainda é frágil e oferece sérios riscos ambientais. A necessidade de adotar medidas de prevenção e de segurança mais rígidas é inegável e urgente. Hoje, existem 105 sondas trabalhando em toda a costa brasileira, idênticas à utilizada pela Chevron, perfurando a mais de 4.000 metros de profundidade e sob uma lâmina de água superior a mil metros. Nessas condições, a capacidade de controle de um vazamento é muito mais difícil.
    Este foi o primeiro acidente na camada do pré-sal. Quantos mais terão que acontecer para que ações efetivas sejam tomadas? A segurança, definitivamente, ainda tem que melhorar muito.
    Enquanto isso, em Abrolhos, tentando evitar o mesmo tipo de acidente o Greenpeace pede uma moratória de 20 anos na exploração de gás e petróleo e a ampliação do Parque Nacional Marinho dos Abrolhos em 20%. A moratória é um acordo estabelecido pelo Governo e pelo setor privado, respondendo à pressão dos brasileiros, com consciência do valor da ecologia para o equilíbrio do meio ambiente e para a saúde da população, que desejam um modelo econômico mais verde e limpo para o Brasil. "Prá resumir, é a necessidade de sustentabilidade e maior margem de segurança ambiental nas operações de captação de petróleo, antes que o Ministério Público acionado peelas lideranças de cidadania e de ecologia venham a dificultar as atividades deste setor da economia", comentou por sua vez, Antônio de Pádua, o ecologista Padinha, editor do blog Folha Verde News.

    A limpeza das águas e o equilíbrio ecológico do litoral interessam a todo o Brasil

    Entidades como o Greenpeace fazem vigilância desde o espaço da ecologia dos mares


    Assine a petição: Abrolhos precisa ficar livre da exploração de petróleo

    Fontes: www.greenpeace.org.br
                  http://folhaverdenews.blogspot.com

3 comentários:

  1. Governo e empresas petrolíferas precisam se alertar porque entidades ecológicas, como o Greenpeace e o própio movimento internacional de cidadania - como a Avaaz - estão de olho, ao mesmo tempo que líderes socioambientais no Brasil já estão questionando o MP sobre a urgência de uma nova realidade no setor.

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  2. O desequilíbrio nas águas e no ambiente marinho podem significar prejuízos para a economia, para o turismo, também para a saúde e a alimentação da população, além da agressão à ecologia, prevista pela legislação nacional e internacional: o fato de os acidentes serem previsíveis aumenta a gravidade e o grau de culpabilidade dos responsáveis.

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  3. Mais uma vez, o blog da ecologia por aqui no interior do país pede aos internautas um apoio a esta campanha de Abrolhos do Greenpeace, como parte de uma nova realidade que precisamos criar, também no litoral brasileiro, por aqui, por todo o país e por todo o planeta.

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