Parlamentares voltam ao trabalho nesta semana em defesa mais dos seus próprios interesses
Parlamentares custaram R$ 4,9 milhões aos cofres públicos, no recesso, Senadores custaram à Casa R$ 2,8 milhões, enquanto a Câmara pagou R$ 2,1 milhões aos deputados pelo mês de férias, informa em todos os detalhes a jornalista Josie Jerônimo, do jornal Estado de Minas, direto do Distrito Federal: parado desde 24 de dezembro, o Congresso retoma nesta terça-feira as atividades. O deserto político que se viu nas dependências do Senado e da Câmara contradiz, no entanto, a continuidade das despesas de manutenção das Casas registradas em janeiro. Gastos que parlamentares e a direção administrativa geralmente atribuem à atividade legislativa permaneceram em alta mesmo durante o recesso. Exemplos disso são os gastos com hora extra, cota de representação e diárias no mês das férias parlamentares. Este tipo de situação aumenta o abismo de cidadania entre Brasília e o Brasil, como vem destacando em váriaos posts por aqui o blog de ecologia e atualidades, Folha Verde News, ao longo dos últimos meses. Mas de acordo com o relatório de execução orçamentária, Câmara e Senado pagaram em janeiro respectivamente R$ 2,1 milhões e R$ 2,8 milhões para ressarcir despesas dos parlamentares. Segundo a administração das duas Casas, é necessário levar em conta que nesses valores executados há resíduos de pagamentos em exercícios anteriores – não se sabe exatamente quanto. Na lista dos gastos, há o exemplo do deputado Abelardo Camarinha (PSB-SP) que apresentou nota de R$ 20,5 mil em aluguel de veículo, em janeiro, valor aproximado ao da aquisição de um carro popular. No recesso, o Senado não atualizou o Portal da Transparência com a execução de suas despesas diárias. É de praxe no Congresso que o período de férias de grande parte dos servidores das áreas administrativas seja marcado em janeiro. Apesar disso, a Câmara registrou no mês passado o pagamento de R$ 3,6 milhões em horas extras para os funcionários. A alegação da Câmara para o pagamento dos serviços extraordinários no período de paralisação das atividades legislativas é que a visita ao Congresso funciona todos os dias, inclusive domingos e feriados, das 9h30 às 17h. O pagamento do trabalho dos guias durante o fim de semana, segundo a administração, explica os gastos com horas extras no recesso. De fato, o Congresso tem recebido muitos visitantes, que em geral passam pelas duas Casas. O Senado apresenta uma reportagem em seu site em que informa ter recebido 180 mil pessoas no ano passado. Julho teve o recorde de público: 22 mil pessoas. Considerando esse número e o custo das horas extras pagas na Câmara em janeiro, chega-se a um custo por visitante de R$ 163. Caso se considere a média de público no ano, de 15 mil pessoas, o custo por visitante fica ainda mais alto: R$ 240. Algo que coloca em dúvida a necessidade desse gasto extra com pessoal na Câmara em benefício dos turistas e dos visitantes brasilienses é que no caso da execução orçamentária do Senado de janeiro não há registros de pagamento de horas extras aos funcionários, embora as visitas também tenham sido mantidas durante o mês de férias. A contenção financeira do Senado não é apenas resultado de iniciativa própria. Ação na Justiça Federal no Rio Grande do Sul questionando o pagamento do bônus a servidores da Casa durante o recesso de janeiro de 2009 resultou em sentença obrigando a devolução dos valores pagos aos cofres públicos. Com isso, a administração do Senado endureceu os critérios de concessão do benefício no período de recesso.
Brasília em especial o Congresso Nacional vive num abismo de escuridão e de cidadania... |
...dissociado da realidade e dos interesses da Nação brasileira e não apenas na pauta ecológica |
Fontes: www.em.com.br
congressoemfoco.uol.com.br
http://folhaverdenews.blogspot.com
Não é que ecologistas, lideranças de cidadania e boa parte da mídia tenhamos preconceito com os políticos e sim que na realidade o rendimento ou a performance do Congresso Nacional está aquem das necessidades de muita urgência da Nação hoje.
ResponderExcluirQuanto mais a atuação ou as prioridades dos senhores senadores e deputados se afastarem dos seus próprios interesses, da influência deste ou daquele lobby, bem como do imediatismo dos partidos e dos grupos de poder, quanto mais os parlamentares se aproximarem da cidadania e do interesse nacional, aí sim, o Brasil e Brasília estarão naquela sintonia maior.
ResponderExcluirNossa função em busca da informação e da crítica dos erros ou limites na realidade e também na gestão pública do Brasil passa por esta visão de um abismo de cidadania entre o Congresso e a população. Mesmo porque nossa função e mais ainda, nossa missão, é mudar a realidade atual e criar o futuro do Brasil. Esperamos que esta missão maior seja sintonizada pelos parlamentares.
ResponderExcluirCongresso gasta R$ 6 bi com cargos de confiança
ResponderExcluirEstudo divulgado agora pelo site Congresso Em Foco revela que custo do staff pessoal de deputados e senadores – em torno de 16 mil pessoas – é muito elevado, mas um outro ponto de mudança urgente na realidade em Brasília.