- Greenpeace denuncia a antinatureza do Governo do Brasil em pleno ano da Rio+20
Nem bem começou 2012 e o governo brasileiro já deu mostras de que a bandeira verde, inflada por conta da Rio+20, é mais uma fantasia para gringo ver: a Conferência Mundial da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável, em junho no Rio de Janeiro, 20 anos pós-Eco92, é o principal tema da agenda ambiental deste ano e os olhos de todo o planeta estão voltados para o Brasil. Mesmo com tal pressão, o Planalto parece não estar se importando muito e começou o ano dando mais motivos para manchar sua imagem aqui dentro e lá fora. A Medida Provisória que reduziu os limites de três Parques Nacionais na Amazônia em agosto passado (MP Nº 542) foi editada e, no novo texto, mais uma quantidade considerável de área de floresta, aproximadamente 75.630 hectares, foi perdida, incluindo a alteração dos limites de quatro outras unidades de conservação.
A MP Nº 558, publicada na edição desta sexta-feira (6) do Diário Oficial da União, dita que o Parque Nacional da Amazônia, que já tinha perdido 28.000 hectares em agosto, passando a 1.089.436 hectares, seja ainda mais reduzido. Ele possui agora 1.070.736 hectares. Os Parques Nacionais dos Campos Amazônicos e Mapinguari, alterados à época, mantiveram as mesmas medidas da última MP.
A novidade ficou por conta da inclusão de mais quatro unidades. As Florestas Nacionais de Itaituba I e Itaituba II, ambas no Pará, perderam, respectivamente, 7.705,34 e 28.453,35 hectares. A Floresta Nacional do Crepori, no mesmo estado, perdeu uma área aproximada de 856,12 hectares. Da Área de Proteção Ambiental do Tapajós, localizada nos municípios de Itaituba, Jacareacanga, Trairão e Novo Progresso, também no Pará, foram retirados mais 19.915,88 hectares.
A retirada dessas novas áreas de floresta teve como motores principais a atividade mineradora e a facilitação às obras das Hidrelétricas de Tabajara, São Luiz do Tapajós e Jatobá, que fazem parte do projeto do complexo do rio Tapajós. A parcela retirada dessas unidades de conservação será possivelmente inundada pelos lagos das usinas ou devastada pela construção dos canteiros de obras. De acordo com o texto da MP, as áreas que, eventualmente, não forem atingidas pela cota de inundação serão reintegradas às unidades das quais foram removidas. Mas a prioridade, não tenha dúvida, são as usinas e não o equilíbrio da natureza ou o desenvolvimento sustentável. Nesse sentido, o ecologista e editor deste blog Folha Verde News, Padinha argumenta: "Os riscos ambientais desta posição governamental são grandes, o país vive uma instabilidade de clima com vários acidentes como seca no sul e inundações ou desbarrancamentos no centro norte e no sudeste também, a prioridade à ecologia é fundamental agora, não só por uma questão de imagem externa mas por problemas internos do Brasil, que precisa é optar por uma gestão sustentável antes que seja tarde".
A saúde do meio ambiente e dos povos da floresta ameaçados por empreendimentos....
...no Brasil que não prioriza o desenvolvimento sustentável e a ecologia
Edson Lobão (Minas e Energia) é uma sombra de um futuro incerto para a ecologia do país da natureza
Mina ilegal localizada na APA do Tapajós no município de Itaituba, Pará.
Foto: © Greenpeace/Marizilda Cruppe
Ameaçadas muitas das riquezas e reservas da nossa ecologia (aqui, Serra da Canastra)
Fontes: www.greenpeace.com.br
http://folhaverdenews.blogspot.com
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quinta-feira, 12 de janeiro de 2012
GOVERNO DIMINUI RESERVAS ECOLÓGICAS E AUMENTA RISCOS AMBIENTAIS
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A dimunição de parques nacionais e reservas ecológicas do país da natureza está em andamento por aqui também na macrorregião (nordeste paulista, sudoeste mineiro), a Serra da Canastra na nascente do São Francisco pode ser aberta em parte para o garimpo de diamante e o área de proteção ambiental reduzida e ameaçada.
ResponderExcluirA diminuição das áreas de proteção ecológica em todas as regiões do país representam uma ameaça à população e não apenas à natureza, basta ver os constantes acidentes ambientais que estão em curso nos últimos anos e muito graves agora, com seca do extremo sul e inundações no centro-norte e até no sudeste: a razão não é apenas o fenômeno La Niña ou a crise climática, mas também a falta de uma gestão sustentável dos recursos naturais do país.
ResponderExcluirEsta denúncia do Greenpeace coincide com uma denúncia que o Folha Verde News fez ontem no Facebook: jornalista que atua em Brasília nos mandou relato de conversas de bastidores entre a Predidente Dilma e o Ministro das Minas e Energia (Edson Lobão), ameaçado pela propalada reforma ministerial. Talvez, para mostrar serviço e se manter no poder, Lobão passou à Presidente que diferentes formas de mineração no Brasil renderão ao Governo muitos recursos, em forma de tributos e royalties, claro, ao custo da última ecologia brasileira.
ResponderExcluirUm outro ponto de importância nesta falta de prioridade governamental à ecologia (com o Governo priorizando empreendimentos mesmo em áreas de proteção ambiental e mesmo que ameacem o equilíbrio do meio ambiente e a estabilidade climática do Brasil), outro ponto vital é a saúde pública (dengue e outros surtos de doenças e desequilíbrios) como também um efeito de carência nos alimentos dos povos da floresta e ribeirinhos.
ResponderExcluirO alerta principal: sem uma gestão de Desenvolvimento Sustentável, o Brasil está condenando a natureza e o povo a um ciclo cada vez mais próximo de tragédias ambiental, econômica e social, uma vez que a ecologia é um fator de equilíbrio e o melhor potencial de futuro da vida.
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