Só Bruninho do Cimed deu apoio a William Arjona: no vôlei, no futebol vigora a lei do silêncio
De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, a advertência recebida pelo Sada/Cruzeiro por parte da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) - que aconteceu após o levantador William Arjona ter feito críticas à arbitragem da Superliga pelo Twitter - causou polêmica no mundo do vôlei num primeiro instante e depois em nos bastidores de todos os esportes. Após reclamar dos juízes por causa da derrota para o Vivo/Minas por 3 sets a 2, no dia 14 de janeiro, William foi orientado por seu clube a não se pronunciar mais sobre o assunto, e disse que vai "se calar" para não prejudicar o time. Na rede social, o jogador recebeu forte apoio de internautas, que reclamaram de restrição à liberdade de expressão. O levantador Bruninho, do Cimed, escreveu que a Confederação deveria ouvir o que os atletas têm a dizer. Já o superintendente da CBV, Renato D'Ávila, declarou que simplesmente cumpre o que está no regulamento da Superliga - onde consta que é proibido fazer declarações públicas que possam denigrir árbitros, o torneio ou a entidade. Em caso de reincidência, a punição é multa de R$ 1 mil.
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Sócrates foi um dos poucos atletas que lutaram pela liberdade dentro e fora do esporte |
Este tipo de situação tem também, implícita e veladamente, aontecido em várias modalidades esportivas brasileiras, em especial no futebol, onde também as arbitragens são sempre muito criticadas por torcedores, às vezes pela mídia, apenas em off por atletas, técnicos e diretores de clube, parecendo estar se consolidando uma espécie de
lei do silêncio. O ex-jogador Sócrates Brasileiro Vieira de Sousa, recentemente falecido, sempre lutou pela liberdade dos jogadores opinarem e também participarem da gestão dos clubes, iosso fazia parte da histórica
Democracia Corinthiana, que implantou nos anos 80, junto com Casagrande, Vladimir, Zenon, Biro Biro, Juninho e outros companheiros, mais tarde após a posentadoria, o Doutor chegou a lançar uma anticandidatura à presidência da CBF. Ele acreditava que somente os próprios jogadores, com o fortalecimento do Sindicato dos Atletas também, e participando da gestão dos clubes e federações, poderiam mudar esta realidade. Nos anos 60, época de Pelé e Garrincha, houve um outro craque e também médico por sinal, Afonsinho, do Botafogo do Rio, que pregava a mesma postura e tanto que foi alijado da Seleção Brasileira, apesar de todo o talento para jogar bola. Agora, com este incidente, este assunto volta à baila e é muito comentado nos bastidores dos clubes, também pelos twitteiros, no Facebook, muito mais ainda na chamada
"boca pequena" ou
em off, ninguém quer se tornar vítima de perseguição dos árbitros e das autoridades esportivas do Brasil ou se prejudicar profissionalemente: "Todos sabem que realmente precisa acabar a
lei do silêncio, vigorar a liberdade e a cidadani também no esporte", comentou por sua vez o editor do blog
Folha Verde News, brincando com o jargão criado pelo treinador de futebol Tite, Adenor Leonardo Bacci (
"Fala muito!", referindo-se à Felipão, o também técnico Luís Felipe Scolari): "Os árbitros erram muito e os atletas falam muito pouco"...
Fontes: www.terra.com.br
http://folhaverdenews.blogspot.com
Em todas as profissões a liberdade é fundamental para uma evolução, no dia a dia da vida e também na realidade duma Nação.
ResponderExcluirEm todas estas instâncias, falta a liberdade. E também a cidadania, pouca gente luta por este direito fundamental até para a própria vida. No esporte e ainda mais no futebol, isso é mais complicado ainda, com a vigência desta "lei do silêncio".
ResponderExcluirNo esporte, no dia a dia, na realidade do país e da vida, temos que ir à luta pela liberdade, com cidadania e paz, como um caminho ou alternativa para avançar, criar o futuro.
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