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terça-feira, 13 de dezembro de 2011

UM EXEMPLO DE EQUILÍBRIO ENTRE ECONOMIA RURAL E ECOLOGIA

Aumentam as perspectivas de um desenvolvimento sustentável na agropecuária

O site da WWF, através de uma matéria de Jorge Eduardo Dantas exemplifica esta possibilidade, indicando assim também para o Código Florestal a viabilidade econômica e ecológica no agronegócio, tendência que deve crescer nos próximos anos, apesar dos erros e dos limites das leis ambientais criadas pelos parlamentares brasileiros, que estão abaixo do nível e da necessidade da realidade rural, "mais uma vez se mostra o abismo entre Brasília dos lobbies e de outros grandes interesses e o interesse nacional ou a cidadania do Brasil", comentou Padinha, do blog Folha Verde News.
 
O sistema agroflorestal é uma das alternativas para um economia rural em equilíbrio com a ecologia

O veto da Presidente Dilma pode atenuar erros e limites do Código Florestal, ajudando a economia e a ecologia
 Um exemplo de sustentailidade rural

Gilberto Álvares de Araujo, 38, é um dos moradores mais antigos do Projeto de Assentamento (PA) do Juruena, localizado no município mato-grossense de Cotriguaçu, a 950 quilômetros ao norte da capital Cuiabá. Desde o fim de 2010, ele participa de um projeto conduzido pelo WWF-Brasil e pela ONF Brasil para a implantação de sistemas agroflorestais (SAF’s) em nove propriedades rurais daquele assentamento. “Quando cheguei aqui, há 27 anos atrás, Cotriguaçu era toda coberta de mato”.

Os sistemas agroflorestais (SAF’s) são um novo modelo produtivo que vem sendo considerado uma solução sustentável para a agropecuária nas regiões tropicais. Eles são caracterizados pela associação de árvores, arbustos, cultivos agrícolas e possível criação de animais de maneira simultânea ou em intervalos de tempo regulares numa mesma área. Com a presença de várias espécies diferentes num mesmo perímetro, o SAF reproduz o ecossistema florestal e reduz os danos ambientais às espécies arbóreas, ao solo e à água da região em que é implantado, além de diversificar a produção rural.
Gilberto contemplou os sistemas agroflorestais numa pequena extensão de sua área: apenas 0,15 hectar, e três culturas - limão, pupunha e araçá-boi. Por conta própria, o agricultor já havia plantado coco-da-baía. Seus esforços, no entanto, estão mais concentrados na implantação de um sistema rotativo de pastagem, ou seja, no uso sustentável do solo para a criação de gado.

“Plantando de maneira correta, a gente tem produtividade” 

A iniciativa conjunta entre o agricultor, a ONF Brasil e o WWF-Brasil prevê a realização de “piqueteamento” e “pastejo rotacionado” - ou seja, o estabelecimento de várias pequenas áreas de pastagem dentro da fazenda e a mudança periódica do gado de tempos em tempos para cada um desses espaços. Deste modo, o solo das áreas pode “descansar” e a grama dessas áreas tem mais tempo para nascer, enfim, isso demontra na prática que é plenamente possível a sustentabilidade rural, se é viável em pequenas fazendas como a de Gilberto Araújo, muito mais ainda nas grandes agropecuárias, um caminho assim para desde já a criação de uma outra realidade na economia do campo no país da natureza.

4 comentários:

  1. Este trabalho cultural da WWF mostra como há todo um horizonte de possiilidades de uma economia rural em harmonia com a ecologia, algo que o Código Florestal da Câmara e do Senado não alcançou em toda a sua diemnsão sustentável.

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  2. OUTRA MATÉRIA DO SITE DA WWF
    O noroeste do Mato Grosso é, hoje, a última fronteira do estado que ainda não sucumbiu ao poder do agronegócio. No entanto, ali também não faltam ameaças ao Meio Ambiente e à biodiversidade. Grilagem, queimadas, desmatamento, pesca ilegal, presença mínima do poder público, baixos indicadores sociais e muita desinformação são características daquela região. No entanto, com o apoio do WWF-Brasil e da ONF Brasil, um pequeno grupo de agricultores do município de Cotriguaçu, a 950 quilômetros de Cuiabá, tem feito um enorme esforço para mudar esta realidade.

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  3. Estes dois exemplos desvendam uma grande perspectiva - e não só na agricultura familiar -
    de um grande avanço na economia rural do país, desde que as leis ajudem e que o Governo estimule este tipo de alternativas, a bem de um grande crescimento sustentável no setor agropecuário e o melhor, sem agredir a defesa da ecologia, fundamental para a Nação e para a própria vida.

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  4. soluções TÉCNICAS PARA uma PRODUÇÃO RACIONAL E SUSTENTADA NOS Trópicos existem em boa quantidade! embora poucos técnicos brasileiros tenham uma formação com essa visão! O governo e A universidade brasileira reproduzem em suas acoes os interesses simplórios do mercado!
    Produzir... produzir... não se importando com o futuro próximo catastrófico que se apresenta em secas, inundações, empobrecimento da biodiversidade, marginalização e injustiça social! AO produtor resta a opção de seguir o mercado... na ponta do consumo existe a possibilidade do boicote aos produtos da agricultura irresponsável e valorização dos bons produtores....mas numa escala de mercado onde boa parte da população ainda noa consegue ter acesso AOS PRODUTOS BÁSICOS EM quantidades adequadas... essa ação esta ainda inviável... então a saída ainda não esta em nossas mãos...infelizmente!!!!

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