Protagonista em diversos momentos da história do Brasil, o movimento estudantil - informa desde Brasília o repórter Bruno Taitson, no site da WWF - não tem se omitido diante das tentativas de destruir a legislação ambiental brasileira, orquestradas por setores retrógrados do agronegócio e executadas pelas bancadas ruralistas da Câmara e do Senado. Universitários têm participado ativamente em variadas regiões brasileiras de diversos atos e manifestações contras as mudanças errôneas no Código Florestal, deixando claro que o Congresso Nacional não tem representado os interesses da Nação neste debate. Para exemplifcar o fato, centenas de estudantes, dos estados do Rio de Janeiro, Goiás, Minas Gerais e São Paulo, chegaram de ônibus dias atrás à Esplanada dos Ministérios, para protestar contra as propostas de alterações no Código Florestal, tendo sido entrevistados Alexandre Anésio, Bianca Villa e Jéssica da Silva estudam na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq-USP), e encararam 13 horas de viagem até a Capital Federal. Segundo Jéssica da Silva, que estuda Gestão Ambiental, é fundamental que não apenas estudantes, como todos os setores da sociedade, saiam às ruas para impedir que o processo siga sem transparência. “A sociedade tem direito a informação correta e a participar das discussões. Não basta agirmos por rede social, temos que estar presente nas ruas”, relatou ela e assim como outros jovens demonstrou consciência de cidadania e da necessidade de um Desenvolvimento Sustentável no país. O estudante Bruno Pereira, do curso de Engenharia Florestal da Universidade de Brasília (UnB), tem participado das manifestações contrárias às mudanças no Código na Capital Federal. Assim como outros universitários, ele foi, em algumas ocasiões, impedido pela Polícia Legislativa de assistir a discussões e de se manifestar a respeito do tema no Senado, afirmou que a liberdade de expressão seria fundamental nesse momento do Brasil: “Precisamos mostrar que estamos contra o que está sendo aprovado, uma pesquisa nacional já mostrou que 80% dos brasileiros são contra estas leis ruralistas Estudantes, pesquisadores, agricultores familiares e ambientalistas estão na rua se manifestando. O que o Congresso está fazendo não é política, é politicagem”, concluiu Bruno Pereira.
Por sinal, para hoje está prevista nova mobilização de estudantes no Congresso em Brasília a partir das 14h: a manifestação desta terça acontece na mesma data para a qual está marcado o início da votação do substitutivo pelo plenário do Senado. Se aprovado, o texto do novo Código Florestal volta para a Câmara em segundo turno e, posteriormente, será submetido à sanção ou ao veto da presidente Dilma Rousseff.
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Estudantes de Agricultura da Esalq da USP também na manifestação de hoje |
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A imagem do desenvolvimentismo criticado na nota da CNBB |
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Código Florestal e Belo Monte são temas de hoje |
Nota da CNBB também critica duramente
Para a CNBB, o projeto, como está “condena regiões inteiras do país a conviver com rios agonizantes, nascentes sepultadas e espécies em extinção”, referindo-se à redução das faixas de matas ciliares que protegem os corpos d’água. A entidade criticou, de forma bastante direta e incisiva, a forma como o novo Código Florestal prejudicaria os manguesais – nos quais seria permitida a criação de camarões em larga escala –, a fragilização da Floresta Amazônica , a ocupação das encostas de morros e o fim da categoria de Área de Proteção Permanente para as várzeas. “Diferentemente do que vem sendo divulgado, este projeto não representa equilíbrio entre conservação e produção, mas uma clara opção por um modelo de desenvolvimentismo que desrespeita limites da ação humana.”

Novo Código põe sob risco as florestas inundáveis, como esta em Xixuaú, na fronteira do Amazonas com Roraima.
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Realmente, de acordo com a mensagem da CNBB e também, manifestações de pesquisadores universitários e dda maioria das lideranças da juventude estudantil, assim como de vários outros setores da populaçao, como por exemplo, cientistas, ecologistas e técnicos especializados, o Código Florestal prestes a ser aprovado pelos parlamentares contém alguns pontos de retrocesso ambiental, favorecendo o "desenvolvimentismo" (progresso rural a qualquer custo) e não o Desenvolvimento Suistentável, no caso, o equilíbrio entre economia da produção rural e defesa da ecologia, reserva de futuro e de vida para a Nação. (Padinha)
Fontes: www.wwf.org.br
http://folhaverdenews.blogspot.com
Fontes: www.wwf.org.br
http://folhaverdenews.blogspot.com
De grandeimportância, tanto a manifestação da CNBB como a dos jovens estudantes universitários, assim como também é importante o espço que sites ecológicos como o da WWF e o do Greenpeace dão a estas críticas de vários setores da população a alguns pontos mais confusos e mais ruralistas do novo Código Florestal, sendo elaborado por parlamentares em Brasilia.
ResponderExcluirEstas manifestações visam alertar a opinião pública (o que a grande mídia não tem feito em matérias muito vezes parciais sobre o assunto) sobre a necessidade de o Brasil ter um Código Florestal equilibrado entre o interesse dos grandes produtores rurais e a necessidade de proteção dos recursos naturais brasileiros, nas últimas fronteiras da ecologia e da vida do país.
ResponderExcluirCom certeza, pela submissão a lobbies no Congresso e uma evidente e continuada falta de cidadania e sensibilidade aos interesses mais altos da Nação, os parlamentares tanto do Senado como da Câmara perderam a credibilidade popular. E a Presidente Dilma, e isso parece será necessário, se ela vier a vetar na hora da promulgação do novo Código Florestal os pontos mais retrógrados e errôneos, ganhará autoridade moral para avançar o Brasil em busca de um Desenvolvimento Sustentável, que é o que pedem a cidadania e a própria Nação.
ResponderExcluirQuanto mais gente participar do movimento de cidadania mais a nação vai avançar.
ResponderExcluirPor e-mail Daniel Donega