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quarta-feira, 30 de novembro de 2011

JOGO RURALISTAS VERSUS AMBIENTALISTAS AGORA ESTÁ 1 X 1

Acontecimentos em Brasilia mostram avanço dos que querem bom senso no Código Florestal
Com informações da agência de notícias Reuters, bem como de repórteres do site e do jornal O Estado de São Paulo e Jornal da Tarde, Hugo Bachega, Maria Carolina Machado, Bruno Siffredi e Rosa Costa, que estavam ao vivo trabalhando ontem em Brasília, estamos noticiando que a campanha da Avaaz que este blog também divulgou no Facebook e por aqui neste webespaço de ecologia e jornalismo independente, está conseguindo resultados: além destas msm via Internet, um grupo de ambientalistas também levou à Presidente Dilma Rousseff nesta terça-feira 1,5 milhão de assinaturas contra conteúdos ruralistas ou retrógrados do Código Florestal, que terá o valor de uma nova lei ambiental no Brasil.

Senadora Marina Silva assina cartaz contra alterações no código florestal - AP
Marina Silva assina cartaz de estudantes pelas florestas ontem no DF

O grupo de lideranças socioambientalistas foi recebido pelo ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) e expressou oposição a pontos polêmicos do texto, como a redução de áreas de preservação permanente (APPs). Eles também criticaram o que consideram ser a concessão de anistia a quem desmatou ilegalmente até 2008. Segundo relatos de participantes do encontro, Carvalho chegou a afirmar claramente que Dilma não aceitará anistia a desmatadores e que honrará compromissos assumidos.
"A Presidente, no segundo turno, se comprometeu a vetar qualquer dispositivo que signifique aumento de desmatamento e anistia para desmatadores", disse a ecologista Marina Silva, que participou do encontro com Gilberto Carvalho. (Marina foi também ministra do Meio Ambiente no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No ano passado, numa tentativa de obter apoio de Marina - então candidata que obteve 20 milhões de votos pelo PV -  Dilma no 2º Turno da eleição presidencial divulgou carta na qual expressava "veto a propostas que reduzam área legal e preservação permanente" e "veto à anistia para desmatadores", reconhecendo a necessidade de inovações à legislação vigente).
O texto que reforma o Código Florestal está em discussão no Senado, após ter sido aprovado na Câmara dos Deputados. Caso as modificações feitas por senadores sejam aprovados, ele retorna para votação dos deputados federais.O grupo afirmou que pressionará Dilma a vetar pontos polêmicos caso mudanças não ocorram no projeto em discussão no Congresso."Se nada acontecer em termos da mudança, nós vamos para a campanha do veto para que a presidente possa fazer valer seu compromisso,ela deu sua palavra no segundo turno", disse Marina. Antes do encontro desta manhã, dezenas de ambientalistas e estudantes protestaram em frente ao Palácio do Planalto contra o projeto em tramitação no Congresso.

PSOL adia votação do Código Florestal

Campanhas  na web feita por entidades como Avaaz e Greenpeace...

...assim como pressão internacional em manifestações de ecologistas ajudaram

...e a atitude de Randolfe Rodrigues concretizou este movimento
Pressão ambientalista, senador Randolfe e Marta Suplicy foram decisivos para isso

Apesar do acordo firmado entre a base aliada e a oposição no Senado – cujos líderes haviam acertado votar o projeto de lei do novo Código Florestal hoje  -  o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) conseguiu, sozinho, adiar a aprovação da proposta, ao impedir a votação do requerimento de urgência para a apreciação da matéria em plenário. Este era um desejo também de todo um movimento socioambientalista, formado por mais de 300 entidades e lideranças de todo o país. Apelando para o regimento internodo Senado,  Randolfe levantou uma questão de ordem e pediu o adiamento da leitura, alegando que, pelo regimento, a votação só pode ocorrer um dia depois da leitura do pedido de urgência. Ou seja, o requerimento teria de ter sido lido na segunda-feira para viabilizar sua aprovação nesta terça e a votação se realizar nesta quarta. O argumento bem fundamentado no regimento interno foi aceito pela 1ª vice-presidente do Senado, Marta Suplicy (PT-SP) que presidia a sessão nesta tarde. Com o resultado, permanece o impasse em relação ao início da votação da matéria, que poderá ocorrer amanhã ou somente na semana que vem. O jovem senador Randolfe alegou ainda que havendo a leitura do requerimento de urgência hoje,  quarta-feira, e votação do pedido no dia seguinte, quinta,  o projeto do Código só poderia entrar na pauta de votações em um outro dia. Este ganho de tempo pode facilitar articulações ambientalistas, na opinião do editor do blog de ecologia,  Folha Verde News, Padinha, que comentou: "o relatório da Comissão de Meio Ambiente recém-votado e todo o texto que foi pré-aprovado na Câmara antes têm alguns conteúdos muito ruralistas, que não atendem ao interesse nacional e cortam a chance de um desenvolvimento sustentável, equilibrando aumento da economia rural com defesa ecológica, o que é totalmente possível hoje".

Fontes: Reuters
             http://www.estadao.com.br/
             http://folhaverdenews.blogspot.com/

3 comentários:

  1. Se o momento político fosse um jogo, ele estaria tecnicamente empatado neste momento: a pressão dos ecologistasna Internet, mais a iniciativa do jovem senador Randolfe Rodrigues e a liderança de Marina Silva são fatos que levaram a um empate entre as propostas mais ruralistas e as mais ambientalistas para o novo Código Florestal.

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  2. Temos consciência que a liberdade de informação, por exemplo, aqui em nosso blog Folha Verde News, bem como a participação de internautas de vários lugares ajudaram a formação das condições que hoje criaram uma situação menos desfavorável à luta do que querem o aumento da economia rural mas com respeito às leis ambientais, para que se abra a possibilidade de um Desenvolvimento Sustentável, essencial para o país avançar.

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  3. Neste momento de equilíbrio de forças entre ruralistas e ambientalistas, agora é mais possível que o novo Código Florestal venha a ser um conjunto de leis a serviço dos interesses da Nação e não de uma minoria de grandes empresas do agronegócio (apoiadas pelolobby dos agrotóxicos) que estavam colocando o interesse ruralista acima dos que interessam a população e o país.

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