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quarta-feira, 9 de novembro de 2011

CÓDIGO FLORESTAL GERA VIOLÊNCIA TAMBÉM CONTRA ESTUDANTES E ECOLOGISTAS

  • Bom senso e defesa dos interesses nacionais prevalecerão nas votações no Senado?
    O estudante que protestava pacificamente no Senado ...

    ...assim como ecologistas foi agredido e impedido de se manifestar

    Bruno Taitson, cobre de Brasília para a WWF, também para o movimento ecológico e de cidadania,  as votações preliminares do novo texto do Código Florestal, no Senado, onde aconteceram cenas de violência e de falta de democracia contra estudantes e ecologistas presentes que protestavam pacificamente no Congresso:  o texto do substitutivo que propõe mudanças ao Código Florestal foi pré-aprovado nas comissões de Ciência e Tecnologia e de Agricultura e Reforma Agrária do Senado ontem, 8 de novembro.  O único voto contrário nas duas comissões foi o da senadora Marinor Brito (Psol-PA), que ainda tentou, sem sucesso, um pedido de vistas da matéria, uma vez que o texto sofreu alterações em relação à última reunião. Na votação da Comissão de Meio Ambiente, espera-se uma reversão destas primeiras votações, que colocam em risco ainda maior o meio ambiente, a chance de um desenvolvimento sustentável no país e até a criação do futuro da vida, conforme comentou o ecologista Padinha, que edita o blog Folha Verde News: "Estas primeiras votações podem servir de alerta e haver uma reversão, a bem da Nação e não somente a favor dos interesses do lobby das grandes empresas do agronegócio e dos agrotóxicos, apoiando os ruralistas. Neste caso do novo texto do Código Florestal, os ambientalistas estão representando o interesse da natureza e da Nação". Estudantes, ecologistas, cientistas e lideranças políticas contrárias aos megainteresses dos ruralistas e a favor da natureza e do equilíbrio entre economia rural e defesa da ecologia, eles têm sido a voz mais consciente da Nação e não podem ser impedidos de se manifestarem, isso coloca em risco também a democracia e a imagem pública do Brasil. Ainda mais de são cerceados em sua liberdade com truculência e até violência. Colocamos isso porque além da aprovação de um texto que anistia crimes ambientais e tem o potencial de provocar novos desmatamentos, os que estavam ontem no Congresso Nacional assistiram a cenas de barbárie e truculência nos corredores do Senado. Dezenas de estudantes e representantes do movimento socioambientalista, que haviam sido impedidos de entrar no local da seção e que protestavam de forma pacífica no corredor, foram espancados por integrantes da Polícia do Senado e também por seguranças particulares não identificados.
    Um dos estudantes da UnB – Rafael Pinheiro Rocha – foi imobilizado de forma violenta e, já dominado por quatro policiais, ainda sofreu um disparo por arma de choque. Desacordado, ainda foi arrastado e algemado pela Polícia do Senado. Assim como o senador do PT, Eduardo Suplicy (que não integra as comissões que votaram ontem), a senadora Marinor Brito se mostrou indignada com a postura da Polícia do Senado. “Um estudante que protestava de forma pacífica foi algemado. Vamos tomar as atitudes necessárias para que isso seja apurado e já colocamos um advogado nosso para intervir. É claro que houve excesso, não se pode dar choque e algemar alguém que não ofereceu resistência”, criticou. Em relação ao indivíduo não identificado que também agrediu manifestantes, Marinor Brito foi incisiva. “Não é estranho que capangas do agronegócio circulem nos corredores do Senado”, afirmou a senadora. Ainda de acordo com Marinor Brito, o debate sobre as mudanças no Código Florestal não têm conseguido esclarecer para a população as reais implicações que a aprovação da atual proposta causaria. “O grande agronegócio tem conseguido impor seus interesses à sociedade brasileira. A aprovação do texto no Senado, casua venha a se concratizar, refletirá uma política ambiental do governo de cumprir acordos feitos com os ruralistas”, criticou a senadora do Pará.
    De acordo com Kenzo Jucá, analista de políticas públicas do WWF-Brasil, tanto a votação do texto nas comissões, sem a análise de emendas e destaques, bem como a truculência da Polícia do Senado contra estudantes que protestavam de forma pacífica, refletem a postura arbitrária com que o Código Florestal tem sido discutido. “As mudanças propostas por cientistas, pesquisadores, estudantes, agricultores familiares e pelo movimento social têm sido sistematicamente ignoradas, tanto na Câmara quanto no Senado. E quando a sociedade protesta, acontece a barbárie que presenciamos nesta terça-feira no Senado”, criticou o representante do WWF-Brasil. A CCT e a CRA ainda devem votar destaques e emendas antes de encaminhar a matéria para a Comissão de Meio Ambiente, que fará a apreciação final do texto antes da votação no plenário da casa, que poderá acontecer ainda em novembro. Enfim, as primeiras votações de comissões do Senado sobre o novo texto do Código Florestal, além da violência contra as leis ambientais, o bom senso e a necessidade de um desenvolvimento rural sustentável, a favor dos ruralistas, geraram agressões contra estudantes e ecologistas, crime contra a liberdade em pleno Congresso Nacional em Brasília.
    Fonteswww.wwf.org.br

4 comentários:

  1. Os estudantes da USP, envolvidos em acontecimentos confusos e polêmicos em São Paulo, deveriam é se manifestar sobre o que está acontecendo em Brasília, não só nas discussões sobre o Código Florestal ou a megausinas na Amazônia, mas sobre a falta de liberdade e de democracia em pleno Congresso Nacional.

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  2. A sociedade civil brasileira, que inclui todo um movimento de cidadania (ecologistas, cientistas, lideranças socioambientais, indígenas, estudantes) são a consciência da Nação neste instante e todos estes setores precisam ser tratados com respeito e terem a liberdade de manifestação pacífica. Os lobbies ruralistas, do grande agronegócio e dos agrotóxicos, não podem prevalecer sobre os interesses nacionais.

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  3. O que diz mensagem que nos envia desde Santos o internauta e professor de Física, João Pedro, é em resumo que os ecologistas lutam pelos recursos naturais que, em última instância, é o que irá garantir a qualidade maior da produção agrícola do Brasil. Enfim, em vez de atacar ecologistas, os ruralistas deveriam é se render à grandeza da luta pela vida.

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  4. Leiam em www.minhamarina.org.br documento do Comitê de Florestas repudiando o clima de truculência das comissões e dos ruralistas, bem como seus lobbies, no desmonte do Código Florestal.

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