Tomas Tranströmer faz poesia realista e íntima
Tomas Tranströmer | |||
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"A palavra do seu nome | |||
não se escreve na minha língua | |||
mas a sua mensagem | |||
descobre a poesia da vida | |||
além das palavras" (Padinha, 2011, Brasil) |
Tomas Tranströmer (Estocolmo, 15 de abril de 1931) é um poeta, redator e tradutor sueco.
A poesia de Tranströmer tem uma grande influência na Suécia e em todo o mundo, sendo ele o poeta do seu país mais traduzido em todo o planeta: os seus poemas estão traduzidos em mais de trinta línguas. Recebeu outros prémios literários, como por exemplo o Prémio Literário do Conselho Nórdico em 1990 e o Prémio Nobel da Literatura em 2011. Tranströmer iniciou-se na poesia aos 23 anos de idade. O seu primeiro livro intitulava-se 17 dikter (17 poemas). A maior parte da sua obra é escrita em verso livre, embora também tenha feito experiências com linguagem métrica e rimas. Na sua escrita nota-se uma certa disciplina que remonta Horácio, poeta latino, ancestral.
Há anos vive numa ilha, longe dos olhares do mundo e dos meios de comunicação. Foi psicólogo de profissão até 1990. Redigiu cerca de uma quinzena de obras numa longa carreira dedicada à escrita.
Em 1990 foi vítima de um AVC que o deixou em parte sem voz e sem movimentos. Continuou a escrever e publicou três obras, como "O Grande Enigma: 45 Haikus".
Um poema de Tomas Tranströmer para você ter uma idéia do estilo dele
"Farto de todos aqueles que com palavras fazem palavras mas onde não há uma linguagem;
Dirigi-me para a ilha coberta de neve.
A veação não conhece palavras.
As páginas em branco se dispersam em todas as direcções.
Encontrei vestígios de cascos de corça na neve.
Linguagem, mas nenhuma palavra".
"Farto de todos aqueles que com palavras fazem palavras mas onde não há uma linguagem;
Dirigi-me para a ilha coberta de neve.
A veação não conhece palavras.
As páginas em branco se dispersam em todas as direcções.
Encontrei vestígios de cascos de corça na neve.
Linguagem, mas nenhuma palavra".
Fontes: Tomas Tranströmer poems
Uma poesia além das palavras, no olhar sobre a vida: esta é a visão do nosso editor de conteúdo, o repórter, que também poetiza, Antônio de Pádua, o ecologista Padinha. Ele leu na tradução italiana alguns poemas deste escritor sueco e resumiu aqui flashes de seu estilo, de sua linguagem, da sua poesia.
ResponderExcluirA equipe do nosso blog considera que os poemas fazem parte da ecologia humana, tem a ver com as energias mais sutis e elevadas do ser humano, ficam no universo contrário da violência.
ResponderExcluirComeentário enviado pelo poeta Nazarius Borges, de Caratinga (MG):
ResponderExcluirNobel de literatura: versos de sueco Tomas Tranströmer são conhecidos por tristeza e misticismo. Realismo mas com misticismo, parece contraditório mas não é, na poesia cabe.