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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

MEIO AMBIENTE SOB COMANDO DE UM RURALISTA

Duas derrotas: ambientalistas em Brasília e ecologia do Brasil

A escolha de um parlamentar que defende os ideais ruralistas para presidir a Comissão de Meio Ambiente na Câmara dos Deputados é uma contradição, que as agências internacionais de notícias estão destacando com estranheza, outra derrota verde é a informação de que o Governo não fará um outro projeto de mudanças menos radical do que o do deputado federal ruralista e governista Aldo Rabelo, que tem gerado protesto dos ecologistas e dos cientistas ambientais do Brasil. As duas derrotas envolvem também o potencial de aumento da ameaça de mais desequilíbrio ambiental no país da natureza, maiores desastres naturais como os da região serrana do Rio, maior distúrbio no clima que hoje já é muito grande, menor biodiversidade e chances ainda menores de vida no futuro da nação, o que influi diretamente também nas perspectivas futuras do planeta. O movimento ecológico, científico e de cidadania, através da Bancada Verde e da Frente Ambientalista precisam reagir, a começar de um alerta à população e a continuar, com uma proposta alternativa para mudanças, aperfeiçoando sim mas não neutralizando o Código Florestal, base da legislação de defesa do meio ambiente...Uma situação de intensa gravidade, SOS ecologia do Brasil. (Padinha)

A Ministra do Meio Ambiente recuou diante dos ruralistas?...

A ameaça é para a ecologia do país e o futuro da vida da nossa terra e da nossa gente: ela reagirá?..

Ruralista presidindo a Comissão de Meio Ambiente... 


Em meio às discussões na Câmara para a aprovação de um novo Código Florestal, os ambientalistas sofreram uma derrota na distribuição do comando das comissões permanentes da Casa entre os partidos políticos. O PV não conseguiu assegurar a presidência da Comissão de Meio Ambiente, entregue pelo PDT ao deputado ruralista Geovani Cherini (PDT-RS).
A escolha dos cargos segue a ordem do tamanho das bancadas partidárias e, pela regra, o PDT - com 27 deputados - chegou na frente. O bloco formado pelo PV e pelo PPS soma 24 deputados. Esse bloco comandará a Comissão de Defesa do Consumidor.
"Foi feito um reparo de que no próximo ano a Comissão de Meio Ambiente será do Partido Verde. Será feita uma espécie de rodízio", afirmou o líder do PV, deputado Sarney Filho (MA). "Na tradição recente a comissão tem sido presidida pelo setor ruralista. Espero que seja escolhida uma pessoa que tenha relação com a questão ambiental", disse Sarney Filho, ao sair da reunião do Colégio de Líderes que definiu a escolha das comissões. A esperança dele não viria a se confirmar.
Mais ainda, nas mãos dos ruralistas ficou também a Comissão de Agricultura. Coube ao DEM indicar o nome: o do deputado Júlio Cesar (DEM-PI). O Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), entidade que acompanha os trabalhos do Congresso, inclui o nome de Cherini e de Júlio Cesar na bancada ruralista formada por 141 deputados e 18 senadores. O Diap classifica como integrante dessa bancada o parlamentar que assume sem constrangimento a defesa dos pleitos do setor, mesmo não sendo proprietário rural ou da área de agronegócios.
Não serve de consolação o acordo entre o bloco PV/PPS, o PDT e o PTB que assegurou para o deputado Sílvio Costa (PTB-PE) a presidência da Comissão do Trabalho. O PDT assumirá o comando dessa comissão no próximo ano. O PMDB escolheu presidir a Comissão de Seguridade Social, que trata dos assuntos relacionados à área de saúde, previdência e assistência social. O partido, segunda maior bancada com 77 deputados, deixou de escolher a segunda comissão mais importante da Casa, a de Finanças e Tributação, para ficar com o comando da comissão que tratará diretamente dos assuntos do Ministério da Saúde.

Outra derrota para a ecologia do país

A presidenta da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Kátia Abreu, disse que não acredita que o Governo Federal apresente um substitutivo ao projeto de lei que propõe alterações no Código Florestal Brasileiro, de autoria do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP). No início desta legislatura de 2001 aumentaram os rumores de que o executivo estaria preparando um texto alternativo com os entendimentos entre os ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente, a ser fechado pela Casa Civil. A ruralista Kátia foi categórica: “A informação que tenho é que não existe esse substitutivo. O Aldo Rebelo [relator do projeto de lei] merece do governo federal todo o respeito. O governo teve tempo suficiente para discutir com ele e não acredito que fará isso com um ex-presidente da Câmara”.
A senadora e líder rural disse que os ministros da Agricultura, Wagner Rossi, e do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, tiveram uma reunião em que decidiram não apresentar uma nova proposta. “O Executivo vai fazer alterações. Não vai ser do jeito que está, mas não haverá substitutivo”, afirmou Kátia durante o lançamento do hotsite Código Florestal (www.canaldoprodutor.com.br/codigoflorestal).

Um outro "avanço" dos ruralistas

O hotsite, segundo a presidente da CNA, pretende ser mais um instrumento para a sociedade participar e opinar sobre o assunto. Kátia Abreu disse que ele será atualizado diariamente e o produtor rural poderá acompanhar nele a evolução do debate no Congresso Nacional. O espaço apresenta gráficos com a participação das propriedades rurais privadas do país, um quadro comparativo sobre a lei original e as mudanças propostas e a evolução do código florestal desde o período colonial até hoje.
Fontes: Ambiente Brasil
             Agência Brasil
             Yahoo
              http://folhaverdenews.blogspot.com/

2 comentários:

  1. Não é apenas na Câmara Federal em Brasília que ocorre este absurdo contraditório, também até mesmo no Ministério Público em grandes e médias cidades (como por - mau - exemplo, Franca)há ruralistas ocupando o espaço que deveria ser de ecologistas. No caso do hotsite Canal do Produtor há toda aquela parcialidade e subinformações "técnicas" que podem levar o país da natureza a um apocalípse da ecologia...

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  2. O deputado Giovani Cherini (RS), ligado ao setor rural, deve presidir a Comissão de Meio Ambiente da Câmara. Ele foi eleito ontem pelo seu partido, o PDT.
    A indicação gerou reclamações. "É um absurdo, uma tentativa de influenciar as questões ambientais. E se colocássemos um ambientalista na Comissão de Agricultura?", criticou o deputado Sarney Filho (PV-MA).Cherini ainda precisa ser eleito pelos integrantes da comissão, na quarta-feira, mas a tradição é que as indicações sejam respeitadas.
    Ele disse que seu objetivo é achar uma "equação" entre os dois setores e chegar a um consenso sobre o Código Florestal. A informação é do Jornal Folha de S.Paulo

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