Na realidade, o Brasil parece estar praticamente dividido em dois, pós-eleições 2010, um país pró PSDB de São Paulo para o sul e outro, pró PT, de Minas para o norte. Os confrontos entre Dilma Roussef e José Serra ainda perduram, após o término da eleição. Um mapa da campanha de baixarias e do ódio que nas TVs divide a nação entre as cores dos candidatos, vermelha e azul. Na Internet a campanha de retaliações ou acusações continua, eu mesmo, que não tenho nada a ver com isso (sou verde, né) recebi uns três ou quatro e-mails irados ainda nesta segunda-feira, mensagens com dinamite, dos dois lados. Com esta atmosfera de briga haverá clima para uma união nacional mínima? Só uma união nacional mínima será capaz de viabilizar algumas medidas governamentais e ações da sociedade civil que, juntas, podem avançar a Nação. Com estas sequelas e parcialismos, será mais difícil.
No meu modo de ver, cabe à Marina Silva dos 20 milhões de votos e ao PV, a chamada terceira via, esta alternativa de propor uma união nacional em torno dos interesses do país, da população e do ecodesenvolvimento, nossa candidata e a maioria de nós nos mantivemos numa postura ética e independente durante a campanha, isso e mais a força das propostas verdes apresentadas, nos credenciam para esta tarefa, melhor será dizer, missão.
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A juventude pode mover a Nação para nova realidade? |
Outro fato que quero ressaltar neste editorial ecológico da Folha Verde News são reflexões em cima dos números finais da eleição.
Dilma teve mais de 55 milhões de votos (56,01%), Serra quase 44 milhões (43,99% da votação). A abstenção, um record das últimas eleições no país, chegou a mais de 29 milhões de eleitores (21,47 do total), os votos brancos quase atingiram a 2,5 milhões (2,30%) e os votos nulos por pouco naõ atingiram a marca de 5 milhões (4,40%). Estes totais se baseiam nos dados de apuração de 99,96% das urnas.
Falaram por aí na mídia que a data da eleição neste 2º Turno teria sido estrategicamente escolhida pelo governo para cair num feriado prolongado, favorecendo a abstenção, outros dizem que o eleitorado da oposição é formado por pessoas que fazem turismo e viajando, acabaram por não votar, justificando seu voto. Desculpas e especulações à parte, o fato é que somados abstenções, votos nulos e brancos eles chegam a 37 milhões de votos potenciais, 28% do eleitorado.
Na minha ótica, detectando o que acontece nas ruas e o que ouvi ou vi na reta final e no dia da votação, estes números mostram um crescimento fora do comum da desilusão com a política e com os políticos. Mais uma vez, a solução deste problema ou drama de saúde ou doença política é uma tarefa ou uma missão a cargo em especial do PV e da liderança nacional de Marina Silva, já que potencialmente somos capazes de mobilizar o movimento de cidadania e de amor ao Brasil, liderando também uma reforma política de verdade, concretizando a democracia brasileira. Se nós não formos à luta junto com a juventude, os ecologistas, os religiosos e outras lideranças do povo para mudar esta situação, quem fará isso? Se nós não participarmos da criação do futuro da Nação, ele existirá? (Antônio de Pádua, repórter e ecologista Padinha)
No rescaldo de conquistas e de sequelas após as eleições de agora, sobra uma tarefa difícil, unir e avançar a Nação. Tarefa ou missão que os Verdes indo à luta, podem liderar.
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