A matéria publicada hoje pela BBC Brasil mostra a força do turismo, que cresce mais e gera mais empregos que todos os outros setores juntos da economia: mas o que pensar dos governos, prefeituras e/ou órgãos públicos na atualidade do país, sob a perspectiva de aproveitar este potencial? Se formos nos basear por exemplo no que acontece em Franca...Principal polo do nordeste paulista, cidade exportadora de calçados e de café, com um potencial de ecoturismo na região fora do comum, no entando, o Aeroporto Tenente Lund Presotto está praticamente abandonado, desativado, só recebe vôos particulares e mantém um aeroclube de lazer. Há demanda de turismo de compras no espaço urbano, além dos atrativos do principal time de basquetebol do interior do país. Ainda agora contece por aqui uma torneio sulamericano entre algumas das equipes de ponta no basquete da América do Sul. Isso sem falar do ecoturismo regional: afinal, Franca dista somente 100km em linha reta da nascente do Rio São Francisco, Serra da Canastra, só 40km do Rio Grande, contando com muitas atrações na natureza da região, divisa entre os estados de São Paulo e Minas Gerais. O que representa um aeroporto sem linhas regulares ou comerciais numa cidade com estas características?...Com as palavra, nossas autoridades...O que nossa população perde com estes erros e limites da atual administração pública na cidade e nesta região do interior paulista e brasileiro?...
Leia a seguir a matéria da BBC, com base em levantamento do IBGE sobre a força do turismo.
Segundo o estudo, o crescimento no turismo foi maior do que o do PIB
Capital do basquete no interior do Brasil... |
...a região de Franca tem também muito potencial de ecoturismo |
Entretanto, segundo o estudo, intitulado Economia do turismo – Uma perspectiva macroeconômica 2003-2007, a fatia que o turismo representou para a economia no período não aumentou, continuando a responder por 3,6% do valor adicionado (ou seja, o que representa para o PIB, tirando os impostos) entre o primeiro e o último ano da pesquisa.
O relatório, realizado em parceria com o Ministério do Turismo, mostrou que a renda gerada pelo turismo em 2003 foi de R$ 53,1 bilhões.
Já em 2007 foi de R$ 82,7 bilhões, o que representa um aumento de 4,8% em relação ao ano anterior, quando a renda foi de R$ 73,9 bilhões.
O percentual em 2007 ficou aquém do crescimento de 5,8% observado no conjunto da economia para o período.
Hotéis e restaurantes
O estudo levou em consideração todas as atividades ligadas ao turismo, desde alojamento em hotéis até o serviço de fotografias para passaportes e vistos.
No topo da lista ficaram os serviços de alimentação, responsáveis por 34,9% da renda que vem do setor. Em 2007, R$ 28,9 bilhões foram gerados no setor.
Em segundo lugar está o transporte rodoviário (21%) e, em terceiro, as atividades recreativas, culturais e desportivas (17,84%). No fim do ranking estão o transporte aquaviário, com 0,46%, e ferroviário, com 0,03%. Já o transporte aéreo respondeu por 4,89%.
A participação do turismo dentro do setor de serviços caiu de 5,6% para 5,4% entre 2003 e 2007. Os empregos gerados aumentaram 9,6% no período, passando a ocupar, em 2007, 5,9 milhões de pessoas – o equivalente a 6,2% do total da economia brasileira. O incremento de empregos ficou abaixo da tendência nacional, com 12% para o período.
Técnico do IBGE responsável pela pesquisa, Ricardo Moraes esclarece que um problema a ser enfrentado numa próxima edição do estudo, que foi realizado pela segunda vez, será separar os serviços oferecidos para turistas e locais.
"Na prática, o que o estudo mostra é o que está sendo gerado de empregos e de renda pelas atividades relacionadas ao turismo. Mas muitas delas atendem tanto a turistas quanto a não-turistas, e o próximo passo é refinar a pesquisa", explica.
Os serviços de alimentação, por exemplo, englobam todos os restaurantes, bares e afins em território nacional. O estudo conseguiu eliminar apenas cantinas de empresas e estabelecimentos que claramente não se voltavam para visitantes.
(reportagem de Júlia Dias Carneiro, da BBC Brasil, no Rio de Janeiro).
Realmente, um aburdo o problema do Aeroporto de Franca. O atual Prefeito mandou cortar dezenas de árvores centenárias no Polo Clube para "não atrapalhar vôos" - segundo explicou - e a seguir, mantém este serviço desativado, prejudicando o transporte, a economia, a qualidade de vida do povo, bem como, a devida valorização da natureza daqui.
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