Em entrevista à rádio Bandeirantes nesta segunda-feira (18), a senadora e ecologista Marina Silva, candidata derrotada do PV à presidência da República, comentou a posição de independência no segundo turno oficializada na tarde de domingo durante convenção do partido em São Paulo. "Foi a melhor decisão para o Brasil, para a democracia e para aqueles que, no meu entendimento, se referenciaram no programa que apresentamos na campanha que fizemos".
Marina assume a liderança nacional por uma nova política |
Marina ressaltou ainda que há diferença entre independência e neutralidade. "Na neutralidade você simplesmente se ausenta do processo. Nós apresentamos cerca de dez pontos com 42 itens que consideramos importantes para o aperfeiçoamento da gestão pública. (...) E isso é ter uma atitude de compromisso". De acordo com a senadora, Dilma Rousseff e José Serra analisaram as propostas apresentadas pelo PV e acolheram "boa parte delas". "A candidatura da ministra Dilma acolheu um pouco mais, a do PSDB, do governador Serra, um pouco menos. Mas a proposta está na mão deles e caberá a eles internalizá-las no decorrer da campanha".
A ex-ministra do Meio Ambiente disse ainda que a posição adotada pelo PV, por ela e por Guilherme Leal, candidato a vice na chapa, foi baseada no cidadão brasileiro. "As pessoas que votaram na nossa plataforma são pessoas que se orientam por opinião e não teríamos uma atitude desrespeitosa de dizer me sigam para um lado ou para outro".
Com relação à questão ambiental - a principal bandeira de sua campanha - Marina afirmou que "lamentavelmente" o assunto ainda é ignorado nos debates. "Ontem por exemplo só nos agradecimentos finais a ministra Dilma fez uma referência à Copenhagen, à questão da biodiversidade. E o governador Serra sequer tangenciou sobre o tema", avaliou a participação dos candidatos no debate promovido pela RedeTV!.
Prometendo colocar em primeiro lugar os interesses do Brasil, a senadora afirmou que não fará a "oposição por oposição" ao presidente que será eleito no próximo dia 31. "A minha postura e a atitude do PV têm sido uma atitude de corresponsabilidade com o nosso País. Não é de oposição por oposição. Aliás, é isso que a sociedade está rechaçando", disse Marina, explicando a José Paulo e Salomão Ésper da Band porque o Partido Verde optou por ficar independente no 2º Turno e começar a formar uma oposição a favor do Brasil, seja quem for eleito Presidente.
Fontes: Band
Terra
http://folhaverdenews.blogspot.com/
Uma forma de lutar pelas propostas verdes, a independência política fará o PV crescer e estimulará uma oposição equilibrada, a favor dos interesses maiores da Nação.
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