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segunda-feira, 25 de agosto de 2025

UMA ENTIDADE QUE COLOCA O MOVIMENTO DOS ESCOTEIROS NA LUTA AMBIENTALISTA

O IRBP tem como patrono o fundador do escotismo e a primeira iniciativa é restaurar uma área degradada ali na zona norte de Franca


 Em Franca homenagem ao ícone mundial dos escoteiros


Há cerca de um ano foi fundada esta entidade, uma organização sem fins econômicos que leva o nome mais tradicional e icônico entre os escoteiros, o britânico pioneiro deste movimento Robert Baden-Powell, daí vem os princípios e propostas de ação e a denominação do Instituto Robert Badern-Powell (IRBP). Esta foi a explicação dada por Saulo Vinícius de Sousa Ramos, engenheiro e presidente do instituto, ao lado de Thamiris Mara Borges, advogada e que atua como tesoureira na equipe. Ao lado duma última mata, numa área degradada de 0,7 hectares (próxima da Escola Agrícola e do Zoobotânico) este instituto providenciará o plantio de mudas e sementes de árvores nativas e frutíferas, para ali iniciar a recuperação da natureza na cidade. Com este objetivo, além da cessão do município desta área, este grupo ambiental já está mobilizando parceiros, como as empresas Homea e Game Arkos, as primeiras já contatadas e que deram OK para participar deste mutirão ecológico. Um dado importante é que as empresas descontam do Imposto de Renda que têm a pagar o que investirem nas iniciativas de plantios do IRBP. E então por aqui na zona norte este será um primeiro point de recuperação desta natureza de transição entre o Cerrado e a Mata Atlântica. Saulo Ramos informa que o plantio por ali será feito com tecnologia para assim de forma mais rápida (nesta crescente crise do clima e do meio ambiente em Franca como em todo o Brasil) árvores que serão também um ponto de saúde para a população.   


 Aqui logo vai se ampliar a área desta mata nativa

 

Em contato direto no local agendado para o primeiro mutirão de plantio feito nestes dias com o blog da ecologia e da não violência Folha Verde News e com o portal Franca 24 Horas, Saulo Ramos e Thamiris Borges falaram que pretendem com esta prática ambiental divulgar junto à população os princípios e as propostas deste instituto. 


Os ideais do IRBP

O objetivo é promover a sustentabilidade e a ecologia. Inspirados nos valores de Baden-Powell de respeito pela natureza e responsabilidade social, buscando semear com os plantios um futuro sustentável. Os projetos incluem também outras iniciativas ecológicas, desde a recuperação e conservação da biodiversidade até à promoção de práticas sustentáveis nas comunidades locais. O planejamento do IRBP é criar um impacto positivo e duradouro no ambiente urbano de Franca e na vida das pessoas que possam ter mais natureza na cidade, algo essencial para a condição de vida da população, a OMS (Organização Mundial de Saúde) em resumo recomenda que toda cidade tenha no mínimo uma árvore por habitante, um padrão ideal para uma boa condição condição humana de vida é de 36 metros quadrados de área verde por cada munícipe, ou seja, 3 árvores por cada morador, já que cada árvore dentro do seu bioma natural ecologiza 12 metros à sua volta, além de ajudar o clima, recuperar as nascentes e regular as chuvas. Tudo isso ainda está longe do cenário no dia a dia de Franca, onde grupos de escotismo pioneiros, como a Ekip Naturama tiveram uma atuação mais marcante há uns 20 anos, quem sabe possa haver uma colaboração agora entre ela e este instituto. Dentro das propostas do IRBP que começa sua ação por aqui estão os princípios que estão explícitos no site desta entidade, respeito pela natureza, responsabilidade ambiental, inovação sustentável, educação ecológica, justiça social, transparência e dentro do slogan base do movimento verde planetário pensar globalmente e agir localmente. A gente espera um apoio da sociedade civil e das empresas a estas propostas, argumenta Saulo Ramos, do IRBP. 


Áreas degradadas em torno da cidade...


...se transformarão em pequenos oásis...



 ...é a proposta que a equipe do IRBP explicou ao editor deste blog numa área de 0,7 hectares na zona norte de Franca


Fontes: irbp.com.br - folhaverdenews - franca24horas

segunda-feira, 18 de agosto de 2025

TATIANA DE FRANCA E MAIS PESQUISADORES DE TODO O PAÍS VÃO À LUTA PELAS MATAS NATIVAS

Dentro da parceria Franca 24 Horas e Folha Verde News entrevista com Tatiana Mahalem do Amaral engenheira de florestas sobre um projeto que busca criar futuro sustentável através de árvores nativas


 Tatiana ao lado duma Castanheira de 40 anos plantada no campo experimental da Embrapa no Pará

 Aqui post de Tatiana na emoção da floresta

O Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Silvicultura de Espécies Nativas foi lançado pela Coalização Brasil Clima Florestas e Agricultura, já sendo estruturado por um grupo de pesquisadores de várias regiões unidos pelo amor de nossa natureza e em busca de um futuro sustentável, eles são ligados à USP, Universidade Federal da Bahia, UFSCAR, IPA, Embrapa e outras entidades, devendo na sequência envolver profissionais de variadas áreas e universidades. Um processo científico de criação coletiva do futuro a bem de nossa natureza tão agredida. Points de plantios de árvores nativas por todo o país, para utilização também do mercado de construção, móveis etc, vão levar a uma preservação maior das últimas matas naturais nos biomas Amazônia e Mata Atlântica, além de ampliar muito as informações sobre espécies de arvores do Brasil, algo que por tabela poderá também ajudar a recuperação da ecologia, condição de saúde e vida da população. Uma iniciativa fundamental neste país que já foi da natureza, sofrendo séculos de violência ambiental, basta ver que por aqui no interior estamos cada vez com chuvas mais irregulares, clima cada vez mais árido, para não dizer desértico.  Dentro deste cenário, Tatiana prefere falar do geral deste projeto inovador do que de si mesma. Mas, dentro desta série de entrevistas do portal Franca 24 Horas e do blog da ecologia, cidadania e não violência Folha Verde News, vimos fazendo entrevistas com personagens positivas que vão à luta ecológica. E então vamos a seguir enfocar mais na pessoa do engenheira florestal Tatiana Mahalem do Amaral, que é francana, atuou em São Paulo, esteve na Amazônia pesquisando umas espécies de árvores nativas, ela é formada pela ESALQ de Piracicaba, pela USP. pratica Yoga em busca da sua ecologia humana e conversou com a gente numa manhã destas no Parque dos Trabalhadores em Franca (SP), avaliando que esta área verde é de muito valor para o meio ambiente da cidade e lazer natural da população, mas carecendo de investimentos para cumprir a sua finalidade. No local no limite da zona norte passa um córrego que ajuda o abastecimento urbano de água, tem nascentes, espécies animais desta região de transição entre o Cerrado e a Mata Atlântica, que poderá ser talvez um dos points brasileiros de plantio de árvores nativas dentro deste programa PP&D-SEN que descrevemos por aqui nesta postagem. Junto com Cássio Freires a gente fez um vídeo com Tatiana a nossa personagem desta semana que vale depois também você conferir.


Tatiana Mahalem do Amaral

Casada com o designer digital Beto Lima que veio de Sampa para Franca, Tatiana tem duas filhas pequenas, trabalha tipo home office e desde 2021 voltou para sua cidade natal, onde agora pode novamente conviver com seus familiares, amigos, amigas, ela é filha do Eduardo Gabriel do Amaral e da Jane Mahalem do Amaral, a mãe quando jovem integrou o grupo vocal Samba 4 e Tatiana menina teve uma iniciação musical antes de virar pesquisadora. No dia a dia faz academia e se dedica em especial a meditações em busca da ecologia humana que a aproximam da não violência, tão essencial hoje em dia em todo lugar do país (e do mundo). Durante a entrevista, ela se interessou em conhecer o Museu da Árvore que o agrônomo francano João Peres Chimello mantém em sua própria casa em Franca, ele que foi importante pesquisador do IPT da USP e atuou muito na região amazônica. Ela fez questão de citar um grupo de meditação que acolhe e orienta gratuitamente pessoas interessadas nessa prática, o Espaço Lotus Yoga em Franca, na rua México, no Jardim Consolação toda 6ª feira por volta das 18h. Deixamos ela falar: "Não é religião mas espiritualidade pura, a natureza é um altar para a gente meditar". argumentou Tatiana, "a casa de cada pessoa ou o sol ou a lua é um templo, creio que pisar descalço numa grama conecta a gente com a natureza, nos equilibra, nos faz qualquer um mais felizes".  

Num plantio de árvores nativas em Rondônia


Aqui, o Parque dos Trabalhadores em Franca que hoje carece de investimentos e é valioso para a ecologia e lazer na cidade


 A gente entrevistou Tatiana Mahalem do Amaral numa última mata na saída de Franca (Parque dos Trabalhadores)


Fontes: Folha Verde News - Franca 24 Horas - Espaço Lotus Yoga - tmamaral@gmail.com


segunda-feira, 11 de agosto de 2025

FLÁVIA TASSO FOI DE FRANCA PARA A FRANÇA E DEPOIS VOLTOU PARA AS FLORESTAS AQUI DO BRASIL

Com amor pela natureza esta ecologista tem feito documentários com indígenas e com animais selvagens (primeiro foi longe daqui e mais recentemente no Brasil)


Flávia Tasso fazendo imagens no Pantanal



No Acre conviveu com indígenas Yawanawa


Após ter feito quando bem garota um filme digital sobre as pinturas vanguardistas do seu avô (Hélio Tasso) e depois se formar em Psicologia na Unaerp por aqui mesmo na região, ela teve um insight e uma virada na vida: uma oportunidade e ela foi para a Europa, lá trabalhou em empregos alternativos (babá, professora de crianças) para se manter, estudou francês e pôde entrar na IFFCAM (Institute Francephone Cinema Animalier, de Menigoute) e em 2 anos se formou como fotógrafa e documentarista de vida selvagem, equivalendo a um mestrado em seus estudos e algo que abriu um caminho novo em sua vida. Dentro da estrutura da faculdade ela fez um filme digital de 16 minutos (Vida) que derrubou barreiras, teve mais oportunidades, foi filmar e contatar animais selvagens (passou sufocos com um Urso e com Javalis) mas sua aventura deu OK, tanto como captação de imagens em florestas como com a sua visão ecológica da realidade. Teve mais um avanço depois, conquistou a chance de participar do Aniwa (aquele festival de indígenas de todo o planeta na Califórnia, nos States) lá onde também conheceu pessoalmente o grande líder Caiapó, Raoni. Também lá fez amizade com OOna (filha de Charles Chaplin) que tem atuado no cinema e no ambientalismo norteamericano. "Valeu a pena tudo isso, mesmo os sufocos com um Javali na França ou um outro com um Urso na Califórnia, aprendi como filmar e sobreviver numa floresta", conta Flávia: "Foi bacana que filmei na Itália um bichinho, Tasso, que é de onde provém o nome da minha família, ele é uma espécie de um Panda europeu, Tasso di Miele...Enfim, tive que ser guerreira mas virei uma documentarista de bichos do mato, tendo também depois de voltar ao Brasil a alegria de fazer captações de imagens na Amazônia, no Pantanal, no Acre, onde convivi com indígenas duma etnia que é pouco conhecida, Yawanawa, eles fazem lindas pinturas corporais em conexão com a natureza e com a espiritualidade". 


Indígenas Yawanawa são fraternais e têm conexão com toda natureza e com a espiritualidade pura, diz Flávia

Flávia ação e imagem numa floresta


Flávia Tasso

A família dela é bem brasileira tem indígenas Caiapó, imigrantes italianos, espanhóis, Flávia é francana, filha do médico Carmilon Rezende e da psicóloga Marilda Carrijo Tasso Rezende, neta de Hélio Tasso (artista plástico, já falecido), alguns de seus familiares são Alexandre Tasso (Doces Binuto) e Eliana Tasso, professora do Sesi, também que nem ela, ecologista. Agora está de volta à Franca por enquanto. Deve integrar um documentário para a COP30. Busca um trabalho dentro da sua formação, por exemplo, talvez dentro do Ibama, na Serra da Canastra. A gente perguntou e Flávia respondeu que ama o cinema europeu (adora os filmes de Ingmar Bergman que foram interpretados por Liv Ullman e misturam psicologia com arte). Pedimos que ela nos falasse tipo seu slogan. Ela falou, "A minha flecha é a minha câmera". Como mensagem final, Flávia Tasso disse: "Todos os seres da Terra, a gente é feito de água". Uma ambientalista que cria imagens e então você aqui no portal Franca 24 Horas e/ou no blog Folha Verde News, confira algumas de suas criações como um treiler do seu talento e do seu amor pela natureza.   


Flávia entrevistada pelo nosso blog em parceria com o portal Fr24H


 Ela faz um trabalho cultural e ecológico importantíssimo no sentido de preservar meio ambiente, culturas e vidas


Fontes: Folha Verde News - Franca 24 Horas - IFFCAM


segunda-feira, 4 de agosto de 2025

HÁ EMPRESAS INTERESSADAS EM APOIAR O TRABALHO AMBIENTAL NO PRÓ CRIANÇA EM FRANCA

Nesta semana o portal Franca 24 Horas e o nosso blog enfocam o trabalho do médico homeopata e ambientalista Dr. Wagner Deocleciano Ribeiro que destaca sempre o valor das ervas medicinais daqui do Cerrado (ficando raras)


Ele busca a ciência médica em conexão com a natureza


Rua do Sol, 1060, zona sul de Franca (SP) em meio à região urbana mais valorizada na cidade ali poderá funcionar um centro de educação socioambiental, laboratório de ervas medicinais do Cerrado e Homeopatia, nos explica o médico e ecologista Dr. Wagner Deocleciano Ribeiro. Já foi demarcado e ocupado um grande quarteirão para este destino no local que poderia ser mais uma praça, a doação do terreno foi aprovada por 14 vereadores da Câmara Municipal e agora já estão bem adiantados os contatos com empresas e sociedade civil para avançar Franca com este point avançado para as práticas de educação ambiental de crianças, com plantio de árvores, produção de mudas nativas de árvores e ervas da flora brasileira, além de uma lagoa para um bom clima do instituto. Detalhe: o Pró-Criança projeto apoiado pela ACIF é importante para novíssimas gerações menos privilegiadas e a vivência de meio ambiente será vital para um futuro melhor. Já há arquitetos e engenheiros planejando a construção, Dr. Wagner planeja a partir disso fazer um cinturão de 800 árvores em torno desta região cidade, no instituto haverá o plantio de centenas de mudas nativas (também com a participação da garotada) e um canteiro de ervas medicinais do Cerrado para pesquisas laboratoriais e talvez possível produção de medicamentos. Esta iniciativa do ambientalista Wagner tem apoio do movimento ecológico e se articulam parcerias com outras entidades e com a sociedade civil, ele que é um médico pediatra já experiente, já fez 3 mil cirurgias em Franca nos três hospitais da cidade (foi um dos fundadores do Hospital São Joaquim) e atua também em cidades vizinhas, Uberlândia e Uberaba em centros populares e gratuitos de Homeopatia, faz direto pesquisas junto a raizeiros do interior e até com indígenas do Mato Grosso sobre ervas medicinais da natureza do Brasil. 


Foi feliz o reencontro com o amigo ecologista Dr. Wagner


Dr. Wagner Deocleciano Ribeiro


Ele é também autor e o seu livro Como Vou Me Curar? Enquanto A Terra Espera está sendo reeditado pela Amazon, escreveu também no tema a homeopatia frente à epismetemologia, trabalho técnico para a Associação Médica Homeopática, em colaboração com Dr. Francisco Viana, que atua na Alemanha. Dr. Wagner se multiplica em atividades e em projetos para levar adiante seus ideais, mantém hoje também a empresa Homea de agroecologia urbana, rural e florestal. Ele enfatiza que a Homeopatia (especialidade médica diferente da Alopatia, mais conhecida), é uma linha terapêutica plenamente aprovada pela Associação Médica Brasileira (recentemente teve aval definitivo de uma câmara técnica). Um personagem em quadrinhos (Sapo Xexéu) que marcou sua produção cultural quando ainda muito jovem deverá também ser relançada pela editora Amazon. Toda a energia do Dr. Wagner é canalizada para a ciência e a arte de curar. Ele é doutorado em Medicina Tropical pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro em Uberaba e também em Minas Gerais, na Universidade Federal de Uberlândia fez residência especial para se tornar cirurgião infantil e especialista em Homeopatia. Fez na França uma especialização em cirurgia pediátrica no Colégio de Medicina de Paris. Apaixonado por estudos fez na Unifacef faculdade de gestão. E no dia a dia vem tendo há cerca de 4 décadas todo um ativismo no movimento ecológico, por exemplo, para apoiar José Moreno e o Parque Estadual das Furnas do Bom Jesus em Pedregulho, também desenvolvendo práticas de Agroecologia. Lado a lado com seu irmão José Alexandre Ribeiro, vem apoiando o avanço da agricultura orgânica por exemplo, antes com a Idesufran ou na realização em São Paulo da Bio Brazil Fair, feira nacional de alcance internacional que tem ajudado muito um avanço do setor Orgânico no país.  Tudo isso e mais pesquisas sobre remédios dos mateiros e raizeiros, também de indígenas como da aldeia Xavante de Namunkurá em Mato Grosso. No contato com a nossa equipe para essa reportagem ele falou também sobre o livro fundamental de Samuel Hahnemann (Organon da Arte da Cura) um documento pioneiro que fez evoluir a Homeopatia desde também a sua introdução no Brasil por volta de 1840. Dr. Wagner cita com admiração o líder espírita Chico Xavier, do colaborador dele Humberto Campos, práticas da medicina chinesa, saúde espiritual, xamanismo, conectadas com a natureza e tradições da cultura indígena e afrobrasileira, que ele pesquisa direto e sempre, especialmente sobre o potencial das ervas medicinais do Cerrado e  sabedorias ancestrais do povo brasileiro. Tudo para avançar a arte e a ciência de curar. Para a ecologia humana temos que mudar e curar o mundo, o ambiente, a vida para conseguir a saúde plena do ser humano, argumenta o ambientalista Dr.Wagner. vê este enfoque como um grande desafio da atualidade. O francano filho do José Ramon Ribeiro e de Lilia Sandoval Ribeiro segue indo à luta em múltiplas frentes de ativismo cultural, dedicado à ecologia, à ciência de curar as causas das doenças, vivenciando o amor humanitário e o respeito à natureza em busca também da alegria de viver.   


 A ação ambiental no Pró Criança onde hoje é a Praça do Sol com certeza ajudará a recuperação da ecologia na cidade 

Fontes: Folha Verde News - Franca 24 Horas - Homea


terça-feira, 29 de julho de 2025

FRANCA 24 HORAS DIVULGA BELA INICIATIVA ECOLÓGICA E HOJE ELA ESTÁ TAMBÉM NO BLOG DA GENTE

A edição nº 1 no portal de notícias Fr24H destaca nesta semana o trabalho Elaise de Mello líder do Verdejar Franca que tem o apoio do movimento Mulheres do Brasil na cidade (o mutirão já plantou por aqui 14.056 árvores)


A ecologista Elaise de Mello é a homenageada (aqui foto de Anderson Pinheiro)


A líder desta ação Elaise de Mello dentro dum plano de educação ambiental está promovendo uma exposição de arte diferente sobre árvores entre 21 e 28 de setembro, antes, houve um concurso de fotos, assim como o plantio desde 2017 sempre com um grande apoio da sociedade civil, isso, numa cidade que não tem tido uma gestão de meio ambiente (na prefeitura local é o setor com menor verba apesar de Franca ter sido antigamente uma estância hidromineral, hoje além de outros problemas só restam últimas nascentes). Aliás, esta arborização pode ajudar bem a recuperação da ecologia por aqui, algo que ajudará também a agricultura, toda a economia, empregos e a chance de um desenvolvimento sustentável, a bem também da condição de saúde e de vida da maioria da população. O projeto do Verdejar é plantar nos próximos anos 1 milhão de mudas de árvores! Um plano ousado que conta com centenas de voluntários e voluntárias: no espaço urbano daqui há pouco mais de 50 mil árvores num universo hoje de 400 mil habitantes. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que toda cidade tenha no mínimo uma árvore por habitante. O padrão ideal para uma boa condição humana de vida é de 36 metros quadrados de área verde por habitante, 3 árvores por cada morador já que cada árvore ecologiza 12 metros à sua volta, além de ajudar o clima, recuperar nascentes e regular as chuvas. Nos anos 90 com o apoio do cientista especializado da Itália Giuseppe Clonfero, de líderes mais lúcidos dos curtumes e do ex-jornal Diário da Franca foi feito um processo de despoluição das águas. Isso precisa ser retomado agora quando está mais intensa a guerra climática e ambiental aqui, também no país e em todo o planeta. (Esta despoluição será tema duma outra edição aqui neste webespaço do crescente portal Franca 24 Horas). Urgente aqui agora também investimentos no reequilíbrio da natureza, não só pros peixes voltarem aos nossos córregos e rios da região, também para termos uma melhor condição de vida do povo. O meio ambiente em parceria com a saúde será um avanço geral para cada pessoa e toda nossa população. Nesse sentido, vale demais o trabalho maravilhoso do Verdejar, contemporâneo do futuro, que todos/todas juntos precisamos ainda criar por aqui nesta região privilegiada pelos seus rios, como o Sapucaí, Pardo, Grande, São Francisco, aqui aos pés da Serra da Canastra a 100km de nossa cidade em linha reta temos tudo para ser um point de ecoturismo e de futuro sustentável, bom para todo mundo daqui do nordeste paulista divisa com Minas. 


Verdejar Franca, um coletivo ecológico que...

 ...tem muitos apoios não só de líderes femininas como de lideranças ambientais da região (como Célio Bertelli) e de empresas que desde já visualizam o futuro sustentável que precisa ser criado


Elaíse Maria de Mello Barbosa

Nossa 1ª personagem desta coluna nasceu em Sorocaba (SP) mas é uma das pessoas mais francanas na atualidade daqui pelo valor do trabalho que lidera no Verdejar. Ela se formou em Engenharia de Alimentos na Unicamp, ali fez Mestrado em Tecnologia de Alimentos, com especialização em Laticínios, Nos anos 80 ganhou uma bolsa de estudos na Bélgica (University of Ghent) para curso de especialização em Saúde Pública e Nutrição, na cidade de Ghent. Mudou-se em 1989 para o Rio de Janeiro/RJ para trabalhar na Coca-Cola como Auditora Líder de Qualidade em sucos de frutas, sendo a responsável pelas auditorias em toda a América Latina. Ela foi também voluntária do CVV dentro do movimento de cidadania. Em 1993, Elaíse ao se casar com Laércio Barbosa da Jussara se mudou para Franca, onde hoje organiza o movimento de plantio de árvores com o mesmo ideal e maior estrutura que a histórica Olga de Toledo. Ela como boa ecologista também se preocupa com a educação ambiental das crianças e da população, como o concurso de fotos de árvores ou a expô de arte nesse tema, esta será em setembro. Também, ela usa o nome fantasia de  Elaíse Marie como autora de livros infantis (Fadinha do Verde, Jabota Pitanga e a Paineira, Contando Quanto Uma Árvore Canta, Onde Moram Os passarinhos?). Muitas crianças sabem por aqui que o traçado da Rodovia Cândido Portinari foi desviado para evitar o corte de uma Paineira centenária que continua viva e forte entre Franca e Cristais, hoje, também como um ícone do amor pelas árvores nativas da cidade e da região. O grupo Verdejar do comitê Franca do movimento Mulheres do Brasil divulgou também O Manual Para Arborização Urbana (de Marco Souto) que pode ser baixado na Internet e é superimportante para a recuperação da ecologia da vida por aqui.  Oi, você que leu aqui no Franca 24 Horas este texto agora aguarde, na 2ª feira que vem mais uma informação de 1ª aqui neste webespaço da não violência e do movimento ecológico por um futuro sustentável e mais feliz para todo mundo. Só um toque mais, amar a natureza humaniza e até diviniza a gente. Abraços gerais e vamos à luta com e pela paz (Padinha).


 O comitê Franca do movimento Mulheres do Brasil é um apoio importante para o avanço do feliz projeto Verdejar

 Paineira tema de livro e educação ambiental é ícone da natureza que sobrevive no nordeste paulista 


Fontes: google verdejarfranca.com.br -  franca24horas.com.br - folhaverdenews.blogspot.com


sexta-feira, 4 de abril de 2025

PETRÓLEO NA FOZ DO AMAZONAS: DECISÃO ALÉM DE ECONÔMICA PRECISA SER ECOLÓGICA PARA VIRAR SUSTENTÁVEL

Está prestes a ser decidido se haverá prioridade apenas para o lado econômico desta questão complexa que define também o amanhã de nossa natureza no norte do Brasil


 Foz do Rio Amazonas, imagem da National Geographic


A Ministra do Meio Ambiente destaca alta complexidade do processo que visa explorar petróleo na foz do rio Amazonas e vem afirmando que a decisão do Ibama para o sim ou para o não será técnica. Há já um mês, o repórter Plínio Aguiar do site R7 debatia esta questão com Marina Silva em Brasilia. Já faz meio ano que a BBC tenta estimular transparência neste assunto, ainda mais que nosso país sediará em novembro (no Pará) a CP30 da ONU. Segue aqui no nosso blog de ecologia e de cidadania um resumo que sintetiza várias matérias e opiniões dos dois ou mais lados deste desafio monstro. 


O movimento ecológico, científico e de cidadania do país e do planeta está de olho nessa situação realmente complexa 


Desafio monstro - A decisão sobre a exploração de petróleo e gás na foz do Amazonas depende de autorização do Ibama, que pode levar em conta estudos técnicos. Em maio de 2023, o Ibama negou à Petrobras a licença para pesquisar petróleo na região. Argumentos contra a exploraçãoA região é muito sensível a combustíveis fósseis. A costa é muito sensível a óleo. É muito difícil limpar manguezais, florestas de várzea, áreas úmidas e praias em caso de vazamentosA exploração pode impactar terras indígenas. Argumentos a favor da exploração. A exploração pode impulsionar o desenvolvimento do extremo norte do Brasil. Cada 100 mil barris diários de produção geraria um incremento no PIB local e mais empregos diretos e indiretos. Situação atual. Em março de 2025, a Petrobras esperava obter a licença pré-operacional para exploração na Bacia da Foz do Rio Amazonas. Em fevereiro de 2025, o governo anunciou um leilão para mais 47 blocos de petróleo na Foz do Amazonas. O Ibama pediu à Petrobras mais dados para autorização de perfurar na Foz do Amazonas. 


 Aqui, o point da questão ecológica e econômica


Os dois ou mais lados da questão muito difícil - A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva vem afirmando sempre que decisão do Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) sobre a exploração de gás e petróleo pela Petrobrás na Margem Equatorial será, numa palavra, técnica: “Seja para o sim ou para o não”,  ela ressalta  a complexidade do processo. E argumenta que num governo republicano as instituições são respeitadas. "E o presidente Lula, desde que assumiu, fortaleceu o Ibama, o ICMBio, e nós estamos trabalhando. O Ministério do Meio Ambiente trabalha com inúmeros tipos de empreendimentos. Hoje nós temos cerca de quase 4 mil processos de licenciamento em tramitação. Na área de petróleo e gás, dos mais de 200 licenças que foram dadas, a metade disso foi para a Petrobras”, explicou Marina: “No caso da Margem Equatorial, é um processo complexo, de altíssimo impacto ambiental. O Presidente do país, com muita sabedoria, no início do governo, mandou que esses projetos de alto impacto ambiental fossem encaminhados para estudos. Esses estudos estão sendo feitos e o Ibama está trabalhando no pedido de licença que foi feito pela Petrobras. E os técnicos estão definindo o parecer”. 


A questão é a polêmica de agora no conflito e não na harmonia entre o interesse econômico com o ecológico 


A margem equatorial do Brasil, que se estende pelo litoral do Rio Grande do Norte ao Amapá, engloba as bacias hidrográficas da foz do Rio Amazonas, Pará-Maranhão, Barreirinhas, Ceará e Potiguar. É uma região geográfica considerada de grande potencial pelo setor de óleo e gás. Nos últimos anos, foram feitas grandes descobertas na Guiana e no Suriname, o que aumentou a expectativa sobre o que poderá ser encontrado na bacia marítima. Em meio ao impasse enfrentado pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva sobre explorar petróleo na Margem Equatorial, a Petrobras aposta em obras da unidade de estabilização e despetrolização de fauna em Oiapoque, município localizado no Amapá e prospectado como a capital nacional do produto, para conseguir a licença do Ibama. A petroleira também deu início a treinamentos dos funcionários a fim de atuarem “de forma segura e ambientalmente responsável”.


Vale investir com energias limpas aqui e em todo lugar no futuro da vida (para que ele exista...)


Enquanto a licença não é concedida pelo Ibama, a Petrobras iniciou já em novembro do ano passado a construção da Unidade de Estabilização e Despetrolização da Fauna em Oiapoque, que vai funcionar em sinergia com o Centro de Reabilitação e Despetrolização de Fauna em Belém. As obras têm previsão de término neste primeiro semestre, possivelmente agora em abril, e fazem parte da tentativa de atender aos critérios estabelecidos pelo Ibama. Além disso, a estatal tem desenvolvido, na cidade de Oiapoque, ações de reconhecimento de campo, treinamentos com agentes e iniciativas de comunicação em todas as áreas, com o objetivo de desenvolver as “operações de forma segura e ambientalmente responsável, com respeito às pessoas e às comunidades locais”. “Mantemos o entendimento de que será possível realizar a avaliação pré-operacional e em breve obter a licença para a perfuração em águas profundas no Amapá”, afirmou a Petrobras em nota enviada à mídia nacional e internacional: “A companhia está otimista e segue trabalhando, sempre aberta ao diálogo, para atender às exigências do Ibama no processo de licenciamento do bloco FZA-M-59″. 



É o momento da mídia pautar entrevista com Marina Silva, ecologistas, cientistas, economistas sobre este tema


Opine você também - "Depois na seção de comentários do Folha Verde News vamos tentar estimular um debate sobre esta decisão complexa e emblemática do que é ou como será o futuro da vida no Brasil", comentou por aqui o editor deste blog, o ecologista Antônio de Pádua Padinha. 


Fontes: R7 – BBC – Google - folhaverdenews.blogspot.com

sábado, 22 de março de 2025

EM MINAS PESQUISADORES DESENVOLVEM UM COMBUSTÍVEL MAIS ECONÔMICO E MAIS ECOLOGICO

UFMG cria a biogasolina, diesel verde e combustível de aviação uma alternativa aos combustíveis fósseis tão poluentes para reduzir emissões de carbono e avançar o futuro


Pesquisadores Yuri Contijo Rosa e Henrique Oliveira


 A pesquisa da UFMG é orientada pela doutora Vânya Pasa


A pesquisa está sendo desenvolvida no Laboratório de Ensaios de Combustíveis (LEC), no âmbito do doutorado do pesquisador Yuri Gontijo Rosa, orientado pela doutora Vânya Pasa e coorientado pelo pesquisador visitante Henrique Oliveira. Gontijo desenvolveu um catalisador que possibilita que, sob condições ideais de temperatura e pressão, os óleos descartáveis sejam convertidos em combustíveis sustentáveis. A tecnologia permite a produção de biogasolina, diesel verde e combustível de aviação a partir de óleo de fritura e sebo bovino, oferecendo uma alternativa aos combustíveis fósseis e reduzindo as emissões de carbono. Pesquisadores do Departamento de Química do Instituto de Ciências Exatas (ICEx) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) desenvolveram um catalisador inovador capaz de transformar diferentes tipos de óleos vegetais e gorduras animais em combustíveis sustentáveis. A tecnologia permite a conversão de óleo de fritura, óleo de soja, macaúba, mamona, castanha de caju e até sebo de boi em biogasolina, diesel verde e combustível sustentável de aviação (SAF). 


A equipe do LEC, Laboratório de Ensáios de Combustíveis


Combustível renovável - O estudo teve início durante o mestrado de Yuri Contijo Rosa, quando ele começou a desenvolver o catalisador, um pó com propriedades químicas específicas que promovem a transformação dos óleos em combustíveis renováveis. Segundo o pesquisador, o catalisador atua promovendo reações químicas que alteram a estrutura dos óleos utilizados como matéria-prima. Quando submetidos a condições ideais de temperatura e pressão, os óleos descartáveis passam por um processo de conversão que resulta na produção de combustíveis sustentáveis, reduzindo a dependência de combustíveis fósseis e minimizando os impactos no meio ambiente, algo extraordinário nesta era de crise climática e ambiental. 


 Antes que seja o caos


Professora Vânya Pasa destaca que já existem outros catalisadores com funções semelhantes, mas o desenvolvido no LEC apresenta vantagens importantes. Além de ser altamente estável e eficiente, ele possui uma taxa de conversão elevada e se mostra extremamente versátil, podendo ser utilizado com diversos tipos de biomassa. Entre os materiais que podem ser convertidos em combustível estão sebo bovino, gordura animal, óleo de fritura usado e gordura de porco. Um outro diferencial do combustível gerado pelo catalisador da UFMG é a sua resistência à oxidação. Diferente do biodiesel comercializado atualmente no Brasil, que absorve água e pode gerar microrganismos que causam sua decomposição, o diesel verde e o bioquerosene produzidos no laboratório não possuem oxigênio em sua composição. Isso significa que esses combustíveis não oxidam, o que evita danos aos motores e aumenta sua vida útil.


 O começo da pesquisa do combustível futuro


Atualmente, o biodiesel utilizado no Brasil pode causar problemas mecânicos em máquinas agrícolas, caminhões e outros veículos quando armazenado por longos períodos. Com o diesel verde, esse problema é eliminado, tornando-o uma alternativa mais segura e eficiente para diferentes setores da economia. A pesquisa avançou para uma nova etapa em que a equipe do LEC está produzindo o catalisador em formato granulado e prototípico. Agora, ele está sendo testado em escala-piloto, utilizando cerca de 10 quilos de biomassa por dia como matéria-prima para a produção de biocombustível. De acordo com os pesquisadores, o desenvolvimento de combustíveis sustentáveis como o biogasolina, o diesel verde e o SAF é essencial para reduzir a emissão de gases de efeito estufa e contribuir para o combate às mudanças climáticas. O combustível sustentável de aviação, por exemplo, já é utilizado em alguns países da Europa e da América do Norte e pode reduzir as emissões de CO2 em até 90% em comparação ao querosene de aviação convencional.


O óleo lixo se transformará em luxo


Transição energética - Yuri Gontijo explica que os combustíveis avançados, também chamados de combustíveis drop-in ou renováveis, possuem as mesmas substâncias e propriedades físico-químicas dos combustíveis fósseis, mas são produzidos a partir de fontes renováveis. Isso permite que sejam utilizados sem necessidade de modificação nos motores, garantindo uma transição mais fácil para fontes de energia mais limpas. Mesmo com os avanços científicos, a produção de combustíveis sustentáveis ainda enfrenta desafios, principalmente em relação à viabilidade econômica. Atualmente, o custo de produção desses combustíveis é mais alto do que o dos combustíveis fósseis, o que dificulta sua ampla adoção. Para a doutora Vânya Pasa, a implementação de políticas públicas voltadas para a coleta e reaproveitamento de resíduos como óleo de fritura e sebo bovino pode ser fundamental para viabilizar a produção desses combustíveis em larga escala. Segundo ela, o Brasil precisa desenvolver estratégias que incentivem o reaproveitamento desses materiais, evitando seu descarte inadequado e tornando-os matéria-prima acessível para a produção de biocombustíveis. Cabe aqui colocar a expectativa dos pesquisadores de que, no futuro, não apenas aviões e máquinas agrícolas, mas também caminhões, ônibus e automóveis possam utilizar combustíveis sustentáveis, contribuindo para a redução da dependência de combustíveis fósseis e para a preservação do meio ambiente. Aí, será o futuro da nossa vida. 


 Esta pesquisa vai além dos combustíveis de aviação...

 ...e movimentam a criação da sustentabilidade


Fontes: UFMG - Veja - folhaverdenews.blogspot,com


terça-feira, 18 de março de 2025

ELIS REVIVIDA APÓS 43 ANOS AGORA NO SEU 80º ANIVERSÁRIO COM TODO O MARAVILHOSO SUPERTALENTO E VALOR CULT

Show com seus filhos em São Paulo também relançamento de livro e série ou programas de TV e de rádios como a CBN revivem a força atual e sempre extraordinária da cantora Elis Regina (até mesmo via a IA)



Cantora genial Elis Regina


Um momento emocionante o show de memória do supertalento de Elis, mais de 4 décadas depois que ela foi embora. Elis Regina Carvalho Costa estaria fazendo 80 anos nesta semana. Não faltam heranças cults envolvendo sua voz e sua imagem, de livro a comercial de TV, de show a história em quadrinhos. João Marcello Bôscoli, seu filho mais velho, ainda jovem e importante na música do Brasil (atuando na produtora Trama) se orgulha de ter vetado apenas uma só proposta, tem tomado iniciativas e acolhe as ideias que vêm de outras pessoas, afirmou em reportagem destes dias de OGlobo. Um dos eventos deste movimento de resgate do grande valor de Elis, por sinal, é um relançamento da biografia da cantora escrito por Júlio Maria, editado pela Companhia das Letras, este relance será nesta 3ª feira, 18 de março, em São Paulo, nos informa o jornalista Luiz Fernando Vianna do Rio de Janeiro. O livro "Nada Será Como Antes", título de uma das canções de maior sucesso dela. Por sua vez, o principal show revival acontecerá no próximo dia 28 no Espaço Unimed, em Sampa, reunindo João Bosco, Ivan Lins, Fagner, Pedro Mariano (seu outro filho cantor) e a própria Elis. Graças a uma restauração de gravações encabeçada por João Marcello, a voz da cantora será ouvida, à capela ou com banda, em músicas como “Fascinação” e “Como nossos pais”. Imagens dela, só no telão. Maria Rita, sua filha, parece que está nos Estados Unidos, mas também é esperada neste evento de grande valor que desde já está com quase todos os ingressos esgotados. Com 22 anos, em 1992, João Marcello Bôscoli leu uma reportagem afirmando que Elis Regina, apenas uma década após sua morte, já estava esquecida. Desde então, chamou para si a missão de trabalhar para que sua mãe não deixasse de despertar interesse. Em meio a projetos pessoais na empresa Trama, o produtor musical dedica a essa missão cultural e sentimental boa parte de suas horas de trabalho. Diariamente faz um flash musical no programa Studio CBN, no quadro Falando de Música, ouvido por todo o país.


 Ela com seus filhos ainda pequenos


Em uma de suas últimas entrevistas



A voz e a atuação positiva de Elis Regina continuam vivas graças ao seu supertalento e à importância cultural e política do seu trabalho mesmo em meio a uma época ditatorial no Brasil. A recriação da imagem da cantora provocou forte polêmica em 2023. A inteligência artificial permitiu que ela contracenasse com Maria Rita num comercial da VW. Mas o que a faz eterna e sempre viva são as músicas extraordinárias com que ela avançou a MPB e até a luta do então movimento da juventude brasileira pela democracia, vitorioso 4 anos após a morte desta personagem fundamental do Brasil. 

Nem precisa legenda




O livro de Júlio Maria destaca duas cadernetas em que Elis detalhou o que pretendia fazer em 1982, inclusive escolher canções para um novo disco. As anotações reforçam, para o autor, que a cantora não tinha a menor intenção de desaparecer quando morreu, em 19 de janeiro de 1982, aos 36 anos, por uma suposta mistura de álcool com cocaína. Nesse tempo, por sugestão de Fernando Faro, da Cultura (onde eu havia vencido um festival nacional de telepeças escrevendo "Happy End") e de meu conterrâneo e amigo Cláudio Petráglia, criador da Rede Bandeirantes, com quem fiz vários trabalhos (inclusive o primeiro roteiro brasileiro de "Vila Sésamo"), eu comecei a criar o projeto de um show ecológico para Elis Regina. Cheguei a fazer uma letra tema. E tive um encontro particular com ela e uma sua amiga numa tarde de 2ª feira numa das salas do cinema Gemini em São Paulo, quando Elis achou interessante a proposta. Gentil, ela me ofereceu balas tipo drops de café, falando, "é o gosto lá da sua terra". Saímos separados do cinema, antes do filme terminar. Eu comecei a tentar criar um show com conteúdo ecológico para oferecer a ela. Porém, nem uma semana depois acordei ouvindo uma triste notícia pela rádio Excelsior que Elis Regina havia morrido e estava sendo socorrida por Cláudio Petráglia, que produzia suas apresentações no Teatro Bandeirantes, onde ela foi velada por uma multidão como a maior cantora da MPB e ícone da liberdade no país. Não deu tempo da gente levar adiante o projeto que se chamava "fElis".  O que importa é que Elis Regina tornou realidade a melhor fase criativa da MPB. 


O momento talvez mais marcante de Elis com Tom Jobim


Super Elis




Um projeto real que não se realizou - E aqui a letra tema do show apoiado por Cláudio Petráglia (produtor de TV e também pianista) num trabalho que infelizmente não foi  nem desenvolvido nem feito mesmo porque ele só começou a ser pensado dias antes dela se mandar. "Eu quero a natureza/colo da mãe natura/energia pura/prá ser feliz. Seja onde for/no meu Rio Guaíba/ou no Rio de Janeiro/ou na Serra Cantareira/ou no sertão do país ou em Sampa/meu show é o que eu sou /e eu quero a paz verdadeira que canta e encanta o povo e o novo/em volta e à beira de mim/Eu quero sim/todo mundo feliz/no meu país/meu show/é o que eu sou".  Os 2 vídeos postados nesta matéria, o primeiro sucesso de Elis "Arrastão" (música de Edu Lobo, letra de Vinicius de Moraes e não do Capinan com está no letreiro) e reportagem da TV Cultura que faz um breve resumo do trabalho genial de Elis Regina na música e na cultura brasileira. 

 Ela nos bastidores do Teatro Bandeirantes


 A tragédia de sua morte precoce


Fontes: OGlobo - Rede Bandeirantes - Fotos Google-  - folhaverdenews.blogspot.com 

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