PODCAST

sexta-feira, 4 de abril de 2025

PETRÓLEO NA FOZ DO AMAZONAS: DECISÃO ALÉM DE ECONÔMICA PRECISA SER ECOLÓGICA PARA VIRAR SUSTENTÁVEL

Está prestes a ser decidido se haverá prioridade apenas para o lado econômico desta questão complexa que define também o amanhã de nossa natureza no norte do Brasil


 Foz do Rio Amazonas, imagem da National Geographic


A Ministra do Meio Ambiente destaca alta complexidade do processo que visa explorar petróleo na foz do rio Amazonas e vem afirmando que a decisão do Ibama para o sim ou para o não será técnica. Há já um mês, o repórter Plínio Aguiar do site R7 debatia esta questão com Marina Silva em Brasilia. Já faz meio ano que a BBC tenta estimular transparência neste assunto, ainda mais que nosso país sediará em novembro (no Pará) a CP30 da ONU. Segue aqui no nosso blog de ecologia e de cidadania um resumo que sintetiza várias matérias e opiniões dos dois ou mais lados deste desafio monstro. 


O movimento ecológico, científico e de cidadania do país e do planeta está de olho nessa situação realmente complexa 


Desafio monstro - A decisão sobre a exploração de petróleo e gás na foz do Amazonas depende de autorização do Ibama, que pode levar em conta estudos técnicos. Em maio de 2023, o Ibama negou à Petrobras a licença para pesquisar petróleo na região. Argumentos contra a exploraçãoA região é muito sensível a combustíveis fósseis. A costa é muito sensível a óleo. É muito difícil limpar manguezais, florestas de várzea, áreas úmidas e praias em caso de vazamentosA exploração pode impactar terras indígenas. Argumentos a favor da exploração. A exploração pode impulsionar o desenvolvimento do extremo norte do Brasil. Cada 100 mil barris diários de produção geraria um incremento no PIB local e mais empregos diretos e indiretos. Situação atual. Em março de 2025, a Petrobras esperava obter a licença pré-operacional para exploração na Bacia da Foz do Rio Amazonas. Em fevereiro de 2025, o governo anunciou um leilão para mais 47 blocos de petróleo na Foz do Amazonas. O Ibama pediu à Petrobras mais dados para autorização de perfurar na Foz do Amazonas. 


 Aqui, o point da questão ecológica e econômica


Os dois ou mais lados da questão muito difícil - A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva vem afirmando sempre que decisão do Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) sobre a exploração de gás e petróleo pela Petrobrás na Margem Equatorial será, numa palavra, técnica: “Seja para o sim ou para o não”,  ela ressalta  a complexidade do processo. E argumenta que num governo republicano as instituições são respeitadas. "E o presidente Lula, desde que assumiu, fortaleceu o Ibama, o ICMBio, e nós estamos trabalhando. O Ministério do Meio Ambiente trabalha com inúmeros tipos de empreendimentos. Hoje nós temos cerca de quase 4 mil processos de licenciamento em tramitação. Na área de petróleo e gás, dos mais de 200 licenças que foram dadas, a metade disso foi para a Petrobras”, explicou Marina: “No caso da Margem Equatorial, é um processo complexo, de altíssimo impacto ambiental. O Presidente do país, com muita sabedoria, no início do governo, mandou que esses projetos de alto impacto ambiental fossem encaminhados para estudos. Esses estudos estão sendo feitos e o Ibama está trabalhando no pedido de licença que foi feito pela Petrobras. E os técnicos estão definindo o parecer”. 


A questão é a polêmica de agora no conflito e não na harmonia entre o interesse econômico com o ecológico 


A margem equatorial do Brasil, que se estende pelo litoral do Rio Grande do Norte ao Amapá, engloba as bacias hidrográficas da foz do Rio Amazonas, Pará-Maranhão, Barreirinhas, Ceará e Potiguar. É uma região geográfica considerada de grande potencial pelo setor de óleo e gás. Nos últimos anos, foram feitas grandes descobertas na Guiana e no Suriname, o que aumentou a expectativa sobre o que poderá ser encontrado na bacia marítima. Em meio ao impasse enfrentado pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva sobre explorar petróleo na Margem Equatorial, a Petrobras aposta em obras da unidade de estabilização e despetrolização de fauna em Oiapoque, município localizado no Amapá e prospectado como a capital nacional do produto, para conseguir a licença do Ibama. A petroleira também deu início a treinamentos dos funcionários a fim de atuarem “de forma segura e ambientalmente responsável”.


Vale investir com energias limpas aqui e em todo lugar no futuro da vida (para que ele exista...)


Enquanto a licença não é concedida pelo Ibama, a Petrobras iniciou já em novembro do ano passado a construção da Unidade de Estabilização e Despetrolização da Fauna em Oiapoque, que vai funcionar em sinergia com o Centro de Reabilitação e Despetrolização de Fauna em Belém. As obras têm previsão de término neste primeiro semestre, possivelmente agora em abril, e fazem parte da tentativa de atender aos critérios estabelecidos pelo Ibama. Além disso, a estatal tem desenvolvido, na cidade de Oiapoque, ações de reconhecimento de campo, treinamentos com agentes e iniciativas de comunicação em todas as áreas, com o objetivo de desenvolver as “operações de forma segura e ambientalmente responsável, com respeito às pessoas e às comunidades locais”. “Mantemos o entendimento de que será possível realizar a avaliação pré-operacional e em breve obter a licença para a perfuração em águas profundas no Amapá”, afirmou a Petrobras em nota enviada à mídia nacional e internacional: “A companhia está otimista e segue trabalhando, sempre aberta ao diálogo, para atender às exigências do Ibama no processo de licenciamento do bloco FZA-M-59″. 



É o momento da mídia pautar entrevista com Marina Silva, ecologistas, cientistas, economistas sobre este tema


Opine você também - "Depois na seção de comentários do Folha Verde News vamos tentar estimular um debate sobre esta decisão complexa e emblemática do que é ou como será o futuro da vida no Brasil", comentou por aqui o editor deste blog, o ecologista Antônio de Pádua Padinha. 


Fontes: R7 – BBC – Google - folhaverdenews.blogspot.com

sábado, 22 de março de 2025

EM MINAS PESQUISADORES DESENVOLVEM UM COMBUSTÍVEL MAIS ECONÔMICO E MAIS ECOLOGICO

UFMG cria a biogasolina, diesel verde e combustível de aviação uma alternativa aos combustíveis fósseis tão poluentes para reduzir emissões de carbono e avançar o futuro


Pesquisadores Yuri Contijo Rosa e Henrique Oliveira


 A pesquisa da UFMG é orientada pela doutora Vânya Pasa


A pesquisa está sendo desenvolvida no Laboratório de Ensaios de Combustíveis (LEC), no âmbito do doutorado do pesquisador Yuri Gontijo Rosa, orientado pela doutora Vânya Pasa e coorientado pelo pesquisador visitante Henrique Oliveira. Gontijo desenvolveu um catalisador que possibilita que, sob condições ideais de temperatura e pressão, os óleos descartáveis sejam convertidos em combustíveis sustentáveis. A tecnologia permite a produção de biogasolina, diesel verde e combustível de aviação a partir de óleo de fritura e sebo bovino, oferecendo uma alternativa aos combustíveis fósseis e reduzindo as emissões de carbono. Pesquisadores do Departamento de Química do Instituto de Ciências Exatas (ICEx) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) desenvolveram um catalisador inovador capaz de transformar diferentes tipos de óleos vegetais e gorduras animais em combustíveis sustentáveis. A tecnologia permite a conversão de óleo de fritura, óleo de soja, macaúba, mamona, castanha de caju e até sebo de boi em biogasolina, diesel verde e combustível sustentável de aviação (SAF). 


A equipe do LEC, Laboratório de Ensáios de Combustíveis


Combustível renovável - O estudo teve início durante o mestrado de Yuri Contijo Rosa, quando ele começou a desenvolver o catalisador, um pó com propriedades químicas específicas que promovem a transformação dos óleos em combustíveis renováveis. Segundo o pesquisador, o catalisador atua promovendo reações químicas que alteram a estrutura dos óleos utilizados como matéria-prima. Quando submetidos a condições ideais de temperatura e pressão, os óleos descartáveis passam por um processo de conversão que resulta na produção de combustíveis sustentáveis, reduzindo a dependência de combustíveis fósseis e minimizando os impactos no meio ambiente, algo extraordinário nesta era de crise climática e ambiental. 


 Antes que seja o caos


Professora Vânya Pasa destaca que já existem outros catalisadores com funções semelhantes, mas o desenvolvido no LEC apresenta vantagens importantes. Além de ser altamente estável e eficiente, ele possui uma taxa de conversão elevada e se mostra extremamente versátil, podendo ser utilizado com diversos tipos de biomassa. Entre os materiais que podem ser convertidos em combustível estão sebo bovino, gordura animal, óleo de fritura usado e gordura de porco. Um outro diferencial do combustível gerado pelo catalisador da UFMG é a sua resistência à oxidação. Diferente do biodiesel comercializado atualmente no Brasil, que absorve água e pode gerar microrganismos que causam sua decomposição, o diesel verde e o bioquerosene produzidos no laboratório não possuem oxigênio em sua composição. Isso significa que esses combustíveis não oxidam, o que evita danos aos motores e aumenta sua vida útil.


 O começo da pesquisa do combustível futuro


Atualmente, o biodiesel utilizado no Brasil pode causar problemas mecânicos em máquinas agrícolas, caminhões e outros veículos quando armazenado por longos períodos. Com o diesel verde, esse problema é eliminado, tornando-o uma alternativa mais segura e eficiente para diferentes setores da economia. A pesquisa avançou para uma nova etapa em que a equipe do LEC está produzindo o catalisador em formato granulado e prototípico. Agora, ele está sendo testado em escala-piloto, utilizando cerca de 10 quilos de biomassa por dia como matéria-prima para a produção de biocombustível. De acordo com os pesquisadores, o desenvolvimento de combustíveis sustentáveis como o biogasolina, o diesel verde e o SAF é essencial para reduzir a emissão de gases de efeito estufa e contribuir para o combate às mudanças climáticas. O combustível sustentável de aviação, por exemplo, já é utilizado em alguns países da Europa e da América do Norte e pode reduzir as emissões de CO2 em até 90% em comparação ao querosene de aviação convencional.


O óleo lixo se transformará em luxo


Transição energética - Yuri Gontijo explica que os combustíveis avançados, também chamados de combustíveis drop-in ou renováveis, possuem as mesmas substâncias e propriedades físico-químicas dos combustíveis fósseis, mas são produzidos a partir de fontes renováveis. Isso permite que sejam utilizados sem necessidade de modificação nos motores, garantindo uma transição mais fácil para fontes de energia mais limpas. Mesmo com os avanços científicos, a produção de combustíveis sustentáveis ainda enfrenta desafios, principalmente em relação à viabilidade econômica. Atualmente, o custo de produção desses combustíveis é mais alto do que o dos combustíveis fósseis, o que dificulta sua ampla adoção. Para a doutora Vânya Pasa, a implementação de políticas públicas voltadas para a coleta e reaproveitamento de resíduos como óleo de fritura e sebo bovino pode ser fundamental para viabilizar a produção desses combustíveis em larga escala. Segundo ela, o Brasil precisa desenvolver estratégias que incentivem o reaproveitamento desses materiais, evitando seu descarte inadequado e tornando-os matéria-prima acessível para a produção de biocombustíveis. Cabe aqui colocar a expectativa dos pesquisadores de que, no futuro, não apenas aviões e máquinas agrícolas, mas também caminhões, ônibus e automóveis possam utilizar combustíveis sustentáveis, contribuindo para a redução da dependência de combustíveis fósseis e para a preservação do meio ambiente. Aí, será o futuro da nossa vida. 


 Esta pesquisa vai além dos combustíveis de aviação...

 ...e movimentam a criação da sustentabilidade


Fontes: UFMG - Veja - folhaverdenews.blogspot,com


terça-feira, 18 de março de 2025

ELIS REVIVIDA APÓS 43 ANOS AGORA NO SEU 80º ANIVERSÁRIO COM TODO O MARAVILHOSO SUPERTALENTO E VALOR CULT

Show com seus filhos em São Paulo também relançamento de livro e série ou programas de TV e de rádios como a CBN revivem a força atual e sempre extraordinária da cantora Elis Regina (até mesmo via a IA)



Cantora genial Elis Regina


Um momento emocionante o show de memória do supertalento de Elis, mais de 4 décadas depois que ela foi embora. Elis Regina Carvalho Costa estaria fazendo 80 anos nesta semana. Não faltam heranças cults envolvendo sua voz e sua imagem, de livro a comercial de TV, de show a história em quadrinhos. João Marcello Bôscoli, seu filho mais velho, ainda jovem e importante na música do Brasil (atuando na produtora Trama) se orgulha de ter vetado apenas uma só proposta, tem tomado iniciativas e acolhe as ideias que vêm de outras pessoas, afirmou em reportagem destes dias de OGlobo. Um dos eventos deste movimento de resgate do grande valor de Elis, por sinal, é um relançamento da biografia da cantora escrito por Júlio Maria, editado pela Companhia das Letras, este relance será nesta 3ª feira, 18 de março, em São Paulo, nos informa o jornalista Luiz Fernando Vianna do Rio de Janeiro. O livro "Nada Será Como Antes", título de uma das canções de maior sucesso dela. Por sua vez, o principal show revival acontecerá no próximo dia 28 no Espaço Unimed, em Sampa, reunindo João Bosco, Ivan Lins, Fagner, Pedro Mariano (seu outro filho cantor) e a própria Elis. Graças a uma restauração de gravações encabeçada por João Marcello, a voz da cantora será ouvida, à capela ou com banda, em músicas como “Fascinação” e “Como nossos pais”. Imagens dela, só no telão. Maria Rita, sua filha, parece que está nos Estados Unidos, mas também é esperada neste evento de grande valor que desde já está com quase todos os ingressos esgotados. Com 22 anos, em 1992, João Marcello Bôscoli leu uma reportagem afirmando que Elis Regina, apenas uma década após sua morte, já estava esquecida. Desde então, chamou para si a missão de trabalhar para que sua mãe não deixasse de despertar interesse. Em meio a projetos pessoais na empresa Trama, o produtor musical dedica a essa missão cultural e sentimental boa parte de suas horas de trabalho. Diariamente faz um flash musical no programa Studio CBN, no quadro Falando de Música, ouvido por todo o país.


 Ela com seus filhos ainda pequenos


Em uma de suas últimas entrevistas



A voz e a atuação positiva de Elis Regina continuam vivas graças ao seu supertalento e à importância cultural e política do seu trabalho mesmo em meio a uma época ditatorial no Brasil. A recriação da imagem da cantora provocou forte polêmica em 2023. A inteligência artificial permitiu que ela contracenasse com Maria Rita num comercial da VW. Mas o que a faz eterna e sempre viva são as músicas extraordinárias com que ela avançou a MPB e até a luta do então movimento da juventude brasileira pela democracia, vitorioso 4 anos após a morte desta personagem fundamental do Brasil. 

Nem precisa legenda




O livro de Júlio Maria destaca duas cadernetas em que Elis detalhou o que pretendia fazer em 1982, inclusive escolher canções para um novo disco. As anotações reforçam, para o autor, que a cantora não tinha a menor intenção de desaparecer quando morreu, em 19 de janeiro de 1982, aos 36 anos, por uma suposta mistura de álcool com cocaína. Nesse tempo, por sugestão de Fernando Faro, da Cultura (onde eu havia vencido um festival nacional de telepeças escrevendo "Happy End") e de meu conterrâneo e amigo Cláudio Petráglia, criador da Rede Bandeirantes, com quem fiz vários trabalhos (inclusive o primeiro roteiro brasileiro de "Vila Sésamo"), eu comecei a criar o projeto de um show ecológico para Elis Regina. Cheguei a fazer uma letra tema. E tive um encontro particular com ela e uma sua amiga numa tarde de 2ª feira numa das salas do cinema Gemini em São Paulo, quando Elis achou interessante a proposta. Gentil, ela me ofereceu balas tipo drops de café, falando, "é o gosto lá da sua terra". Saímos separados do cinema, antes do filme terminar. Eu comecei a tentar criar um show com conteúdo ecológico para oferecer a ela. Porém, nem uma semana depois acordei ouvindo uma triste notícia pela rádio Excelsior que Elis Regina havia morrido e estava sendo socorrida por Cláudio Petráglia, que produzia suas apresentações no Teatro Bandeirantes, onde ela foi velada por uma multidão como a maior cantora da MPB e ícone da liberdade no país. Não deu tempo da gente levar adiante o projeto que se chamava "fElis".  O que importa é que Elis Regina tornou realidade a melhor fase criativa da MPB. 


O momento talvez mais marcante de Elis com Tom Jobim


Super Elis




Um projeto real que não se realizou - E aqui a letra tema do show apoiado por Cláudio Petráglia (produtor de TV e também pianista) num trabalho que infelizmente não foi  nem desenvolvido nem feito mesmo porque ele só começou a ser pensado dias antes dela se mandar. "Eu quero a natureza/colo da mãe natura/energia pura/prá ser feliz. Seja onde for/no meu Rio Guaíba/ou no Rio de Janeiro/ou na Serra Cantareira/ou no sertão do país ou em Sampa/meu show é o que eu sou /e eu quero a paz verdadeira que canta e encanta o povo e o novo/em volta e à beira de mim/Eu quero sim/todo mundo feliz/no meu país/meu show/é o que eu sou".  Os 2 vídeos postados nesta matéria, o primeiro sucesso de Elis "Arrastão" (música de Edu Lobo, letra de Vinicius de Moraes e não do Capinan com está no letreiro) e reportagem da TV Cultura que faz um breve resumo do trabalho genial de Elis Regina na música e na cultura brasileira. 

 Ela nos bastidores do Teatro Bandeirantes


 A tragédia de sua morte precoce


Fontes: OGlobo - Rede Bandeirantes - Fotos Google-  - folhaverdenews.blogspot.com 

sábado, 15 de fevereiro de 2025

PORQUE CIENTISTAS E ECOLOGISTAS SÃO CONTRA EXPLORAR PETRÓLEO E GÁS NA FOZ DO RIO AMAZÔNAS?

Belém que será sede da COP30 da ONU na luta planetária para brecar mudanças climáticas e ambientais sofre a tensão ou a contradição entre interesse petrolífero e defesa da ecologia


A defesa da ecologia amazônica encara agora...


...o desafio da super poderosa  indústria petrolífera

 Boa parte da população prefere a ecologia do que a exploração petrolífera, uma economia já defasada, na foz do Rio Amazonas


Ainda no ano passado decisão técnica do Ibama negava autorização para a Petrobras dar início à exploração de petróleo na Bacia da Foz do Amazonas, a pressão política e desta indústria (a que é ligado Trump) para o avanço da atividade no local é constante e o tema segue ocupando os holofotes da mídia. Aqui no blog da gente resumimos nesta polêmica a matéria de Lu Sudré, do site do Greenpeace, e informações desta semana no ClimaInfo. "O presidente Lula que precisa recuperar nas atuais pesquisas negativas a sua imagem política de forma positiva tem uma chance histórica agora de apoiar a Amazônia e não os interesses petrolíferos, ganhando o apoio de muita gente da população, cada vez mais consciente do valor da ecologia", argumenta aqui o editor deste blog Antônio de Pádua Padinha.


Um conflito monstruoso


6 razões para não explorar petróleo na Amazônia -  A exploração de petróleo na Amazônia traz diversos riscos, como contribuir ainda mais para o aumento da temperatura global e não resultar em prosperidade econômica. Apesar dessa realidade, os países signatários do Acordo de Paris ainda não assumiram o compromisso de elaborar um plano para eliminar a dependência mundial dos combustíveis fósseis. Menos ainda os Estados Unidos atualmente presidido por Donald Trump...Os 20 principais produtores de petróleo, incluindo o Brasil, persistem na expansão da sua produção. Confira 6 razões para que o Brasil deixe a exploração de petróleo longe da Amazônia. Cientistas e povos nativos da Amazônia estão na contramão da indústria de gás e de petróleo. 

1. Evitar o pior da crise climática - Acabar com a queima dos combustíveis fósseis, processo responsável pela emissão dos gases de efeito estufa e, consequente, pelo aquecimento do planeta, é imprescindível para que metas dos acordos de combate à crise do clima sejam alcançadas. A janela de oportunidade para manter o aumento da temperatura do planeta em 1,5ºC, como propõem os cientistas do IPCC da ONU fechando, alertam também ecologistas e pesquisadores brasileiros e de todo mundo Continuar a investir em combustíveis fósseis é escolher o agravamento dos fenômenos climáticos extremos, uma grave ameaça ao meio ambiente e às populações em situação de vulnerabilidade .A eliminação justa e progressiva do carvão, do petróleo e do gás natural é essencial para o futuro das diferentes formas de vida no planeta. Liberar mais exploração de fósseis, ainda mais na Amazônia, vai na contramão desse objetivo.

2. Perigo para a biodiversidade - A Amazônia, maior floresta tropical do mundo, é guardiã de uma biodiversidade única e extremamente sensível — ou seja, estamos falando de espécies de fauna e flora que só ocorrem nessa região e que, caso impactadas por um eventual derramamento de petróleo, terão muita dificuldade para se regenerar. Na Bacia da Foz do Amazonas por exemplo está localizado o maior corredor contínuo de manguezais do planeta. Não há como estimar o tamanho da destruição desse ecossistema caso o óleo toque a costa. Na região também está o Grande Sistema de Recifes da Amazônia. Dados científicos mostram que o setor avança em todo a Pan-Amazônia. Por aqui, no entanto, a situação é mais grave: a Amazônia brasileira detém 52% dos blocos de petróleo (aproximadamente 451) que estão dentro das categorias de estudo, oferta e concessão em terra e mar (onshore e offshore). A presença dessa indústria na floresta e na costa amazônica já é uma realidade, trazendo ameaças à biodiversidade e aos povos que lá vivem, e que só se expandirão caso a Foz do Amazonas também seja perfurada. Sobre essa região, em específico, há de se considerar a falta de conhecimento consolidado sobre as correntes marinhas, já que o aporte de água do rio Amazonas que deságua no oceano Atlântico sofre influência deste, o que dificulta mais clareza nas modelagens sobre como aconteceria a dispersão do óleo em caso de vazamento.

Marina Silva do MMA e o Ibama tentam evitar o píor


3. Equívoco econômico - Diante de um horizonte de descarbonização da economia global e de necessidade urgente de investimentos em energias limpas, seguir apostando em novos projetos de exploração de petróleo pode se tornar também um equívoco econômico em longo prazo. A Agência Internacional de Energia projeta o pico da demanda do petróleo para antes do fim desta década, com posterior declínio. Isso significa que a exploração na bacia da Foz do Amazonas, por exemplo, se iniciada hoje, começaria a produzir petróleo para um mercado em pleno encolhimento. Além disso, esta pesquisa ainda aponta que o retorno global do investimento em energia renovável é sete vezes maior do que os de combustíveis fósseis.

4. Uma transição climática justa de verdade - A Petrobrás que tem mais de 70 anos, anuncia ser protagonista da transição energética do Brasil. Contudo, gasta milhões com a expansão do petróleo na Bacia da Foz do Amazonas e em outras regiões. No seu plano estratégico para o período 2023/2027 apresenta um investimento relacionado ao portfólio de baixo carbono de US$ 4,4 bilhões, apenas 5,6% do total das despesas de capital da estatal. Agora, imagine se, de fato, a estatal priorizasse a transição energética justa, voltando investimentos e capacidade técnica para esse objetivo? O governo federal também tem tropeçado nesse caminho. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou a retomada da proteção da Amazônia, porém não tem se colocado contrário aos interesses petrolíferos. A contradição também aparece até também no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Verde que prevê mais de R$ 449 bilhões para projetos de “transição e segurança energética”. No entanto, R$ 273,8 bilhões desse montante serão para a ampliação da exploração petroleira. 


 Cientistas e ecologistas tentam barrar a loucura ambiental


5. Falsas promessas - A indústria do petróleo apresenta seus projetos para a população como uma certeza de emprego e crescimento econômico por meio dos chamados royalties. Mas o que registra a realidade é que as empresas têm lucros altíssimos sem a contrapartida necessária para o bem-estar público. Esse é o caso de Maricá, no Rio de Janeiro. Um artigo publicado pelo site ClimaInfo detalha como serviços básicos ainda estão sucateados, apesar de o município ter um robusto fundo de royaltiesO RJ é o maior produtor de petróleo do país em razão dos poços da Bacia de Campos. Porém, segundo o IBGE, mais de 4 milhões viviam abaixo da linha da pobreza no estado desde 2021. Municípios com pouca infraestrutura, como é o caso do Oiapoque, no Amapá, sentem, majoritariamente, os impactos negativos da atividade. Além disso, a maior parte dos empregos de qualidade gerados pela exploração de petróleo e gás não é ocupada pela população local, pois a mão de obra para essa atividade é altamente especializada.

6. Liderança climática comprometida - Lula e lideranças do seu governo têm colocado o Brasil como liderança climática e amazônica, no entanto, esse protagonismo está ameaçado pela aposta na expansão do petróleo em áreas sensíveis. Ao apoiar mais projetos de exploração, é possível que o papel assumido pelo Presidente Lula de cobrar os países mais ricos, que mais contribuem para a crise climática, seja fragilizado. Até oportunidades de financiamento climático podem ser afastadas do país. Por essas (e tantas outras) razões, cientistas e ecologistas estamos nos mobilizando para pressionar o presidente brasileiro a declarar a Amazônia uma zona livre de petróleo.


Energias limpas e defesa ecológica criam mais empregos e avançam o desenvolvimento sustentável  atualmente superurgente

Confira depois na seção de comentários aqui deste blog da ecologia, da cidadania e da não violência outros dados e argumentos que são hoje contrários ao projeto petrolífero na Amazônia e a favor de brecar as mudanças climáticas e ambientais que abalam o país e todo o planeta, dependendo de maiores investimentos em energias limpas, estas sim, capazes de criar um desenvolvimento sustentável e um futuro feliz na região amazônica. 


Fontes: Greenpeace - ClimaInfo - folhaverdenews.blogspot.com

 

sexta-feira, 24 de janeiro de 2025

ROLARAM BOAS PROPOSTAS NA CONFERÊNCIA DE MEIO AMBIENTE NA UNIFACEF EM FRANCA (PLANO CLIMA)

Palestra com muita informação do engenheiro e ecologista Célio Bertelli abriu os trabalhos com a participação de cerca de 100 cidadãos e cidadãs em busca dum avanço no controle ou gestão das mudanças do clima e dos desequilíbrios ambientais de agora


Um coletivo de propostas para equilibrar o clima e avançar o meio ambiente a bem da natureza, da cidade e da população


Luta da hora - A emergência climática e o desafio da transformação ecológica são os temas centrais da 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente acontecendo em algumas cidade, em todo o país. Rodadas de conversas começaram nos municípios e propostas vão de agora até maio de 2025 serem selecionadas após o debate das melhores escolhas neste momento que é tão desafiador, o pior da história, a meta propor coletivamente ações tanto para reduzir as emissões como para nos adaptarmos aos efeitos já visíveis do aquecimento global. Essas escolhas envolvem desde opção por melhores hábitos de consumo da população, com menor geração e melhor destinação de resíduos, até melhor situação das últimas florestas, das matas ciliares e das águas, precisamos de gestão capaz de reduzir gases causadores do efeito estufa, ameaça crescente em várias regiões brasileiras e em todo o planeta. Desastres como do Rio Grande do Sul ano passado, Minas neste ano, seca na Amazônia, enchentes também lá no Oriente ou ainda agora nestes dias os trágicos e violentos incêndios na Califórnia, todos estes fatos falam por si mesmos sobre a necessidade de medidas de emergência no sentido de mudar e avançar a realidade do clima e do meio ambiente, fator que influi direto também na saúde pública e até  na condição de vida da população. 


Franca que era clima temperado  já é uma ilha de calor


Emergência climática e transformação ecológica - Esta conferência aqui na Uni-Facef em Franca que integra a 1ª etapa da 5ª conferência nacional com este objetivo ela é e será com certeza um grandíssimo desafio, só por exemplo, a secretaria municipal de meio ambiente da cidade é um dos setores com menor orçamento...


Palestra fundamental do engenheiro ambientalista


Propostas do movimento ecológico, da cidadania e da não violência


Houve a apresentação e debate em cinco eixos de dezenas de opções e propostas neste evento preliminar em Franca (SP) e a seguir para você conferir um resumo do que propõem alguns ecologistas

- A proposta 1 precisa ser a de ampliar os recursos do setor com o apoio dos governos federal e estadual, bem como de empresas brasileiras e da região, até mesmo da ONU e/ou de entidades internacionais da sociedade civil também de cientistas que atuam no Brasil ou em outros países na luta ambiental e climática para enfrentar e superar esta situação grave da atualidade. 

Outras propostas - Criação de um conselho regional e local para planejar e levar a ações diante das preocupantes mudanças do clima, do meio ambiente, para atuar em apoio à Defesa Civil e à população, em especial em áreas mais vulneráveis a enchentes, secas, deslizamentos, incêndios, destruição de infraestrutura, propagação de doenças

- Articulação para acelerar o transporte coletivo não poluente, por exemplo, ônibus elétricos, mas econômicos e ecológicos que os que são movidos a diesel, gasolina, também biocombustível como uma alternativa para uma transformação da cidade no sentido da redução do efeito estufa que tem como uma das causas principais o uso dos combustíveis fósseis

- Junto ao Governo Federal e à indústria de carros elétricos de Camaçari (Bahia) e à embaixada da China, proposta para fazer em Franca um pólo desta atividade (boa para o meio ambiente e para o mercado de trabalho) e um apoio a um programa de implantação em setores da cidade energias limpas, renováveis, como a solar, apoio à iniciativa da ETE da Sabesp de transformação do lixo e do esgoto em gás metano com aplicação nos transportes

- Programas de educação ambiental e de alerta pela mídia e treinamento da população sobre o aumento de desastres geohidrológicos, preparação da cidade para enfrentar enchentes (como píscinões e aumento de áreas verdes), busca de uma governança da crise do clima e do meio ambiente


Dr. Wagner Deocleciano Ribeiro, médico e ecologista foi também à luta coletiva para encarar a crise do clima e os desafios do meio ambiente em todo o planeta, no país, aqui também


- Justiça climática, por exemplo, fundo para indenizar pessoas e empresas ou agricultores vítimas de acidentes pelas mudanças do clima e desequilíbrios ambientais na cidade e na região, plano de segurança pública para proteger população de saques ou de invasões ou outros crimes durante desastres climáticos ou ambientais  

- Programa para estimular a não violência, a ação humanitária e a cultura da vida, por exemplo, através de gibis de quadrinhos e eventos e arte, música, teatro, vídeos

- Recuperação da ecologia com o plantio em massa de árvores nativas que se adaptem ao meio urbano, também junto aos córregos e rios da cidade e do meio rural (por exemplo, o programa Verdejar da sociedade civil)


Rearborizando Franca a galera do Verdejar...

...na maioria mulheres que rimam mais com a natureza


- Transição energética e ecológica para uma realidade mais sustentável, redução do consumo de combustíveis fósseis como petróleo ou gasolina, ampliação das fontes de energia limpa, diminuição da poluição do ar nos points deste problema na cidade, retomada da despoluição das águas (junto a curtumes e diante do aumento do esgoto), auxiliando diminuir o índice de doenças de origem ambiental e melhor qualidade de vida

- Aprimorar e ampliar programa de reciclagem, gerir um avanço na questão do tratamento dos resíduos

- Desmatamento zero na região, arborização em morros e encostas com espécies que dificultam os desbarrancamentos e deslizamentos

- Manutenção e investimento em pontes, ruas, construções, visando também a segurança da população e a mobilidade urbana ou rural

- Mobilizar um movimento para cobrar dos governos políticas públicas que reduzam a poluição por carbono, redução dos gases do efeito estufa, base dos problemas do clima e do ambiente

- Apoiar pesquisas nas universidades da cidade e região de novas alternativas da ciência que avancem a implantação de um desenvolvimento sustentável e de uma recuperação da ecologia, a bem também da saúde da população e da condição de vida em especial dos mais vulneráveis aos impactos desta crise socioambiental

- Integração ao Plano Clima que está sendo implantado pelo Ministério do Meio Ambiente, sob a liderança de Marina Silva.


Marina Silva, ministra e ecologista já prepara um plano climático para o Brasil até 2030

O amor pela mãe natureza faz com que Célio Bertelli e Padinha sejam na prática irmãos nessa luta de agora


Depois na seção de comentários aqui neste webespaço mais informações  ou mensagens dentro deste tema central e desta luta essencial hoje em dia, criar o futuro sustentável para a vida vencer o caos e a gente ter amanhã. (Antônio de Pádua Silva, ecologista Padinha e editor deste blog, fotos de Aguinaldo Lazarini)


 Aguinaldo Lazarini fez as fotos nesta matéria do Padinha

Um esforço coletivo da vanguarda da ecologia e da cidadania em Franca em busca de evitar o caos e criar o futuro sustentável

Fontes: MMA - Unifacef - folhaverdenews.blogspot.com


Translation

translation