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quinta-feira, 7 de julho de 2022

USP DESCOBRE TESOURO SUBMARINO

Jazida no fundo do mar é um tesouro no sentido tecnológico que poderá tornar nos próximos anos o Brasil mais rico em minérios usados em baterias


Região do alto mar onde se dá a pesquisa...



...está em águas internacionais além da costa brasileira


Descoberto um tesouro no fundo do mar, informa a repórter Flávia Marinho, explicando que as  bactérias formaram reservas submarinas de cobalto, níquel, molibdênio, nióbio, platina, titânio e telúrio, minerais valiosos na atualidade. Estudo da USP segundo o site Circle Outline revela bactérias e arqueias envolvidas no ciclo de nutrientes e na geração de elementos minerais como manganês, cobalto, níquel, molibdênio, nióbio, platina, titânio e telúrio submersos na região conhecida como Elevação do Rio Grande.  


 No fundo do mar minerais importantes para hoje e para o futuro


"A riqueza biológica e mineral da Elevação do Rio Grande – monte submarino localizado a 1,5 mil quilômetros da costa brasileira – guarda estreita relação com criaturas microscópicas ainda pouco conhecidas. Pesquisadores do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (IO-USP), em projeto desenvolvido em colaboração com o National Oceanography Centre, da Inglaterra, descreveram os microrganismos presentes nas crostas oceânicas de ferromanganês da região e concluíram que as bactérias e as arqueias são potencialmente responsáveis pela manutenção da abundante vida local, além de estarem envolvidas no processo de biomineralização que dá origem aos metais presentes nas crostas", comenta André Julião, da Agência Fapesp).  


Os estudos avançam na USP

Navios especiais para a pesquisa hidroceanográfica


Os resultados da pesquisa foram publicados agora  na revista Microbial Ecology. O trabalho foi financiado por uma parceria entre a FAPESP e o Natural Environment Research Council (NERC), do Reino Unido. As jazidas foram encontradas na área da Elevação do Rio Grande, região que fica localizada em águas internacionais, mas o Brasil obteve autorização da Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos, ligada à ONU,  para estudar seu potencial por 15 anos em uma parceria Brasil-Inglaterra em alto mar. Nas próximas décadas, o mundo poderá assistir a um rali por minérios, especialmente aqueles usados em baterias recarregáveis e células para geração de energia de alta eficiência, substitutas dos combustíveis fósseis causadores do aquecimento global. Esse é o caso do cobalto e do telúrio encontrados na Elevação Rio Grande.

 

Fósseis submarinos junto à costa brasileira

Parceria entre Brasil e Inglaterra em alto mar - Área do tesouro submarino encontrada tem três vezes o tamanho do estado do Rio de Janeiro. O tesouro submarino encontrado pelos oceanógrafos fica localizado a 1,5 mil quilômetros da costa brasileira. A área onde se encontra a jazida tem três vezes o tamanho do Estado do Rio de Janeiro e estes diferentes e importantes tesouros estão a profundidades que vão de 800 a 3 mil metros. Segundo a USP, a jazida se formou durante a separação do supercontinente Gondwana (que deu origem à África e à América do Sul), a Elevação Rio Grande era uma ilha que afundou há 40 milhões de anos devido ao peso da lava de um vulcão e à movimentação de placas tectônicas.


Nem só maravilhosas Baleias habitam o fundo do mar


O Brasil solicitou à ONU, ainda em 2018, a ampliação da sua plataforma continental, para incluir a Elevação Rio Grande na zona marinha exclusiva do país. A descoberta foi publicada recentemente pela revista Microbial Ecology e contou com o apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo. Além disso, bom que se diga, as expedições foram a bordo do RRS Discovery, navio da realeza britânica, uma vez que a Inglaterra é parceira deste projeto ao mesmo tempo científico e econômico. Existem apenas quatro áreas no planeta com potencial semelhante; E vale também ressaltar  que a viabilidade ou não da exploração futura desses minérios dependerá da sequência e do aprofundamento na pesquisa. Vale muito investir nessa possibilidade. Há algumas outras e poucas áreas no planeta que também apresentam potencial semelhante, por exemplo, a Fratura de Clipperton e o monte submarino Takuyo-Daigo, ambos no Pacífico Norte, além do monte submarino Tropic, no Atlântico Norte. De toda forma, uma surpresa positiva esta boa notícia para a pesquisa, a ciência, a tecnologia e a criação do futuro sustentável em nosso país e no planeta. 


 De repente do alto mar vem a boa notícia...


...e o que até parece ficção pode vir a ser uma realidade extraordinária para o avanço da pesquisa científíca no Brasil


Fontes: Circle Outline -  Fapesp - Google News - Microbial Ecology - folhaverdenews.blogspot.com 


5 comentários:

  1. Mais tarde, amanhã, vamos postar aqui outras informações sobre estas jazidas e pesquisas no fundo do mar sendo feitas pelas USP em águas internacionais. Venha conferir depois, estamos pesquisando este assunto.

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  2. Caso você cientista ou jornalista tenha mais dados sobre este assunto poste sua informação direto aqui, se preferir, envie o seu conteúdo (texto, foto, vídeo, pesquisa, notícia) para o e-mail do editor deste blog que mais tarde vai divulgar material recebido, mande então desde já mais dados para padinhafranca603@gmail.com

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  3. "Este estudo em andamento na USP em parceria com ingleses valoriza a defesa do mar e da pesquisa ou da ciência e tecnologia meio que desprezadas no país agora, de toda forma uma notícia muito positiva": comentário de Antônio de Pádua Silva Padinha, editor deste blog ambientalista.

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  4. "Vi nas TVs informações que os investimentos no Brasil em pesquisa e ciência estão sendo reduzidos em mais de 35%, o que contradiz com o potencial deste setor importante demais para a criação de um futuro sustentável": comentário de Abner Pereira, que se forma por Jornalismo na Unicamp e nos mandou por e-mail dados do IBGE nesta temática.

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  5. "A USP e todas as universidades públicas e federais precisam ser mais apoiadas, é um investimento que gera grande retorno na economia, na ecologia, na vida de um país": comentário também no e-mail enviado ao blog da gente por Abner Pereira, universitário de Jornalismo e Comunicação.

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