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segunda-feira, 11 de julho de 2022

MARYNA VIAZOVSKA RESOLVEU AGORA UM DILEMA GEOMÉTRICO DE KLEPER APÓS 4 SÉCULOS SEM SOLUÇÃO

A ucraniana ganhou prêmio que equivale ao Nobel da Matemática por resolver um problema insolúvel desde o século 17 e já é vista como uma jovem herdeira de Einstein, ela também defende a paz e a ciência na luta contra a violência, quando se refere à invasão da Ucrânia pela Rússia


  O trabalho científico desta matemática ucraniana ajudará toda a pesquisa e ciência na atualidade


"Maryna Viazovska é uma matemática brilhante", disse Christian Blohmann à BBC News Mundo, resumindo o que pensam muitos pesquisadores e cientistas sobre esta premiada pela Medalha Fields: "Eu a admiro porque sua solução para o problema de empacotamento de esferas é muito bonita e extremamente inesperada, ajudará os que querem avançar a ciência". Christian Blohmann é pesquisador do Instituto Max Planck de Matemática, na Alemanha, ressaltando que Viazovska resolveu dois casos do famoso problema geométrico que o grande cientista alemão Johannes Kepler propôs no século 17. Por esse feito, ela recebeu vários prêmios, mas sua contribuição não parou por aí: "Como resultado da resolução de Viazovska, nos últimos cinco anos, foram abertas linhas de pesquisa em diferentes partes do mundo", disse Pablo Hidalgo, pesquisador do Instituto de Ciências Matemáticas do Conselho Superior de Pesquisa Científica da Espanha. A matemática da Ucrânia recebeu a medalha no Congresso Internacional de Matemáticos, numa cerimônia na Finlândia. Os outros três ganhadores do prêmio, que é entregue a cada quatro anos a matemáticos com menos de 40 anos, foram: o francês Hugo Duminil-Copin, o americano June Huh e o britânico James Maynard, todos da nova geração de herdeiros de Albert Einstein. Einstein (1879-1955) havia dito: "Se Euclides falhou em inflamar seu entusiasmo juvenil, você não nasceu para ser um pensador científico". O matemático grego é justamente um dos heróis de Maryna Viazovska, que diz admirar as figuras extraordinárias que foram capazes de "mudar a Matemática ou a forma de pensar sobre ela".

 

  Ela transformou um enigma matemático em um jogo de criança com a sua genialidade


Maryna Viazovska nasceu em Kiev, capital da Ucrânia (hoje invadida e devastada pela guerra da Rússia e violência de Putin), ela é fascinada por matemática e pela ciência desde criança. Quando chegou a hora de decidir que curso fazer na universidade, ela não teve dúvidas. A pesquisadora ucraniana diz que gosta do fato de que, na Matemática, é possível determinar onde está "a verdade", distinguir o que está errado do que está certo. Depois de se formar na Universidade Nacional Taras Shevchenko, ela foi para a Alemanha para estudos de pós-graduação. Durante seu pós-doutorado em Berlim, um dos problemas que incluiu em sua proposta de pesquisa foi o das esferas que Kepler formulou em 1611. Viazovska se concentrou nisso com paciência por cerca de dois anos, até que chegou o momento mágico de encontrar a solução: "Acabou sendo mais fácil do que eu pensava", confessou com humildade, algo que caracteriza o cientista de verdade, já que todo avanço é coletivo. O problema que ela resolveu pode ser simplificado nesta pergunta que parece coisa de criança: quantas bolas é possível colocar numa caixa muito grande? Mas a matemática usada para chegar à resposta é de imensa complexidade e ajuda o avanço da ciência a o dia a dia dos pesquisadores hoje em dia. 

       

  Ela é admirada por cientistas de todo o planeta e ajuda também a imagem positiva da Ucrânia


A solução matemática que já havia sido encontrada anteriormente foi uma conta muito longa e muito complicada. Seu resultado foi apresentado em cerca de 250 páginas e exigiu muitos cálculos com computadores. Cientistas levaram quase 20 anos para verificar se esses cálculos com computadores estavam corretos. Já Maryna Viazovska solucionou o problema da dimensão oito, com um artigo objetivo e claro de 25 páginas. A rapidez de cálculo é essencial na atualidade. "Se retirarmos a introdução, as referências bibliográficas e outros aspectos formais, ela em 10 ou 15 páginas de matemática, nada mais, e com isso demonstra um problema em uma dimensão superior, então poderíamos dizer que é mais difícil do que se pensava chegar a esse resultado". O trabalho da matemática ucraniana foi meticuloso e exato, segundo avaliou na Suiça, Özlem Imamoglu, professor do Departamento de Matemática do Instituto Politécnico Federal de Zurique (ETH Zürich), observando que a solução a que Viazovska chegou "construindo as chamadas funções mágicas foi uma conquista espetacular para a ciência". Ele destaca que o trabalho da ucraniana foi "tão meticuloso, tão exato, que acaba sendo uma demonstração mais fácil de entender que a anterior, que ocupou dezenas e dezenas de páginas e de cálculos, isso não quer dizer que suas conclusões sejam simples, elas são complexas ao mesmo tempo que profundas, são 10 páginas de pura matemática". 


  A sua solução é um sucesso matemático


"Traduzindo esta visão matemática dos cálculos de Maryna Viazovska para a filosofia, podemos dizer que a verdade é mesmo simples, embora profunda", comentou aqui no blog da gente o ecologista Antônio de Pádua Silva Padinha, editor do Folha Verde News, para popularizar ou ampliar a comunicação desta conquista científica. Já citamos a humildade ensteiniana desta pesquisadora. Pois bem, quando recebeu o prêmio New Horizons, Viazovska agradeceu a seus professores, colegas e coautores, "já que sem eles nenhuma de minhas investigações seria possível". Sites como BBC e Yahoo destacam que a Medalha Fields é considerada o prêmio Nobel da matemática: "A ciência é um esforço colaborativo e o progresso rápido é possível quando as pessoas compartilham abertamente seus conhecimentos e ideias", disse ainda Maryna Viazovska. Atualmente, esta intelectual ucraniana é professora da respeitada Escola Politécnica Federal de Lausanne (EPFL), Suíça. "Maryna é uma pessoa extremamente gentil e modesta. Os reconhecimentos e posições que conquistou não a mudaram em nada". comentou Christian Blohmann, pesquisador do Instituto Max Planck de Matemática, na Alemanha, onde a conheceu mais jovem quando ela foi para lá fazer o seu doutorado. 


 Com genialidade e paciência ela solucionou um velho enigma da Matemática após 4 séculos de tentativas sem sucesso


Reconstruiremos a paz - "Faz três semanas que minha vida mudou para sempre de uma maneira muito dramática e que eu nunca imaginaria", contou Maryna Viazovska. Antes de iniciar sua apresentação em conferência, ela homenageou uma outra matemática que morreu atingida por um míssil após a invasão da Ucrânia: "Hoje, eu gostaria de celebrar a vida e as conquistas de Alice Roth, mas também há outra matemática que eu gostaria de lembrar. Quero dedicar minha conferência a Yulia Zdanovska, uma matemática e cientista da informática de 21 anos cuja vida terminou tragicamente no dia 8 de março na cidade de Járkif devido à violência desta guerra". Zdanovska ficou para defender sua cidade diante da invasão russa, mas "infelizmente morreu em um ataque com míssil." "Os ucranianos estão pagando o preço mais alto possível por nossas crenças e nossa liberdade", disse Maryna Viazovska: "Mas creio com sinceridade e esperança que reconstruiremos a paz, reconstruiremos nosso mundo e, com certeza, a ciência e o pensamento criativo terão um papel importante para derrotar a violência destes tempos agora". 


Maryna Viazovska acredita na ciência para vencer a violência e reconstruir a paz assim como também acreditava Einstein


Fontes: BBC - Yahoo - folhaverdenews.blogspot.com


7 comentários:

  1. Já pesquisamos mais informações sobre Maryna Viazovska, venha conferir depois nessa seção do blog da ecologia, da ciência, da cidadania, da cultura da vida.

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  2. Você pode postar direto aqui seu comentário, se quiser ou puder, envie um conteúdo (texto, foto, arte, vídeo, notícia, pesquisa sobre esta matemática ucraniana) pro e-mail do editor deste blog padinhafranca603@gmail.com

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  3. "Traduzindo esta visão matemática dos cálculos de Maryna Viazovska para a filosofia, podemos dizer que a verdade é mesmo simples, embora profunda", comentou aqui no blog da gente o ecologista Antônio de Pádua Silva Padinha, editor do Folha Verde News, para popularizar ou ampliar a comunicação desta conquista científica "Ela se dá num momento vital para também resgatar a força da ciência e da Ucrânia, na luta pela paz".

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  4. A gente recebeu aqui no blog da ecologia a reportagem de Margarita Rodrigues, da BBC sobre Maryna Viazovska, ela está sendo é a segunda mulher na história da ciência a ganhar a Medalha Fields, que é considerada o Prêmio Nobel dos matemáticos.



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  5. "Anteriormente, apenas uma mulher, a iraniana Maryam Mirzakhani, havia recebido essa medalha, que começou a ser concedida em 1936 para os maiores feitos matemáticos do mundo. Em 16 de março, o departamento de Matemática da ETH Zürich, onde Einstein estudou, ofereceu a primeira das Alice Roth Lectures, criadas em homenagem ao grande matemático suíço. O objetivo com essas sessões é homenagear as mulheres que alcançaram conquistas notáveis ​​em matemática. Viazovska foi a convidada e sua apresentação foi intitulada: "Pares de interpolação de Fourier e suas aplicações". Antes de mergulhar na matemática de sua apresentação, ela lembrou de uma colega e compatriota morta em bombardeios russos na Ucrânia": comentário na matéria da BBC.

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  6. "Embora Maryna Viazovska seja "mais famosa" por sua solução para o problema do empacotamento de esferas, "seu trabalho em fórmulas de interpolação de Fourier e questões de minimização de energia", que ela fez ao lado de outros matemáticos distintos, "merecem o mesmo reconhecimento e fica como uma contribuição ao avanço da ciência para criar o futuro": comentário na matéria Yahoo. .




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  7. "A matemática não é algo frio e sem emoção, tem toda uma mágica e vida nos números, está até na música, enfim, a história e as conquistas da ucraniana Maryna mostram mais uma vez o fascinante mundo da ciência": comentário de Leonor Chaves, professora de Biologia, que nos enviou por e-mail um texto explanando este conteúdo , a gente agradece e vamos divulgar, abraço e paz aí em Vitória, Espírito Santo.

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