Pesquisamos várias fontes de informação para fazer um check up da ecologia pantaneira e do clima do interior do país que um dia foi bem mais equilibrado em sua natureza
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Queimadas neste inverno por todo interior do país |
Além das mudanças planetárias e fenômenos oceânicos como o La Niña (que dificultam a recuperação agora em 2022 de toda ecologia brasileira), ela que foi afetada com a maior destruição de todos os tempos de florestas e do Pantanal, a falta de gestão do meio ambiente do setor governamental complica ainda mais a situação: todo o Mato Grosso, Cerrado e a Amazônia mesmo com as chuvas de 2021 ainda sofrem também os efeitos dos incêndios e da devastação, hoje, lá do Nordeste, passando pelo centro do país e atingindo todo o interior até mesmo em áreas no Sudeste e no Sul, sinais claros de desertificação do clima e da natureza.
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Há sinais de recuperação da fauna pantaneira... |
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...por conta da resiliência da própria natureza |
Estudo aponta que 26% da vegetação do Pantanal foi
devastada nos incêndios de 2020 em que mais de 10 milhões de animais ali então morreram segundo dados da UFRJ, mas a destruição da tragédia ambiental do bioma pode ter sido maior ainda, pelos dados de alguns pesquisadores da UFMT. Informações do Observatório Pantanal citam que 20 milhões de animais nativos desapareceram nos últimos anos mesmo porque não há um plano de recuperação ambiental por parte dos governos estaduais e o federal em todo o interior brasileiro com clima de deserto agora no final de julho de 2022. Há estudos que mostram que 26% da vegetação do Pantanal foi devastada. A recuperação da fauna e da flora se dá por conta só da resiliência própria natureza, não existe ainda um programa nacional para se recuperar a ecologia perdida, a soma de todos os fatores agravam neste tempo de chuvas escassas ou quase nulas em algumas regiões do interior. Neste cenário, o conteúdo do Globo Repórter sobre a recuperação da fauna pantaneira pode ser visto até como um milagre.
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Pantanal no meio duma vasta região que se desertifica |
Depois dos monstruosos incêndios que devastaram em 2020 o Pantanal, a natureza lá e de toda a macrorregião do interior do Brasil ainda tentam se recuperar naturalmente, Com as chuvas de 2021 um documentário GR mostrou que alguns animais retornaram a
seus lugares de origem e a vida silvestre ressurgiu em alguns pontos. Mas, mesmo com sinais de recuperação do bioma, ainda há motivo de
preocupação ainda mais agora nesta seca de 2022. Cientistas nestes últimos tempos continuam a fazer pesquisas e alertas sobre a tragédia socioambiental na vida pantaneira, também no Cerrado e em outros biomas do país.
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Superurgente um programa de recuperação do equilíbrio ambiental e não só na macrorregião do Pantanal |
No microcosmo pantaneiro - “Cada área foi atingida numa intensidade diferente por conta da
diferença entre as paisagens. Nas áreas com matas mais densas, o fogo foi mais
lento. Nas mais abertas e mais secas, foi mais rápido”, diz Cristina Cuiabália,
gerente de pesquisa e meio ambiente, da RPPN do Sesc Pantanal. Há mais de 25 anos, Walfrido Tomas, que é pesquisador do Embrapa
Pantanal, acompanha as transformações da região. Agora, ele coordena uma rede
de cientistas que está estimando quantos animais morreram durante as
queimadas. Em uma informação preliminar, a
estimativa é de que mais de 10 ou até 20 milhões de animais tenham morrido. "Até hoje nós
estamos na fase de análise ainda. Mas já está mostrando á tragédia da fauna Dimensionar um número preciso a gente não sabe dizer. Mas
foram milhões, milhões de animais que morreram”, afirma o pesquisador Walfrido Tomas: "A gente não tem a noção de qual diversidade biológica foi
impactada, especialmente invertebrados. Se você pensar em cupins, abelhas,
formigas, esses animais todos o problema tem uma dimensão mais grave ainda. É uma gama muito grande de invertebrados no
Pantanal. Além de ser pouquíssimo conhecido ou praticamente desconhecido, a
gente não tem como dimensionar ainda essa tragédia".
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Foi um inferno no paraíso pantaneiro |
Por sua vez, foi com alegria que a repórter Paola Bueno, do G1, ainda no começo de 2021, como fotos de Gustavo Figueiroa, mostrou alguma recuperação da vida animal pós-incêndios, com o apoio do SOS Pantanal. Ela analisou que em 2020 vimos com muita angústia o Pantanal brasileiro ser consumido
pelas chamas. O número de focos de queimadas registradas bateu todos os recordes, foram 22 116 focos, mais que o dobro que o
registrado em 2019 (10 025) e bem acima do antigo recorde registrado em 2005,
de 12 536 focos. Foram mais de 4 milhões de hectares queimados entre o Pantanal norte e
sul, mais de 30% do bioma foi consumido pelo fogo, de acordo com dados do
SOS Pantanal. As imagens dessa grande catástrofe ambiental chocaram o Brasil e
o mundo, milhares de vidas animais e grande parte da natureza local foram
perdidas ou extremamente prejudicadas. As chuvas de 2021e a resiliência da natureza contribuíram para a recuperação gradual do solo e da
vegetação em algumas regiões do bioma. Na maior Reserva Particular de Patrimônio Natural do país, a RPPN Sesc
Pantanal, no Mato Grosso, árvores nativas como Canjiqueira, Bocaiuva, Jatobá, Acuri, Jenipapo, Figueira e Marmelada voltaram a dar frutos, 4 meses após 93% da área ser
consumida pelo fogo. Esses frutos serviram de alimentos para animais como Araras, Antas e Queixadas, entre outros, que voltaram a encontrar em parte fontes naturais de
alimentação para sobreviver na região. Esses primeiros sinais de recuperação deixaram alguns pesquisadores otimistas e surpresos, já que eles esperavam que os frutos só voltassem
a crescer 1 ano após os incêndios. Porém, eles ainda estão cautelosos, pois o
caminho ainda é longo para a plena recuperação do bioma. Muitas
espécies da fauna e flora ainda demorarão para se recuperar, esses são
apenas os primeiros sinais de uma transformação.
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A recuperação é lenta |
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Pesquisadores continuam alertando |
Apesar dos sinais de recuperação, o cenário ainda não é muito confortável
e nem otimista. As chuvas na região em 2022 foram em um volume muito
aquém do esperado, sendo mais intensas apenas em alguns pontos isolados, o que
não é suficiente para recuperar totalmente o solo, os rios e lençóis freáticos
da região e trazer de volta a abundância de águas que era comum mesmo no inverno, nessa época seca do ano. O principal indicador das condições hídricas do Pantanal é o rio
Paraguai, que atravessa as planícies entre Cáceres (Mato Grosso) e Porto Murtinho (Mato Grosso do Sul). Este rio tem se
recuperado de forma muito lenta, saindo gradualmente do estado extremamente crítico que
estava. E se as chuvas continuarem abaixo da média nos próximos meses de setembro, outubro, novembro, o
cenário de maior probabilidade é do rio Paraguai ter uma cheia abaixo da média,
segundo a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM). Se sua total
inundação não ocorrer, são também ainda maiores as chances de acontecer mais
queimadas graves durante a seca de 2023 que desde já atormenta meteorologistas, pesquisadores, ambientalistas e todos os que amam a natureza e a vida no Brasil. No interior todo se consolida um clima de deserto e carência hídrica, isso afeta também as cidades e a saúde da população em meio Brasil, então, chegamos ao ponto, objetivo desta matéria: é superurgente um programa amplo dos governos e das prefeituras de gestão do meio ambiente para ajudar a recuperação da flora, da fauna, das águas e recompor a ecologia perdida da vida no país que hoje se configura como da violência ambiental que na atual estrutura econômica vem arrasando a sua natureza.
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Sinais de recuperação da vida pantaneira... |
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...contrastam queimadas com águas... |
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...nos rios de todo interior do país redução dos peixes... |
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...a crise hídrica se espalha por várias áreas... |
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...em algumas regiões sinais de vida voltando... |
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...mas as chuvas foram escassas na primavera e... |
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...assim estão as barrancas do rio Cuiabá hoje |
Fontes: UFMT - UFRJ - G1 - Embrapa - Observatório Pantanal - SOS Pantanal - folhaverdenews.blogspot.com
"Conforme o esperado, a entrada do inverno trouxe o tempo seco para todo o interior em especial no Brasil Central: comentário do meteorologista e doutor em ciência ambiental pela USP Marcelo Schneider, coordenador regional do Inmet, o Instituto Nacional de Meteorologia, órgão vinculado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
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ResponderExcluir“Como vem chovendo pouco ou praticamente não tem havido chuva, a umidade desce bastante e fica com pouca água no solo. Esses índices abaixo de 20% em toda essa Região Central do Brasil, avançando para o Norte e Nordeste, principalmente Nordeste entre a Bahia e a região sul do Piauí, no Matopiba. Há um aviso de tempo muito seco. Continuam os avisos de baixa umidade. Acessem o portal do Inmet para ver com mais detalhes. Então várias áreas podem ter esses índices bem baixos de umidade pegando desde a região de Mato Grosso, Goiás, Tocantins, parte do oeste de Minas, Triângulo, interior de São Paulo até o norte do Paraná. São regiões de baixa umidade”: comentou e alertou o especialista Marcelo Schneider, pensando também na saúde do povo do interior do país.
Depois mais tarde, mais dados aqui nesta seção do blog, venha conferir,
ResponderExcluirVocê pode postar direto aqui seu comentário, se puder, envie o seu conteúdo (texto, foto, vídeo, notícia, pesquisa) pro e-mail do editor deste blog que depois vai divulgar mais material e então mande você também desde já a sua mensagem agora para padinhafranca603@gmail.com
ResponderExcluir"Um outro fator preocupantes são as mudanças climáticas no Brasil. Os impactos são o tema de um novo relatório do IPCC, o painel científico que assessora a ONU na questão climática. A principal mensagem do novo relatório do IPCC diz que, durante as próximas duas décadas, as sociedades humanas enfrentarão uma série de riscos climáticos inevitáveis provocados pelo aquecimento global de 1,5°C. Esta mensagem é seguida por um forte alerta: mesmo se excedido por pouco tempo, este nível de aquecimento gerará impactos adicionais severos, alguns dos quais serão irreversíveis. Mas os problemas não estão só no futuro, já recaem hoje sobre as sociedades. Os impactos da mudança climática causada por seres humanos já provocaram perdas e danos para pessoas e ecossistemas. Metade da população mundial já vive sob risco climático, e os impactos são mais graves entre populações urbanas marginalizadas, como os moradores de favelas. Nas regiões mais vulneráveis, o número de mortes por secas, enchentes e tempestades foi 15 vezes maior na última década do que nas regiões menos vulneráveis”: comentário que nos enviou por e-mail Josemir Araújo, com um resumo do relatório do IPCC em especial para o clima e o meio0 ambiente no Brasil, dados do Observatório do Clima. Mais tarde, vamos postar algumas das informações deste documento.
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