Entenda porque há os que estão
comemorando esta seca brava e este clima perigoso para a saúde da população e
para a ecologia das águas: meteorologistas afirmam que a regra é tempo seco e
chuva exceção por aqui até o final de agosto
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No Pantanal as queimadas agora chegaram a uma situação limite
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Em várias regiões brasileiras a seca 2020 é brava...
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...e o fenômeno natural La Niña além da falta crônica de gestão ambiental governamental no Brasil agravam o tempo seco agora
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A última atualização do Departamento de Meteorologia da Universidade
de Colúmbia nos Estados Unidos, IRI, aumentou de 46% para 50% a chance de
La Niña no trimestre dos meses de agosto, setembro, outubro. Meteorologistas da
Somar ressaltam que os efeitos do
fenômeno podem ser sentidos bem antes da sua configuração, a exemplo do que já
está ocorrendo em boa parte do Brasil. A informação com muitos detalhes
está no site Canal Rural, por exemplo, por aqui na macrorregião, enquanto a
maioria anseia pela chuva, os cafeicultores comemoram a seca positiva ao menos nestes dias para o cultivo do café
tipo Arábica. O clima seco pode em algum sentido favorecer também a colheita do
milho.
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É uma contradição mas cafeicultores comemoram seca de agosto...
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...da mesma forma alguns produtores de milho diz o Canal Rural
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Seca e São Paulo tem agravada a poluição do ar
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A atmosfera já responde a esta fase fria do oceano
Pacífico Equatorial com a característica dos desvios das frentes frias e massas
de ar de origem polar para o oceano. É justamente por isso, que as chuvas
e o frio mais intenso têm ficado mais concentrado no Rio Grande do Sul e Santa
Catarina, sem chance de pegar áreas mais vulneráveis do Paraná, Mato Grosso do Sul
e por aqui no Sudeste. Depois da passagem da frente fria, uma massa de ar polar
vai avançar pelo Sul. No centro, oeste e sul do Rio Grande do Sul, a mínima varia
de 0 °C a 3 °C desde a virada de julho para agosto com formação de geadas
amplas. O retorno do tempo seco e a temperatura baixa favorecem o
desenvolvimento das culturas de inverno, apesar de complicar para a saúde
respiratória do povo em plena era do Coronavírus, a secura só não é negativa para
frutas, como uva, maçã e pêssego irrigadas. Não há previsão de geadas em áreas
produtoras vulneráveis. Após passar pelo Sul, a frente fria avançará pela
costa do Brasil levando chuva à costa de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito
Santo e Zona da Mata de Minas Gerais. Há previsão de chuva forte desde o Rio de
Janeiro até o sul do Espírito Santo e Zona da Mata de Minas Gerais. A
precipitação intensa alcança áreas produtoras de café de Cachoeiro de
Itapemirim (ES) e de Carangola (MG). Pode ter alguma chuva entre o nordeste
paulista e o sudoeste mineiro, sempre chove aqui quando aumenta a umidade no
Rio de Janeiro e nas serras. De toda
forma, a seca será a regra, chuvas exceção, na maior parte do Sudeste,
Centro-Oeste e Norte e no interior do Nordeste, o tempo permanecerá seco e
manterá as condições favoráveis somente para produtores rurais na colheita do
milho safrinha, algodão, laranja, cana de açúcar e café arábica. Agora nos primeiros dez dias de agosto, o
tempo seco vai predominar em boa parte do centro-sul do Brasil. A chuva será
mais intensa na costa do Nordeste, especialmente no Recôncavo Baiano, que que ajuda
lá o desenvolvimento de pastagens, mas dificulta as atividades de
secagem do cacau, algo que entra em controvérsia com os que lutamos contra a seca.
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Produtores rurais que podem fazer irrigação escapam...
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...desta seca que é uma das mais bravas dos últimos tempos...
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...aumentando o desafio dos pequenos agricultores em várias regiões brasileiras neste mês mais ainda
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Entre 10 e 20 de agosto, a chuva mais intensa
retornará ao Sul, mas o maior acumulado está previsto para o litoral de Santa
Catarina e do Paraná. Trata-se de um padrão típico de resfriamento do Pacífico.
“As frentes frias tornam-se zonais, passando rapidamente pela região Sul e
afastando-se para o oceano”, afirma Celso Oliveira, meteorologista da Somar.
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No litoral do Sul a chuva que faz tanta falta em outras regiões
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(Confira depois mais tarde e amanhã na seção de comentários deste blog mais dados, informações e conteúdos, postamos 2 vídeos hoje no Folha Verde News, um do HCor do Mato Grosso do Sul com a médica Letícia Kowani sobre doenças respiratórias que se agravam com a seca (ainda mais na pandemia) e outro vídeo, um especial sobre o Café no Brasil, feito pela EPTV do Sul de MInas Gerais, a cafeicultura é uma das culturas de exceção que podem se beneficiar com a seca de agosto, por absurdo e contraditório que pareça)
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Nesse tempo seca e baixa umidade aumentam as doenças respiratórias o que é terrível nesta época da Covid-19 também...
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...uma alternativa saudável é beber bastante água...
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...mas isso onde não há seca brava e onde não falta o abastecimento problema que já afeta milhares de cidades brasileiras
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Fontes: Somar - Canal Rural -
IRI (Universidade de Colúmbia)
folhaverdenews.blogspot.com
Depois mais tarde e amanhã, vamos editar esta seção de comentários, aguarde e venha conferir.
ResponderExcluirVocê pode postar direto aqui a sua opinião ou se preferir, envie seu conteúdo (texto, foto, vídeo, notícia, pesquisa) pro e-mail do nosso editor padinhafranca603@gmail.com que vamos divulgar na sequência todo material relacionado com esta pauta de hoje, a seca brava e suas contradições e perigos.
ResponderExcluir"Para este ano, está prevista uma redução das chuvas, já que o fenômeno climático El Niño está perdendo forças, estava em um período de neutralidade climática, a tendência indica uma previsão, para 2020 agora, de ocorrência do evento La Niña, que pode provocar estiagem": comentá de Gabriel De Bem, que é
ResponderExcluiracadêmico de Jornalismo da Urcamp
"Desde o dia 8 de agosto do ano passado, a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) dos Estados Unidos divulgou um boletim, oficializando o fim do El Niño em 2019. Esse fenômeno é responsável pelo aquecimento das águas da superfície do Oceano Pacífico Equatorial nas regiões central e leste, próximo à costa do Peru. Já o La Niña é o contrário, ele se refere ao resfriamento das águas nestas regiões oceânicas. Esses eventos influenciam diretamente o clima do Brasil agora": comentário também de Gabriel De Bem, que faz Jornalismo na Urcamp.
ResponderExcluir"Como será morar em cidades que a média do índice pluviométrico mensal varia entre 0,67 mm a 2,48 mm? Como será morar em uma cidade que a chuva é rara, impactando a saúde física e mental da população? Essa é a realidade com a qual convivem, em tempos de seca, cidades como Sebastião Laranjeiras (BA), Janaúba (MG), Picos (PI) e Sobral (CE), localizadas na região do semiárido brasileiro. Nos períodos de seca, esses municípios viram o número de internações crescer de forma assustadora. Os dados do Sistema de Informações Hospitalares do Datasus (Ministério da Saúde) e da Divisão de Satélites e Sistemas Ambientais (DSA), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE/Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação), mostram isso": comentário de Graça Portela (Icict/Fiocruz) que fez matéria sobre a seca também, no EcoDebate.
ResponderExcluir"Por exemplo, em Sebastião Laranjeiras, chegou a chover o equivalente a 0,51 mm, apresentando uma taxa de internação hospitalar para casos de diarreia e gastroenterites de 282 pacientes, na faixa etária entre cinco e nove anos. No mesmo mês, em Picos, para a mesma faixa etária, mas com precipitação de 2,54 mm, o número de internações foi de 2.118. Em Sobral, por conta de uma precipitação média de 128 mm, em março de 2014, considerada alta para a região, a asma levou 601 pessoas a serem internadas. Janaúba, em outubro do mesmo ano, apresentou 150 internações – em ambos os casos, também na faixa etária entre cinco e nove anos. A cidade mineira também sofreu uma forte epidemia de dengue, em março de 2012, quando a precipitação foi de 53,42 mm e a taxa de internações foi de 445, na faixa etária entre 20 e 64 anos": comentário também de Graça Portela (Icict/Fiocruz) que faz há anos pesquisas neste tema.
ResponderExcluir"Em uma consulta interativa feita à base de dados do Monitor de Seca e Saúde, do Observatório, que vem sendo montado com esses dados, é possível saber que “há diferenças dos picos de internação entre a quadra chuvosa e o período de estiagem”. Ao longo dos meses, “no início da estiagem predominam as internações por asma e no auge do período mais seco, especificamente nos meses de setembro até novembro, as internações por diarreia são mais frequentes. Ao contrário da quadra chuvosa, que devido à elevação das precipitações pode elevar a incidência de dengue clássica e as taxas de internação para esta doença”: comentário de Patricia Feitosa, pesquisadora do Observatório Nacional de Clima e Saúde, do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz) sobre a relação entre a seca e a saúde humana.
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