Procurador da República acusa omissão do Ibama
Tocantins
fica para trás na adoção de principal controle do boi de desmatamento e neste ritmo já perdeu quase 20% de sua cobertura florestal sem que haja mais necessidade de desmatar porque já existem áreas suficientes para o plantio ou para a pecuária segundo até o Sindicato Rural da região onde há 6 vezes mais gado do que gente
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Por lá um mar de gado (no ringue de Tocantins o boi vence fácil a árvore) |
Recebemos por e-mail matéria de Fernanda Wenzel, realizada para o portal O ECO, informando que o estado de Tocantins tem 8,7 milhões de cabeças de gado, sendo cerca de 6 bois para
cada habitante! O estado, que faz parte da Amazônia Legal, já perdeu 17% de sua
cobertura florestal e mesmo assim, segue sem o principal dispositivo legal para
coibir a compra de gado de áreas desmatadas ilegalmente: este dispositivo é o Termo de Ajuste de
Conduta (TAC) da Carne. A expansão do TAC da Carne, como é chamado o acordo firmado
com os frigoríficos, é negociada há seis anos pelo Ministério Público Federal
(MPF) no Tocantins, sem sucesso. Nele, as empresas se comprometem a não comprar
gado de áreas embargadas pelo Ibama, nem também de desmatamento ilegal, de Unidades de
Conservação, Terras Indígenas ou na lista de trabalho escravo. O objetivo é
reduzir o desmatamento associado à pecuária na Amazônia. Mas dos 13 frigoríficos funcionando no Tocantins, apenas 3 assinaram o acordo e assim mesmo, com um detalhe: estas são empresas que
firmaram o acordo em outros estados, e por isso são obrigados a cumprir as
regras em toda a Amazônia Legal. No Tocantis mesmo o TAC da Carne não está vigorando a dano das florestas que ainda estão de pém porém, do jeito que a coisa vai, o que restará da cobertura vegetal nativa, fundamental para o clima, as águas e o ciclo da chuva?
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Tocantins é hoje terra do boi onde não vigora o TAC da Carne e o Ibama silencia |
“Procurador da República Rafael da Silva Rocha afirma que o Ibama tem se
mantido em absoluto silêncio quanto aos pedidos de fiscalização de frigoríficos
e que o presidente do órgão pode ser responsabilizado”
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Tocantins tem 6 vezes mais gado do que população que porém já chega a 1,5 milhão de pessoas (IBGE) |
Por sua vez, Oswaldo Stival Júnior, que é presidente Sindicato das Indústrias de Carnes
Bovinas, Suínas, Aves, Peixes e Derivados (Sindicarnes), que reúne os maiores
frigoríficos do estado, alega que este TAC empurra para o setor privado uma
responsabilidade que deveria ser do poder público, ele argumenta que os dados governamentais disponíveis são insuficientes para garantir a procedência dos bois. Stival Júnior cita a Operação Carne Fria, deflagrada pelo Ibama em 2017, que autuou frigoríficos do Tocantins pela compra de gado de áreas embargadas: “O que ficou provado quando veio esta operação é que eles já faziam o monitoramento e já não tinham condição de fiscalizar”. Argumenta ainda que mesmo as empresas que não assinaram o TAC da Carne seguem os critérios de monitoramento previstos no acordo, algo improvável segundo notícias na mídia da região, já que sem fiscalização, ninguém, do setor pecuário se sente obrigado a cumprir a legislação.
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Sem fiscalização governamental o MPF não tem,como fazer valer o TAC da Carne... |
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...numa região que além do mais sofre com desmatamentos e queimadas ilegais |
Os primeiros acordos foram assinados em 2009 no Pará, depois que o MPF e o Ibama processaram frigoríficos do estado que compravam gado de fazendas embargadas por desmatamento ilegal. Com o passar dos anos, a iniciativa foi expandida para o Acre, o Amazonas, Mato Grosso e Rondônia. No Amapá e Roraima nenhuma empresa aceitou assumir os compromissos socioambientais. A TAC da Carne deveria estar vigorando também nos pastos do Tocantins, com a necessário fiscalização do Ibama.
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Apenas pessoas com visão ambientalista se preocupam as árvores e a floresta (tema do vídeo hoje aqui) |
Para o Procurador da República Álvaro Manzano, do MPF-TO, não há como
saber se os frigoríficos estão mesmo controlando a origem do gado, o que só
seria possível com uma fiscalização do Ibama. O flagrante de irregularidades deveria estar sendo feito pelo
órgão governamental de meio ambiente. Esta é a principal aposta d do Procurador Manzano para forçar que no Tocantis prevaleça a assinatura e o conteúdo ambientalista do
TAC da Carne: “Veja bem, se o TAC é um Termo de Ajustamento de Conduta, ele pressupõe que a
pessoa esteja com uma conduta irregular que precisa ser regularizada. Se os frigoríficos falam para a gente que estão regulares e a gente não tem prova
de que estão irregulares, fica difícil controlar e até conseguir uma adesão”. As autoridades do MPF cobram desde
2017 uma nova operação do Ibama contra os frigoríficos, que até hoje não
ocorreu.
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1,5 milhão de habitantes precisam também hoje... |
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...de gestão ambiental em Tocantins: a defesa da floresta, das águas, da chuva e da saúde do seu povo |
(Confira mais detalhes desta situação de perda constante e permanente das florestas diante do avanço do gado no Tocantins na seção de comentários deste blog e no vídeo já postado hoje em nossa webpágina um ângulo a mais deste problema e da disputa bois versus árvores em que a cobertura vegetal nativa tem sido sempre derrotada)
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Urgente gestão ambiental sustentável para harmonizar pecuária com ecologia no Tocantins |
Fontes: oeco.org.br - folhaverdenews.blogspot.com
Mais tarde, mais informações sobre a disputa boi X floresta em Tocantis, aguarde e acesse aqui esta seção que será atualizada.
ResponderExcluirVocê pode por aqui direto a sua opinião mas se preferir mande seu conteúdo pro e-mail do editor deste blog que aí depois postamossua mensagem aqui, mande então o e-mail agora para padinhafranca603@gmail.com
ResponderExcluirAgradecemos a Julio Delmino que nos enviou esta matéria a partir do site O Eco, feita pela jornalista Fernanda Wenzel sobre o TAC da Carne.
ResponderExcluir"O TAC da Carne empurra para o setor privado uma responsabilidade que é do Estado": comentário de Oswaldo Stival Júnior, presidente do Sindicarnes.
ResponderExcluir"O Ibama tem se mantido em absoluto silêncio em relação aos pedidos de fiscalização de frigoríficos, tanto que o presidente do órgão pode ser responsabilizado: já é a terceira reiteração, e a consequência disso é a responsabilidade individual do presidente do Ibama. Existe a possibilidade inclusive do cometimento do crime previsto no artigo 10 da lei da ação civil pública, que consiste em deixar de prestar as informações requisitadas pelo Ministério Público": comentário de Rafael da Silva Rocha, Procurador da República em Tocantins.
ResponderExcluir"Numa caso destes que a gente vê como influi negativamente a tal flexibilização da fiscalização de órgãos ambientais como o o Ibama neste momento do país": comentário foi feito por Paulo Albuquerque, de Recife (PE), que captou nosso blog no Goolge ao investigar sobre o TAC da Cerne.
ResponderExcluirAguarde e mais tarde volte aqui para mais informações e comentários, OK?
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