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sábado, 5 de outubro de 2019

BEM EXATAMENTE NO DIA DE FRANCISCO DE ASSIS UMA NOTÍCIA ABALOU O MOVIMENTO ECOLÓGICO, CIENTÍFICO E DA NÃO VIOLÊNCIA CONTRA OS ANIMAIS

Adeus aos pássaros: no rítmo em que vai a atual realidade este é o último século das aves conforme conclusão de pesquisa feita nos Estados Unidos e Canadá mas que também alerta sobre a situação que o Brasil vivencia agora



A morte de cada pássaro é triste e de toda uma espécie uma tragédia 

Esta pesquisa foi divulgada pela revista Science no dia de Francisco de Assis

Marina Santos, bióloga e ecologista de Santa Catarina, nos enviou por e-mail esta matéria feita pelo jornalista Fernando Reinach para o site Terra: hoje já nos damos conta de que a biodiversidade está mesmo desaparecendo quando ocorre a morte dum animal relativamente grande ou uma espécie se se extingue. Foi o que aconteceu com o Dodo, uma ave de um metro e 15 quilos que não voava. Descoberta em 1598, ela foi caçada violentamente e o último exemplar foi avistado em 1662. O chamado ser humano acabou com esta espécie em menos de 100 anos.


Dodo só sobrevive nos museus e nos albuns de Ornitologia...


As manchetes na mídia da América do Norte não deixam nenhuma duvida da situação: Estados Unidos e Canadá perderam 3 bilhões de aves desde 1970! Humanos são culpados por redução drástica dos pássaros no planeta!


No Brasil apesar dos pesares e da violência ambiental...

 ...ainda podemos avistar e contar ao vivo milhares de espécies de vida mas é urgente preservar cada uma delas


Atualmente há listas de espécies ameaçadas de extinção e dezenas de espécies desaparecem todos os anos, não só nas pesquisas de Ornitologia. Neste caso está a situação do Mico-leão-dourado, ainda com cerca de três mil exemplares nas últimas matas do litoral brasileiro e que corre o risco de desaparecer. Quando alguma espécie entra nessas listas de perigo de extinção geralmente é tarde pois o simples fato de existir poucos exemplares já indica também que seu hábitat está muito restrito ou em vias de desaparecer.


Há mortes por agressão direta ou destruição do hábitat

Este é o pássaro símbolo do futebol no Brasil



Para os cientistas, é importante identificar espécies ainda frequentes na natureza, mas cujo número de indivíduos está já diminuindo rapidamente. Essas espécies são candidatas a aparecer nas listas nos próximos anos e estarem extintas em seguida. O problema é como fazer um censo do número de indivíduos de uma espécie e, mais difícil, reproduzir esse censo a cada cinco ou dez anos para identificar as espécies cuja população está diminuindo. Tecnicamente, é muito complicado. Imagine tentar estimar com precisão o número de indivíduos de um pássaro que habita toda a Amazônia ou de Onças Pintadas. As medidas geralmente são imprecisas e as diferenças no número de indivíduos de uma década para outra podem ser simplesmente por causa de erros nas estimativas. A novidade agora é que os pesquisadores estão conseguindo estimar com a precisão necessária o número de indivíduos de 529 espécies de pássaros que vivem nos Estados Unidos e Canadá (representam 76% de todas as espécies na região) e como esse número diminuiu entre 1970 e 2019.


Recentemente centenas de aves foram envenenadas na cidade de Franca (SP)

Cidades abrigam hoje variadas espécies


Fazer a contagem de pássaros é muito mais simples pois eles podem ser contados visualmente nos lugares em que vivem, quando migram ou então se aglomeram na época da reprodução. Juntando todos esses dados, para cada uma das espécies, foi estimada a quantidade de indivíduos que viviam em cada um dos biomas da região: lagos e rios, na costa, em diferentes tipos de floresta, nos campos, e assim por diante. Os resultados mostram que em todos os biomas, com uma exceção, houve diminuição entre 15% a 45% no número total de indivíduos, o que representa perda de 29% no número total de pássaros entre 1970 e 2019. As únicas espécies que aumentaram seus números são os diferentes tipos de patos, marrecos e similares que vivem em lagos, lagoas e rios. Esses aumentaram aproximadamente 12%. É o lado feliz desta pesquisa Decline Of The North American Avifauna. 

Violência direta ou agressões ao ambiente...

  ...respondem por desaparecimento de 29% das aves

Os patos mais selvagens têm tido melhor sorte por enquanto ou enquanto continuarem selvagens


A queda é tão rápida (49 anos) e ocorreu em tantas espécies (75% das aves sobreviventes nesses países) que de início os cientistas não acreditaram nos dados. Mas eles depois descobriram um modo engenhoso de confirmar o resultado. Os radares de previsão de chuvas de um sistema chamado Nexrad são capazes de detectar até a quantidade total de pássaros que sobrevoam Estados Unidos e Canadá durante a noite. Eles não contam os pássaros nem identificam as espécies, mas são capazes de medir sim a massa total de pássaros que cruzam os céus. Esses dados, já disponíveis desde 2007, demonstram hoje já no total a quantidade de pássaros diminuiu quase 15% nas áreas mais afetadas e menos de 5% em outras áreas. Quando esses dados do radar são sobrepostos às contagens feitas nos últimos 12 anos, confirmam os números, radares e contagens diretas.
Em valores absolutos, esse estudo demonstra que o número de pássaros diminuiu em 3 bilhões de indivíduos. Em 1970 havia aproximadamente 10 bilhões de vários passarinhos no Canadá e nos Estados Unidos. Hoje, são 7 bilhões. Nesse mesmo período, por sinal, a população humana nesses dois mesmos países aumentou de 220 milhões de pessoas para 367 milhões (alta de 147 milhões). Um raciocínio simplista indica que, para cada ser humano acrescentado à população dos dois países, foram perdidos 20.400 pássaros. Isso dá uma ideia da violência e do quão mortais para os pássaros são as mudanças que provocamos no meio ambiente. Nesse ritmo, nos próximos cem anos não teremos pássaros por lá. E o adeus aos passarinhos e às aves de várias espécies está também na programação cruel da atual civilização e do sistema de vida insustentável hoje também aqui no Brasil. 

Liberdade é voar com os pássaros: tema do vídeo hoje aqui no blog da ecologia e não violência


(Confira depois mais tarde mais informações sobre este tema trágico para a biodiversidade e a ecologia da vida na atualidade aqui na seção de comentários deste blog e no video postado hoje em nossa webpágina o contrário de toda esta tristeza, a liberdade do sobrevôo de pássaros)


Este sistema de produção sinaliza bem o que é a realidade hoje em nossa "civilização"

Cada ninho na natureza é uma esperança


Em meio à primavera chegam mais passarinhos por aqui na divisa entre São Paulo e Minas Gerais



Fontes: Terra - Science - folhaverdenews.blogspot.com

9 comentários:

  1. Depois mais tarde, venha conferir a edição de nossos comentários.

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  2. Há cerca de 1 mês nosso blog registrou a luta da bióloga Denise Couto em Franca (SP) contra assassinos que envenenaram centenas de aves nessa cidade.

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  3. Agressões diretas assim ou destruição do babitat ou perda da biodiversidade, poluição, caça, comércio ou a impura e simples violência da atual civilização global de consumo explicam esta ameça total das aves, que já atinge um índice alarmante de 75% nos Estados Unidos e Canadá, segundo esta pesquisa divulgada pela revista Science.

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  4. Você pode pode direto aqui a sua opinião ou informação mas se preferir ou precisar envie seu conteúdo pro e-mail do editor deste blog que aí a gente posta aqui para você, mande então a sua mensagem para padinhafranca603@gmail.com

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  5. "Entre os que jogam ou acompanham ao vivo ou pela TV o futebol conhecem o Quero Quero como os pássaros que sobrevivem em superfícies planas e com grama ou vegetação rasteira, foi assim que estas aves adotam os gramados de futebol": comentário de Josué Castro Alves Lima, de São Paulo, que fez estudos de Ornitologia na USP.

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  6. "As pessoas que estão presas numa cadeira de rodas ou numa crise financeira e não podem voar vendo este vídeo vijam com a maravilha da natureza que são os pássaros e a liberdade que eles nos inspiram quando voam": comentário de Alice Pereira, de Guarulhos (SP), executiva de Informação.

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  7. "Eu já estava incomodado há anos: O que aconteceu com a população de pardais de Belo Horizonte que simplesmente desapareceu? Foi com meu pai que me acostumei a ver os passarinhos no bairro Serra, onde cresci e também é com ele que compartilho, inicialmente, a falta do bicho": comentário de Túlio Borges, empresário de Belo Horizonte (MG) lançou a pergunta em seu perfil do Facebook e virou matéria e busca em BH através do jornal O Tempo.

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  8. "Meu pai sempre foi muito observador e comentava comigo das espécies, mostrava sabiá, bem-te-vi. Acabei falando com ele: ‘pai, que coisa estranha, já tem tempo que eu não vejo Pardal na rua’, e ele falou que também percebeu isso. Na região Centro-Sul, a gente só vê Rolinha e aqueles Pombos urbanos": comentário também de Túlio Borges, jornal O Tempo, BH.

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  9. "Há mais de 30 anos registro em andanças os pássaros de BH, também já havia notado o sumiço do Pardal. Antes, via bandos grandes. Em 2010, lancei o livro ‘Pássaros da Liberdade’, que conta a história das aves que habitam o espaço urbano da capital, e a capa trazia um pardal pousado num semáforo, como se esperasse o sinal ficar verde": comentário do fotógrafo Marcelo Prates, de Belo Horizonte (BH) sobre o sumiço dos Pardais e de vários outros Passarinhos na cidade.

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